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DIETAS DA MODA Unidade Curricular: Nutrição Estética 6o Semestre Prof. Viviane Bellucci Pires de Almeida PESQUISAS APONTAM - BRASILEIROS Deseja perder peso Alega já ter prejudicado a saúde para emagrecer Faz dieta constantemente por conta própria Recorre a profissionais (nutricionista) para orientação sobre dieta 49% 31% 30% 1% MAIS DA METADE BRASILEIRO ACIMA DO PESO OBESIDADE Classificada (OMS): Epidemia do século XXI Alimentação possui um papel fundamental no tratamento Surgem novas dietas para combater a obesidade/excesso de peso Aumento da Prevalência DIETA DA LUA DIETA DETOX CARDÁPIO DETOX DIETA BEVERLY HILLS Por muitos anos Estudos de intervenção nutricional visando a perda de peso corporal focados em reduzir a gordura dietética Poucos resultados positivos a longo prazo; sendo proposta na atualidade novas estratégias dietéticas Dieta cetogênica - composta em grande parte por gorduras e importante restrição de carboidratos. Dieta composta de alto teor de gordura, mas níveis insuficientes de carboidratos para as necessidades metabólicas, forçando o corpo usar gordura como fonte de combustível. Dieta original: 90% - Gordura 10% - Proteína e Carboidrato. *outras abordagens científicas com variações na oferta dos macronutrientes Os lipídios são metabolizados pelo fígado e sua oxidação gera os corpos cetônicos, que devido à falta de carboidratos são utilizados pelo organismo como fonte de energia. Como há excesso de lipídios, ocorre um aumento na produção dos corpos cetônicos e, consequentemente, cetose. FISIOLOGIA CETOSE Após jejum prolongado ou dieta com um teor muito reduzido de HC Reservas de glicose insuficientes Fornecimento de glicose ao SNC Produção de oxaloacetato para oxidação normal da gordura no ciclo de Krebs Glicose forma-se a partir de duas fontes: • aminoácidos glicogénicos (glutamina e alanina) • glicerol libertados via quebra de triglicerídeos Nos primeiros dias DC, a principal fonte de glicose é a neoglicogenese A partir de aminoácidos (AA) Depois de 30 dias, a contribuição de AA diminui enquanto aumenta a quantidade de glicose proveniente de glicerol. O SNC não pode usar ácidos graxos como fonte de energia (não atravessam a barreira hematoencefálica), portanto, a glicose é normalmente o único combustível para o cérebro humano. SNC precisa de uma fonte de energia alternativa. O corpo humano metaboliza os depósitos de gordura (lipólise) e os ácidos gordos livres - β-oxidação Dando lugar aos corpos cetónicos: acetoacetato (AcAc), β- hidroxibutirato (BHB) e acetona. FISIOLOGIA CETOSE Cetogénese (matriz mitocondrial no fígado) • Corpos cetônicos (cc) começam a ser utilizados como fonte de energia pelo SNC quando atingem uma concentração de cerca de 4 mmol / L. • Os níveis sanguíneos cc em pessoas saudáveis não excedem 8 mmol /l, precisamente porque o SNC usa, com eficiência, essas moléculas como energia em vez de glicose. Cetose fisiológica: cetonemia atinge níveis máximos de 7/8 mmol / L sem alteração no pH Cetoacidose diabética descontrolada: cetonemia pode exceder 20 mmol / L com uma redução concomitante do pH do sangue FISIOLOGIA CETOSE CETOSE X CETOACIDOSE A cetose nada mais é do que um estado normal do metabolismo, que ocorre na ausência de glicose. Cetoacidose condição decorrente do diabetes. • hiperglicemia grave • acidose metabólica • distúrbios hidroeletrolíticos DIETA CETOGÊNICA E EPILEPSIA Nos anos 20 e 30, era utilizada como uma estratégia terapêutica para pacientes com epilepsia, doença caracterizada por desarranjo do sistema nervoso A oferta excessiva de gordura é capaz de manter o mecanismo metabólico de inanição, situação onde os lipídeos são usados como fonte energética, mantendo um estado de cetose. A concentração dos corpos cetônicos no plasma, o grau de acidose, a desidratação parcial, mudanças na concentração lipídica e a adaptação metabólica do cérebro decorrentes da cetose seriam os principais fatores responsáveis pelo controle das crises. ESTUDOS CONTROVERSOS Revista A1 Revista A1 ESTUDOS CONTROVERSOS Estudo tem demonstrado que essas dietas parecem ser uma boa estratégia no processo de emagrecimento e redução de gordura corporal. Além de favorecer a perda de peso: • Contribui positivamente para um perfil lipídico não aterogênico • Diminui a pressão arterial • Diminui a resistência à insulina com uma melhora nos níveis sanguíneos de glicose e insulina em jejum • Aumentam a performance em esportes aeróbicos Redução do peso corporal: • Utilização das reservas de glicogênio muscular • Para cada grama de carboidrato, existem três gramas de água em nosso organismo = perda de água Atenção: A “desidratação” e seus efeitos deve ser controlada com a recomendação de ingestão de água em torno de 60 a 70ml/kg/dia. ESTUDOS CONTROVERSOS A DC pode ser útil como parte do tratamento de diabetes mellitus tipo 2 e epilepsia (muito bem estabelecida). Surgem também na literatura outras indicações clínicas como: para o acne, o cancro, o síndrome do ovário policístico (SOP), doenças neurológicas (Alzheimer, Parkinson, Autismo, Esclerose Múltipla), entre outras, para as quais as evidências neste momento são apenas emergentes. Na perda de peso esta dieta mostrou ser eficaz, a curto e médio prazo; mas esta mesma dieta suscita preocupações entre os profissionais de saúde ESTUDOS CONTROVERSOS ESTUDOS CONTROVERSOS O APETITE E A DC A "fome" é a principal causa de abandono das dietas com restrição energética. Controle da fome: 2 hormônios Insulina Leptina Obesos - os níveis de insulina e leptina são mais elevados Elevação constante levam a uma resistência Perda parcial do sinal de saciedade ao cérebro. A DC demonstrou combater essa resistência metabólica, diminuindo os níveis séricos de leptina e insulina. OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES E A DIETA CETOGÉNICA Uma preocupação comum : é que qualquer aumento na ingestão de gordura, aumentará o risco de doenças cardiovasculares. Vários estudos são utilizados para estabelecer diretrizes dietéticas Utilização de uma dieta com baixo teor de gordura Prevenção da DCV EFEITOS COLATERAIS DAS DC Sintomas são especialmente predominante no período de adaptação à dieta, desaparecendo após 1 mês de dieta. • Dor de cabeça • Fadiga muscular • Cólicas • Náuseas • Na metanálise de todas as coortes (432 179 participantes), tanto o baixo consumo de carboidratos (<40%) quanto o alto consumo de carboidratos (> 70%) conferiram maior risco de mortalidade do que a ingestão moderada. • Os resultados variaram de acordo com a fonte de macronutrientes: a mortalidade aumentou quando os carboidratos foram trocados por gordura ou proteína derivada de animais.
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