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Da Família Medieval à Família Moderna
Ariè, P. História Social da Criança e da Família. 2ª. Ed.
Idade Média
Feudalismo
As Cruzadas (1095)
Edificação das catedrais góticas 
Família Medieval
A falta de afeição dos ingleses manifesta-se particularmente em sua atitude com relação às crianças. 
Criança com 7 anos:
Deixa a casa dos pais;
Realiza serviço pesado;
Aprendiz
Ingressa no mundo dos adultos.
Permanece até os 14 ou 18 anos. 
Enviam suas crianças para casas alheias enquanto recebem em seu próprio lar, crianças estranhas.
Seriam melhor servidos pelas crianças dos outros do que por seus próprios filhos. 
Além disso, suas crianças aprenderiam as boas maneiras.
A criança tinha que servir o dono da casa e aprender seus costumes. 
A grande maioria não tinha acesso a escola.
Crianças e adultos se misturavam, não havia uma divisão exata do que é tarefa de um e de outro.
Mais tarde, contratos de aprendizagem confiavam as crianças à mestres, os quais deveriam ser servidos. 
A criança era aprendiz, pensionista ou criado.
O serviço doméstico não implicava nenhuma degradação ou repugnância.
Séc. VX – literatura dos mandamentos do bom servidor;
Wayting servant, waiter, garçom.
Deveria servir à mesa, fazer as camas, acompanhar seu mestre. 
Um secretário, estágio, um período de aprendizagem.
	"Para bem servi-lo
E se quiseres merecer seu amo
Deves deixar toda a tua vontade
Para servir a teu mestre de bom grado
Se servires a um mestre que tenha mulher
Burguesa, senhorita ou Senhora
Deves sempre guardar sua honra...
E se servires a um clérigo ou padre,
Cuidado para não seres um criado-amo
Se fores secretário
Deves sempre guardar os segredos
Se servires a um juiz ou a um advogado
Não contes nenhum caso novo 	
	E, se porventura te acontecer
Servires a um Duque, Príncipe ou Conde
Marquês, Barão ou Visconde
Ou outro senhor de terras
Não inventes impostos e subsídios
E não tomes para ti os bens do povo...
 Se servires a um fidalgo na guerra
Não roubes ninguém
E sempre em qualquer casa
Ou a qualquer mestre a quem sirvas,
Faz se puderes por merecer
A graça e o amor de teu mestre:
A fim de que possas ser mestre
Quando chegar o tempo.
Mas esforça-te para aprender um bom ofício
Pois, para praticar tua vida,
Deves aplicar nela todo o teu coração
Assim fazendo poderás ser
E te tornar, de criado, mestre
E poderás te fazer servir
E merecer prêmios e honras
E finalmente obter
A salvação de tua alma."
Régime pour tous serviteurs.
Serviço doméstico se confundia com aprendizagem, educação.
Através do serviço doméstico o mestre transmitia a uma criança, conhecimentos, experiência e valor humano que pudesse possuir.
não ao seu filho
10
Séc. XV-XVI: começou a distinção entre serviços subalternos e mais nobres.
Mesmo assim, o serviço da mesa continuou sendo tarefa dos filhos.
Para parecer bem educado era preciso servir à mesa.
Tbm cças
11
Escola
Destinava-se somente aos clérigos;
uma exceção.
A regra comum a todos era a aprendizagem.
O serviço fazia tão parte da educação de um clérigo quanto a escola.
A transmissão de conhecimento garantida pela participação das crianças na vida dos adultos. 
Crianças e adultos se misturavam, cada qual ocupado com seus ofícios.
Em toda parte onde se trabalhava, 
onde brincava ou jogava as crianças 
se misturavam com os adultos, 
mesmo nas tavernas de má fama.
Crianças desde muito cedo fora da própria família;
Na maioria das vezes voltavam para casa, mas nem sempre.
A família não podia alimentar um sentimento existencial profundo entre pais e filhos.
A família era uma realidade moral e social, mais do que sentimental. 
Séc. XV...
A educação passou a ser fornecida cada vez mais pela escola.
Deixou de ser reservada aos clérigos para se tornar instrumento normal da iniciação social, da passagem da infância para a idade adulta.
Essa evolução correspondeu a uma necessidade nova de rigor moral da parte dos educadores, a uma preocupação de isolar a juventude do mundo sujo dos adultos para mantê-la na inocência, melhor treinar.
Preocupação dos pais em estar mais perto, não abandoná-los mais à outra família.
A substituição da aprendizagem pela escola demonstra a aproximação das famílias e das crianças.
A família se concentrou em torno da criança.
Muitas foram para escolas distantes, embora no século XVII discutia-se as vantagens de mandá-las para o colégio ou a educação em casa, com um preceptor.
O clima sentimental era agora mais próximo do nosso, como se a família moderna tivesse nascido ao mesmo tempo que a escola. 
As escolas representavam a necessidade de educação teórica, que substituía as formas práticas de aprendizagem, e o desejo dos pais de não afastar muito as crianças.
Grande parte da população continuou a ser educada pelas práticas da aprendizagem em casa, por uma parenta ou vizinha.
A escola para meninas difundiu-se somente entre os séculos XVII e XIX.
Durante muito tempo seriam educadas mais pela prática e pelo costume do que pela escola.
A escolarização para os meninos deu-se primeiro na classe média.
A alta nobreza manteve-se fiel à antiga aprendizagem.
19
A escola venceu por causa do aumento do número de unidades escolares e de sua autoridade moral. 
Nossa civilização moderna de base escolar foi se consolidando cada vez mais.
Os problemas morais da família são bem evidenciados quando falamos do antigo costume que permitia beneficiar apenas um dos filhos, que em geral era o mais velho, em detrimento dos irmãos. 
Tudo indica que esse costume se difundiu no século XIII. 
O privilégio do filho beneficiado por sua primogenitura ou pela escolha dos pais foi à base da sociedade familiar do fim da idade Média até o século XVII.
Privilégio do filho, beneficiado por sua primogenitura ou pela escolha dos pais.
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Costume difundido para evitar o perigosos esfacelamento de um patrimônio.
“As pessoas temem que, se dividirem igualmente seus bens entre seus filhos, não possam aumentar como queriam o brilho e a glória da família”.
Final do séc. XVIII, o sentimento de igualdade já havia penetrado no código civil. 
Poucos chefes de família beneficiaram somente um dos filhos.
Movimento gradual da família-casa em direção à família sentimental moderna.
1677 – tolerava-se o casamento entre mestres, mas continuava-se a proibir aos mestres casados o exercício de cargos universitários.
Professores deveriam manter celibato.
Os mestres tinham hábito de receber em casa pensionistas, e a virtude dos meninos poderia ser exposta a perigos: 
“a indecência que há para os escolares em ver de um lado as roupas das mulheres e das meninas, e de outro, seus livros e suas escrivaninhas, e muitas vezes, todas essas coisas juntas (...)”.
	Além disso, crianças pequenas poderiam atrapalhar os estudos.
O mestre casado responde que cada qual tem seu quarto.
Crianças de berço não eram vistas nas habitações, pois eram entregues às amas, em alguma aldeia vizinha.
Continuaram a entregar as crianças para as amas-de-leite até o fim do séc. XIX, com o progresso na higiene e da assepsia que permitiram utilizar leite animal sem riscos. 
A ama passou a se deslocar em lugar da criança, passou a morar na casa da família.
No século XVII houve um equilíbrio entre as forças centrífugas (sociais) e centrípetas (familiares).
Assim, os processos de sentimento da família seguem os processos da vida privada, da intimidade doméstica.
A sociedade do século XVII era hierarquizada, em que os pequenos se uniam aos maiores.
O essencial era manter as relações sociais com o grupo onde se havia nascido, e elevar a própria posição através dessa rede de relações. 
Ter êxito na vida significava obter uma posição honrosa na sociedade.
O futuro do homem dependia de sua reputação. 
Literatura de “civilidade” – século XVII: importância da conversação.
A conversação deve respeitar a conveniência.
Os assuntos familiaresou muito pessoais deveriam ser evitados. 
não se podendo falar sobre coisas melancólicas, enfermidades, prisões, guerras ou mortes.
Erram também aqueles que nunca têm nada na ponta da língua além de sua mulher, seus filhinhos e sua ama.
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“Nós amamos ou fingimos amar os outros a fim de chamar sua atenção. Este é o fundamento da civilidade humana, que é apenas uma espécie de comércio do amor-próprio, no qual tentamos atrair o amor dos outros demonstrando-lhes afeição”.
Se as crianças são cuidadas em casa, os pais velam melhor por sua saúde, aprendem mais facilmente a civilidade através do convívio social.
Mas há inconvenientes.: as crianças correm o risco de ser demasiado mimado pelos pais. 
As instituições têm vantagens: as crianças fazem amizades, aprendem a falar em público, o que é necessário para assumir cargos importantes. 
Entre os inconvenientes haviam salas numerosas (mais de 100 alunos), as crianças tendem a perder a inocência, a simplicidade.
As pessoas passaram a conciliar a escola e a civilidade. 
Nos séculos XVI e XVII, a civilidade era a soma dos conhecimentos práticos necessários para se viver em sociedade, o que não se aprendia na escola. 
Os tratados de civilidade transmitiam as regras de conduta, sendo as primeiras lições de leitura e escrita.
Escritos com diversos caracteres (romano, itálico, góticos e manuscritos, impressos somente nesse tipo de livro – “caracteres de civilidade”).
Muitas vezes eram assuntos de adultos, como tratar as mulheres e criados, ou como envelhecer sabiamente. 
Ensinam boas maneiras à mesa, modos de se vestir (de acordo com os costumes), passos, saúde. Tudo é importante na vida social.
Qualquer singularidade é um pecado à sociedade. Deve-se ceder ao desejo do grupo, sem impor o seu próprio.
Não deve ser tímidos, nem familiar ou melancólico.
A ambição e a reputação são os essenciais.
Ninguém deve contentar-se com sua condição, sempre deve tentar elevá-la.
Ideal. 
A nobreza é uma qualidade divina.
A elevação é conseguida por meio do renome e da reputação.
A competência intelectual e a técnica estavam embutidos no homem “célebre” e “amável”.
O sucesso era obtido mediante favor dos grandes e às amizades dos pares.
“A dissimulação era permitida: O homem cuja paixão trabalha apenas em prol do renome, tu que aspiras à grandeza, deixa todos os homens te conhecerem, mas que nenhum te compreenda. Graças a essa arte, o medíocre parecerá grande, o grande infinito, e o infinito maior ainda”.
No Renascimento, a ambição e a elevação desaparecem. 
A corte é substituída pela sociedade.
Não era mais de bom-tom aspirar abertamente fortuna e prestígio. 
Busca-se a média.
Os tratados voltavam-se para a vida escolar.
Boas escolas ensinam não apenas as letras, mas também os bons costumes e as maneiras decentes, ensinam-nas  a comer, a beber, a falar e a caminhas com certos gestos convenientes.
“É uma prova de espírito maldosos demonstrar alegria quando alguém é repreendido ou castigado”.
Tratado de educação para os pais, como corrigir as crianças, idade para iniciar o ensino das letras.
“A criança deverá repetir em casa o que tiver aprendido na escola ou no colégio, ou então deverá aprender em casa o que tiver de recitar diante do mestre.”
À noite, os pais deveriam passar por um exame de consciência: se a criança tiver portado-se como um homem, será lavada e acariciada.
Será corrigida se cometer faltas leves e levará uma surra se houver desobedecido, feito crime, mentido ou roubado.
Referência
ARIÈS, P. História Social da criança e da família. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

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