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Fichamento - Design de Interação e Interfaces Digitais - Aluna Júlia Medeiros Cason

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS
Fichamento de Estudo de Caso –
Júlia Estafocher Medeiros Cason
Trabalho da disciplina Design de Interação e Interfaces Digitais,
 Tutor: Prof. Rogério Leitão Nogueira 
Limeira-SP 
2019
Estudo de Caso: A “paywall” do The New York Times
Design de Interação e Interfaces Digitais
Caso Harvard – A “paywall” do The New York Times
REFERÊNCIA: KUMAR, Vineet. ANAND, Bharat. GUPTA, Sunirl. OBERHOLZER-GEE, Felix. A “paywall” do The New York Times. Junho de 2012
O autor começa explicando como funciona a paywall do jornal The New York Times, que constitui de uma versão paga de acesso a notícias. O autor explica que funciona dessa forma: se o leitor do jornal exceder a leitura de 20 artigos digitais no mês e quiser ler mais que esse número de artigos, ele terá que pagar para acessar os textos da plataforma do The New York Times.
	Inicialmente, o Jornal TNYT lançou a versão paga somente no Canadá. A versão piloto serviu de teste para corrigir possíveis problemas, antes de ser lançado a nível global. 
	Martin Niesennholtz, Vice-Presidente Sênior para Operações Digitais do The Times, realizou uma pesquisa e se sentia otimista em relação à vontade das pessoas em pagar para acessar mais artigos. Ele acreditava que as pessoas gostariam de apoiar o jornalismo e receber um conteúdo de qualidade, sem se sentirem culpados.
	No fim do mesmo ano do lançamento (2011), a paywall já tinha 39.000 acessos e o presidente do Conselho da empresa, Arthur Sulzberger, descrevia que esse número representava que a paywall havia sido um sucesso.
	O Jornal TNYT era o principal meio de comunicação impressa da época e tinha como objetivo “melhorar a sociedade ao criar, coletar e distribuir tanto informação quanto notícias e entretenimento de alta qualidade”. 
	
	Para entender a importância da paywall para o The New York Times é necessário um panorama histórico. O Jornal foi fundado em 1851 e, até o ano de 2011, ele já havia sido premiado com 106 prêmios Pulitzer, um número maior do que qualquer outro órgão do mesmo ramo. Mesmo com essas grandes conquistas, o jornal foi perdendo receita durante os anos 2000, seguindo a crise que toda a indústria jornalística enfrentava. A era digital chegou e foram necessárias mudanças e adaptação às novas tecnologias. Foi nesse momento que começaram os testes para saber qual seria a melhor forma de atuar no digital e ao mesmo tempo descobrir como competir com blog e conteúdos gratuitos da época.
Já que os concorrentes disponibilizavam conteúdos grátis, o número de leitores on-line aumentou assustadoramente e uma nova fonte de receitas, fornecida pela publicidade online, chegou, mas não foi suficiente para suprir a queda nas receitas do Jornal NYT, já que representava apenas 8,2% da receita total.
	
Com a chegada o iPad, em 2010, pode se ter acesso ao um novo formato de consumo de conteúdo digital. No momento do lançamento, houve muitas opiniões divergentes, elas variavam desde os que achavam que o IPad era a esperança para a industria dos conteúdos, até os que achavam que ele era um dispositivo que ia acelerar o declínio dos jornais. 
Uma pesquisa do Reynolds Journalism Institute, afirmava que 99% dos usuários de iPad consumiam notícias pelo tablet e que a experiência era semelhante a da leitura de um jornal impresso.
	Antes da paywall lançada em 2011, o Jornal TNYT já havia tentado lançar duas vezes uma versão de paywall em seu portal de notícias. Uma delas em 1996, para usuários estrangeiros e a segunda foi o TimesSelect, de 2005, o qual os usuários tinham acesso a colunas exclusivas do jornal. Ambos os lançamentos não ganharam usuários, eles preferiram acessar conteúdos das mídias sociais. 
	Devido a todo esse histórico, o paywall de 2011 precisou de estudo e planejamento anterior para ser lançado. O The New Youk Times escolheu um sistema de oferta que dependia do dispositivo utilizado no momento da leitura (seguindo a ascensão do iPad como meio de leitura) e de quantos artigos o usuário já leu no mês. O número de 20 artigos por mês foi escolhido a fim de manter os leitores mais frequentes, que viam valor nos conteúdos do jornal e manter leitores casuais.
	A nova proposta do Jornal focou em usuários que vinham de geradores de tráfego, como buscadores e redes sociais. Foi nesse momento que o TNYT teve a ideia de desenvolver a “paywall com frestas” que permitia o usuário ler até 20 artigos, ao invés de uma “paywall a prova de balas” usada pelo Financial Times, no qual não permitia acessos grátis.
	
	Hoje em dia, a maioria dos jornais utiliza da estratégia da paywall. Eles mantêm conteúdos de qualidade em seus portais, financiados pelos leitores dos artigos digitais. Esses portais de conteúdo pago tem uma forte concorrência para combater: as redes sociais geradoras de conteúdo instantâneo. Essas redes são: Facebook, Instagram, Instagram Stories, Youtube, entre outras, todas batalhando pela atenção do usuário.
Diante de tanta concorrência, o conteúdo dos jornais ainda se sobressai aos olhos dos leitores, pois são conteúdos jornalísticos de valor no meio de tantos conteúdos ruins e falsos. 
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