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DEPRESSÃO E ANSIEDADE NO EXERCíCIO FíSICO 
EVELYN DANIELLE KONELL
Bacharel em Educação Física, Clareriano - Pr
Evelyn.konell@gmail.com
Sumário
Resumo: Atualmente o descontrole emocional em geral ocasionam diversas alterações psicológicas, fisiológicas e comportamentais em muitas pessoas. Foi analisado o impacto do exercício físico sobre a ocorrência de sintomas depressivos e ansiosos e os mecanismos envolvidos na melhora do estado psicológico. Pesquisado que quando o ser humano desencadeia esses sentimentos os principais sintomas são: o desprazer de viver e de sair de seu ambiente caseiro, também através da ansiedade onde o indivíduo sofre por incertezas futuras e inseguranças, onde estão em estado de alerta prevendo possíveis ameaças e perigos muitas vezes inexistentes, e esses sentimentos causam inúmeros desconfortos podendo ser físicos, emocionais, fisiológicos, sociais entre outros. Muitos estudos apontam os benéficos ansiolíticos do exercício físico, uma ferramenta que apresenta suma importância no tratamento e prevenção das síndromes emocionais, por produzirem fisiologicamente hormônios que estimulam o prazer, sensação de tranquilidade, bem-estar e analgésica e com sua prática diária possuem melhoras significativas nos sintomas dessas doenças, por tanto conclui-se que conciliado a prática de exercícios físicos com acompanhamento psicológico e/ou medicamentoso geram mudanças benéficas no quadro fisiológico, psicológico, físico, social e comportamental em indivíduos com ansiedade e depressão.
Palavras-chave: Exercício Físico. Depressão. Ansiedade. Psicológico. Comportamental.
1. Introdução
A Neurociência coloca que, tudo o que somos, fazemos e pensamos e desejamos, é resultante do funcionamento do sistema nervoso e sua interação com o corpo. Assim, partindo dessa lógica ( HOUZEL, 2012) constata que, após entender o funcionamento do sistema nervoso, e com a história e cultura do individuo, e também a genética e a sociedade que está inserida, tudo isso faz nossa estrutura individual como pessoa, como seres humanos. 
O Sistema das Emoções, corresponde ao centro neuronal responsável por controlar as emoções do corpo Humano ( GUYTON, 2011). Este sistema é composto pelo Tálamo, captação de informações; amigdala, responsável por provocar respostas adequadas ao estímulo encaminhado, hipocampo, envolvido com os fenômenos da memória de longo prazo e; o hipotálamo, que adequá a principal via que transporta para o local responsável pelo controle da maioria das funções vegetativas e endócrinas do corpo e como seus aspectos do comportamento humano ( KERCKHOVE, 2015)
Diante disso conforme a pesquisa da Unaerp, Sintomas de depressão atualmente atingem mais de 340 milhões de pessoas em todo mundo e estima-se que nos Estados Unidos aproximadamente 16% da população teve ou terá preenchido critério diagnóstico para depressão maior em algum período da vida. Apenas 25% dos adultos que sofrem de depressão buscam tratamento apesar dos avanços farmacológicos e psicoterápicos cada vez maiores (ANN HET ROT., 2009).
O estigma social e a desconfiança dos regimes médicos usados para tratar a depressão são os principais motivos que fazem com que os indivíduos não busquem tratamento, mesmo reconhecendo os sintomas (U.S. Department of Health and Human Services, 2001). Participar de um programa de exercício regular, além de não representar um estigma, tem u/m custo relativamente baixo. Além disso, pode ser seguramente prescrito e controlado na maior parte dos casos. Diversos estudos sugerem que o exercício físico regular pode estar associado à menor ocorrência de sintomas de depressão e ansiedade em indivíduos ativos e que tem efeito positivo sobre o humor, possibilitando melhor controle do estresse (LANDERS, 1999; DIMEO et al., 2001; FUKUKAWA et al., 2004; MARTIN et al., 2009)
2. Objetivo:
Com a leitura dos pesquisadores tenho como proposito compreender o impacto do exercício físico sobre a ocorrência de sintomas depressivos e ansiosos e os mecanismos envolvidos na melhoras psicológicas utilizando este método.
3. Material e Métodos
Neste trabalho foi utilizado pesquisa mecânica e assim verificado os principais pesquisadores do assunto para assim, inciar o contexto.
5. DESENVOLVIMENTO:
5.1 DEPRESSÃO 
Precisamos aqui saber o que é depressão e suas aplicações em sua vida e ao seu corpo, e o que a ansiedade pode causar ao ser humano. Assim, verificamos os que os médicos falam a respeito.
Drauzio Varella diz que a depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizado por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite. É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas.
Os fatores que podem desencadear a depressão são fatores genéticos envolvidos nos casos de depressão, doenças que podem ser provocadas por uma disfunção bioquímica do cérebro. Entretanto, nem todas as pessoas com predisposição genética reagem do mesmo modo diante de fatores que funcionam como gatilho para as crises: acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas como hipotireoidismo, consumo de drogas lícitas como o álcool, e as ilícitas como cocaína, e certos tipos de medicamentos de anfetaminas.
Mulheres parecem ser mais vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas principalmente no período fértil.
Sintomas da Depressão, além do estado deprimido, e da anedonia, que é o interesse e prazer diminídos para realizar a maioria das atividades, existem a perda de peso não intencional, distúrbio de sono, insônia ou sonolência excessiva praticamente diárias, problemas psicomotores, agitação ou apatia psicomotora, fadiga ou perda de energia constante, culpa excessiva, sentimento permanente de culpa e inutilidade, dificuldade de concentração, habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se., ideias suicidas, pensamentos recorrentes de suicídio ou morte, baixa autoestima, alteração da libido.
A depressão é uma doença incapacitante que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo. Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus, leves, moderados e graves. Além disso, ela também atinge crianças e adolescentes.
5.2 Ansiedade:
Conforme o Dr. Persio Ribeiro Gomes de Deus, Psiquiatra, a Ansiedade é uma emoção normal do ser humano, comum ao se enfrentar algum problema de trabalho, antes de uma prova ou diante de decisões difíceis do dia a dia. No entanto, a ansiedade excessiva pode se tornar uma doença, ou melhor, um distúrbio de ansiedade. Pessoas que sofrem de distúrbios de ansiedade sentem uma preocupação e medo extremos em situação simples da rotina, além de alguns sintomas físicos, o que atrapalha duas atividades cotidianas, já que eles são difíceis de controlar.
A Relação entre medo e ansiedade, é porque a ansiedade fica muito próximo da preocupação. E, preocupação nada mais é do que um aspecto do medo, que temos de que as coisas não saiam como nós gostaríamos. O tempo prolongado da ansiedade ( a chamada ansiedade crônica ) aumenta o nível de tensão e o estresse interno e pode levar ao surgimento do medo específico, além do irreal.
A ansiedade é, basicamente, uma resposta do corpo vindo do sistema nervoso autônomo, que age independente do nosso pensamento racional, que tem resposta ao estresse, preparando o corpo para fugir ou lutar em uma situação de perigo. Isso ocorre com a liberação de adrenalina, que causas reações como: Acelerar os batimentos cardíacos e contrair os vasos sanguíneos, para levar o sangue mais rapidamente. Dilatar os brônquios, para aumentara respiração e o consumo de oxigênio, diminuir a motilidade do intestino, para guardar energia como outras ações, dilatar as pupilas, para melhorar a visão mesmo em pouca luz, aumentar a liberação da glicose no sangue, para dar mais energia às células.
A Liberação do cortisol também ocorre neste processo, o que traz alguns outros impactos ao corpo, como aumento da gordura corporal, inibição do muco da parede gástrica e trazendo fadiga ao cérebro.
5.3 Pratica de exercícios 
Sabemos que a prática de atividade física faz bem para a saúde. Mas quando se trata de depressão ou de ansiedade, o exercício físico, quando feito regularmente, tem o potencial de aliviar e até atenuar os sintomas de muitas doenças, inclusive de transtornos mentais?
Quando realizamos atividade física, os hormônios mais conhecidos que são liberados sãos as endorfinas. Elas são substâncias bioquímicas analgésicas, ou seja, analgésicos naturais, que tem a sua produção no nosso corpo e é potencializada com atividades físicas. A endorfina regula as nossas emoções, após liberada traz relaxamento e sensação de bem- estar.
Podemos aqui citar "Michael Phelps" nadador americano, considerado um dos melhores do mundo. O vencedor da medalha de ouro Olímpica, ao revelar para o mundo a respeito do caso de depressão que enfrentou, mostrou as importantes conexões entre o exercício físico e depressão.
Devemos salientar que os exercícios físicos sozinhos não é uma cura para o transtorno mental. Contudo, em conjunto com a medicação, e ser acompanhado por psicoterapia, a atividade física o resultado final pode ser a melhora da saúde mental.
Pesquisadores da UFTGS, da Universidade de La Salle, da UERJ, e de outras sete universidades estrangeiras desenvolveram um estudo que avalia a relação entre a prática de exercícios físicos e a incidência de depressão, O artigo, que analisa dados de 49 outras pesquisas, foi publicado em abril na revista https://ajp.psychiatryonline.org/doi/10.1176/appi.ajp.2018.17111194. O professor da Unilasalle Felipe Schuch explica: " Pegamos todos os dados dos estudos que já foram publicados e fizemos uma análise estatística desses dados. Não colhemos dados de pessoas individualmente, apenas escrevemos essa meta-análise, esse estudo de revisão".
Explica Felipe Schuch que analisando de mais de 265 mil pessoas de 20 países diferentes, o estudo conclui que, sim, independente de idade ou localização geográfica, a atividade física funciona como prevenção à depressão. "Este estudo especificamente se refere a prevenção, e não ao tratamento. Há basicamente evidência na literatura de que, para pessoas que têm depressão, o execício pode ajudar a aliviar os sintomas. Mas o nosso estudo especificamente é um marco dizendo que quem não tem depressão hoje tem um risco menor de desenvolver depressão no futuro se fizer atividade física." diz também que "a pratica da atividade física acelera a regeneração neuronal, e esta é uma das formas pelo qual ela pode ajudar a prevenção aos transtornos depressivos.
Quanto ao nível de atividade física é necessária para prevenir a depressão, os pesquisadores não conseguiram chegar a uma definição exata.
Porém, um artigo feito pela Jama Psychiatry, que o treino de resistência não apenas é bom para o corpo, é também para a mente, podendo ajudar no alívio dos sintomas de depressão. O estudo descobriu que esse tipo de treinamento, como levantamento de peso e treino de força, esta associado a uma redução significativa dos sintomas depressivos, além fornecer os já conhecidos benefícios físicos, como prevenção de doenças crônicas e fortalecimento dos ossos e músculos.
Segundo Brett Gordon, principal autor dos estudos e pesquisador da Universidade de Limerick, na Irlanda, seria ousado da parte dele dizer que os exercícios físicos podem curar a depressão. Porém podem levar a uma melhora consideravél 
A rotina de treinamento, segundo os pesquisadores, não existem um único regime de exercícios capazes de trazer benefícios para a saúde mental. No entanto, evidências surgem que rotinas supervisionadas de até 45 minutos se mostram muito eficientes. Segundo Gordon, o Colégio Americano de Medicina Esportiva ( ACMS, sigla em inglês) fornece as seguintes diretrizes para a prática esportiva: 
·	Os treinamentos de força devem ser feitos pelo menos dois dias por semana;