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Caderno 6 10 - Matemática

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Currículo em Debate - Goiás
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS - CONVITE À AÇÃO 
6.10
 
Reorientação Curricular do 1º ao 9º ano
MATEMÁTICA
GOIÂNIA - 2009
Governador do Estado de Goiás
Alcides Rodrigues Filho
Secretaria de Estado da Educação
Milca Severino Pereira
Superintendente de Educação Básica
José Luiz Domingues
Núcleo de Desenvolvimento Curricular
Flávia Osório da Silva
Maria do Carmo Ribeiro Abreu
Coordenadora do Ensino Fundamental
Maria Luíza Batista Bretas Vasconcelos
Gerente Técnico-Pedagógica do 1º ao 9º ano
Maria da Luz Santos Ramos
Elaboração do Documento
Equipe do Núcleo de Desenvolvimento Curricular
Equipe de Apoio Pedagógico 
Maria Soraia Borges, Wilmar Alves da Silva
Equipe Técnica das Subsecretarias Regionais de Educa-
ção do Estado de Goiás
Anápolis, Aparecida de Goiânia, Campos Belos, Ca-
talão, Ceres, Formosa, Goianésia, Goiás, Goiatuba, 
Inhumas, Iporá, Itaberaí, Itapaci, Itapuranga, Itumbia-
ra, Jataí, Jussara, Luziânia, Metropolitana, Minaçu, 
Mineiros, Morrinhos, Palmeiras de Goiás, Piracanju-
ba, Piranhas, Pires do Rio, Planaltina de Goiás, Poran-
gatu, Posse, Quirinópolis, Rio Verde, Rubiataba, Santa 
Helena de Goiás, São Luís de Montes Belos, São Mi-
guel do Araguaia, Silvânia, Trindade, Uruaçu
Equipes escolares
Diretores, secretários, coordenadores pedagógicos, 
professores, funcionários, alunos, pais e comunidade
Assessoria (6º ao 9º ano)
Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e 
Ação Comunitária (CENPEC)
Presidente do Conselho Administrativo: Maria Alice Setubal 
Superintendente: Maria do Carmo Brant de Carvalho
Coordenadora Técnica: Maria Amábile Mansutti 
Gerente de Projetos: Anna Helena Altenfelder
Coordenadora de Projeto: Meyri Venci Chieffi
Assessoria Pedagógica: Maria José Reginato
Assessoria da Coordenação: Adriano Vieira
Assessoria por área de conhecimento: Adriano Viei-
ra (Educação Física), Anna Josephina Ferreira Dorsa 
(Matemática), Antônio Aparecido Primo (História), 
Conceição Aparecida Cabrini (História), Flávio Au-
gusto Desgranges (Teatro), Humberto Luís de Jesus 
(Matemática), Isabel Marques (Dança), Lenir Morga-
do da Silva (Matemática), Luiza Esmeralda Faustinoni 
(Língua Inglesa), Margarete Artacho de Ayra Mendes 
(Ciências), Maria Terezinha Teles Guerra (Arte), Silas 
Martins Junqueira (Geografia)
Apoio Administrativo: Solange Jesus da Silva
Parceria
Fundação Itaú Social
Vice-Presidente: Antonio Jacinto Matias
Diretora: Ana Beatriz Patrício
Coordenadoras do Programa: Isabel Cristina Santana 
e Maria Carolina Nogueira Dias
Supervisão Editorial
Felícia Batistta
Docentes da UFG, PUC-GO e UEG
Adriano de Melo Ferreira (Ciências/UEG), Agostinho 
Potenciano de Souza (Língua Portuguesa/UFG), Alice 
Fátima Martins (Artes Visuais/UFG), Anegleyce Teodo-
ro Rodrigues (Educação Física/UFG), Darcy Cordeiro 
(Ensino Religioso/CIERGO), Denise Álvares Campos 
(CEPAE/UFG), Eliane Carolina de Oliveira (Língua 
Inglesa/UFG), Eduardo Gusmão de Quadros (Ensino 
Religioso/PUC-GO), Eguimar Felício Chaveiro (Ge-
ografia/UFG), Lucielena Mendonça de Lima (Lingua 
Espanhola/UFG), Maria Bethânia S. Santos (Matemá-
tica/UFG), Noé Freire Sandes (História/UFG)
Digitação e Formatação de Texto (versão preliminar)
Equipes das áreas do Núcleo de Desenvolvimento 
Curricular
Projeto e Editoração gráfica
Ana Paula Toniazzo Antonini
Matemática 3
SUMÁRIO
Apresentação .................................................................................. 7
Um Diálogo Entre a Universidade e a 
Rede Pública de Ensino .................................................................... 11
Os desafios do processo de elaboração das sequências didáticas ....... 13
Um Olhar Matemático ...................................................................... 19
A Educação Como Estratégia: Uma 
Matemática ao Alcance de Todos ..................................................... 20
Sequência Didática 6º Ano - Os Números 
Racionais no Cotidiano ............................................................. 25
Apresentação da Proposta ................................................................ 27
Atividades Para Identificação dos 
Conhecimentos Prévios ..................................................................... 29
Atividade 1 – Classificação e Funções do Número .............................. 29
Atividade 2 – Representações do Número .......................................... 33
Atividades Para Ampliação dos Conhecimentos .................................. 34
Atividade 3 – Funções e Representação do Número ............................ 34
Atividade 4 – Comparação de Números ........................................... 38
Atividade 5 – A Bandeira ................................................................. 42
Atividade 6 – Jogo “Na Trilha dos Racionais” ..................................... 44
Atividades para Sitematização dos Conhecimentos ............................. 46
Atividade 7 – Produzindo um Texto Com as Aprendizagens .................. 46
Sequência Didática 6º Ano - Brincando 
Com Racionais ....................................................................... 49
Apresentação da Proposta: ............................................................... 51
Currículo em Debate - Goiás4
Atividades Para Identificação dos 
Conhecimentos Prévios ..................................................................... 53
Atividade 1 – Dobrando Folhas ......................................................... 53
Atividade 2 – Escrevendo Frações Correspondentes ............................. 56
Atividade 3 – Comparando as Partes ................................................ 56
Atividade 4 – Comprando o Lanche com Folhas ................................ 58
Atividade 5 – Resolvendo Algumas Operações Com Frações................. 60
Atividades Para Ampliação dos Conhecimentos .................................. 60
Atividade 6 – Quebra Cabeça Hexagonal ......................................... 60
Atividade 7 – Jogo Amarelinha ......................................................... 66
Atividades Para Sistematização dos Conhecimentos ............................ 70
Atividade 8 – Escrever uma Carta Contendo o Que Aprendi ................ 70
Atividade 9 – Completar o Texto Com o Que Falta ............................. 71
Sequência Didática 6º Ano - Presença 
da Geometria no Dia-a-Dia .................................................... 81
Apresentação da Proposta ................................................................ 83
Atividades Para Identificação dos 
Conhecimentos Prévios ..................................................................... 85
Atividade 1 – Dinâmica de Formação de Grupos ................................ 85
Atividade 2 – As Formas Geométricas no Cotidiano............................ 86
Atividade 3 – As Embalagens Tem Formas .......................................... 88
Atividades Para Ampliação do Conhecimento ..................................... 89
Atividade 4 – Estudando as Formas Por Meio de Objetos ..................... 89
Atividade 5 – Moldes e Figuras ........................................................ 91
Atividade 6 – Investigando Um Molde ............................................... 94
Atividade 7 – Construindo Uma Caixa Por Meio de Dobradura ............ 95
Atividade Para Sitematização dos Conhecimentos ............................... 97
Atividade 8 – Produzindo um Texto Com as Aprendizagens .................. 97
Sequência Didática 7º Ano - Superfície 
Sob Medida: Área ...................................................................... 109
Matemática 5
Apresentação da Proposta ................................................................ 111
Atividades Para Identificação dos 
Conhecimentos Prévios .....................................................................113
Atividade 1 – Uma Conversa Sobre Área ........................................... 113
Atividade 2 – O Cálculo de Área ...................................................... 113
Atividades Para Ampliação dos Conhecimentos .................................. 115
Atividade 3 – Brincando Com Minós .................................................. 115
Atividade 4 – Figuras Quadriculadas ................................................. 118
Atividade 5 – Área de Superfície de Sólidos ....................................... 121
Atividade Para Sitematização dos Conhecimentos ............................... 122
Atividade 6 – Retomando o Que foi Estudado ..................................... 122
Atividade 7 – Aplicações do Cálculo da Área ..................................... 123
Sequência Didática 7º Ano - O Fantástico 
Mundo da Geometria ................................................................ 131
Apresentação da Proposta ................................................................ 133
Atividades Para Identificação dos
Conhecimentos Prévios ..................................................................... 134
Atividade 1 – Formas Bidimensionais e Tridimensionais ........................ 134
Atividade 2 – Características Das Figuras ........................................... 135
Atividades Para Ampliação do Conhecimento ..................................... 138
Atividade 3 – Figuras Bidimensionais e Tridimensionais ........................ 138
Atividade 4 – Diferentes Formas ........................................................ 141
Atividade 5 – Poliedros e Sólidos Que Rolam ...................................... 142
Atividade 6 – Poliedros Regulares ...................................................... 144
Atividades de Sistematização ............................................................ 146
Atividade 7 – Completando o Mapa Conceitual .................................. 146
Sequência Didática 7º Ano - Nossa Escola, 
Nosso Patrimônio .................................................................. 151
Apresentação da Proposta ................................................................ 153
Currículo em Debate - Goiás6
Atividade Para Identificação dos 
Conhecimentos Prévios ..................................................................... 154
Atividade 1 – Sensibilização ........................................................... 154
Atividade 2 – O Croqui da Escola ..................................................... 157
Atividades Para Ampliação do Conhecimento ..................................... 158
Atividade 3 – Aperfeiçoando o Croqui ............................................... 159
Atividade 4 – Organizando as Ideias ................................................ 163
Atividade 5 – Reforma de Uma Sala de Aula ...................................... 163
Atividade Para Sistematização dos Conhecimentos .............................. 167
Atividade 6 – Aprendendo Com o Espaço .......................................... 167
Gêneros Textuais .............................................................................. 169
Bibliografia: .................................................................................... 172
Matemática 7
APRESENTAÇÃO
A Secretaria de Estado da Educação entrega à comunidade escolar o Ca-
derno 6, da série Currículo em Debate, um valioso subsídio que oferece contri-
buições didáticas aos professores e possibilita o desenvolvimento de atividades 
mais dinâmicas em sala de aula e a participação ativa dos estudantes. A série 
integra o processo em que se discute o currículo nas escolas públicas promovi-
do pelo Governo do Estado de Goiás: o programa de reorientação curricular.
Todos os cadernos da série foram escritos em parceria com as Universidades 
Federal, Católica e Estadual de Goiás, com o Centro de Estudos e Pesquisa em 
Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), com a Fundação Itaú So-
cial e com professores da rede pública estadual. Este caderno, especificamente, 
contém sequências didáticas para o ensino de conteúdos do 1º ao 7° ano do 
Ensino Fundamental, apresentando sugestões metodológicas com propostas de 
atividades diversificadas.
Desejamos que este documento seja uma referência positiva para todos os 
docentes goianos, pois as sugestões apresentadas revelam o que os professores 
estão desenvolvendo na sala de aula. Afinal, para nosso orgulho, as Sequên-
cias Didáticas foram elaboradas por professores e professoras da nossa rede que 
transformam o fazer pedagógico em experiências significativas.
Esta publicação reafirma nossa convicção de que a educação pública em 
nosso Estado contribui, de modo efetivo, para a formação integral do ser hu-
mano e para a transformação das relações sociais e ambientais, apontando 
caminhos em direção a um mundo melhor para todos. 
Conheçam as Sequências Didáticas, apropriem-se delas e valorizem os autores 
e colaboradores responsáveis pela elaboração destes Cadernos que revelam, 
em cada sugestão, em cada página, caminhos para que a educação pública em 
Goiás beneficie cada vez mais o estudante. Considerem o Caderno 6 como mais 
um instrumento a ser utilizado no processo de ensino e de aprendizagem.
Com justo reconhecimento, dedicamos esta publicação a todos os professores de 
Goiás, que se esforçam por uma educação mais humana, educando e construindo, 
no dia-a-dia, novas e criativas formas de pensar e agir. Façam bom uso dela.
Milca Severino Pereira
Secretária de Estado da Educação de Goiás
Governador do Estado de Goiás
Alcides Rodrigues Filho
Secretaria de Estado da Educação
Milca Severino Pereira
Superintendente de Educação Básica
José Luiz Domingues
Núcleo de Desenvolvimento Curricular
Flávia Osório da Silva
Maria do Carmo Ribeiro Abreu
Coordenadora do Ensino Fundamental
Maria Luíza Batista Bretas Vasconcelos
Gerente Técnico-Pedagógica do 1º ao 9º ano
Maria da Luz Santos Ramos
Elaboração do Documento
Equipe do Núcleo de Desenvolvimento Curricular
Equipe de Apoio Pedagógico 
Maria Soraia Borges, Wilmar Alves da Silva
Equipe Técnica das Subsecretarias Regionais de Educação do Estado de Goiás
Anápolis, Aparecida de Goiânia, Campos Belos, Catalão, Ceres, Formosa, Goianésia, Goiás, 
Goiatuba, Inhumas, Iporá, Itaberaí, Itapaci, Itapuranga, Itumbiara, Jataí, Jussara, Luziânia, Me-
tropolitana, Minaçu, Mineiros, Morrinhos, Palmeiras de Goiás, Piracanjuba, Piranhas, Pires do 
Rio, Planaltina de Goiás, Porangatu, Posse, Quirinópolis, Rio Verde, Rubiataba, Santa Helena de 
Goiás, São Luís de Montes Belos, São Miguel do Araguaia, Silvânia, Trindade, Uruaçu
Equipes escolares
Diretores, secretários, coordenadores pedagógicos, professores, funcionários, alunos, pais e 
comunidade
Assessoria (6º ao 9º ano)
Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC)
Presidente do Conselho: Maria Alice Setubal 
Superintendente Geral: Maria do Carmo Brant de Carvalho
Coordenadora Técnica: Maria Amábile Mansutti 
Gerente de Projetos: Anna Helena Altenfelder
Coordenadora de Projeto: Meyri Venci Chieffi
Assessoria Pedagógica: Maria José Reginato
Assessoria da Coordenação: Adriano Vieira
Assessoria por área de conhecimento: Adriano Vieira (Educação Física), Anna Josephina Fer-
Matemática 9
Caros professores e professoras,
Há muito veicula entre nós, educadores da rede Estadual, a série Currí-
culo Em Debate. Desde as primeiras ideias, em 2004, até a elaboração final 
dos cadernos 5 e 6 que compõem esta série, sempre conta com a participação 
efetiva daqueles que acreditam e fazem a Educação em nosso Estado. Ao longo 
desse trabalho, partilhado, construído, a muitas mãos, a partir das Oficinas 
Pedagógicas por área do conhecimento, realizamos seminários, encontros 
de formação, acompanhamento pedagógico e muitas outras ações.As equipes 
escolares, em cada município do Estado organizaram grupos de estudos, elabo-
raram e enviaram-nos suas experiências e feitos. Assim, num cirandar de ideias, 
verdades e realidades das diferentes regiões do estado, legitimamos, através dos 
cadernos as experiências que revelam a importância do papel de cada um de 
nós na reorientação curricular em curso. E, ao mesmo tempo, valorizamos o 
seu fazer, professor(a), divulgando as boas iniciativas que na maioria das vezes 
você realiza sem alarde, de forma anônima e silenciosa. Tudo isso vem fomen-
tando a formação continuada e em serviço, numa grande ciranda , dialogan-
do sobre o currículo, as particularidades de cada área do conhecimento, suas 
concepções, metodologias e tantas outras questões que envolvem o ensino e a 
aprendizagem na Educação Básica em Goiás.
Hoje, concluindo o 6º caderno - sequências didáticas do 1º ao 7º ano , em 
versão final, e o caderno 7 - sequência didáticas do 8º e 9º anos, em versão 
preliminar, sentimo-nos realizados ao vê-los circulando entre os profissionais 
que atuam no ensino fundamental, subsidiando o trabalho pedagógico, fo-
mentando as discussões num faz e refaz constante. É gratificante quando nos 
chegam os depoimentos daqueles que se sentem representados, acolhidos, ao 
ver suas contribuições e experimentos registrados. Nossa expectativa é de que 
essas vivências, agora disponibilizadas para a comunidade escolar do estado, 
contribuam para despertar, em todos os educadores goianos, o desejo de ler, 
pesquisar, planejar atividades desafiadoras e significativas, e, sobretudo para a 
reflexão de que não é a atividade em si que promove a aprendizagem, mas sim, 
o contexto didático em que ela está inserida. 
Infelizmente muitos são os que ainda não tiveram acesso aos cadernos. Acredi-
tamos que para o sucesso da nova proposta curricular é imprescindível que todos 
os professores os tenham em mãos. Vale conferir o resultado do trabalho. Leia, 
analise as experiências que vêm sendo vivenciadas e compartilhadas por nossos 
colegas EDUCADORES que assumiram o desafio de se tornarem melhores, de 
construírem uma prática pedagógica diferenciada. Caso você ainda não tenha os 
cadernos 1, 2, 3, 4 e 5 procure imediatamente sua subsecretaria. Esta providenciará 
exemplares para todos os professores. Você pode também ter acesso aos cadernos 
por meio do site da Seduc: www.seduc.gov.go.br.
Currículo em Debate - Goiás10
O Currículo em Debate, em todas as áreas do conhecimento, tem sido ob-
jeto de estudo nos encontros pedagógicos das escolas, das subsecretarias e da 
Suebas. Por isso, reiteramos que sua presença e participação efetiva nesses en-
contros é de fundamental importância. 
Desta forma, com a realização de reuniões de estudos por área do conheci-
mento, com a ampliação de espaços para discussões coletivas, planejamentos 
e replanejamentos do trabalho pedagógico, conseguiremos transformar nossa 
prática, num esforço conjunto, e atender as exigências educacionais de nosso 
tempo e espaço. Assim buscamos vencer um grande desafio posto para todos 
nós, educadores - professores, coordenadores e gestores: a qualidade social do 
ensino nas escolas públicas de Goiás; o crescimento de nossos estudantes no 
domínio da leitura e da escrita, em todas as áreas do conhecimento; sua per-
manência, com sucesso, na escola fundamental e a terminalidade desse nível 
de ensino na fase prevista.
Contamos com o seu trabalho, professor, professora... com o seu esforço e 
compromisso nessa importante tarefa!
Superintendência de Educação Básica
Equipe do Núcleo de Desenvolvimento Curricular 
 
Matemática 11
UM DIÁLOGO ENTRE A UNIVERSIDADE E A REDE 
PÚBLICA DE ENSINO
Eliane Carolina de Oliveira1
O exercício da docência é uma tarefa desafiante, cuja aprendizagem implica 
um processo complexo que abarca fatores de naturezas diversas. Ao entender 
que tanto a universidade quanto a escola são agências formadoras, é necessária 
a aproximação e a busca constante de parcerias entre estes loci principais de 
formação de professores. A consecução de um projeto neste modelo pode ser 
viabilizada unicamente a partir da conjunção de esforços entre Poder Público, 
Instituições de Educação Superior e Comunidade Escolar – fato este que vem 
se materializando nos últimos cinco anos em nosso Estado.
Nesse sentido, o processo de Reorientação Curricular em Goiás se consti-
tuiu na concretização dessa desejada parceria na qual todos os participantes 
tiveram garantida a sua condição de produtores de conhecimento. O espaço 
de interlocução, de partilha e democratização de saberes e conhecimentos en-
tre os professores das escolas regulares, os técnicos da Superintendência da 
Escola Básica e os consultores do CENPEC e das universidades goianas tem 
sido significativo na construção dos produtos ora apresentados resultando em 
experiências enriquecedoras e ganhos qualitativos para todos os envolvidos. 
Para a universidade, esse estreitar de laços propiciou uma visão mais ampla 
e concreta acerca da realidade fora do âmbito da academia e, nesse sentido, 
pôde-se discutir e propor subsídios teórico-metodológicos que melhor pudes-
sem contribuir para a educação oferecida aos alunos nas várias áreas do co-
nhecimento. Pôde, ainda, possibilitar aos futuros professores um contato mais 
direto com aqueles que estão envolvidos no processo de reorientação curricular 
e, eventualmente, aproximá-los das realidades educacionais e das reais exigên-
cias que encontrarão ao adentrarem o campo profissional. 
Desafio e continuidade parecem ser as palavras-chave da parceria iniciada em 
2004. Acreditamos que os trabalhos desenvolvidos durante todo o processo se cons-
tituirão em campos propícios ao desenvolvimento de atividades de pesquisa, de in-
terlocução e aprendizagem contínuas. Que possamos continuar a fomentar as ativi-
dades de ensino e favorecer a articulação entre as diversas atividades empreendidas 
por todos os parceiros que compartilham da mesma intencionalidade que é garantir 
uma educação pública de qualidade para todos.
1 Doutora em Linguística Aplicada (UFMG), professora universitária (UFG). Consultora da Reorientação Curricu-
lar de Língua Inglesa na Seduc/GO.
Matemática 13
OS DESAFIOS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO 
DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
Equipe Cenpec1
 “Um passo à frente e já não estaremos 
mais no mesmo lugar”
Chico Science
I. O processo: uma escrita a muitas mãos
“a continuidade”
O processo de reorientação curricular, implementado na rede a partir de 
2004, pela parceria entre Suebas, Cenpec, Universidade Federal de Goiás, 
Universidade Estadual de Goiás, Pontifícia Universidade Católica de Goiás e 
Fundação Itaú Social, é fruto de várias ações e projetos desenvolvidos na rede 
estadual de ensino, que, gradativamente, produziram as condições para que, 
nesse dado momento, a partir dos indicadores educacionais de evasão e repe-
tência e do questionamento do currículo em vigência, fossem desencadeadas 
ações de debate sobre a situação do ensino no estado de Goiás. 
 Esse amplo processo atravessou duas administrações, num esforço co-
letivo para caracterizá-lo como ação de estado e não de governo, razão pela 
qual, acreditamos que apesar das adversidades e contradições próprias da im-
plementação de qualquer política pública, ele pode crescer, se consolidar e, 
agora, ter potencial para permanecer. 
 Nesse esforço, foram produzidos os cadernos “Currículo em Debate” 
que expressam os momentos vividos pela rede no processo de reorientação 
curricular, durante os últimos anos, culminando com a elaboração das matrizes 
curriculares, como referência para o estado, e com exemplos de sequências di
1 Adriano Vieira; Maria José Reginato e Meyri Venci Chieffi: Assessores do Centro de Estudos e Pesquisas em 
Educação, Cultura e Ação Comunitária -CENPECCurrículo em Debate - Goiás14
dáticas, por área de conhecimento, que ajudassem os professores a visualizar a 
concretização da metodologia proposta para sua área específica. Para legitimar 
as matrizes e as sequências didáticas, o processo de produção foi acompanhado 
de um processo de validação pela rede, que orientou as mudanças necessárias.
 Acreditamos que a natureza da parceria, envolvendo um órgão go-
vernamental, universidades locais, uma organização da sociedade civil e uma 
fundação empresarial, assim como a participação de diferentes segmentos da 
rede estadual de ensino, durante todo o processo, foram fatores determinantes 
para que não houvesse interrupção na construção e implementação do projeto 
de reorientação curricular. É nesta continuidade que apostamos, às vésperas 
de novas mudanças no executivo.
“ a unidade na diversidade” 
O estado de Goiás tem 38 subsecretarias de educação, com realidades dis-
tintas. Envolver toda a rede no mesmo processo, contemplando as diferenças 
regionais e as diferenças de formação, foi um grande desafio na elaboração das 
matrizes e das sequências didáticas.
 O que garantiu a unidade na diversidade foram as concepções de cur-
rículo, de ensino e aprendizagem e seus pressupostos, bem como as diretrizes 
e os eixos da proposta curricular que perpassaram tanto os objetivos educacio-
nais quanto a metodologia de ensino de cada área do conhecimento.
 Assim, os conteúdos curriculares e as expectativas de aprendizagem 
apontadas no caderno 5 , bem como as atividades das sequências didáticas 
do caderno 6 (sexto e sétimo anos) e do caderno 7 ( oitavo e nono anos, a 
ser publicado em 2010) tem como pressupostos os eixos já apontados nos 
cadernos 1,2,3 e 4, como: o direito de toda criança e de todo adolescente de 
aprender e concluir o ensino fundamental com sucesso; a democratização da 
escola como condição para a realização de uma educação humanizadora e o 
trabalho coletivo como garantia do envolvimento de todos. Esses pressupostos 
se expressam nas diretrizes da reorientação curricular, quais sejam: reduzir a 
evasão e repetência no estado, ampliar os espaços coletivos nas escolas e no sis-
tema e desenvolver um currículo significativo que considere o universo cultural 
dos alunos. Expressam-se, também, nos eixos das propostas específicas de cada 
área do conhecimento, que afirmam o compromisso de todas elas com a leitura 
e produção de textos, a valorização da cultura local e da cultura juvenil e a 
proposição de uma metodologia dialógica. Desta forma, os cadernos do 1 ao 
7 se interrelacionam, buscando as mesmas conquistas. No que toca, propria-
Matemática 15
mente, aos conteúdos curriculares, há uma integração muito grande entre os 
cadernos 3- concepção das áreas, caderno 5- matrizes curriculares e cadernos 
6 e 7- sequências didáticas.Cabe esclarecer que as próprias sequências didáti-
cas conferem unidade às áreas do conhecimento, na forma de organização dos 
conteúdos, em momentos específicos do processo de ensino e aprendizagem.
II. O que entendemos por sequência didática
É uma situação de ensino e aprendizagem planejada, organizada passo a 
passo e orientada pelo objetivo de promover uma aprendizagem definida. 
São atividades sequenciadas, com a intenção de oferecer desafios de diferentes 
complexidades para que os alunos possam, gradativamente, apropriarem-se de 
conhecimentos, atitudes e valores considerados fundamentais.
 Nessa direção, optamos pelas sequências didáticas como forma de or-
ganizar os conteúdos escolhidos ou indicados pelos professores, para concreti-
zar situações exemplares de ensino e aprendizagem, como apoio metodológico 
à rede. 
A estrutura das sequências
As sequências didáticas seguem a seguinte estrutura: apresentação da pro-
posta de trabalho; levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos; am-
pliação do conhecimento em questão; sistematização e avaliação. Ressaltamos 
que os momentos citados não são lineares nem estanques, mas se interpene-
tram, podendo até um conter o outro, como no caso de se promover a amplia-
ção do conhecimento e uma sistematização, no próprio momento de levantar 
os conhecimentos prévios.
l. apresentação da proposta
É o anúncio do que vai ser estudado, o compartilhamento da proposta de 
trabalho com os estudantes, fornecendo uma visão geral do processo a ser de-
senvolvido e explicitando os pontos de chegada.
2. levantamento dos conhecimentos prévios
Os conhecimentos prévios são aqueles que os alunos adquiriram em suas 
experiências anteriores, dentro e fora da escola, sobre o assunto a ser estudado. 
Currículo em Debate - Goiás16
É importante conhecê-los para relacioná-los intencionalmente ao que se quer 
ensinar.
 É o momento de se fazer o mapeamento do conhecimento que os alu-
nos têm sobre os principais conceitos que serão trabalhados. Para ativá-los, 
problematizamos, de diversas formas, os temas em questão, propondo desafios, 
de modo que ponham em jogo o que sabem. Este momento pode ser desen-
volvido por meio de rodas de conversa, leitura de imagens e/ou textos escritos, 
resolução de problemas, debates, dentre outras estratégias.
 O registro dos conhecimentos prévios pode ser reapresentado ao final 
da sequência para fornecer elementos de avaliação ao professor e ao próprio 
estudante.
3. ampliação do conhecimento
Este é um momento importantíssimo que requer do professor segurança em 
relação ao conteúdo e às formas de desenvolvê-lo, considerando a heteroge-
neidade dos níveis de conhecimento e a faixa etária dos adolescentes e jovens.
 As atividades devem proporcionar um “mergulho” no tema, por isso, 
no material, são propostas estratégias bem diversificadas: aulas dialogadas, 
projeção de vídeos e filmes, leitura e produção de textos, pesquisas em biblio-
tecas, na internet, nos livros didáticos adotados pela escola, entrevistas, saídas 
em campo.
4. sistematização do conhecimento
Consiste na retomada do percurso, organizando as principais noções e 
conceitos trabalhados, por meio de registros, promovendo a apropriação das 
aprendizagens desenvolvidas pelos alunos e permitindo a professores e alunos 
uma visão geral do trabalho que foi feito, com os avanços e as dificuldades 
encontradas. É um momento de síntese e de divulgação dos produtos finais do 
trabalho.
5. avaliação
A marcha da aprendizagem define a marcha do ensino, que tem como refe-
rencial as expectativas de aprendizagem definidas para tal, no caso, as aponta-
das pelas matrizes curriculares.
 Daí a importância da avaliação processual, no decorrer das sequências, 
por meio de reflexões e registros do professor e dos alunos a respeito das apren-
dizagens realizadas, dos avanços, das dificuldades.
 É importante, também, desenvolver um processo de auto-avaliação, 
Matemática 17
para que os alunos aprendam a identificar o que aprenderam, as dificuldades 
que tiveram, as dúvidas que ainda precisam ser esclarecidas. Esse exercício irá 
torná-los conscientes do próprio processo de aprendizagem, desenvolvendo a 
sua autonomia intelectual.
III. Um convite
Como é possível constatar, um grande trabalho foi feito e muitos participa-
ram desta construção.
 Por isso, acreditamos na possibilidade da continuidade, permanência e 
enraizamento deste processo.
 Sendo assim, convidamos todos os professores da rede estadual de Goi-
ás a fazer um debate crítico sobre as sequências didáticas ora apresentadas, 
discutindo-as no interior das escolas e em encontros nas subsecretarias, para 
que sejam apropriadas e se tornem de fato instrumento de trabalho, ajudando 
no planejamento e desenvolvimento das aulas, da maneira mais adequada à 
realidade de cada escola, cada professor, cada sala de aula.
 E, que nessas discussões, se pense muito nos estudantes e na forma 
como eles veem respondendo às propostas das sequências,pois eles são os des-
tinatários desse trabalho; são eles, afinal, que dão sentido à nossa profissão de 
professor.
Matemática 19
UM OLHAR MATEMÁTICO


20 Currículo em Debate - Goiás
A EDUCAÇÃO COMO ESTRATÉGIA: UMA MATEMÁ-
TICA AO ALCANCE DE TODOS
Alexsander Costa Sampaio1
Deusite Pereira dos Santos2
Inácio de Araujo Machado3
Maxwell Gonçalves Araújo4
Marceli Maria da Silva Carmo5
Marlene Aparecida da Silva Faria6
Mônica Martins Pires7
Regina Alves Costa Fernandes8 
Silma Pereira do Nascimento Vieira9 
“A Educação é a estratégia mais impor-
tante para levar o indivíduo a estar em 
paz consigo mesmo e com seu entorno 
social, cultural e natural e a se localizar 
numa realidade cósmica.”
Ubiratan D’Ambrósio
Vivemos numa sociedade em transição e a busca de novos paradigmas pa-
rece dominar o pensamento atual. Uma consciência atenta e participativa se 
torna desejável nas sociedades contemporâneas. A realidade do jovem imersa 
em um ambiente de leitura e produção de texto requer um foco que o aproxi-
me do seu contexto e que o valorize como sujeito participativo e reflexivo.
De acordo com Freire (2003, p. 33),
1 Professor de Matemática.
2 Professora de Matemática, Especialista em Planejamento Educacional – UCG.
3 Professor de Matemática, Especialista em Métodos e Técnicas de Ensino – UNIVERSO.
4 Professor de Matemática, Mestrando em Educação em Ciências e Matemática – UFG.
5 Professora de Matemática, Especialista em Educação Matemática – UNIFAN.
6 Professora de Matemática, Mestranda em Educação em Ciências e Matemática – UFG.
7 Professora de Matemática, Especialista em Métodos e Técnicas de Ensino – UNIVERSO.
8 Professora de Matemática, Mestranda em Educação em Ciências e Matemática – UFG.
9 Professora de Matemática, Especialista em Matemática e Estatística – UFLA.
Matemática 21
[...]transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é ames-
quinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu 
caráter formador. Se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos 
não pode se dar alheio à formação moral do educador.
Para que o sujeito faça parte dessa sociedade letrada, é preciso que domine 
conhecimentos relacionados tanto à leitura e à produção de texto como às 
áreas de conhecimento. É preciso que saiba ler textos produzidos em diferentes 
linguagens e produzir alguns desses textos. Da mesma forma, é preciso que 
domine algumas habilidades e conhecimentos matemáticos, para que possa 
resolver problemas, efetuar cálculos simples, fazer estimativas, ler um gráfico 
do jornal, efetuar medições, enfim, resolver situações cotidianas utilizando o 
conhecimento matemático. A Matemática, segundo D’Ambrósio (1996, p. 7), é 
uma estratégia abstrata, desenvolvida pelo homem através do tempo para aten-
der as suas necessidades práticas e explicar a realidade, dentro de um contexto 
natural e cultural. Isso reforça a importância da Matemática para resolver pro-
blemas práticos e propiciar mais compreensão dessas situações. 
Quando se fala em Matemática é preciso considerar seus aspectos: o de 
instrumentalidade para resolver situações do dia-a-a-dia; o de contribuir com 
o desenvolvimento intelectual das pessoas; o de se caracterizar como lingua-
gem de comunicação e leitura do mundo; e o de Ciência. Quando o foco é o 
ensino, a Matemática, agora escolarizada, precisa satisfazer várias condições. 
Essas condições visam mobilizar, da melhor forma possível, a aprendizagem, 
considerando para tanto, os conhecimentos que os sujeitos apresentam para 
sistematizá-los, ou seja, é necessário que a transposição didática seja a mais 
eficiente possível, considerando o sujeito que se quer formar, um recorte de 
conteúdos, o modo de ensinar esses conteúdos e como os sujeitos aprendem 
esses conteúdos. Muitas pesquisas já foram realizadas no campo da Educação 
Matemática visando a aprendizagem efetiva de seus conteúdos, sejam eles con-
ceituais, procedimentais, atitudinais ou factuais. A Matemática conta com ma-
teriais estruturados, vídeos, livros, jogos, metodologias específicas e propostas 
de encaminhamento dos conteúdos. Sob essa ótica pretendemos, com este tra-
balho e por meio de atividades seqüenciadas (Sequência Didática - SD), con-
tribuir para o processo de ensino e aprendizagem de conteúdos matemáticos. 
Esperamos que estas sequências tornem tanto o ensino quanto a aprendizagem 
mais significativos para todos os envolvidos no processo educativo. 
A Matemática é constituída por várias linguagens como a numérica, a algé-
brica, a aritmética, a gráfica e a geométrica. Todas elas são igualmente impor-
tantes para falarmos, lermos, escrevermos, ou seja, para aprendermos mate-
mática. Nesse segmento de ensino o professor desta ciência precisa considerar 
momentos oportunos de leitura e produção de texto e explorar, principalmen-
te, os mais característicos da área (enunciado de problemas, textos argumenta-
22 Currículo em Debate - Goiás
tivos, gráficos e tabelas, resolução de problemas, esquemas, textos instrucionais 
como regras do jogo etc).
Embora com objetivos diferentes, todos os professores – como mediadores que 
são – deverão estar atentos à leitura, à crítica, à recepção dos textos não verbais 
que não devem ser vistos como mera decoração ou ilustrações sem significado. 
Sempre têm uma intenção! (GUERRA, 2006, p. 44).
No decorrer do ano de 2008, os professores de Matemática da rede estadual de 
ensino e a equipe do Ensino Fundamental da Secretaria da Educação (SEDUC), 
por meio da Coordenação do Ensino Fundamental (COREF) Itinerante, estabe-
leceram diálogos em diversos espaços, vivenciados in loco, buscando implementar 
as Expectativas de Aprendizagem do Caderno 5. Como resultado desse trabalho, 
apresentamos aqui, algumas Sequências Didáticas construídas nesse processo de 
metodologia dialógica, e sistematizadas pela equipe do Núcleo de Desenvolvimento 
Curricular (NDC).
O papel da SD de Matemática é apresentar uma proposta de trabalho que subsi-
dia o trabalho pedagógico. As Sequências constituem um planejamento contextua-
lizado que se dá por meio de atividades ordenadas e articuladas, facilitando as ações 
pedagógicas do(a) professor(a) dentro e fora da sala de aula. Proporcionam aos alu-
nos a apropriação gradativa de conhecimentos matemáticos e o desenvolvimento de 
habilidades afetivas e sociais de forma significativa. Essas habilidades foram e devem 
ser construídas com base nas prioridades da Reorientação Curricular do 1º ao 9º 
ano de ensino: leitura e produção em todas as áreas, ampliação dos espaços de dis-
cussão coletiva na escola e valorização das culturas local e juvenil, que consistem em 
estratégias favorecedoras da compreensão de conteúdos que trabalham habilidades 
por meio de mapas conceituais, esquemas, resumos, sugerindo interdisciplinaridade 
em todas as áreas.
É importante salientar que a SD é uma proposta com começo, meio e fim, com-
posta de atividades interligadas e de diferentes níveis de dificuldades proporcionan-
do-lhes autonomia em sua construção. As sequências contemplam três etapas:
• Atividades para identificação dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o 
conteúdo a ser trabalhado, com base em suas experiências anteriores fora e dentro 
da escola;
• Atividades para ampliação dos conhecimentos prévios – situações de ensino 
e aprendizagem que favoreçam aos alunos ampliarem, efetivamente, seus conheci-
mentos e se apropriarem deles por meio de estratégias diversificadas que lhes possi-
bilitem contextualizar, analisar, discutir e propor novos conhecimentos;
• Atividades de Sistematização dos conhecimentos – momentos de organizar 
os conteúdos trabalhados, permitindo que os alunos tenham uma visão geral do 
Matemática 23
trabalho desenvolvido, do que foi aprendido, sistematizando o conhecimentocom 
retomadas do percurso, sínteses e aplicação dos conceitos apreendidos. Os registros 
provenientes dessas atividades favorecerão ao professor, ao grupo, ou ao aluno indi-
vidualmente, refletirem sobre os avanços, dificuldades e encaminhamentos a serem 
considerados.
A estratégia utilizada proporciona aos estudantes momentos de reflexão sobre a 
aprendizagem e de auto-avaliação, da mesma forma que leva o professor a refletir 
sobre o planejamento, a formação continuada e a aprendizagem dos estudantes.
Desta forma, tornam-se acessíveis e necessárias as trocas de experiências entre 
os atores do processo, já que o entrelaçamento das atividades é fundamental na sua 
execução; o fazer pedagógico torna-se mais significativo e prazeroso favorecendo, 
principalmente, uma aprendizagem com mais significado.
Você professor(a), será o(a) co-autor(a) dessas sequências, implementando-as e 
aprimorando-as. Sua prática tem fundamental importância: você conhece seu 
aluno, seu dia-a-dia, suas dificuldades, seus desejos e seu modo de pensar. Temos 
certeza de que, com sua criatividade e ousadia, essas sequências serão adequadas 
por você, considerando as necessidades e realidades de seus estudantes, tornando-se 
mais ricas e vivas. Nesta perspectiva, esperamos que este trabalho seja um ponto 
de partida que motive todos os envolvidos no processo, levando-os a buscar novas 
saídas e idéias para a reflexão sobre a aprendizagem dos estudantes, contribuindo 
com o ensino da Matemática, tornando-a acessível a todos que freqüentam nossas 
escolas, principalmente àqueles que mais necessitam dela. 
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – 6º ANO
OS NÚMEROS RACIONAIS NO COTIDIANO
MATEMÁTICA
“Participar deste curso ajudou-me a entender 
como funciona uma Sequência Didática: 
uma metodologia de ensino que promove 
uma aprendizagem significativa; um trabalho 
interessante, desafiador que pretendo realizar 
em minhas aulas. (...) A educação precisa 
disso: inovação em um mundo de constantes 
mudanças. Super interessante esse curso.”
Professora Edinéia Rocha 
Ceres, 14 de outubro de 2009.
“Este encontro foi bastante proveitoso, prazeroso 
e divertido. Atendeu às expectativas sobre 
a Reorientação Curricular e sequências 
didáticas. (...) Momentos assim deveriam ser 
disponibilizados para todos os professores.”
Professor Saulo Ferreira da Silva 
Cidade de Goiás, 22 de setembro de 2009.
“
“
”
”
Matemática 27
OS NÚMEROS RACIONAIS NO COTIDIANO
Basta perceber a frequência do uso dos números em diversas situações co-
tidianas para compreender sua importância: o endereço da sua casa, a sua 
idade, a sua altura, o preço que paga por um produto, os ingredientes da sua 
receita, etc., são expressos com números. As diferentes situações em que apare-
cem indicam que eles têm várias funções, pois servem para contar, para medir, 
para ordenar, para codificar. Podem, portanto, ser representados de diversas 
formas como a decimal, a fracionária e a percentual. Estamos tão acostumados 
a encontrar esses registros nos supermercados, nos jornais, nos cartazes das 
lojas, nos livros em que estudamos etc., que nem nos perguntamos como eles 
surgiram, o que significam e que tipo de número eles representam.
Há muito que se aprender dos números para compreendermos melhor as 
situações em que eles aparecem, para falarmos e escrevermos sobre elas e, 
portanto, para nos constituirmos como sujeitos que compreendem melhor a 
realidade e que dela participam.
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
Esta sequência didática explora os números racionais, levando o estudante a per-
ceber a presença desses números no cotidiano; a reconhecer a necessidade de com-
preender as diferentes funções que assumem e os diferentes modos de representação 
que admitem; a manipular esses números em situações simples e, por fim, despertar 
nos estudantes a curiosidade com relação a eles. Para tanto, a sequência didática 
explora atividades contextualizadas, significativas e instigantes.
OBJETIVOS
• Possibilitar ao estudante:
- perceber a presença dos números racionais no cotidiano e suas funções;
- reconhecer diferentes representações dos números racionais;
- escrever e comparar números racionais;
- resolver situações problema que requerem conhecimentos dos números 
racionais de uso frequente nas diferentes representações: fracionária, decimal 
e percentual.
PREVISÃO DE TEMPO: 20 aulas de 50 min (DEPENDENDO DA 
TURMA)
28 Currículo em Debate - Goiás
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
EA1. Reconhecer a importância dos números na sociedade atual: quais são, 
onde são usados, dados históricos sobre eles, como são escritos e lidos no siste-
ma de numeração.
EA2. Reconhecer a aplicação dos números naturais e suas diferentes formas 
de utilização no cotidiano.
EA3. Analisar, interpretar, formular e resolver situações problema em dife-
rentes contextos sociais e culturais.
EA4. Reconhecer e utilizar a linguagem matemática com clareza, precisão 
e concisão oralmente ou por escrito.
EA5. Comparar dois números racionais, escritos tanto na forma decimal 
como na forma fracionária.
EA6. Formular e resolver situações problema que envolvam a ideia fracio-
nária de parte-todo e também como proporção, divisão e razão.
EA7. Representar frações equivalentes com denominadores previamente 
escolhidos.
EA8. Reconhecer, analisar, relacionar, e comparar frações com numerador 
maior, menor ou igual ao inteiro.
EA9. Observar, reconhecer, distinguir e classificar diferentes formas geomé-
tricas em ambientes diversificados, como: corpos redondos e poliedros; polie-
dros regulares e não-regulares; prismas, pirâmides e outros poliedros; círculos, 
polígonos e outras figuras; número de lados dos polígonos; medidas de ângulos 
e lados; paralelismo de lados; eixo de simetria de um polígono.
EA10. Nomear quadriláteros a partir de suas propriedades.
EA11. Analisar, interpretar, formular e resolver situações problemas, envol-
vendo os diferentes elementos da geometria plana e espacial.
EA12. Reconhecer que a porcentagem é uma fração com denominador 100.
Matemática 29
ATIVIDADES PARA IDENTIFICAÇÃO DOS 
CONHECIMENTOS PRÉVIOS1
ATIVIDADE 1 - Classificação e funções do número
O que providenciar antes:
- Cópia do texto “Os Números do Cerrado” ou de outro texto seme-
lhante que contenha números expressos em diferentes representações;
- Livros didáticos de Ciências e de Geografia;
- Internet.
1 – Faça a leitura compartilhada do texto “Os Números do Cerrado” para 
responder as questões que seguem.
Professor(a), sugerimos que divida a turma em grupos para fazer a leitura compartilhada do texto 
e preencher o quadro adiante observando o significado do número no contexto apresentado. Essa 
atividade trabalha a leitura, a escrita e a oralidade. 
Orientações para a leitura:
a) faça o estudante refletir sobre o contexto da produção (o texto foi produ-
zido por quem, onde foi divulgado e qual a característica do portador do texto, 
qual foi a intenção da produção);
b) sugira ao estudante que grife as palavras desconhecidas e que tente ler o 
texto mesmo sem saber o significado dessas palavras (inferir o significado das 
palavras ou tentar perceber o sentido global do texto e depois da leitura con-
sultar o significado das palavras no dicionário);
c) pergunte ao estudante se, olhando para a imagem, é possível concluir 
sobre o que trata o texto (da fauna, da flora, da vida do homem, etc);
d) leve o estudante a confirmar as hipóteses que levantou nos itens b e c;
e) pergunte ao estudante o que achou do texto e peça para que justifique as situa-
ções apresentadas no texto. Se for preciso, peça aos estudantes que consultem livros 
de Ciências e de Geografia ou a Internet;
f) questione os estudantes sobre o uso dos números no texto: os números são 
importantes? Por quê? Para que servem os números?Os números expressam 
dados de mesma natureza?
1 Contempla as expectativas de aprendizagem de números: EA1, EA2, EA5 e EA12.
30 Currículo em Debate - Goiás
OS NÚMEROS DO CERRADO
Professor(a), o texto “Os Números do Cerrado” traz diferentes representações dos números 
racionais: na forma decimal: 23,44; 12,6 e 61,3; na forma percentual: 14% e 37% e também 
na forma fracionária: ¼. O item seguinte procura levantar os dados tal como foram representa-
dos (escritos por extenso, acompanhados de unidade de medida, etc.) e associá-lo à grandeza 
correspondente.
 
2 - Comente com os colegas o que você achou das informações trazidas pelo texto. 
3 - Preencha o quadro seguinte com os dados numéricos que aparecem no 
texto. Na segunda coluna mostre como você entende o significado deles indi-
cando a grandeza a que se referem. De um modo simples, grandeza é tudo o 
que pode ser contado ou medido. 
Observe o exemplo no quadro.
Texto adaptado do Jornal 
“O Popular” do Estado de 
Goiás, de 5 de junho de 
2009.


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Matemática 31
Representação dos números
DADOS GRANDEZA
8 514 876 km² Área do Brasil
Professor(a), o quadro preenchido ficará assim:
DADOS GRANDEZA
8 514 876 km² Área do Brasil
37% Parte da área destruída
vinte e dois mil Número de incêndios registrados no ano
365 Número de dias
14% Área do cerrado que pode ser desertificada
1325 Número de espécies
12,6 % Número de espécies extintas
2002; 2008 Ano
23,44 mil quilômetros quadrados Área desmatada
1/4 Parte da área 
4 – Compare o quadro preenchido com os quadros dos demais grupos da classe.
Professor(a), o símbolo indica sugestão de momentos de avaliação
5 – Considerando os números do quadro, responda oralmente:
a) Quais deles você considera que são números naturais?




32 Currículo em Debate - Goiás
b) Quais deles você considera que são números não naturais? 
Utilize o quadro abaixo para registrar as respostas dos itens a e b:
NúMEROS NATuRAIS NúMEROS NÃO NATuRAIS
Professor(a), oriente os estudantes para colocarem somente os números na tabela, sem as uni-
dades de medida. 
Os estudantes podem perguntar se é preciso colocar pontos no número para separar os algaris-
mos, ex.: 8.514.876. Informe a eles que o uso dos pontos é optativo: eles facilitam a leitura dos 
números separando suas classes. No nosso exemplo temos:
8. 514.876
 1ª classe
 2ª classe
3ª classe
Professor(a), o quadro preenchido ficará assim:
NúMEROS NATuRAIS NúMEROS NÃO NATuRAIS
8514876 37%
Vinte e dois mil 14%
365 12,6%
1325 1/4
2002; 2008
23,44 mil
6 – Compare o quadro preenchido com a tabela dos demais colegas. Discu-
ta as conclusões. Exponha oralmente a justificativa das classificações.






Matemática 33
Professor(a), observe como os estudantes classificaram os números e as justificativas que deram, 
como defenderam suas ideias etc. Essa observação é importante para direcionar as atividades 
de ampliação. 
Registre informações sobre os saberes e as dificuldades dos estudantes a respeito dos números. 
ATIVIDADE 2 - Representações do número
Professor(a), esta atividade tem como objetivos descobrir quais dos símbolos % ; -- ; / ; ou : são 
conhecidos pelos estudantes e se conhecem diferentes representações para um mesmo número, 
por exemplo: 0,25; 1:4; 1 ; 1/4 ou 25%.
 4
 
O que providenciar antes:
- texto “Os números do Cerrado”;
- calculadora (opcional).
1 – De acordo com o texto “Os Números do Cerrado”, ¼ da área total do 
Brasil era de cerrado. Isso quer dizer que essa área corresponde a que porcen-
tagem da área do Brasil?
2 – Exponha oralmente as conclusões e justificativas para o professor.
3 – Represente:
a) o número 0,2 na forma fracionária
b) o número ½ na forma percentual
c) o número 1,256 na forma fracionária
d) o número 5/6 na forma decimal
e) o número 50% na forma fracionária
 4 – Use a calculadora para confirmar suas respostas.
Professor(a), registre em forma de lista o que os estudantes sabem e o que não sabem sobre os 
números. Exemplo: 
Os estudantes sabem:
* Que 0,5 = ½; 
* Que % significa por cento. 


34 Currículo em Debate - Goiás
Os estudantes não sabem 
* Passar da representação fracionária de um número para a representação decimal; 
* Passar da representação decimal de um número para a representação fracionária.
Oriente cada estudante para que também registre as dificuldades, o que já sabem e não sabem 
sobre os números apresentados. Essa lista poderá ser retomada pelos estudantes, ao final da 
sequência didática, para que façam uma auto-avaliação.
ATIVIDADES PARA AMPLIAÇÃO DOS 
CONHECIMENTOS2
Professor(a), as atividades a seguir retomam e ampliam conhecimentos e habilidades presentes 
nas anteriores. Observe as estratégias utilizadas pelos estudantes para solucioná-las. Para cada 
atividade, coordene a exposição das respostas e a discussão sobre elas.
ATIVIDADE 3 - Funções e representação do número
O que providenciar antes:
- texto “Os números do Cerrado”;
- calculadora;
- jornais (se preferir peça para os estudantes trazerem);
- quadros da atividade 1 (reproduza os dois quadros em um painel, por meio 
de xerox ou os coloque na lousa se não conseguir reproduzi-los).
 
Retomar o texto “Os números do Cerrado” e os dois quadros da atividade 1.
1. Observe o primeiro quadro e identifique as funções dos números que 
aparecem:
Funções do número
a) contar ou quantificar (exemplo: 1 casa)
b) ordenar (ex: 1ª casa)
c) medir (ex: 1 m)
d) codificar (ex: placa do carro: UMB 2114)
2 Contempla as expectativas de aprendizagem de números: EA1, EA2, EA3, EA4, EA5, EA6, EA7, EA8, EA 11 e 
EA12 e contempla parcialmente as expectativas de aprendizagem: EA9 e EA 10.


Matemática 35
2. Consulte os jornais e procure números que indicam outras funções do 
número, que não aparecem no quadro.
Professor(a), entregue os jornais aos estudantes, organizados em grupos, ou afixe-os em um 
painel de modo que os estudantes tenham acesso a eles.
Os estudantes devem perceber que no quadro não aparecem números contemplando as funções 
ordenar e codificar. Ajude-os a encontrar exemplos no jornal.
Respostas baseadas no quadro:
a) contar:
• Vinte e dois mil (incêndios)
• 12,6% (das espécies)
• 365 (dias)
• 1325 (espécies)
• 2002; 2008 (ano)
b) medir:
• 14%, 37% (da área)
• 23,44 mil quilômetros quadrados (área desmatada)
• 14% (da área)
Professor(a), questione os estudantes sobre a função dos números que aparecem em uma receita 
ou em outros contextos. 
Exemplos de situações no caso da receita: 2 colheres, ¼ de xícara, 3 ovos, etc. 
Registre as dificuldades e as aprendizagens dos estudantes.
3. Analise os dados da segunda tabela e justifique a classificação dos números:
- números naturais: 8514876; vinte e dois mil; 365; 1325; 2002; 2008; e 
23,44 mil.
- números não naturais: 37%; 14%; e 12,6%.
Professor(a), você deve ter observado que no texto aparecem números escritos em forma abre-
viada, como: 23,44 mil. Essa escrita pode induzir o estudante a pensar que 23,44 mil é um nú-
mero decimal, porém, devemos chamar atenção para o fato de que essa representação significa 
23 440 (pois 23,44 x 1000 = 23 440), que é um número natural. 
Peça para os estudantes pesquisarem em jornais, revistas, etc., outras situações utilizando escrita 
abreviada de números naturais e seu significado no contexto a que se refere. Converse com eles 
sobre os motivos de escritas deste tipo nos meios de comunicação.


36 Currículo em Debate - Goiás
É importante lembrar que todo número natural é também racional e, portanto pode ser expresso,na forma fracionária. 
Por exemplo, considerando o número 3, temos: 3 = 6/2 = 3/1.
4. Complete o quadro
Representação 
fracionária
Representação decimal
Representação percen-
tual
37%
¼
0,02
100/100 100%
2/5
Professor(a), corrija o quadro coletivamente.
Pergunte aos estudantes que acertaram como fizeram para descobrir o que foi pedido. Segue o 
quadro com as respostas esperadas:
Representação 
fracionária
Representação decimal
Representação percen-
tual
37/100 0,37 37%
¼ 0,25 25%
2/100 0,02 2%
100/100 1,0 100%
2/5 0,4 40%
Professor(a), para obter a representação fracionária de uma fração é sim-
ples; os estudantes precisam compreender que o termo porcentagem vem de 
por cento, ou seja, ‘a cada 100’. Pergunte a eles se sabem o que significa por-
centagem. Caso não saibam, você pode sugerir que pesquisem em dicionários 
ou livros didáticos. 
Nesse caso dê um tempo a eles e peça para explicarem o que responderam. 
Exemplos:
100% = 100/100; 50% = 50/100
Para passar de uma representação fracionária a uma decimal basta dividir o 
numerador pelo denominador, exemplos:
100/100 = 100:100 = 1; 50/100 = 50: 100 = 0,5; 2/5 = 2:5 = 0,4




Matemática 37
Obs.: Os estudantes podem utilizar a calculadora para conferir os resultados.
Para passar de uma representação decimal para uma fracionária, o estudan-
te poderá proceder assim:
0,02 = (0,02 x 100) : 100 = 0,02 x 100 = 2
 100 100
O número dado é multiplicado por uma potência de 10 (101 = 10, 102 = 
100, 103 = 1000, etc.) de forma a obter um número inteiro, no nosso caso 2.
Contudo, se o número for multiplicado por outro, ele deverá ser dividido 
também por esse número para que não seja alterado.
Há a aplicação da propriedade do elemento neutro da multiplicação:
0,02 = 0,02 x 1 = 0,02 x 100/100 = (0,02 x 100)
 100
Se julgar necessário, dê outros exercícios aos estudantes.
Peça, nesse caso, que registrem no quadro a seguir as representações e os 
significados de outras porcentagens, encontradas nos textos que pesquisaram. 
(Após preencherem o quadro peça os estudantes que discutam as representa-
ções e os significados das porcentagens).
Representação Significado
5. Preencham o quadro seguinte e expliquem, oralmente, como fizeram.


38 Currículo em Debate - Goiás
Aproveite para registrar as aprendizagens e dificuldades que ainda persistem.
Você poderá providenciar panfletos de propagandas de supermercado ou uma lista de produtos 
regionais elaborada por você.
ATIVIDADE 4 - Comparação de números 
O que providenciar antes:
- Reprodução da imagem (produtos com preços ou panfletos de supermercado).
1 – Leia a situação:
O senhor Max, dono do Supermercado Supermax, resolveu fazer uma pro-
moção com os seguintes produtos:


 representação
 solicitado

 
 
 
 

Total de partes em que a 
figura foi dividida
Quantidade de partes 
pintadas
Escrita, por extenso, do 
que a parte pintada cor-
responde da figura 
Representação fracioná-
ria da parte pintada 
Representação percentu-
al da parte pintada 
Representação decimal 
da parte pintada 
Matemática 39
40 Currículo em Debate - Goiás
2 – Preencha o quadro que segue, ajudando o senhor Max a separar os pro-
dutos do panfleto de acordo com o preço e a unidade de medida.
3 – Responda:
a) Suponha que o senhor Max coloque os produtos relacionados no quadro 
acima, em ordem crescente de preço, como seria essa ordem? Justifique sua 
resposta oralmente.
Professor(a), questione os estudantes sobre o conjunto numérico ao qual os números pertencem 
(apenas uma breve noção do nome dos conjuntos). Exemplo:
1, 500, 400, 800 (N – Conjunto dos Números Naturais)
2,50; 8,50; 1,95; 1,96; 1,85; 5,99; 12,72; 2,40; 2,85; 5,30 (Q – Conjunto dos Números Racionais)
Depois questione os estudantes sobre como comparar os números representados na forma deci-
mal. Alguns estudantes podem achar que 1,3011 > 1,302 porque 1,3011 tem mais algarismos 
que 1,302. Eles precisam compreender que primeiro são comparadas as partes inteiras do 
número e depois as não inteiras (os algarismos que aparecem depois da vírgula).
b) O valor do quilo do frango é maior ou menor que o preço de um litro de leite?
c) Com R$ 10,00, dona Lena pode comprar 1 kg de queijo no Supermax? 
Sobra troco? Quanto?
d) Quando compramos leite, em algumas embalagens aparecem marcando 
1 litro, em outras, 1000 ml. Isso significa a mesma coisa ou não? 
PRODuTO
uNIDADE DE MEDI-
DA EM QuE É CO-
MERCIALIZADO
PREÇO EM REAIS


Matemática 41
e) Dona Lena está em dúvida, não sabe se compensa comprar 1 caixa de 1 
kg de sabão em pó ou duas caixas de 500g. Vamos ajudá-la? Que opção é mais 
conveniente? E quanto ao Coddy, é mais conveniente levar dois Coddys de 400 
g ou um Coddy de 800g? Justifique.
f) Quanto você pagaria por 0,5 Kg de maçãs? E por 0,50 kg de maçãs? 
Professor(a), o objetivo dessa questão é verificar se o estudante está atento para a igualdade 
entre as duas representações: 0,5 e 0,50. Aproveite para perguntar a ele se há outras represen-
tações equivalentes para meio quilo. 
3. Complete os espaços com os símbolos › (maior), ‹ (menor) ou = (igual):
a) ¼ ...... 0,5
b) 2 ..... 1,934
c) 0,8 ..... 8/10
d) 2/3 .... ¼
e) 1% ..... 0,1
Professor(a), a situação do item d) pode ser nova para os estudantes porque 
os denominadores das frações são diferentes. Questione os estudantes sobre 
como poderíamos proceder para compará-las. Eles podem propor que os dois 
números podem ser representados na forma decimal, dividindo o numerador 
pelo denominador (eles já aprenderam, anteriormente). 
2/3 = 2: 3 = 0,666... ; ¼ = 1:4 = 0,25.
0,666... › 0,25.
Os estudantes também podem representar por meio de desenho as duas 
frações, pegando retângulos de mesma dimensão. O primeiro deve ser dividido 
em 3 partes, sendo que duas delas são pintadas; o segundo deve ser dividido em 
4 partes, sendo que uma delas é pintada. É mais conveniente que as divisões 
sejam feitas do mesmo jeito (cortes na vertical ou na horizontal) para que as 
partes pintadas sejam comparadas. É possível concluir que 2/3 é maior que ¼. 
Outro modo de comparar as frações é encontrar frações equivalentes às frações 
dadas, mas que tenham mesmo denominador. 
Ex: 2/3 = 8/12 = 16/24 = ...
¼ = 3/12 = 6/24 = ...
Como 8/12 › 3/12 (ou 16/24 › 6/24 etc.) 
então 2/3 › ¼.
42 Currículo em Debate - Goiás
Registre todas as dificuldades que ainda persistem e os avanços dos estudantes.
ATIVIDADE 5 - A bandeira
Professor(a), Essa é uma atividade que requer conhecimentos já aprendidos: o uso de fração para 
representar partes de uma figura. Aproveite para verificar se os estudantes conhecem as figuras 
geométricas presentes na bandeira. Se for preciso retome os nomes e as características das figuras 
geométricas: retângulo (parte amarela), quadrado (parte azul) e losango (parte verde). Por definição, 
o retângulo é o quadrilátero que tem 4 ângulos retos, o quadrado é o quadrilátero que tem 4 ângulos 
retos e 4 lados iguais e o losango é o quadrilátero que tem 4 lados iguais. 
O que providenciar antes:
- Reprodução da bandeira; 
- Régua e outros materiais que os estudantes solicitarem para elaboração de 
estratégias.
1. Resolva:
Regina inventou um desafio. Ela desenhou uma bandeira muito interessante 
para representar em forma de fração cada parte pintada de uma cor em rela-
ção à bandeira inteira.
Estime as frações correspondentes e as registre no quadro.
Fração de cada parte
Parte Amarela Parte Verde Parte Azul
Agora encontre uma estratégia que lhe permita verificar as estimativas. 
Você poderá decompor a bandeira para comparar as partes ou colocá-laem 
uma malha retangular. 




Matemática 43
Estime as frações correspondentes e as registre no quadro.
Fração de cada parte
Parte Amarela Parte Verde Parte Azul
Compare o novo resultado com as estimativas. 
Professor(a), peça sempre para o estudante justificar suas conclusões, explicar as estratégias e 
defender suas idéias. Verifique na classe quantas estratégias diferentes foram elaboradas para 
resolver o desafio. Aproveite para verificar como os estudantes se relacionam com o problema, 
se são persistentes na busca de resolução, se debatem com os colegas e qual é o uso que fazem 
da Matemática para resolver o desafio.
2. Agora invente um desafio como fez Regina. Crie uma bandeira que tenha 
três cores diferentes, de tal modo que:
• 1/3 da bandeira seja de uma cor; 
• 1/6 da bandeira seja de outra cor; 
• e o restante, ½, de outra cor.
Professor(a), peça aos estudantes que desenhem a bandeira em um cartaz e que expliquem 
como foi possível fazer a distribuição das cores solicitadas. Neste momento discuta com eles 
todas as etapas percorridas. Observe o uso que fazem das frações, a criatividade, o nível de 
dificuldade da questão, como propõem a resolução, etc.
Questione-os sobre a principal diferença entre o desafio criado por Regina e o desafio proposto 
a eles. No desafio proposto estipulou-se o número de partes e o quanto cada uma representa 
com relação à figura toda.
Após a realização dessa parte, peça aos estudantes que retomem as atividades anteriores e 
verifiquem se as dificuldades foram sanadas. Se ainda houver dúvidas, retome as atividades, 
peça que outros estudantes expliquem o que sabem a respeito e proponha outros exercícios, 
conforme as dificuldades apresentadas.






44 Currículo em Debate - Goiás
ATIVIDADE 6 – Jogo “Na trilha dos racionais”
O que providenciar antes:
- Tabuleiro (anexado);
- Dois marcadores diferentes;
- 59 cartas listadas adiante.
Professor(a), os estudantes não devem usar calculadora. Simule o jogo se for necessário. Caso 
você perceba que alguns estudantes ainda têm dificuldades com os racionais proponha o jogo 
à classe outras vezes, para que todos eles possam aprender com ele. Dê exemplos no quadro 
para que as dúvidas sejam sanadas, mas lembre-se: procure sempre questionar os estudantes e 
deixar que eles tentem responder as questões antes de fornecer a eles as respostas. Esse ques-
tionamento o ajuda a verificar quantos estudantes ainda têm dificuldades e se estão aplicando 
o que foi aprendido.
Orientações sobre o jogo:
• O barulho é inevitável, ele faz parte do jogo.
• Administre bem o tempo, programe a aula para que dê tempo de os estu-
dantes jogarem.
• Estude bem o jogo antes de levá-lo para a classe. Simule jogadas, procure 
antecipar dúvidas dos estudantes.
• É mais conveniente formar grupos de 4 estudantes, com duas equipes de 
2 estudantes cada para que haja construção coletiva de conhecimento. A 
dupla discute, aprende junto, argumenta. Um jogo não pode ser solitário.
• Deixe que os estudantes leiam as regras do jogo. Só lemos as regras para 
estudantes (ou junto com eles) menores que não são leitores. Quando tive-
rem dúvidas, peça que consultem novamente as regras.
• As regras devem ser seguidas e não podem ser alteradas durante a jogada.
• Sempre que possível, peça que os estudantes registrem suas jogadas.
• Problematize as jogadas dos estudantes quando terminarem de jogar.
• Enquanto os estudantes jogam, circule pela classe, observe as jogadas que fa-
zem, verifique se fazem registros, se estão seguindo as regras, se os objetivos com 
o jogo estão sendo cumpridos, se os estudantes estão argumentando bem, procu-
re detectar as dificuldades que merecem ser trabalhadas posteriormente.
• Lembre-se de que os jogos fornecem bons momentos de avaliação. A ob-
servação atenta do professor para a argumentação, a linguagem, o uso das 
habilidades de raciocínio para resolver os desafios encontrados, a criação de 
Matemática 45
um jogo semelhante ou a alteração das regras para que o jogo fique mais 
fácil ou mais difícil, os registros produzidos durante as jogadas etc.
• É importante pensar em variações de um jogo, de modo a facilitá-lo ou 
dificultá-lo e aplicá-lo em outros momentos. A repetição do jogo faz com 
que os estudantes otimizem estratégias já pensadas.
Observe as jogadas que fazem. Para debater o jogo com eles depois que jo-
garem, peça para explicarem as jogadas, como fizeram para apresentar alguns 
resultados (se utilizaram duas cartas ou não), pergunte se fizeram mais uso de 
naturais, decimais ou fracionários, se tiveram dificuldades ou não, que estra-
tégia mais utilizaram, se fizeram troca de cartas ao invés de jogar (regra 10), 
quais foram as descobertas etc.
Objetivo do jogo: explorar conhecimentos sobre números racionais: com-
paração, equivalência, representação e operações simples.
Número de jogadores: 4, duas equipes de 2 jogadores cada uma.
Regras:
1. As equipes decidem quem começa.
2. Cada equipe coloca seu marcador na primeira casa.
3. Cada equipe recebe 3 cartas e as demais são colocadas nos respectivos 
montes, no centro do tabuleiro, viradas para baixo.
4. Cada equipe joga alternadamente.
5. Na sua vez, a equipe encontra o resultado da casa correspondente e verifica se 
tem nas mãos uma carta com esse resultado. O resultado pode ser apresentado em 
qualquer representação que a equipe achar conveniente (natural, decimal, fracioná-
ria). A carta com o resultado deve ser embaralhada no respectivo monte, no tabuleiro.
6. Se a equipe não tem a carta com o resultado, pode pegar uma do monte. 
Nesse caso escolhe que representação quer e retira a carta. Se a carta ainda não 
servir, a equipe passa a vez.
7. O resultado também pode ser apresentado por meio de duas cartas e, 
nesse caso, a equipe deverá apresentar a operação feita (adição ou subtração), 
exemplo: suponhamos que o resultado dê ½ e a equipe tenha duas cartas iguais 
a ¼. Ela poderá entregar as duas cartas e anunciar a adição 1/4 + ¼.
8. Cada equipe deve ficar com 3 cartas na mão, no máximo. Caso pegue a quar-
ta carta, então uma deve ser devolvida ao seu respectivo monte, no tabuleiro.
9. Se a equipe fizer os cálculos errados, volta uma casa.


46 Currículo em Debate - Goiás
10. Se na sua vez a equipe não quiser jogar poderá trocar duas cartas por outras 
dos montes e então passa a vez. Mas deve avisar a outra equipe antecipadamente.
11. Se a equipe apresentar o resultado na primeira vez, sem pegar cartas do 
monte, então avançará duas casas, caso contrário avançará uma casa.
12. Vence a equipe que der primeiro a volta completa no tabuleiro.
Conteúdo das Cartas – confeccionar 2 de cada:
• 14 Cartas brancas (de número natural): 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6.
• 17 Cartas azuis (de números representados na forma decimal): 0,2; 0,25; 
0,5; 1,0; 1,25; 1,4; 1,5; 2,0; 2,5; 2,25; 3,0; 3,5; 4,0; 4,5; 5,0; 5,5; 6,0.
• 28 Cartas vermelhas (de números representados na forma fracionária): ½, 
1/3, ¼, 2/2, 2/3, 2/4, 3/2, 3/3, 4/2, 4/4, 6/2, 6/3, 8/2, 8/4.
ATIVIDADES PARA SITEMATIZAÇÃO DOS 
CONHECIMENTOS3
ATIVIDADE 7 – Produzindo um texto com as aprendizagens 
O que providenciar antes:
- Um painel para afixar o texto produzido.
1. Peça aos estudantes que produzam um texto com todos os colegas da 
classe sobre os conteúdos estudados. 
O(a) professor(a) orientará essa produção.
Orientações para o(a) professor(a)
Na produção do texto:
- Liste as aprendizagens dos estudantes com relação a cada um dos tópicos 
estudados nesta sequência didática, apresentados adiante; 
- Para isso, leia cada tópico e pergunte aos estudantes o que aprenderam 
sobre ele ou mais, especificamente, quais são os passos do procedimento utili-
zado para realizar a tarefa solicitada (ex: transformação de uma representação 
decimal em umafracionária).
3 Contempla as expectativas de aprendizagem de números: EA1, EA2, EA4, EA5, EA7, EA8 e E12.
Matemática 47
- Tópicos:
Números racionais
a) Funções dos números.
b) Exemplos de números racionais e como podem ser representados.
c) Classificação de um número em natural, racional representado na forma 
decimal, fracionária ou percentual.
d) Comparação de números.
e) Como passar da representação decimal à representação fracionária.
f) Como passar da representação fracionária à decimal.
g) Como passar da representação percentual à representação fracionária 
ou decimal.
h) Como passar da representação fracionária ou decimal à representação 
percentual.
Professor(a), o painel deve ficar afixado na sala. 
Verifique se não ficaram dúvidas sobre o que foi trabalhado. Se preferir, durante a produção coletiva 
do texto, dê exemplos aos estudantes para que respondam, aplicando os conhecimentos adquiridos. 
Você também poderá solicitar a eles que elaborem uma questão envolvendo os racionais e en-
treguem a outro grupo para que seja resolvida por ele. Dessa forma, os estudantes aplicarão o 
que foi aprendido e você poderá discutir essa aplicação.
48 Currículo em Debate - Goiás
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA – 6º ANO
BRINCANDO COM RACIONAIS
MATEMÁTICA
“Tive uma boa experiência com relação ao 
trabalho proposto sobre sequências didáticas. 
Pude observar propostas novas além de 
conhecer o bom trabalho realizado pelos demais 
colegas. (...) Com certeza levarei o que aprendi 
para a sala de aula, e estou mais preparado 
para utilizar o Caderno 5. Espero aprender mais 
no próximo encontro.”
Professor Cleo Augusto dos Santos 
Aparecida de Goiânia - 2008.
“Gostei muito da forma como foram expostas 
as atividades elaboradas para a sequência 
didática, já que mesmo sem formação na 
área, me senti a vontade para participar. As 
atividades são muito interessantes para usarmos 
em nossos planejamentos. Foi muito bom!”
Professora Sandra Martins da C. Marinho 
Anápolis, 29 de outubro de 2009.
“
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”
”
Matemática 51
BRINCANDO COM RACIONAIS
Se em uma receita para 4 pessoas vai 
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 de xícara de farinha então se a re-
ceita for para 8 pessoas irá 
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 xícara de farinha. Nesse caso, ou se mede 
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 de 
xícara duas vezes ou 
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 xícara, 
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1
4
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4
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=+ . Dessa forma, foi feita uma adição 
de frações.
 Situações simples, como essa, fazem parte da vida das pessoas. Se elas sa-
bem efetuar as operações com frações, podem realizar as tarefas que envol-
vem essas frações de forma mais simples e rápida. Isso não acontece somente 
com as frações, o domínio de conteúdos matemáticos facilita a compreensão, 
a realização de situações e de tarefas diversas. Em situações cotidianas, como 
a obtenção da medida de um comprimento (ex: tecido, linha, armário, etc.), 
da medida de área (de um cômodo da casa, por exemplo); a realização de um 
cálculo (ex: quanto líquido vai no suco) não aparecem somente números natu-
rais, mas principalmente, os números racionais expressos na forma decimal ou 
fracionária, então é muito importante saber operar com esses números.
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA:
Esta sequência didática trata da correspondência de frações e consequen-
temente de operações simples envolvendo frações, por meio de diversas situ-
ações, em grande parte lúdicas. Fazem parte dessas atividades dobraduras, 
amarelinha e quebra-cabeças. As vivências aqui propostas têm a intenção de 
tornar mais atrativos e significativos os conceitos trabalhados, dando sentido ao 
que se faz e, assim, evitando a memorização e a mecanização de procedimen-
tos. Esta sequência favorece uma conexão entre os eixos temáticos Números 
e Operações e Espaço e Forma, possibilitando ao estudante investigar e fazer 
descobertas. 
OBJETIVO:
• Possibilitar ao estudante:
- explorar a correspondência de frações e, consequentemente, algumas ope-
rações simples por meio de situações diversas envolvendo representações em 
registro numérico e figural.
TEMPO PREVISTO: 15 aulas de 50 min (DEPENDENDO DA TURMA)
52 Currículo em Debate - Goiás
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
EA1. Reconhecer a importância dos números na sociedade atual: quais são, 
onde são usados, dados históricos sobre eles, como são escritos e lidos no siste-
ma de numeração.
EA2. Analisar, interpretar, formular e resolver situações problema em dife-
rentes contextos sociais e culturais.
EA3. Reconhecer que diferentes situações problema podem ser resolvidas 
por uma única operação e que, eventualmente, diferentes operações podem 
resolver um mesmo problema.
EA4. Reconhecer e utilizar a linguagem matemática com clareza, precisão 
e concisão oralmente ou por escrito.
EA5. Comparar dois números racionais, escritos tanto na forma decimal 
como na forma fracionária.
EA6. Formular e resolver situações problema que envolva a idéia fracioná-
ria de parte-todo e também como proporção, divisão e razão.
EA7. Transformar dois ou mais denominadores diferentes em iguais, fazen-
do uso ou não do M.M.C.
EA8. Representar frações equivalentes com denominadores previamente 
escolhidos.
EA9. Reconhecer, analisar, relacionar e comparar frações com numerador 
maior, menor ou igual ao inteiro.
EA10. Observar, reconhecer, distinguir e classificar diferentes formas ge-
ométricas em ambientes diversificados, como: corpos redondos e poliedros; 
poliedros regulares e não-regulares; prismas, pirâmides e outros poliedros; cír-
culos, polígonos e outras figuras; número de lados dos polígonos; medidas de 
ângulos e lados; paralelismo de lados; eixo de simetria de um polígono.
EA11. Compreender a noção de medida de superfície e de equivalência de 
figuras planas por meio de composição e decomposição de figuras.
EA12. Reconhecer que uma mesma situação pode ser representada de vá-
rias formas.
MATERIAL NECESSÁRIO: Folhas A4 de 4 cores diferentes e/ou fichas 
de papel colorido, régua e/ou tesoura.
Matemática 53
ATIVIDADES PARA IDENTIFICAÇÃO DOS 
CONHECIMENTOS PRÉVIOS1
ATIVIDADE 1 – Dobrando folhas
Fique atento(a) quanto à estratégia usada pelos estudantes na dobradura das folhas. Este material 
será utilizado também na atividade 2 e retomado em outros momentos, se houver necessidade.
O que providenciar antes:
- folhas A4 de 4 cores diferentes e/ou fichas de papel colorido;
- régua;
- folhas para o painel.
Orientações para o(a) professor(a):
• Organize os estudantes em grupos de quatro pessoas.
• Explique que eles falarão sobre frações e que serão entregues folhas colo-
ridas a eles para realizarem algumas atividades.
• Entregue quatro folhas de papel para cada grupo.
• Solicite que cada integrante fique com uma folha e realize os seguintes 
comandos da atividade:
Estudante 1 (folha vermelha): permaneça com a folha inteira.
Estudante 2 (folha azul): dobre a folha em duas partes iguais.
Estudante 3 (folha verde): dobre a folha em

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