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Artigo-A ADOÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS PELO DELEGADO DE POLÍCIA

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FACULDADE SÃO FRANCISCO DA PARAÍBA-FASP
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL
MARLEANNE GOMES MAIA 
A ADOÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS PELO DELEGADO DE POLÍCIA EM FACE DAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA COM BASE NO PLC 07/2016 
CAJAZEIRAS – PB
2019
MARLEANNE GOMES MAIA 
A ADOÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS PELO DELEGADO DE POLÍCIA EM FACE DAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA COM BASE NO PLC 07/2016 
Trabalho de conclusão de curso apresentado a coordenação do curso de especialização em Direito Penal e Processo Penal da Faculdade São Francisco da Paraíba - FASP, em cumprimento às exigências para obtenção do título de Especialista.
Orientador (a):
CAJAZEIRAS – PB
2019
RESUMO
O Projeto de Lei Complementar nº 07/2016 acrescenta dispositivos referentes as medidas protetivas da Lei nº 11.340/2006 dispondo sobre o direito da vítima de violência doméstica em ter amparo policial e pericial especializado além de dar outras providências. Em linhas mais específicas o PLC 07/2016 também determina que o agressor deva ser imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima caso seja verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher ou de seus dependentes. As controvérsias a respeito desta temática giram em torno da amplitude de competências conferidas a autoridade policial, comparando-a com a do Estado-juiz pelo fato de que na aplicação de medidas protetivas de urgência o Delegado de Polícia Civil pode cercear a liberdade de alguém sem que o juiz ainda tenha deliberado juridicamente sobre a matéria. Contudo, as próprias alterações do PLC 077/2016 esclarecem a amplitude das medidas protetivas informando que o juiz deverá ser comunicado no prazo máximo de 24 horas e decidirá em igual prazo sobre a manutenção ou a revisão da medida aplicada pela autoridade policial, comunicando sua decisão ao Ministério Público. Com base nisso, este estudo tem o objetivo geral de apresentar discussões a respeito do enquadramento dos novos dispositivos empregados pelo Projeto de Lei nº 07/2016 na Lei Maria da Penha, especificando a figura da autoridade policial e a possibilidade de se emitir medidas protetivas para os casos de violência doméstica que envolvam risco de vida as vítimas.
Palavras-chave: Autoridade Policial. Medidas Protetivas e de Urgência. Violência doméstica.
ABSTRACT
Complementary Law Project No. 07/2016 adds provisions regarding the protective measures of Law No. 11,340 / 2006, which provides for the right of the victim of domestic violence to have specialized police and expert support and other measures. In more specific lines, PLC 07/2016 also determines that the aggressor should be immediately removed from the home, home or place of coexistence with the victim if there is a current or imminent risk to the life or physical integrity of the woman or her dependents. The controversies surrounding this issue revolve around the extent of the powers conferred on the police authority, comparing it with that of the State Judge by the fact that in the application of urgent protective measures the Delegate of Civil Police can restrict the freedom of someone without that the judge still deliberated legally on the matter. However, the amendments to PLC 077/2016 themselves clarify the scope of the protective measures, stating that the judge must be notified within a maximum period of 24 hours and will decide at the same time on whether to maintain or review the measure applied by the police authority, to the Public Ministry. Based on this, this study has the general objective of presenting discussions about the framework of the new devices used by Bill No. 07/2016 in the Maria da Penha Law, specifying the figure of the police authority and the possibility of issuing protective measures for cases of domestic violence involving life-threatening victims.
Keywords: Police Authority. Protective and Urgent Measures. Domestic violence.
1 INTRODUÇÃO
As Delegacias da Mulher são um desafio para especialistas e para o governo brasileiro que acompanham o ponto de início do ciclo de violência que ocorre contra a mulher, idosos e crianças, assim como pelos problemas que estes mesmos órgãos de proteção enfrentam para colocarem em prática determinadas medidas de proteção. Essa foi uma questão tratada pelo Projeto de Lei 07/2016, assinado por Aloysio Nunes e que cria algumas alterações para serem acrescentadas na Lei Maria da Penha.
O Projeto de Lei nº 07/2016 já aprovado pelo Senado Federal e transformado em norma jurídica com veto parcial pelo presidente Michel Temer em novembro de 2017, foi aprovado pelo Plenário e encontra-se à Sanção. Última movimentação datada de 09 de fevereiro de 2019 na Coordenação de Arquivo (BRASIL, 2019). O Projeto dispõe especificamente sobre o direito a vítima de violência doméstica ter um atendimento pericial e policial mais especializado para o sexo feminino, especificamente.
 As alterações que a norma jurídica apresenta estão voltadas ao acréscimo de 3 (três) artigos (10-A, 12-A e 12-B, §3º) à Lei nº 11.340 (Maria da Penha), que em ordem de conteúdo abordam os seguintes institutos de proteção: atendimento policial e diretrizes mais específicas para o atendimento à mulher vítima de violência, como pro exemplo, a proibição da vítima viver sobre o mesmo espaço do agressor e evitar vitimização por parte da mesma; outra alteração se remete aos estados do país, dando maior preferência e prioridade a investimentos dentro polícia civil, com a criação de Delegacias da Mulher e núcleos investigativos femininos; e a última matéria que trata sobre estas alterações está voltada ao foco principal deste estudo, ou seja, a possibilidade dos delegados de polícia emitirem medidas protetivas ao agressor da mulher vítima de violência, quando em seu caso, especificamente, demonstre que a mesma esteja com sua vida em risco, lógico que a referida medida deverá ser notificada ao juiz dentro de 24 horas e este, emite sua resposta em até 48 horas.
A grande problemática em torno destas alterações na prática das medidas protetivas da Lei Maria da Penha está em torno da amplitude de poder concedida a autoridade policial e principalmente, a restrição da liberdade dos agressores, uma medida que só pode ser tomada pela autoridade judiciária (juiz), de acordo com a Constituição Federal de 1988. Por este motivo, por exemplo, a alteração do Projeto de Lei nº 07/2016 voltada a amplitude de poderes a autoridade policial ganha um ar de inconstitucionalidade nesta matéria. Contudo, as vítimas em nada perderão sua liberdade, pelo contrário, continuarão com seu direito de postular em sua defesa, contudo, terão de ficarem afastadas do âmbito familiar ao qual ocorreu o fato, como medida protetiva àquela família.
Apesar deste enfoque, o estudo pode ser justificável quando se tem em mente o público alvo ao qual se remetem estas medidas (mulheres, idosos, adolescentes e crianças) podem correr risco de vida mediante o tempo de aprovação que uma medida protetiva pode passar até ser aprovada pelo juiz até ser colocada em prática. Ora, é evidente a percepção de que se a autoridade policial está percebendo que a vítima de violência doméstica está vivendo um problema grave e correndo risco de vida, mediante a análise de cada caso, pode perceber a necessidade de se empregar uma medida protetiva, mesmo que temporária, seria uma alternativa positiva, mais urbana e célere para concretizar e efetivar este método de defesa.
Além disso, da problemática que o tema envolve e a importância que as medidas protetivas, na verdade, sejam mais que uma ferramenta de privação da liberdade e indivíduos agressores, sejam alternativas para salvar vidas, pois a última pesquisa do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou que o Brasil registrou 221.238 casos deviolência doméstica no ano de 2017, o que em média determinam 606 casos por dia envolvendo lesão corporal dolosa, para se ter noção da seriedade deste tema (PAULO; ACAYABA, 2018).
Assim sendo e com base no exposto, este estudo tem por objetivo apresentar discussões a respeito do enquadramento do novos dispositivos empregados pelo Projeto de Lei nº 07/2016 na Lei Maria da Penha, especificando a figura da autoridade policial e a possibilidade de se emitir medidas protetivas para os casos de violência doméstica que envolvam risco de vida as vítimas.
Em relação a metodologia utilizada, utilizou-se do método hipotético-dedutivo, de pesquisa bibliográfica e documental, de natureza básica e abordagem qualitativa, na qual o pesquisador analisa livros, artigos, doutrinas, e verifica como são aplicados os conceitos teóricos na prática, de acordo com a jurisprudência. 
No decorrer da pesquisa serão abordados pontos relevantes sobre a possibilidade de o Delegado de Polícia emitir medidas protetivas de urgência quando ocorrido o delito de violência doméstica ou familiar, partindo do conceito e características gerais das medidas protetivas de urgência, passando pela importância da atuação e das premissas incumbidas a autoridade policial e por fim refletindo e questionando sobre a possibilidade de sua aplicação efetiva por esta mesma autoridade, trazendo pós e contras.
2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA NA LEI MARIA DA PENHA
Este tópico primordial irá discorrer sobre o conceito e requisitos das medidas protetivas de urgência, de maneira sucinta, por não ser este o objetivo geral do estudo, além de apresentar as suas modalidades, divergência na doutrina sobre a natureza jurídica das medidas e o que a lei aborda sobre o descumprimento das mesmas.
2.1 DO CONCEITO E REQUISITOS DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
A Lei nº 11.340/2006 deu ao nosso país uma visão diferenciada sobre o tratamento violento cometido as vítimas de violência doméstica, onde uma das formas de coibir esse tipo de medida é através da garantia das medidas protetivas de urgência, que possuem o intuito de proteger e assegurar seus sujeitos pacientes.
As medidas protetivas de urgência são nada mais que ordens judiciais que tem por objetivo garantir a integridade física e moral da vítima de violência doméstica ou familiar, que se encontre em situação de risco. As medidas protetivas de urgência podem ser encontradas na Lei Maria da Penha, nos artigos 22 a 24, os quais apresentam um longo rol exemplificativo de medidas que se destinam tanto ao agressor quanto a vítima e seus filhos (JÚNIOR; SECANHO, 2018).
Como se trata de medida de urgência para a vítima de violência doméstica ou familiar, a mesma pode solicitar a aplicação da medida através da autoridade policial, ou do Ministério Público (MP), os quais encaminharão o pedido ao juiz para que o mesmo delibere a respeito de seu emprego. A lei prevê que a comunicação entre estes entes facilitadores à aplicação das medidas ocorra num determinado prazo, ou seja, a autoridade judicial deverá decidir a liminar no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas após o pedido ter sido requerido pela autoridade policial ou pelo Ministério Público (CARDOSO, 2018).
De acordo com a lei a violência doméstica e familiar é aquela em que se configura qualquer ação ou omissão que cause a vitima lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, dano moral ou patrimonial, e até mesmo sua morte. Diante destas circunstâncias que podem decorrer desta modalidade de violência é que as medidas protetivas podem ser concebidas de imediato, independente de manifestação do MP, ou de audiência entre as partes (GARCEZ, 2016).
2.2 DIVERGÊNCIA SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
As medidas protetivas podem também constituir um aspecto problemático, pois as vítimas, em alguns casos, podem não compreender exatamente quando estas medidas são cabíveis, para que as mesmas servem e como as obtê-las (CUNHA, 2011).
O exemplo fático destes problemas que pode surgir para as vítimas de violência doméstica pode-se verificar, por exemplo, no estudo feito em Porto Alegre-RS, onde 40% das mulheres que buscaram as Delegacias não foram informadas sobre o verdadeiro procedimento a ser feito para terem o acesso a medida (CELMER, 2010). 
O dado de pesquisa registrado acima é apenas um exemplo de problema que gira em torno das medidas protetivas de urgência, outros mais, como a omissão a respeito da natureza jurídica, onde autores como Souza (2009), Nucci (2010), afirmam serem elas medidas cautelares provisionais penais, devendo serem aplicadas somente para assegurar os meios e a própria finalidade do processo. Contudo, dentre as medidas protetivas que constam no rol do art. 22, IV e V, já existem autores que afiram terem elas natureza cível, com a necessidade da ação ser ajuizado com prazo de até 30 (trinta) dias, sob pena de ineficácia da medida protetiva. E ainda há autores que entendem ser a natureza jurídica das medidas protetivas de urgência como não cautelares, sem que demandem ação posterior, tanto de natureza cível ou penal, ficando ao livre arbítrio do juiz o tempo de duração da medida e a sua possível revogação posterior a decisão que a concedeu.
2.3 DAS MODALIDES DE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA 
A Lei Maria da Penha apresenta em seu texto duas modalidades de medidas protetivas de urgência, sendo uma delas voltadas a obriga o agressor a não praticar determinadas condutas no âmbito familiar, e outras voltadas diretamente à vítima e seus filhos ou dependetes. O art. 22 da referida lei in verbis apresenta as seguintes medidas:
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: 
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; 
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; 
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; 
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar; V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios (BRASIL, 2006).
Lembrando que a Lei Maria da Penha também prevê a proibição de qualquer tipo de contato com a vítima agredida e com testemunhas, além de vedar o contato através de redes sociais como o facebook ou whatsapp.
Como medidas de auxílio e amparo a vítima de violência doméstica ofendida pelo agressor, apresenta-se in verbis a letra dos arts. 23 e 24 da Lei Maria da Penha:
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento; 
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor; 
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; 
IV - determinar a separação de corpos. 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: 
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; 
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; 
III - suspensão das procurações conferidaspela ofendida ao agressor; 
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida (BRASIL, 2006).
Como se pode perceber, as medidas protetivas de amparo à vítima de violência doméstica também protege os bens da vítima, os quais poderão ser colocados em segurança através do bloqueio de contas, restituição ou indisposição de bens quando feitos pelo agressor. O juiz pode determinar uma dessas medidas, em cada caso, tendo a opção de substitui-las a qualquer momento, sempre que as garantias da Lei Maria da Penha forem violadas. 
Ambas as medidas voltadas ao agressor, como aquelas voltadas ao amparo da vítima e de seus filhos podem ser cumuladas, ou seja, podem ser aplicadas de maneira conjunta pela autoridade competente.
Para que as medidas protetivas de urgência possam ser requeridas, as vítimas devem inicialmente procurar uma delegacia e apresentar os fatos para serem registrados no boletim de ocorrência, requerendo a concessão das medidas protetivas necessárias para o caso em específico. Feito estes procedimentos então deverá o delegado de polícia remeter o pedido para o juiz competente, o qual apreciará seu pedido em até 48 (quarenta e oito) horas (CARDOSO, 2018).
Além de poder se direcionar inicialmente a autoridade policial para requerer a medida protetiva de urgência, em casos de maior urgência, a vítima pode através de seu bastante procurador (advogado), remeter seu pedido diretamente ao Ministério Público ou a autoridade judiciária, através do pedido peticionado, ficando o mesmo sob a mesma égide do prazo de apreciação para concessão da medida (GARCEZ, 2016).
Além das medidas rotuladas na letra da lei, a autoridade jurídica também pode emitir outras medidas consideradas de urgência, dentre elas, a recondução da vítima de violência doméstica e de seus dependentes ao domicílio, após o afastamento do agressor. Também pode ser feito o encaminhamento da vítima e de seus dependentes ao programa de proteção ou de atendimento as vítimas de violência doméstica ou familiar. Ambas aplicadas, sem prejuízo dos direitos relativos à guarda dos filhos, a bens e ao recebimento de pensão, sem deixar de mencionar que o juiz poderá requerer a execução das medidas protetivas através da força policial.
2.3 DO DESCUMPRIMENTO DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA POR PARTE DO AGRESSOR
Importante também frisar dentre as características gerais das medidas protetivas de urgência sobre a previsibilidade do descumprimento das medidas por parte do agente agressor. Assim, apresenta-se in verbis o art. 24-A da Lei Maria da Penha:
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018).
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018).
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as medidas. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018).
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018).
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018) (BRASIL, 2006).
Como se pode perceber o crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência está tipificado no art. 24 referido acima, onde esta tipicidade é uma novatio legis incriminadora, que mesmo sendo descumpridas, não irão configurar crime de desobediência a ordem de autoridade judicial, portanto, descumpridas quaisquer das medidas mensuradas acima, deverá o agente nas penas deste dispositivo legal.
4 A RELEVÂNCIA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL PARA O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO 
O Delegado de Polícia é uma das primeiras autoridades que sabem de situações fáticas as quais lhe são apresentadas, devendo com isso observar com respeito e rigor os direitos fundamentais pertencentes ao investigado e da vítima, o que o deixa imune de perseguição por parte do próprio Estado. Logo, a necessidade de que o Delegado possua um conhecimento jurídico é algo imprescindível, principalmente para que seu cargo e sua atividade possuam relevância.
Alguns dispositivos que remetem a importância da atividade e do conhecimento do Delegado de Polícia da Lei nº 12.380/2013, que in verbis indica:
Art. 2° As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. 
Art. 3° O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados.
A Lei nº 13.047/2014 também apresenta disposições sobre a importância da atuação do Delegado de Polícia:
Art. 2º-A (...) Parágrafo único. Os ocupantes do cargo de Delegado de Polícia Federal, autoridades policiais no âmbito da polícia judiciária da União, são responsáveis pela direção das atividades do órgão e exercem função de natureza jurídica e policial, essencial e exclusiva de Estado.
Art. 2º-B O ingresso no cargo de Delegado de Polícia Federal, realizado mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, é privativo de bacharel em Direito e exige 3 (três) anos de atividade jurídica ou policial, comprovados no ato de posse.”
O que apenas exemplifica como esta profissão possui resguardo jurídico, e lembrando que STF também resguarda o cargo do Delegado de Polícia através de ação do Ministro Carlos Ayres de Britto, o qual proferiu a seguinte jurisprudência: “[...] o cargo de Delegado de Polícia vem sendo equiparado àqueles integrantes das chamadas "carreiras jurídicas", a significar maior rigor na seletividade técnico-profissional dos pretendentes ao desempenho das respectivas funções” (SILVA, 2018).
Assim, resguardado pela Constituição Federal de 1988, aparece a figura do delegado de polícia, importante colaborador do sistema de persecução criminal, o qual possui um perfil fruto dos valores que sustentam a democracia e o Estado de Direito, além de atuar sabendo de seus deveres em fazer a correta aplicação da lei, desde que observe com urbanidade e ética as suas diretrizes, também é seu dever o de conduzir as investigações criminais de acordo com o seu entendimento e com as fatos que ora lhe foram apresentados, zelando tanto pela elucidação do fato criminoso como pelo respeito aos direitos do investigado, constituindo-se, a toda evidência, em um garantidor de direitos (GARCEZ, 2016).
Nesta perspectiva, informa o Ministro Celso de Melo:
Na condição de primeiro garantidor da legalidade e da Justiça, o delegado de polícia não pode adotar uma visão unifocal na presidência da investigação criminal, de modo a desprezar as garantias e os direitos individuais do investigado; deve, sim, exercer as suas funções com circunspecção (CARVALHO, 2010, p. 89).
Através destes preceitos legais, doutrinários e jurisprudenciais percebe-se a essencialidade do Delegado para à sociedade e também para o Estado, sendo notório que para exercer o cargo, este profissional deve cumprir prerrogativas e garantias, assim como as que também são cumpridas por juízes e ministros (SILVA, 2018).
A exemplo de funções que o Delegado de Polícia Civil ou Federal devem fazer cumprir no Estado Democrático de Direito, o mesmo deve proteger os bens jurídicos que esteja ameaçados de condutas lesivas, apurar os delitos com imparcialidade, decoro e compatibilidade com o sistema processual das partes, e proteger o acusado, suspeito ou investigado dos excessos punitivos do Estado, além de sempre dever considerar o princípio da dignidade da pessoa humana (GRAZES, 2016).
Logo, a função que o delegado exerce no comando das investigações criminais assemelha-se, a toda evidência, à função que o juiz desempenha na condução dos processos. Tantoo delegado de polícia quanto o juiz de direito desempenham um papel de presidência dos trabalhos, aplicando o Direito em casos concretos, cada um na sua esfera de atuação. Não raro, o delegado de polícia recebe do legislador o tratamento por "autoridade de polícia judiciária" (GARCEZ, 2016, p. 1).
Percebendo a relevância social e jurídica que o Delegado de Polícia possui para o Estado e sociedade, pode-se mencionar que no momento em que lhe forem empregadas mais prerrogativas e garantias no dever se duas funções, o mesmo não estará extrapolando a constituição e o dever do juiz de cercear a liberdade dos indivíduos, pelo contrário, estará facilitando a atividade ao qual lhe foi incumbida com dedicação, cumprindo os mandamentos legais e constitucionais.
5 ENQUADRAMENTO DAS MEDIDAS PROTETIVAS EM FAVOR DE VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PELO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
Sabendo que a Lei Maria da Penha surgiu com o intuito de coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, ainda assim a sua essência não é suficiente para fazer com que as medidas protetivas previstas neste instrumento legal consigam ter efetividade e possam tramitar com a eficiência e prática desejada.
Interessante perceber que o nome do próprio instituto: medidas protetivas de urgência. Já demonstra a rapidez com que o Estado tenha de agir, não podendo esperar para que a pessoa ofendida por tal ato de violência seja vitimada novamente, além de permitir que o próprio agressor viva livre e próximo de sua companheira (o) (CASTRO; CARNEIRO, 2014).
O Estado-juiz sempre foi o responsável pela efetiva e aplicação e decisão final das medidas protetivas às vítimas de violência doméstica e familiar, contudo, pode-se exemplificar o quanto o instituto de proteção apresenta atraso na aplicação de determinadas medidas, como no estado do Acre, o qual foi visto relatório extraído da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), em julho de 2013, que o juiz competente demora em média entre 1 (um) a 6 (seis) meses para analisar o pedido. Ora, um tempo considerado razoável para que a vítima fique em dúvida no prosseguimento de tal medida, acabando com a necessidade de apreciação efetiva da medida de urgência (SILVA, 2018).
O julgado abaixo é um exemplo de reconhecimento do Poder Judiciário na demora de atuação do próprio órgão à viabilização de medida protetiva:
LEI MARIA DA PENHA . APELAÇÃO CÍVEL. MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA. ARQUIVAMENTO DOS AUTOS. PRESENTES AS CONDIÇÕES DA AÇÃO. DEMORA DO PODER JUDICIÁRIO. APELAÇÃO PROVIDA. I - O principal objetivo da Lei Maria da Penha é coibir e prevenir a violência doméstica e estabelecer medidas de assistência e proteção às mulheres. II - No presente caso, a demora para o cumprimento da medida protetiva deve-se, exclusivamente, ao Poder Judiciário, que deixou de cumprir as disposição da Lei nº 11.340 /06. III - Não há necessidade da representante informar nos autos que a medida foi descumprida, posto que já fez a, sendo obrigação do Poder Judiciário fazer com que a medida seja efetivada. IV - Apelo provido. (TJ-MA - Apelação APL 0346752014 MA 0001440-80.2011.8.10.0005 (TJ-MA), Data de publicação: 26/02/2015).
São exemplos de medidas protetivas: “[...] proibir a aproximação e o contato do agressor com a vítima; vedação de frequentar certos lugares por parte do agressor; e o encaminhamento a programas de proteção e a recondução da ofendida ao lar após a saída do agressor” (SILVA, 2018, p. 2). Estes são exemplos de medidas preventivas previstas na Lei Maria da Penha.
Segundo decisão jurisprudencial proferida pelo Ministro Néri da Silveira: 
[...] é a Constituição Federal quem nomina os atos sujeitos à reserva de jurisdição, atribuindo-os, com exclusividade, aos membros do Poder Judiciário. Vale dizer que nenhuma das medidas protetivas em discussão constam na Constituição como exclusivas do Poder Judiciário e o poder judicial de verificar a regularidade do ato continua válido (STF - Pleno - MS n.° 23.642/DF, decisão: 29-11-2000).
Com o referido entendimento jurisprudencial, fica perceptível que por mais que a decisão final seja a do juiz, decisões estas voltadas à reserva de jurisdição, ainda assim as medidas protetivas não são um instrumento de combate à violência doméstica exclusivas de serem aplicadas por esta autoridade jurídica, pelo contrário, as medidas protetivas de urgência devem ser destinadas a uma autoridade que de fato e de início já se depara com a situação abarcada por tais medidas e que lógico, possam causar perigo de vida às vítimas.
Assim como menciona Santos (2018), o delegado de polícia é uma autoridade que possui atribuições legais para decretar prisões em flagrante, medida esta que restringe por completo o direito de liberdade dos indivíduos, qual seja a liberdade de locomoção, por exemplo. Assim sendo, vale também lembrar que nos termos do PLC 07/2016 em análise, a autoridade policial tem prazo para fazer cumprir a concretização da medida tomada e colocada em prática, devendo dar ciência ao juiz. Isso demonstra que diferente do que as repercussões tanto indagam a respeito do Delegado de Polícia agir sozinho, 
Percebe-se, destarte, que não se está retirando do magistrado a possibilidade de verificar a medida mais adequada ao caso, o que demonstra o caráter provisório da decisão exarada pela autoridade policial.
A partir da contribuição doutrinária acima, ficou claro também que ao ser concedida mais uma abertura em aplicar medidas de proteção urgentes à competência do Delegado de Polícia, o mesmo não terá total abertura, sem premissas a serem cumpridas, pelo contrário, deverá no prazo de 24 (vinte e quatro) horas comunicar a autoridade judiciária competente sobre a aplicação de tal medida e aguardar, consequentemente, a decisão final do juiz sobre manter ou não a aplicação de tal medida.
Na jurisprudência do Distrito Federal, abaixo, pode-se perceber o reconhecimento do emprego das medidas de urgência em casos de violência doméstica ocorrendo risco de vida à vítima:
PETIÇÃO. AMEAÇA NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES DOMÉSTICAS. MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA. A Lei Maria da Penha criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, que compreende, não só a violência física, mas, também a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional. Cabível o deferimento de medidas protetivas de urgência quando há indícios de que a vítima sofreu ameaça de morte, sendo forçada abandonar o imóvel em que reside, juntamente com o filho do casal, em razão do temor que lhe incutiu a ameaça (TJ-DF. Petição PET 20150020232148 (TJ-DF), Data de publicação: 13/10/2015).
As discussões a respeito do emprego de medidas protetivas de urgência pelo Delegado de Polícia, podem facilmente serem comparadas a outras medidas restritivas de direitos que esta mesma autoridade já possui, por exemplo, a prisão em flagrante (art. 304, CPP), medida esta, considerada muito mais restritiva de direitos, que a aplicação de uma medida protetiva. Sem deixar de notar que a esta mesma autoridade também é permitido a apreensão de bens e a requisição de perícias, dentre outras medidas que deixam aquelas foco deste estudo pormenorizadas e carentes de uma aplicação mais efetiva e imediata.
Complementa a doutrina que é indispensável assegurar à autoridade policial ter a alternativa em solucionar um delito que possa por em risco a vida da vítima, pois constatada a existência de risco atual ou iminente à vida ou integridade física e psicológica, a mesma pode aplicar provisoriamente, até deliberação judicial, algumas das medidas protetivas de urgência, intimando desde logo o agressor (DIAS, 2017).
A Comissão de Constituição e Justiça emitiu parecer relativo ao Projeto de Lei Complementar 07/2016, dissertou que o papel da autoridade policial é fundamental, pois os Delegados são os primeiros a garantirem direitos aos cidadãos vítimas de delitos penais, portanto sua atuação é baseada na apuração dos fatos em conjunto com seu embasamentojurídico e imparcial das investigações.
Fazer com que a autoridade policial cumpra medidas protetivas de urgência é fazer garantir que o nosso próprio país cumpra com a ratificação e objetivo dos Acordos Internacionais aos quais faz parte, ou seja, isso reforça as diretrizes da Lei Maria da Penha em sua origem (SANTOS, 2018).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no que hora foi exposto anteriormente, percebe-se que a alteração legislativa proposta pelo PLC nº 07/2016 na Lei Maria da Penha não significa a total solução do problema da violência doméstica no Brasil, pelo contrário, a efetivação de qualquer lei depende das políticas públicas. E ainda, a permissão para que os Delegados de Polícia também possam emitir medidas de proteção às vítimas de violência doméstica e familiar não interfere nem invade as competências unas do poder judiciário, pelo contrário, isso colabora com a efetivação de direitos e principalmente, com o respeito pela luta e integridade física das vítimas dessa modalidade de violência.
Observar evolução normativa e a concessão de medidas de proteção e urgência serem empregadas pelo Delegado de Polícia passarem por obstáculos, é preocupante, pois a vítima de violência doméstica e familiar está aguardando o socorro necessário à garantia de sua integridade física e psicológica.
Sendo o Estado uno, possuindo seus três poderes independentes e facilitadores para a colaboração deste objetivo, proteção, não há o que se falar também sobre invasão de competência, pois todos os atos cometidos estarão, como sempre, supervisionados e buscando o respeito e a dignidade dos entes jurídicos amparados.
REFERÊNCIAS
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