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Clínica de grandes animais introduçao

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Clínica de grandes animais 
CLASSE: mammália
Possuem glândulas mamárias para alimentarem os filhotes, pelos e/ou glândulas sudoríparas para termorregulação e sistema nervoso altamente diferenciado.
Animais com cascos são divididos em 2 ordens:
Artiodáctilos
Cascos com número par de dedos
ex: família – Bovidae (bovinos)
Perissodáctilos
Cascos com número ímpar de dedos. 
Ex: família – Equidae (equinos)
Equídeos
Equinos (garanhão e égua)
Asininos (jumento/asno e jumenta)
Muares (burro e mula) = híbridos inférteis gerados a partir do cruzamento de Jumento x égua / garanhão x jumenta
Há doenças que não podem ser tratadas iguais em muares, equinos e asininos por serem diferentes.
Ruminantes
Existem os bubalinos e bovinos (taurinos ou zebuínos). Os pequenos ruminantes são os ovinos e os caprinos e a diferença entre eles são a fossa lacrimal e glândulas interdigitais que os ovinos possuem e os caprinos não.
DEFINIÇÃO E TERMINOLOGIAS
Síndrome = conjunto de sintomas que caracterizam uma doença
Claudicação = alteração de locomoção ou apoio de um ou mais membros
Profilaxia (profilático) = tratamento preventivo
Conduta terapêutica = tratamento de cura
Patogenia = origem da doença 
Patologia = estudo da doença 
SINAL X SINTOMA
Sinal é o que é observado pelo médico veterinário e o sintoma é o que o animal apresenta, ou seja, o sintoma é a alteração do sinal.
Frequência respiratória = sinal 
Taquipneia = sintoma
Sintomas podem ser classificados:
Local = Apenas uma região acometida
Geral = Comprometimento de todo organismo 
Principais = Pode ser local ou geral. É o que diz qual o sistema envolvido. (prurido = tegumentar)
Patognomônicos = Caracteriza exatamente a doença (Equinos = se faz algum movimento próximo e o animal protuz a 3ª pálpebra dos dois olhos = é com certeza tétano)
OBS: dependendo da espécie os sintomas principais mudam o sistema que é acometido. (Em grandes = tosse indica sistema respiratório, já nos pequenos indica sistema cardiológico)
Identificação
NOME/IDENTIFICAÇÃO = para não trocar fichas e não confundir tratamentos.
IDADE = Doenças mais comuns em cada idade.
SEXO = Doenças sexo-específicas
PESO = Cálculo para dose de medicamentos.
ESPÉCIE = tratamentos específicos para cada espécie.
RAÇA = raças predispostas a algumas doenças.
HISTÓRICO
Tudo pelo o que o animal já passou, há quanto tempo possui tal sintoma, se já apresentou anteriormente os mesmos sintomas. 
ANAMNESE
O que está apresentando no momento, sintomas.
Pontuar tudo o que é importante para o diagnóstico. 
Sempre fazer: 
Se está comendo? O que? Como armazena?
Castrado ou não?
Defecação e micção? Aspecto se der
Vacinação e vermifugação
Tratamento prévio ou presente
Tosse e/ou espirros
Intervenções invasivas
Medicações
Vômitos e diarreias
Contactantes (mesma espécie ou não)
Meios semiotécnicos
INSPEÇÃO
Direta:
Condições de pelo e pele
Estado geral
Mucosas 
Claudicação (trote)
Inchaços
Ectoparasitas
Indireta:
Uso de instrumentos (lâmpadas, lupas, termômetro, otoscópio, etc)
PALPAÇÃO
Direta:
Pressão/digipressão
Indireta:
Pinças/sondas/pinça de casco
Consistências
Mole (tc. adiposo/edema)
firme (tc. muscular)
dura (tc.. ósseo)
Conteúdo
Pastoso (bexiga com areia)
crepitante (ar)
flutuante 
Temperatura 
Quente
frio
PROVA DE GODÊT
Se a digipressão ficar marcada é godê positivo, ou seja, há presença de edema (acúmulo de líquido no interstício). Se tiver inchado e não tiver godê positivo não é edema. (edema sempre será godê+)
pode ser:
Frio = não inflamatório
Quente = inflamatório
PERCURSSAO
Direta:
Com os dedos
Indireta:
Uso de martelo
Sons:
Claro = rígido, mas com ar 
Timpânico = som propagado (tambor) acúmulo sob pressão de ar ou gás = órgão cavitário ou abdominal com gás.
Maciço = não tem ar, acúmulo de secreção.
AUSCULTAÇÃO
Cardíaca
sons (sístole e diástole) e bulhas (válvulas abrindo e fechando)
Respiratória
laringo traqueal propagado (traqueia) e murmúrio vesicular (pulmão)
Intestinal
borborigmos (delgado e colón) ou descarga ileocecal (equinos D), rolamento do rumem (ruminantes E).
OLFAÇÃO
odores
normal = cheiro normal daquilo (não quer dizer que é bom ou ruim)
inodoro = sem cheiro 
fétido = viroses, carniça, cheiros ruins
azedo = vomito
cetônico = acetona.
EXAMES COMPLEMENTARES
Técnicas de coleta (ex: biopsia)
Exame (ex: histopatológico)
Laboratoriais
Hemograma 
Sorologia 
Urinálise
Cultura e antibiograma 
Exames de imagem
RX
USG
Endoscopia
Cintilografia, tomo, RM
DIAGNÓSTICO
Não deve ser precipitado nem tardio, mas pode ser duvidoso
“Erros” comuns de diagnóstico:
Anamnese incompleta ou falha
Exame físico superficial ou feito sem minuciosidade
Conhecimento inadequado dos exames disponíveis
Impulso em tratar antes de estabelecer um diagnóstico correto

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