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Conceito de motivação
 Motivação é um conceito muito importante e complexo para a psicologia, pode ser definida como a força propulsora por trás das ações de qualquer pessoa (motivo, desejo) e que define a conduta do indivíduo, ou, uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo.
 São inúmeras as definições possíveis para a motivação dependendo do foco que se dá ao tema. A maioria das definições de motivação não varia grandemente das já apresentadas, tendendo a incluir:
Um elemento de estimulação
Um elemento de ação e esforço
Um elemento de movimento e persistência
Um elemento de recompensa
 É atribuído à motivação tanto a facilidade quanto a dificuldade que um indivíduo tem em aprender coisas ou em esforçar-se para modificar situações indesejáveis de sua vida. 
 A motivação mobiliza os indivíduos para suas ações e, para isto, tem que se considerar um ambiente estimulante. Para sentirmos motivação na realização de alguma coisa, é necessário que já tenhamos feito antes e tenha sido uma boa experiência, ou gostarmos de coisas semelhantes ou, além de outras coisas, que algum amigo, que possui um gosto parecido com o nosso, tenha dito que fazer aquilo é “legal”. A pessoa não caminha em direção ao objetivo se não houver a punição ou a recompensa. 
 As pessoas podem, também, agirem levadas por um impulso interno, por uma necessidade interior. Neste caso, existe vontade própria para alcançar o objetivo, existe motivação. Fatores motivacionais que são internos, ou seja, são sentimentos gerados dentro de cada indivíduo a partir do reconhecimento e da auto realização gerada através de seus atos.
 A motivação é construída por uma história que temos em cada uma das situações, ou ainda pelo que ouvimos falar a respeito das coisas. A motivação designa um conjunto de forças internas/impulsos que orientam o comportamento de um indivíduo para determinado objetivo. A motivação é um conjunto de forças internas que mobilizam e orientam a ação de um organismo em direção a determinados objetivos como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio. 
 Ciclo motivacional:
 O motivo é a razão que leva o organismo a agir; é o estado do organismo pelo qual a energia é mobilizada e dirigida a determinados elementos do meio.
 No ciclo motivacional existem geralmente três etapas: necessidade, impulso e resposta (meta).
 É a necessidade (estado de falta fisiológica ou psicológica) que origina o impulso ou pulsão. O impulso é a força que impele a pessoa à ação, ao conjunto de comportamentos que permitem atingir o objetivo. O impulso termina quando a meta, o objetivo, é alcançada. Se a meta é atingida, a necessidade é satisfeita e o impulso é reduzido. 
 O comportamento motivado está intimamente ligado ao funcionamento do sistema endócrino e a diferentes estruturas do sistema nervoso. 
 TIPOS DE MOTIVAÇÃO 
Motivações fisiológicas (primárias, inatas, básicas ou biogénicas):
 As motivações fisiológicas são inerentes à estrutura biológica do organismo, tendo por função garantir o equilíbrio orgânico – homeostasia (é um processo dinâmico de auto regulação que assegura a sobrevivência do organismo).
 Exemplos de motivações fisiológicas são: o sono, a dor, a fome, a sede.
 O sono é um impulso que tem um papel fundamental no equilíbrio orgânico. O desejo de dormir é um dos impulsos mais fortes. É o hipotálamo que regula o sono.
 O impulso da dor tem por função a defesa do organismo, conduzindo-o a evitar o estímulo doloroso para manter o equilíbrio orgânico.
 A sensação de fome é provocada pelas contrações do estômago, que desencadeiam estímulos internos que nos levam a procurar alimento. O hipotálamo detecta situações de carência orgânica: sentimos fome. É este estado que nos leva a orientar ações com o objetivo de satisfazer a necessidade.
 A aprendizagem tem um papel importante na satisfação do impulso da fome nos seres humanos: o que comemos, quando e como comemos são determinados pela cultura a que pertencemos. 
Motivações sociais (adquiridas, aprendidas, secundárias ou sociogênicas):
 As motivações sociais variam de pessoa para pessoa (de cultura para cultura) e são adquiridos através do processo de socialização, e resultam do processo de aprendizagem social. 
 Entre as motivações sociais destacam-se:
 Necessidade de afiliação – é o desejo de a pessoa ser aceite e estimada pelos outros, e está relacionada com a vida dos seres humanos em grupos. Existe uma relação entre a afiliação e a necessidade de aprovação social (sobretudo quando existe uma conformidade dos comportamentos individuais às normas do grupo para as pessoas serem aceites pelos outros membros)
 Necessidade de realização/sucesso – a motivação de realização é o desejo de ser bem sucedido em situações desafiantes. Há uma grande preocupação em alcançar padrões de desempenho elevados, desenvolvendo atividades difíceis, vencendo resistências e obstáculos. Podemos falar, também, em motivação intrínseca e motivação extrínseca. A primeira é quando uma pessoa tem prazer de realizar algo, e a segunda é quando uma pessoa realiza algo para obter uma recompensa (elogios, prémios, dinheiro...).
 Necessidade de poder/prestígio – necessidade de ter uma posição de determinado nível na sociedade e de ser admirado (por exemplo: pessoas que procuram ocupar lugares de chefia). 
Motivações combinadas:
 Designam-se por combinadas porque combinam fatores biológicos e fatores sociais/aprendidos. São muito marcadas pela aprendizagem, mas não são essenciais à sobrevivência do indivíduo nem à manutenção do equilíbrio do organismo (homeostasia). 
 Exemplos de motivações combinadas: 
 Comportamento sexual – o comportamento sexual está relacionado com o funcionamento do sistema endócrino (glândulas sexuais), da hipófise e do hipotálamo. A hipófise atua em ligação com o hipotálamo na regulação das concentrações das hormonas e são responsáveis também pela atividade sexual. As glândulas sexuais desempenham um papel importante no desenvolvimento e no comportamento humano. O córtex cerebral desempenha também um papel importante no despertar do interesse sexual pelos estímulos externos; a imaginação também influencia a motivação sexual.
 A expressão da sexualidade depende da aprendizagem do indivíduo num determinado contexto social, variando no tempo e de cultura para cultura. É o contexto sociocultural que, através das leis/normas, controla a manifestação do impulso sexual.
 Comportamento maternal – é determinado por mecanismos hormonais. A prolactina, segregada pela hipófise, estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. O estrogénio e a progesterona são responsáveis pelo aumento das glândulas mamárias e pela inibição, durante a gravidez, da libertação da prolactina. Além disso, o comportamento maternal está marcado por fatores sociais e culturais. O comportamento maternal varia ao longo do tempo e nas diferentes culturas. 
Motivações cognitivas:
 São as necessidades de informação e de conhecimento que têm como base a curiosidade e a atividade exploratória (por exemplo: a necessidade de conhecer a vida em sociedade, a natureza, etc), para melhor compreendermos e, explicarmos também, a realidade. 
 TEORIAS DA MOTIVAÇÃO 
 Maslow e a hierarquia das necessidades:
 A Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow é, sem dúvida, a teoria da motivação mais conhecida. Esta teoria assenta em dois pressupostos fundamentais:
As pessoas são organismos motivados pelo desejo de satisfazer determinado tipo de 
Necessidades.
Essas necessidades são universais e dispõem-se de forma sequencial ou hierárquica. 
Isso significa que o indivíduo se sentirá motivado a satisfazer uma necessidade de nível superior apenas quando todas as outras necessidades que lhe são inferiores estiverem satisfeitas. Segundo Maslow, as necessidades humanasestão organizadas numa hierarquia, isto é, não têm todas a mesma importância. Maslow apresenta a sua teoria através de uma pirâmide em que, na base, estão as necessidades fisiológicas, e, no cume, as necessidades de auto realização.
 As necessidades humanas começam pelas mais baixas/básicas: as fisiológicas e as de segurança. Só depois de estas estarem satisfeitas se ascende na hierarquia para satisfação de outras necessidades mais complexas. Se não houver obstáculos, o ser humano progride na hierarquia até ao topo. 
 Necessidades fisiológicas – estas podem ser a fome, o sono, o evitar da dor, o desejo sexual, etc. A satisfação destas necessidades domina o comportamento humano. As necessidades de segurança só surgem se estas forem satisfeitas.
 Necessidades de segurança – estas manifestam-se na procura de proteção ao meio (abrigo e vestuário) e na busca de um ambiente estável.
 Necessidades de afeto e de pertença – estas manifestam o desejo de associação, participação e aceitação por parte dos outros. 
 Necessidades de estima – o indivíduo manifesta o desejo de ser reconhecido pela sua competência, isto é, ele procura a aceitação dos outros através da sua prática, da sua atuação. A satisfação da necessidade de estima desenvolve nas pessoas sentimentos de autoconfiança; a sua frustração gera sentimentos de inferioridade. 
 Necessidades de auto realização – se todas as necessidades estão satisfeitas, manifesta-se a necessidade de auto realização, isto é, a concretização das capacidades pessoais. O indivíduo procura a aceitação dos outros através da sua prática, da sua atuação. 
 As pessoas que procuram a auto realização são independentes, criadoras, resistem ao conformismo, aceitam-se a si próprias e aos outros. As pessoas que não concretizam a necessidade de auto realização são as que manifestam reações de apatia e indiferença. 
 Teoria psicanalítica:
 Segundo Freud, o comportamento humano é fundamentalmente motivado por razões de carácter inconsciente e orientado por pulsões.
 A pulsão é uma força ou impulso energético que leva o organismo em direção a um fim. A pulsão visa reduzir a tensão proveniente de uma excitação corporal. O comportamento é orientado pela tendência do organismo em reduzir a tensão e ao reduzir a excitação/tensão obtém-se prazer (e desprazer pelo aumento da excitação).
 As pulsões têm uma origem (fonte), uma finalidade (alvo), uma força e um objeto. 
 Fonte da pulsão – zona do corpo que gera a tensão/excitação.
 Alvo da pulsão – a finalidade da pulsão é reduzir o estado de excitação orgânica.
 Força da pulsão – a pulsão tem uma energia e um carácter orgânico.
 Objeto da pulsão – é o meio que permite a satisfação da pulsão, a descarga da tensão que produz prazer. 
 FRUSTRAÇÃO E CONFLITO 
 A frustração é o bloqueio do comportamento motivado, isto é, um obstáculo impede que o desejo, o objetivo, seja alcançado. Frustração primária é a que resulta da ausência do objeto de satisfação da motivação; frustração secundária é a que resulta da interposição de um obstáculo.
 A tolerância à frustração, isto é, a capacidade de suportar a frustração, depende de vários fatores como a idade (por exemplo, uma criança pequena com fome suporta a situação de não comer com menos tolerância do que um adulto) e a aprendizagem, nomeadamente a socialização (que ensina o modo como o sujeito reage à frustração). 
 As reações à frustração podem ir da agressão (direta ou deslocada) à apatia (indiferença). 
 A agressão direta acontece quando o indivíduo agride a causa que provocou a frustração; na agressão deslocada, o sujeito desloca a sua agressão para elementos não responsáveis pela frustração. A autoagressão é uma forma de agressão deslocada em que o sujeito se agride a si próprio. 
 Um sujeito vive um conflito quando está numa situação em que diferentes motivações se opõem. O conflito designa a oposição de forças com nível semelhante. O conflito surge quando as motivações são incompatíveis.
 Existem três tipos de conflito: 
 Conflito aproximação/aproximação – o indivíduo está perante duas ou mais forças positivas. O conflito surge porque só é possível escolher uma resposta.
 Conflito afastamento/afastamento – o indivíduo está perante duas alternativas desagradáveis, hesitando qual delas evitar.
 Conflito aproximação/afastamento – o indivíduo está perante uma situação que é positiva e negativa ao mesmo tempo. 
 
http://www.exames.org/apontamentos/Psicologia/psicologia-motivacao.doc.

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