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Aspectos gerais da clínica médica (Admissão, transferência, alta e óbito) Professora Enfª Ingrid Tauana Nunes Chuista ADMISSÃO OU INTERNAÇÃO Conceito: Diz respeito a entrada do paciente no hospital para ocupar um leito hospitalar; A internação ocorre por indicação médica; A internação significa para o paciente e família interrupção do ritmo e das atividades cotidianas da vida; Pode gerar para pacientes e familiares: Desequilíbrio financeiro; Afastamento do seu meio familiar e social; Necessidade de adaptação ao ambiente hospitalar; Insegurança, medo e abandono. ADMISSÃO OU INTERNAÇÃO Ao recepcionar o paciente na Unidade de Internação, a enfermagem deve: Ser gentil e tratá-lo com cortesia, cordialidade, compreensão e segurança; Transmitir confiança em relação ao hospital, à equipe e ao tratamento; Informar sobre as normas e rotinas; Apresentá-lo a equipe e aos colegas de enfermaria; Solicitar aos familiares que tragam objetos de uso pessoal caso necessário. Arrolar roupas e valores caso o paciente esteja desacompanhado; Fazer anotação registrando o horário e motivo da internação, diagnóstico, meio de locomoção, estado geral, sinais e sintomas, hábitos relativos à alimentação, eliminações, sono e repouso, uso de medicamentos, alergias, utilização de próteses e sinais vitais. ALTA Conceito: É o encerramento da assistência prestada ao paciente no hospital. O paciente recebe alta quando seu estado de saúde permitir ou quando está em condições de recuperar-se e continuar o tratamento em casa É assinada pelo médico e permite que o paciente deixe o hospital. Alta à pedido (com assinatura do responsável); Anotar a data, horário, as condições gerais do paciente, orientações prestadas e com quem saiu. TRANSFERÊNCIA Conceito: A transferência do paciente que poderá ser dentro da própria instituição ou para outra instituição. Poderá ser transferido quando necessitar de cuidados intensivos, mudança de setor e troca do tipo de acomodação. Anotação de enfermagem deve conter: hora, data, condições gerais do paciente, informações relativas ao leito\quarto, clínica ou estabelecimento que foi transferido. ÓBITO Conceito: É quando ocorre após o paciente ter dado entrada no hospital independente do fato dos procedimentos administrativos relacionados à internação já terem sido realizados ou não. Sempre anotar a data e o horário, a identificação do médico que o constatou, Rol de valores e pertencer do corpo e a quem foi entregue Comunicação do óbito ao setores responsáveis, conforme rotina institucional, e aos familiares, Procedimento pós-morte (higiene, tamponamento, curativos, retirada de dispositivo, etc.) Posicionamento anatômico do corpo, sempre que possível Identificação do corpo, encaminhamento ao necrotério Aspectos gerais da clínica médica (Anamnese e exame físico) Professora Enfª Ingrid Tauana Nunes Chuista ANAMNESE Conceito: A palavra anamnese se origina de aná = trazer de volta, recordar e mnese = memória. Significa trazer de volta à mente todos os fatos relacionados com a doença e com a pessoa doente. A anamnese é uma “entrevista”, sendo necessário utilizar a comunicação não verbal, a comunicação a verbal e a escrita. Uma das coisas mais significativas é o que sai da boca do paciente, o que ele relata, e muitas vezes o que o profissional consegue perceber do comportamento do paciente. Mas para isso, o profissional deve ser cooperativo, atento, cuidadoso e direcionador. ANAMNESE ANAMNESE . Toda a equipe de enfermagem deve estar atenta aos sinais físicos dos pacientes. Primeiramente deve reconhecer as características físicas normais, para então a distinguir do que foge da normalidade. A qualidade desta investigação depende de a enfermagem gastar um tempo para examinar e ouvir os pacientes. ANAMNESE ANAMNESE EXAME FÍSICO • Vídeo aula... EXAME FÍSICO O exame físico se baseia no uso de instrumentos com a intenção de realizar o levantamento das condições globais do paciente, tanto físicas quanto psicológicas. Cada área do corpo deve ser inspecionada quanto ao tamanho, aparência, coloração, simetria, posição e anormalidades. Pode ser considerado, como o primeiro momento de contato físico do profissional com o paciente, e deve ser realizado preferencialmente no sentido da cabeça para os membros inferiores. • O exame físico deve ser objetivo, rápido e exato. • O exame físico é desenvolvido em dois momentos: EXAME FÍSICO Exame físico geral: Consiste no exame físico externo do paciente, incluindo as condições globais, como estado físico geral, estado mental, dados antropométricos, postura, locomoção, expressão facial, sinais vitais, pele, mucosas e anexos. Técnicas para a realização do exame físico: EXAME FÍSICO Existem quatro passos básicos utilizados para que o exame físico seja feito com resultados satisfatórios ao examinador. 1. Inspeção 2. Palpação 3. Percussão 4. Ausculta EXAME FÍSICO INSPEÇÃO Utiliza-se da sensibilidade visual do examinador para analisar regiões corpóreas acessíveis, podendo fazer a utilização de lupas para ampliação da área do seu interesse. LEMBRAR: iluminação é essencial, devendo ser natural quando possível, ou branca e de intensidade moderada. (lanterna) EXAME FÍSICO INSPEÇÃO EXAME FÍSICO PALPAÇÃO Recolhe dados do paciente a partir do tato e pressão das mãos do examinador, permitindo analisar texturas, volume, dureza, sensibilidade do paciente. Pode ser realizada de diferentes formas, desde utilizando uma única mão até ambas formando garras ou permitindo aumento da área de palpação. LEMBRAR: mãos aquecidas e unhas cortadas. EXAME FÍSICO PALPAÇÃO EXAME FÍSICO PERCUSSÃO O princípio da percussão é de que ao realizá-la em uma estrutura, vibrações são originadas e retornam em forma de som conforme características da estrutura percutida. EXAME FÍSICO AUSCULTA Iniciou-se com a ausculta direta, realizada tocando o paciente com a própria orelha. A partir do séc. XIX, foram criados os primeiros estetoscópios baseando-se no princípio da amplificação de ondas. EXAME FÍSICO AUSCULTA Alguns cuidados devem ser tomados durante a ausculta: Ambiente silencioso Posição do paciente Instruções ao paciente (alterações na respiração). EXAME FÍSICO OUTROS OBJETOS NECESSÁRIOS Balança Fita métrica Abaixador de língua Lanterna Esfigmomanômetro Termômetro Algodão Relógio EXAME FÍSICO Sistema Neurológico EXAME FÍSICO Sistema Neurológico Níveis de consciência EXAME FÍSICO Sistema Neurológico Níveis de consciência EXAME FÍSICO Percepção dos órgãos e sentidos Alterações visuais, auditivas, táteis, gustativas e olfativas EXAME FÍSICO Percepção dos órgãos e sentidos Alterações visuais, auditivas, táteis, gustativas e olfativas EXAME FÍSICO Percepção dos órgãos e sentidos Alterações visuais, auditivas, táteis, gustativas e olfativas Cuidados de Enfermagem com Lesão por Pressão Pele Maior órgão do corpo humano; Proteção, barreira contra infecção (meio externo para o meio interno); Impedir a perda excessiva de líquidos; Mantém a temperatura; Secreção. A Epiderme é a camada mais superficial da pele, em contato com o ambiente. Ela é formada por epitélio estratificado queratinizado e avascularizada. A Derme é a camada intermediária da pele, localizada entre a epiderme e a hipoderme. Ela é formada por tecido conjuntivo e apresenta-se mais elástica e firme, devido à presença de colágeno e elastina. A Hipoderme é a camadamais interna, porém não é considerada parte da pele. Ela é constituída por células adiposas, fibras de colágeno e vasos sanguíneos. Camadas da pele A lesão acontece quando a pele é pressionada entre um osso dentro do corpo e uma superfície externa. Em casos de pressão prolongada ocorre a interrupção do fluxo de sangue (diminuição da perfusão) isso pode acarretar conseqüências graves como uma ferida superficial ou muito profunda; O que é lesão por pressão? Aumento da temperatura corporal; Idade avançada; Percepção sensorial; Estado geral de saúde; Potencialização de riscos Proeminências ósseas, como sacral, calcâneo, ísquio, trocanteres, occipital, escapular, maleolar... Dispositivos médicos como: Sondas, tubos, drenos, talas... • Caso estejam mal posicionados ou mal fixados, ou também por qualquer situação que impeça uma pessoa de sentir dor e se movimentar ou mudar de posição.. Potencialização de riscos Lesão por pressão estágio 1 Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece; • Não à ruptura. Lesão por pressão estágio 2 Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme; • De coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudado seroso) ou rompida. Lesão por pressão estágio 3 Perda da pele em sua espessura total; • A gordura já é um pouco visível. Lesão por pressão estágio 4 Perda da pele em sua espessura total e perda tissular; • Com exposição do músculo, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso. Lesão por pressão não classificável Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível; • Encoberta pela escara, e ao ser removido pode ficar aparente lesões do estagio 3 ou 4. Lesão por pressão tissular profunda Descoloração vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece. • Dor, e mudança na temperatura. Medidas preventivas Inspeção diária da pele; Higienização e hidratação da pele; Umidade; Inspecionar mobilidade; Mudança de decúbito a cada 2 horas; Estado Nutricional (Incluindo desidratação); Colchões, almofadas... Curativos Tegaderme; (prevenção) Hidrocoloide; (cicatrização da ferida) Espuma de Alivio de pressão; (peles sensíveis, feridas infectadas) HidroFibra; (antimicrobiano, desbridamento) Escala de Braden Medidas preventivas conforme classificação de riscos dos pacientes Evolução da enfermagem A inspeção cutânea deverá ser registrada no prontuário do paciente. As LP identificadas deverão ser registradas e descritas com localização, tamanho, tecido, exsudato. Em situações de piora da LP, o caso deverá ser discutido com a equipe multiprofissional. Qual estágio esta essa lesão? Qual estágio esta essa lesão? Qual estágio esta essa lesão? EXAME FÍSICO Percepção dos órgãos e sentidos Alterações visuais, auditivas, táteis, gustativas e olfativas EXAME FÍSICO Percepção dos órgãos e sentidos Alterações visuais, auditivas, táteis, gustativas e olfativas EXAME FÍSICO Percepção dos órgãos e sentidos Alterações visuais, auditivas, táteis, gustativas e olfativas EXAME FÍSICO Percepção dos órgãos e sentidos Alterações visuais, auditivas, táteis, gustativas e olfativas EXAME FÍSICO Eliminações fisiológicas EXAME FÍSICO Eliminações fisiológicas EXAME FÍSICO Realizar uma evolução céfalo caudal. Ex: Paciente acamada, mantém calma, comunicativa, eupneica em ar ambiente. Segue exame físico couro cabeludo integro, pupilas isocóricas, tórax simétrico, abdômen distendido, mantém sonda nasoenteral com dieta gravitacional, MMSS íntegros, mantém acesso venoso periférico em radial, MMII íntegros, reações fisiologias em fralda presente. No momento relata “dor na cabeça”, segue aos cuidados da enfermagem. Sistema Urinário Professora Enfª Ingrid Tauana Nunes Chuista Funções do sistema urinário Produzir, armazenar e eliminar a urina; Regular o volume a composição química do sangue e seu volume; Eliminar o excesso de água e resíduos do corpo humano, através da urina; Garantir a manutenção do equilíbrio dos minerais no corpo humano; Auxílio na regulagem de produção das hemácias (células vermelhas sanguíneas). Necessidade humana básica O organismo necessita eliminar substâncias indesejáveis ou presentes em quantidades excessivas, que são nocivas à saúde, se permanecerem. Fatores que influenciam na eliminação urinária Crescimento e Desenvolvimento; Fatores Psicológicos; Hábitos pessoais; Tônos Muscular; Ingestão de líquidos; Condições Patológicas; Ação de Medicamentos. É dever do técnico de enfermagem investigar... Volume, odor e cor; Ingestão hídrica diária; História de infecções do trato urinário. Febre ou calafrios; Uso de cateteres urinários de demora; Sintomas dos distúrbios da micção: disúria, incontinência urinária, hematúria, nictúria, cálculos renais. Paciente do sexo feminino: número e tipo de parto. É dever do técnico de enfermagem investigar... Presença de edema, observado principalmente na face e nas partes mais baixas do corpo, como os pés e as áreas sacrais, sendo sugestivo de retenção hídrica. Aumento de peso corporal frequentemente acompanha o edema. Um ganho de peso de 1kg equivale a um ganho de 1000 ml de líquido. Diagnóstico de enfermagem relacionado à eliminação urinária Professora Enfª Ingrid Tauana Nunes Chuista Planejamento Estimular a micção normal, com esvaziamento completo da bexiga. Prevenir infecções. Manter a integridade da pele. Promover o maior conforto possível para o paciente. Promover o funcionamento normal da bexiga. Prescrição de enfermagem Monitorar débito urinário ( quantidade e característica); Observar e registrar controle hídrico; • Pesar diariamente; Fornecer líquidos dentro das restrições prescritos; Encorajar a micção espontânea; Avaliar estado nutricional; Observar e registrar sinais de edema; Atentar as queixas álgicas em região hipogástricas; Monitorar e anotar PA. Intervenção de enfermagem Promover hábitos normais; Intervir nos problemas quanto à eliminação; Auxilio à eliminação normal: o paciente pode necessitar de auxilio para ir ao banheiro ou para usar a comadre ou assento higiênico. Problemas relacionado à eliminação: Retenção urinaria Técnicas não invasivas: Reduzir o desconforto e a ansiedade; Proporcionar uma boa ingestão hídrica; Proporcionar privacidade. Técnicas invasivas: Cateterização (sonda vesical de alivio e de demora). Intervenção de enfermagem Pode ser confirmada através da palpação da região da bexiga; Medidas para estimular a micção espontânea Abrir a torneira próximo ao paciente; Despejar água morna na região perineal; Colocar bolsa de água quente na região abdominal; Promover privacidade do paciente. Sonda vesical de alivio Objetivo: Esvaziamento vesical diante à situações agudas de retenção urinária (pós-operatório) ou coleta de exames em casos distintos. Sonda vesical de demora Indicações Aliviar a distensão vesical pela retenção urinária (quando as medidas para promover a diurese foram ineficazes); Evitar a constante umidade em pacientes com incontinência urinária (somente em casos especiais); Preparo pré-operatório de algumas cirurgias; Possibilitar o controle rigoroso da diurese. Sonda vesical de demora Complicações Infecção urinária: causada principalmente pelo uso incorreto da técnica; Hemorragia: Pode ser causada pela utilizaçãode uma sonda de calibre inadequado ao tamanho da uretra, passagem incorreta, existência de patologias prévias; Formação de cálculos na bexiga: devido a longa permanência da sonda; Bexiga neurogênica: pacientes com uso prolongado da sonda; Trauma tissular: devido a aplicação de força durante a passagem, utilização de soda muito calibrosa. Professora Enfª Ingrid Tauana Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73
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