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125 PARTE I FUNDAMENTOS DE MICROBIOLOGIA Introdução Hoje sabemos que os microorganismos podem desempenhar papeis muito importantes nos alimentos, sendo possível classificá-los em três grupos distintos, dependendo do tipo de interação existente entre microorganismos e alimento: 1- Os microorganismos nos alimentos são causadores de alterações químicas prejudiciais, resultando no que chamamos de deterioração microbiana. A deterioração resulta em alterações de cor, sabor, odor, textura e aspecto do alimento. Essas alterações são conseqüência da atividade metabólica natural dos microorganismos, que estão apenas tentando perpetuar a espécie, utilizando o alimento como fonte de energia. A deterioração provocada é somente uma conseqüência deste processo. 2- Os microorganismos presentes nos alimentos podem representar um risco à saúde. Estes microorganismos são genericamente denominados patogênicos, podendo afetar tanto a saúde do homem como animais. As características das doenças que esses microorganismos causam dependem de uma serie de fatores inerentes ao alimento, ao microorganismo patogênico em questão e ao individuo a ser afetado. Os microorganismos patogênicos podem chegar ao alimento por inúmeras vias, sempre refletindo condições precárias de higiene durante a produção, armazenamento, distribuição ou manuseio em nível domestico. 3- Os microorganismos presentes nos alimentos causam alterações benéficas (saprófitos) em um alimento, modificando suas características originais de forma a transformá-lo em um novo alimento. Esta forma de interação é conhecida do homem há muito tempo. A este grupo pertencem aqueles microorganismos que são intencionalmente adicionados ao alimento para que determinadas reações químicas sejam realizadas. Neste grupo estão todos os microorganismos utilizados na fabricação de alimentos fermentados: queijo, vinhos, cervejas, pães, vegetais e muitos outros (fermentadores). Doenças de Origem Alimentar DTA’s Bactérias e vírus Fungos e parasitas Intoxicações Químicas Metais Agrotóxicos / Raticidas / micotoxinas Intoxicações naturais Plantas, Cogumelos, Peixes, Moluscos DTA’s 4 palavras mágicas - Higiene . Ambiental, Alimentos, Mão, Utensílios e equipamentos - Técnica . Adequação de cardápio, Pré-preparo e Preparo final - Temperatura . Refrigeração, Manipulação, Cocção e Distribuição - Tempo . Armazenamento, Manipulação e Distribuição Microrganismos I- Definição: São formados apenas por uma célula e tem vida própria. Estão presentes em todo universo e cada espécie possui características biológicas diferentes podendo ser desejáveis, como nos casos de fabricação de cerveja, queijos etc., ou indesejáveis, nos casos de contaminação e toxinfecção. Tipos 1 - Bactérias – Possuem vida próprias, preferem ambientes úmidos, ou seja, alimentos que tenham algum teor de água, embora algumas espécies possam se desenvolver em alimentos mais secos (não em alimentos desidratados). Sobrevivem em presença (aeróbios) ou ausência de oxigênio (anaeróbios) ou em ambos (anaeróbios facultativos ou aerotolerantes). Preferem alimentos ricos em proteínas (carne em geral, ovos, leite, queijos), etc... Suas formas são: bacilos, cocos, espirilos. A reprodução é por divisão binária com pequeno tempo de geração (a cada 15 minutos), em Temperatura entre 20 a 45ºC. São altamente competitivos em relação a outros grupos microbianos e responsáveis pela maioria de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs). Podem produzir toxinas gastroentéricas ou alergênicas. Desenvolvem-se melhor em ambientes úmidos, alimentos ricos em proteínas e pouco ácidos (pH 4,5 - 8,5). Algumas bactérias produzem, em decorrência de sua multiplicação, as chamadas “toxinas”, que são um tipo de “veneno”, de efeito tóxico para o organismo. As bactérias, além de se encontrarem nos alimentos, são encontradas também no intestino,trato genital, nariz, boca, mãos, pulmão e meio ambiente.Alguma apresentam forma esporulada. CLASSIFICAÇÃO Gram-negativas, aeróbias e microaeróbias Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari – gastrenterites. Gram-negativas aeróbias estritas Pseudomonas, Xanthomonas, Halobacterium, Halococcus, Acetobacter, Gluconobacter, Acinetobacter, Alcaligenes, Alteromonas, brucella, Flavobacterium, Moraxella, Psychrobacter e Shewanella. Microbiologia dos Alimentos I 126 Gram-negativas anaeróbias facultativas Citrobacter, Enterobacter, Escherichia, Klebsiella, Hafnia, Proteus, Salmonella, Serratia, Shigella, Yersinia, Aeromonas, Plesiomonas, Vibrio. Cocos Gram-positivos Micrococcus, Staphylococcus, Enterococcus (microrganismo indicador), Lactococcus, Leuconostoc, Peiocoddus, Streptococcus, Vagococcus. Bacilos Gram-positivos produtores de esporos Esporos: resistentes ao calor, a radiações ionizantes, compostos químicos, desidratação e congelamento. A reversão para a forma vegetativa que pode resultar na deterioração dos alimentos ou produção de toxinas. Bacillus e Clostridium. Bacilos Gram-positivos não esporulados Lactobacillus e Listeria. 2- Fungos – Possuem vida própria. São divididos em bolores e leveduras, tamanho de 60 mc (micrômetros) Encontrados no meio ambiente e no homem (intestino, boca e mãos). Multiplica-se em alimentos secos, frescos e com maiores quantidade de açúcar. A reprodução é feita por gemulação (leveduras) ou por brotamento, gemulação, artrosporos (fungos). Alguns fungos também são produtores de toxinas alergênicas ou cancerígenas. Tabela 1. Características de Multiplicação de Microorganismos Bactérias Fungos Bolores Leveduras Reprodução *a cada 15 min. * a cada 20 min. Aw > 0,82 > 0,65 pH 4,5 a 8,5 (neutro) 2,5 a 9,5 (ácido) Temperatura 28º a 45ºC 10º a 26ºC Alimentos Protéicos Ricos em açúcar . 3- Vírus – Não possuem vida própria e só crescem quando estão dentro da célula do organismo humano ou de animais. Não se multiplicam em alimentos. Possuem formas cilíndricas; tamanho de 0,125 mc (micrômetros). A contaminação se dá pela ingestão de água ou alimento contaminado, pelo ar, ou junto a pessoas doentes, através de contato direto, ou da manipulação de alimentos (ex.: hepatite, sarampo, rubéola, etc...). 4- Parasitas – Não possuem vida própria e seu desenvolvimento se dá no organismo do homem ou animal. Encontram-se no solo, água, alimentos e intestino. Microrganismos patogênicos em alimentos . Patógenos Clássicos conhecidos epidemiologicamente bactérias, vírus e parasitas ex: Bacillus cereus, C botulinum , S.aureus e Salmonella . Patógenos Emergentes novos agentes etiológicos bactérias, vírus e parasitas ex: E. coli enterohemorrágica Listeria Monocytogenes . Patógenos reemergentes novos surtos de m.o. já controlados ex: zoonoses,Tuberculose, cisticercose PARTE II DOENCAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA) Definição São todas as ocorrências clínicas decorrentes da ingestão de alimentos que podem estar contaminados com microorganismos patogênicos, substâncias químicas ou que contenha na sua constituição estruturas naturalmente tóxicas. CLASSIFICAÇÃO A - Intoxicação ou Toxinose . Biológica Ingestão de toxina pré-formada produzida pelo microorganismo patogênico devido à sua multiplicação no alimento. Ex: C. botulinum, B. cereus emético, S aureus e fungos produtores de micotoxinas. . Química Ingestão de substância química. Ex: pesticidas B - Toxinfecção ingestão de quantidade aumentada de bactéria na forma vegetativa que liberam toxina no trato gastrointestinal (TGI) sem colonizar. Toxina produzida no intestino. Ex: C. perfingens e B. cereus clássico C- Infecção ingestão de alimentos contendo células viáveis de microorganismos patogênicos (bactérias, vírus ou parasitos) que se reproduzem no organismo com ou sem agressão ao epitélio. Colonizam o intestino e podem invadiroutros órgãos. 127 Ingestão de Microrganismo (dose infectante) ↓ Aderência a Mucosa ↓ Proliferação ↓ Colonização Invasão da mucosa Produção de Toxinas ↓ Penetração nos tecidos (diarréia) Invasivas: Agressividade Celular: destruição das células locais Ex. Salmoneose, Shigelose, Sistêmica: penetração através do intestino e disseminação pelo sangue. Ex. Salmonella typhi Não Invasiva: Toxicidade Produção de toxina no intestino Ex. B. cereus clássico Liberação de toxina no organismo (C. perfringers). Nova CLASSIFICAÇÃO DTA Substitui a classificação em toxinose, toxinfecção e infecção 128 Mecanismos Patogênicos dos Microorganismos Agressividade – Presença do microorganismo em quantidade suficiente para causar agressão ao tecido (epitélio ou mucosa), provocando infecção, com sintomas de febre, dor, inflamação e formação de pús. Toxicidade – O microorganismo ao se multiplicar no alimento ou no nosso organismo, produz pequenas cadeias protéicas (toxinas), causando quadro clínico de intoxicação. A bactéria ao se multiplicar, pode produzir toxinas: Multiplicação no Alimento Toxina Vômito Multiplicação no Intestino Toxina Diarréia Hipersensibilidade – O microorganismo ao penetrar em nosso organismo, estimula a resposta imunológica de defesa. Classificação de Microorganismos No Homem Benignos – divididos em neutros ou saprófitas (ajuda a proteger e evitar doenças). Malignos ou Patogênicos: Invadem o organismo do homem com produção ou não de toxinas, podendo causar doenças leves ou graves, inclusive à morte. No Alimento Benigno (Saprófitas) ou Fermentadores: Modificam alimento sem causar doenças. Ex: Fabricação de iogurte e queijos, maturação de carnes, produção de pães, vinhos, vinagre, saquê, cerveja. Patogênico: são perigosos e colocam em risco a saúde e até a vida do homem. Podem causar infecção e /ou intoxicação. Vias de Transmissão A contaminação pode ser direta entre pessoas ou indireta através de água, solo, ar, fômites e alimentos. Transmissão Direta – O homem faz a transmissão diretamente através de si, de seu corpo ou do que é de si expelido. Ex: Fezes, nariz, boca, mãos, secreção, urina ou ferimentos. Transmissão Indireta – Também é feita através do material humano (fezes, escarro, urina etc.), porém veiculados por vetores. Transmissão Ambiental – material de animais (fezes, pêlo, urina de ratos, baratas, ovos de moscas etc.), que contamina o ambiente ou microorganismos patogênicos já presentes no alimento (hortifrutigranjeiros, aves contaminadas etc.). AGENTES DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA) A - Toxinoses Toxinas Produzidas nos Alimentos A.1 - Staphylococcus aureus Microorganismo facultativamente anaeróbio, com maior crescimento em condições aeróbias. Produz enterotoxina termorresistentes no alimento. Possui características de halofilia ↑ [sal] e osmofilia↑ [açúcar]. Enterotoxina → Mucosa TGI → Secreção Na+, K+, H2O → Nervo Vago → Retroperistalse Fonte: cabelo, nariz, boca e pele dos animais. Alimentos envolvidos carne e frango cozidos, atum, presunto, batatas e saladas de batatas, leite, queijos, cremes, chantilly, confeitos frescos com recheio e tortas. Quadro clínico predominando vômitos e náuseas, raras diarréias, sem febre. Aa baixa: 0,83; Produção de toxina Aa: 0,94 Multiplica-se entre 7º a 48º. PI: 1 a 6 h Valor D= 65,5ºC / 2’ A.2 - Bacillus cereus Microorganismo facultativamente aeróbico, gram- positivo, formador de esporos, produtor de dois tipos de toxina - diarréica (termo-lábil) e emética (termo-estável). Duas síndromes: B. cereus emético → enterotoxina termoestável no alimento. Toxina → Emética (ST – 126ºC / 90’) PI: 1-6h S: Vômitos, náuseas, mal-estar geral. Valor D = 100ºC / 5’ Fonte: solo (terra, água), cereais, grãos, hortaliças. Tº ótima: 5º a 50ºC. A cocção e reaquecimento não destroem os esporos. Alimentos envolvidos Síndrome Emética: Alimentos farináceos contendo cereais. Arroz cozido ou frito, arroz doce, feijão cozido, pudim (amido de milho ou baunilha), bolo de carne, sopa de vegetais e massas, verduras cozidas, canjica e cremes de doces. Síndrome Diarréica: carnes com molhos (base de farináceos), tortas, pudins (base de amido). A.3 - Clostridium botulinum Microorganismo anaeróbio estrito, formador de esporos. Botulismo o Botulismo clássico: ingestão do alimento contendo a neurotoxina (toxina pré- formada). o Botulismo de lesão: proliferação e liberação de toxinas em lesões infectadas com o microrganismo o Botulismo infantil: doença infecciosa causada pela ingestão de esporos e subseqüente germinação, multiplicação e toxigênese no intestino. o Período de incubação: 12 a 36 horas. Náuseas, vômitos e diarréia. Fadiga e fraqueza muscular. Queda da pálpebra, resposta alterada da pupila à luz e visão dupla. Secura da boca, dificuldade de deglutição. Parada respiratória 129 A concentração salina é um dos fatores mais importantes no controle do botulismo.Fonte: solo (terra e água), vegetais, frutas e peixes. PI: 12 a 72h Valor D= 100ºC/ 50’ Neurotoxina (valor D= 100ºC/10’) pH > 4,6 A cocção promove anaerobiose, auxiliando a multiplicação. A cocção e reaquecimento não destroem os esporos. Contaminação: alimentos enlatados recontaminados ou com processamento térmico inadequado. Embutidos fora da refrigeração. Alimentos envolvidos: salada de batata, carne com queijo e cebola com creme de manteiga derretida, bolo de peru com cereais, carne com batata e temperos, carne cozida, alho preparado comercialmente, pescados, carnes e verduras em conservas caseiras, escabeche. Quadro clínico: náuseas, visão dupla, vertigens, perda dos reflexos, dificuldade de deglutir e falar, paralisia respiratória e morte. Sem febre. Intoxicação botulínica. Alimentos: produtos cárneos, conservas vegetais de preparação caseira, mel. Impedir a formação da neurotoxina botulínica Microbiota competitiva e bactérias lácteas Nitrato e nitrito Célula vegetativa : baixa resistência térmica. Esporos: resistentes ao calor. Neurotoxina: termolábil – 80oC / 30 min ou 100oC / alguns min. Congelamento e refrigeração: sem efeito. A.4 - Aminas Vasopressoras Alergênicas Microorganismos psicotróficos presentes normalmente no ambiente ou nos alimentos de origem animal (carnes, aves e pescados) como: Pseudomonas sp, Moraxella sp, Plessiomonas sp, Acinetobacter sp, etc. Multiplica-se: -5ºC e 37ºC. Alimentos envolvidos: carnes, aves, pescados e alimentos cárneos com processo inadequado de maturação. Quadro clínico: alergia generalizada (coceira, edema, inflamação). A.5 - Escombrídeos Microorganismos de origem ambiental ou fecal, como a Morganella morganii, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, etc, multiplicam-se em tipos específicos de peixes, produzindo substâncias típicas de envenenamento. Alimentos: atum, golfinho, arenque e peixe azul. Quadro clínico: dor de cabeça, tontura, queimação na boca. A.6. - Proteus sp se reproduz nos pescados em temperatura de refrigeração acima de 4ºC, produzindo substância tipo histamina e provocando quadro alérgico. Fonte: ambiental ou fecal. PI: < 1 hora Alimentos envolvidos: peixes, camarões e frutos do mar Quadro clínico: dor de cabeça, tontura, náusea, vômito, queimação na garganta, inchação facial com vermelhidão, dor de estômago e coceira na pele. Quadro 1. Comparativo de Intoxicações Alimentares Características S. aureus B. cereus C. botulinum T (ºC) 7-48ºC 5 - 50ºC 3 – 50º Aa mín. 0,83 0,95 0,94 PI (hs) 1 – 6 *Emético: 1 – 6 *Clássico: 8 - 22 12 – 72 Sintomas vômitos e náuseas, raras diarréias, sem febre. *Emético: vômito e náuseas raras diarréias e sem febre. *Clássico: infecção intestinalNáuseas, visão dupla, vertigens, perda dos reflexos, dificuldade de deglutir e falar, paralisia respiratória e morte. Sem febre. Alimentos principais Produtos de confeitaria e protéicos Alimentos ricos em amido Enlatados Quadro2. Comparativo de Intoxicações Alimentares Características Aminas Vasopressoras Escombrosídios Proteus sp. T (ºC) -5ºC a 37º Psicrófilo 3 – 50º Psicrófilo 4º Psicrófilo PI (hs) - - < 1h Sintomas Alergia generalizada (coceira, edema, inflamação). Dor de cabeça, tontura, queimação na boca. Dor de cabeça, tontura, náusea, vômito, queimação na garganta, inchação facial com vermelhidão, dor de estômago e coceira na pele. Alimentos principais Cárneos com processamento inadequado Peixes de águas profundas Peixes, camarões, frutos do mar 130 B.Toxiinfecção Alimentar ou Infecção não invasiva Ingestão Aumentada de Bactérias na Forma Vegetativa que Liberarão Toxinas no TGI ao Esporular B.1 -Clostridium perfringens Microorganismo formador de esporos anaeróbico sobrevive na cocção e reaquecimento e no interior do alimento em ebulição, sobrevive até 9 horas. A cocção promove anaerobiose e ativa a germinação dos esporos, diminuindo o tempo da geração para 10 minutos. Produz endoenterotoxina no intestino, quando ocorre esporulação, após a ingestão de grande quantidade de formas vegetativas. Fonte: solo (terra e água), intestino do homem e animais, hortaliças e temperos. Tº ótima: 15ºC e 50ºC PI: 8 a 22 horas Valor D = 100ºC / 20’ Alimentos envolvidos: carnes e aves assados ou cozidos, feijão cozido, legumes cozidos e molho de carne. Quadro clínico: predominando diarréia e cólicas abdominais, sem febre Enterotoxina (ativação tripsina) ↓ Liga receptores borda de escova intestinal ↓ Surgimento de poros ↓ Extravasamento do conteúdo celular ↓ Diarréia . B.1 –Bacillus Cereus(síndrome diarréica) B. cereus clássico → quadro de infecção intestinal. Toxina → Diarréica (TL – 55ºC / 20’) PI: 8 - 22h S: diarréia intensa, dores abdominais. C. Infecção Alimentar Invasiva ou Toxigênica (Produção de Toxina ou Agressão ao Epitélio Intestinal). C.1. Salmonella sp. Causa infecção intestinal. Fonte: intestino de animais e homens, matéria-prima animal (carnes e aves), rações animais (farinha de ossos, farinha de sangue, farinha de peixe), gema de ovos (contaminação transovariana), hortaliças plantadas em ambiente com esterco animal ou humano. Mucosa Intestino Delgado e cólon ↓ Invasão (limitada a lâmina própria) ↓ Fagocitadas ↓ Resposta Inflamatória saída de H2O e eletrólitos ↓ Diarréia Aquosa Tº: 6ºC e 46ºC PI: 8 - 22h Valor D= 66ºC / 1’ Alimentos envolvidos: aves, carnes, produtos de ovos (maionese, mousse), leite cru, bala de chocolate, coco, fermento, semente de algodão, soja, melancia, pimenta, cevada e cidra. Quadro clínico: diarréia, mal estar e cólicas. Com ou sem febre. C.2 - Salmonella typhi causa infecção intestinal típica. Não necessita multiplicar-se em alimentos. A dose infectante é baixa. Penetração células epiteliais ↓ Invasão lâmina própria ↓ Entrada corrente linfática ↓ Fagocitados (macrófagos) → “X” → destruição macrófagos →corrente circulatória→ órgãos→ infecção sistêmica Fonte: intestino do homem e mãos contaminadas, água contaminada por esgoto humano, hortaliças contaminadas por adubo fecal humano. Alimentos envolvidos produtos cárneos e lácteos, verduras, mariscos, ostras, pescados, saladas. Quadro clínico: Causa infecção intestinal com disenteria (fezes com muco, pus e sangue), febre, vômito, mal estar, calafrios, hipotensão, septicemia, choque endotóxico e morte. Tº ótima: 6ºC - 46ºC pH entre 3,8 e 9,0. Valor D = 66ºC / 1’ PI: 7 a 28 dias 131 C.3 - Shigella sp. causa infecção intestinal típica, conhecida como disenteria bacilar. Fonte: intestino do homem e mãos contaminadas, água contaminada por esgoto humano, hortaliças contaminadas com adubo fecal humano. Quadro clínico: disenteria (fezes com muco, pus e sangue), febre, vômito, cólica e mal estar. Pode causar sinais neurológicos devido a produção de toxina neurotóxica. Disenteria bacilar = “Doença da Sujeira” ↓ Dose infectante = 10ufc/g - Não necessita multiplicar-se nos alimentos Toxina de shiga = citotoxina Adesão (Intestino Grosso) ↓ Invasão Intra Epitelial ↓ Ulceração Alimentos de ingestão direta PI: 12 a 72 h C.4.- Yersinia enterocolítica Microorganismo psicrófilo. dose infectante alta, necessita multiplicar-se nos alimentos. Adesão na região Íleo – Cecal ↓ ↓ Invasão Transepitelial Produção da Enterotoxina yst (Linfonódulos) Ielite Terminal + Linfadenite Mesentérica Fonte: água, animais selvagens, suínos, cães e aves. Isolada de miúdos de suínos, língua e carne moída. Multiplica-se em temperatura de refrigeração (3ºC - 43ºC) pH entre 4,4 e 9,6 PI: 12 a 72hs Alimentos envolvidos: leite, queijos, aves (frango mal cozido), água de nascente, queijo embalado com água de nascente. Quadro clínico diarréia, náusea, febre baixa, cólica, mal estar, calafrios e dor de cabeça. Pode causar linfadenite aguda, sendo confundida com o quadro de apendicite. Quadro 3. Quadro Comparativo de Infecções Alimentares I Salmonella Salmonella typhi Shigella sp T (ºC) 6ºC e 46ºC 6ºC e 46ºC - PI (hs) 8 a 22 hs 7 a 28 dias 12 a 72 hs Sintomas diarréia, mal estar e cólicas. com ou sem febre. disenteria, febre, vômito, mal estar, calafrios, hipotensão, septicemia, choque endotóxico e morte. disenteria (fezes com muco, pus e sangue), febre, vômito, cólica e mal estar. Pode causar sinais neurológicos Caract. Principal Infecção intestinal ovos Dose infect. baixa Alta mortalidade Disenteria bacilar Dç da sujeira C.5 - Escherichia coli É um indicador de contaminação fecal (coliforme fecal). Dose infectante alta necessita se multiplicar nos alimentos. Tem a capacidade de se multiplicar em resíduos de alimentos e nas superfícies dos equipamentos e utensílios. Em geral a doença transmitida por E. coli é conhecida como a “diarréia do viajante ou do turista”. Fonte: fezes do homem e animais de sangue quente água de rios, lagos, nascentes e poços. Alimentos envolvidos: água, hortaliças regadas com água contaminada, carnes, aves, pescados, verduras e legumes crus ou mal cozidos, saladas, maionese, maionese de legumes, purê de batata, massas frescas, lasanha, sobremesas (doces e frutas manipuladas), farofas, leite, queijos, etc. E. coli enterotoxigênica (ETEC) Adesão Intestino Delgado ↓ Produção Enterotoxina termolábil (LT) termoestável (ST) ↓ Enterócito ↓ saída de H2O e eletrólitos ↓ Diarréia Aquosa “Diarréia do viajante” PI: 8 a 72h Quadro Clínico: Diarréia, náusea, vômito, cólica, sem febre. E. coli enteroinvasora (EIEC) e E. coli enteropatogênica (EPEC) - Gastroenterites em crianças PI: 12 a 72h Quadro Clínico: Diarréia, vômito, febre, cólica, mal estar, calafrios. Escherichia coli O 157:H 7 / E. coli enterohemorrágica (EHEC) - Habitante do intestino de animais e do homem. Produz potentes toxinas: Verotoxina (VT) e “shiga-like” toxina, causando quadros clínicos graves. 132 Invasão Intraepitelial ↓ Toxina Endocitada → ↑ AMPc → Diarréia Inibe síntese Ptn → Morte celular Alimentos envolvidos: hambúrgueres mal cozidos ou crus e leite cru. Quadro clínico: diarréia sanguinolenta, vômito, febre, cólica, mal estar e calafrios. Causa uma doença chamada Colite Hemorrágica, caracterizada por fortes cólicas abdominais, diarréia inicialmente aquosa e depois com sangue, pode ocorrer vômito, pode ou não ocorrer febre. A doença é auto-limitada durando 8 dias, sendo quealguns indivíduos apresentam apenas diarréia aquosa. Crianças podem sofrer complicações, desenvolvendo outro quadro clínico denominado SHU (HUS), caracterizado por insuficiência renal e anemia hemolítica. Nos idosos, a SHU provoca outros sintomas, como febre e problemas neurológicos constituídos por púrpura trombocitopênica (TTP), com alta mortalidade (50%). Duração da Doença: 8 dias C.6 - Campylobacter jejuni apresenta quadros semelhantes às salmonelas, sendo relatados em hospitais ser mais freqüente que as salmonelas e as shigellas. PI: 8 a 22 horas Fonte: intestino do gado suíno, galinha, frango, pássaros selvagens, cordeiro, peru, cogumelo e leite cru. Alimentos: leite cru, água, hambúrguer, fígado cru, carne de porco acidificada e bolo, frango mal cozido Quadro clínico: diarréia, náusea, vômito, febre. Pode ter início semelhante à gripe. C.7 - Vibrio cholerae –infecção não invasiva cresce rapidamente em alimentos alcalinos (pH de 6 a 11), úmidos e em temperatura ambiente (5ºC a 44ºC). Não tolera acidez, luz solar ou competição com outros microorganismos. Ingestão → TGI (mucinase) → Aderência Enterócito ↓ Produção Toxina Colérica ↓ Diarréia Aquosa “Água de Arroz” Fonte: fezes do homem, água contaminada, hortaliças contaminadas e pescados contaminados. Reservatórios ambientais: copépodes, moluscos e crustáceos. PI: 1 a 4 dias Alimentos envolvidos: água não tratada, leite de coco congelado, pescados mal cozidos, arroz com amendoim, frutos do mar crus, peixe desidratado. Quadro clínico: náusea, cólica, diarréia profusa com aspecto de “água de arroz” com cheiro de pescado, olheiras, dedos enrugados, hipotermia, hipotonia, suor viscoso, colapso e morte. C.8 - Vibrio parahaemolyticus Infecção intestinal mais freqüente, devido à ingestão de ostras cruas. Fonte: água do mar Multiplica-se em refrigeração (3ºC a 44ºC) pH entre 4,8 e 9 PI: 12 a 18 horas Alimentos envolvidos: peixes e moluscos crus ou mal cozidos. Quadro clínico: cólica, febre, diarréia profusa e desidratação. Quadro 4. Quadro Comparativo de Infecções Alimentares II Campylobacter jejuni Yersinia enterocolítica Listeria monocitogenes PI (hs) 8 a 22 hs 12 a 72 hs Indeterminado Sintomas diarréia, náusea, vômito, febre. Pode ter início semelhante à gripe. diarréia, náusea, febre baixa, cólica, mal estar, calafrios e dor de cabeça. Pode causar linfadenite aguda, confundida com o quadro de apendicite. cólica, diarréia, febre, calafrios, dor de cabeça, mal estar, prostração, dores nas juntas e linfadenite. Alimentos principais Frango e miúdos mal processados Alimentos refrigerados queijos C.9 - Listeria monocitogenes doença letal para indivíduos com câncer, doença renal, hepatite, AIDS, diabetes, transplantados e terapias com esteróides. Doença branda em pessoas sadias. Está presente em 64% dos alimentos refrigerados. “X” macrófago → Sistêmica Fonte: solo, água, esgoto, vegetais em putrefação, silagem e ração animal. Reservatórios: mamíferos selvagens, domésticos e criação de aves. Multiplica-se 0ºC e 44ºC pH entre 4,5 e 8 PI indeterminado Alimentos envolvidos: leite, queijo, requeijão, patê, peru, repolho curtido, linguiça de peru, presunto, ovo líquido, vegetais (rabanete, batata, cogumelo, pepino, repolho e alface), roast beef, carne moída, vitela moída e linguiça. Alimentos de alto risco: salsicha não cozida, frango mal cozido, queijo em pasta, alimentos de lojas de delicatessen. Quadro clínico: cólica, diarreia, febre, calafrios, dor de cabeça, mal estar, prostração, dores nas juntas e linfadenite. 133 Quadro 5. Quadro Comparativo de Infecções Alimentares III Escherichia coli Vibrio cholerae V. parahae molyticus T (ºC) - 5ºC a 44ºC 3ºC a 44ºC PI (hs) 12 a 72 hs 1 a 4 dias 12 a 18 hs pH - 6 a 11 4,8 e 9 Sintomas ETEC: Diarréia, náusea, vômito, cólica, sem febre. EIEC / EPEC: Diarréia, vômito, febre, cólica, mal estar, calafrios. EHEC : diarréia sanguinolenta, vômito, febre, cólica, mal estar e calafrios. náusea, cólica, diarréia profusa com aspecto de “água de arroz” com cheiro de pescado, olheiras, dedos enrugados, hipotermia, hipotonia, suor viscoso, colapso e morte. cólica, febre, diarréia profusa e desidratação. Alimentos principais Protéicos mal processados com contaminação fecal Pescados e frutos do mar mal cozidos Ostras cruas D. VÍRUS Agentes Virais causadores de Infecções Alimentares D.1 - Hepatite A (vírus A) Fonte: fezes do homem, água contaminada com fezes. Contaminação: manipulador de alimentos portando o vírus em fase de incubação ou durante a doença, contaminando alimentos com as mãos sem higienizar, água contaminada em verduras, legumes e frutas. Alimentos envolvidos: mariscos, frutas e verduras cruas, saladas mistas de vegetais com carnes, aves ou peixes. Quadro clínico febre, mal estar, prostração, anorexia, náusea, dor abdominal e icterícia. Vírus → Mucosa Intestinal ↓ Fígado (via sistema porta) PI: 10 e 50 dias (2 a 6 meses) vírus é inativado na cocção, é uma doença decorrente da ingestão de alimentos crus ou manipulados com as mãos contaminadas após a cocção. Pode ser transmitido por contágio (pessoa a pessoa). Transmissão via fecal-oral. D.2 - Vírus Entéricos, Rotavirus e Agente Norwalk Estes tipos de vírus são inativados na cocção, provocam doenças decorrentes da ingestão de alimentos crus, ou manipulados com as mãos contaminadas após a cocção. Podem ser transmitidos por contágio (pessoa a pessoa). Fonte: fezes do homem, água contaminada com fezes. Contaminação: manipulador de alimentos com estas viroses ou em fase de incubação, manipulando alimentos com as mãos contaminadas. Água contaminada em frutas, verduras e legumes. Alimentos envolvidos: mariscos, frutas e verduras cruas, saladas mistas de vegetais com carnes, aves ou peixes. Quadro clínico: diarréia, febre, vômito, cólicas abdominais, sintomas respiratórios. E. PARASITAS Agentes Parasitários causadores de doenças de origem alimentar E.1 - Giardia lamblia pode ser transmitida por contágio.PI: 1 a 6 semanas Fonte: fezes do homem e animais, água contaminada com fezes, hortaliças contaminadas com adubo animal. Contaminação: verduras, frutas e legumes lavadas com água contaminada, equipamentos, utensílios e bancadas contaminadas a partir de água ou vegetais contaminados (contaminação cruzada). Alimentos envolvidos: saladas cruas, água para consumo não tratada. Quadro clínico: diarréia mucóide (fezes gordurosas), cólicas abdominais e perda de peso. E.2 - Entamoeba histolytica pode ser transmitida por contágio. Fonte: fezes do homem. PI: 1 a várias semanas Contaminação: fezes do homem contaminando alimentos durante a manipulação após a cocção ou contaminando água de consumo. Alimentos envolvidos: frutas, verduras e legumes, água contaminada não tratada. Quadro clínico: cólica abdominal, diarréia, constipação, dor de cabeça, sonolência, úlcera, casos assintomáticos. E.3 - Trichnella spiralis raramente encontrada em nosso meio. PI: 4 a 28 dias Reservatório: suínos e animais carnívoros. Contaminação: matéria-prima. Alimentos envolvidos: carne de porco mal cozida ou outro animal carnívoro. Quadro clínico: gastrenterite, febre, edema nos olhos, transpiração, dor muscular, calafrios, prostração, dificuldade respiratória. E.4 - Taenia solium O porco se contamina ingerindo alimentos contaminados com ovos da tênia, oriundo de fezes humanas, desenvolve a cisticercose suína, com os cisticercos disseminados pelo organismo, em seguida o homem ingere carne de porco mal cozida e desenvolve a teníase, com a forma adulta da 134 tênia no intestino, eliminando constantemente proglotes grávidas com muitos ovos que se liberamno ambiente. Estes ovos podem ser ingeridos por auto-infestação (coprofagia) ou por alimentos contaminados. No intestino do homem, os ovos liberam as larvas que caem na circulação sanguínea, alojando-se em órgãos como os olhos, cérebro, tendo um tropismo para o tecido nervoso, causando a cisticercose humana, com maior gravidade. Teníase: cisticercos na carne de porco. Cisticercose: ovos da tênia nas fezes do homem. PI: 3 a 6 meses. Contaminação: Teníase: matéria-prima contaminada com Cisticercus celulosae. Cisticercose: ingestão dos ovos em hortaliças não higienizadas, oriundas de hortas com fezes humanas (auto-contaminação). Alimentos envolvidos: Teníase: carne de porco mal cozida. Cisticercose: verduras cruas e água contaminada. Quadro clínico: Infestação intestinal com a forma adulta da tênia,ocorre nervosismo, insônia, fome, cólica abdominal, perda de peso, raras gastrenterites. Larva passa o intestino e invade outros órgãos, causando vários problemas. Figura 1. Ciclo de vida Taenia F. FUNGOS PRODUTORES DE MICOTOXINAS Os fungos são indesejáveis nos alimentos porque são capazes de produzir uma grande variedade de enzimas que, agindo sobre alimentos, provocam a sua deterioração. Além disso, muitos fungos podem produzir metabólitos tóxicos quando estão se multiplicando nos alimentos. Estes metabólitos recebem a denominação genérica de “micotoxinas”, e correspondem a produtos metabólicos secundários que, quando ingeridos com os alimentos, causam alterações biológicas prejudiciais tanto no homem quanto nos animais (micotoxicoses). Casos de intoxicações por micotoxinas são conhecidos F.1 - Toxinas e Micotoxicoses por Aspergillus ssp. As aflatoxinas são as micotoxinas mais estudadas. São produzidas principalmente pelo A. flavus e A.parasiticus. São conhecidas as aflatoxinas B1 e B2, que recebem essa denominação por emitirem fluorescência azul (blue) quando exposta à luz ultravioleta de ondas longas, as aflatoxinas G1e G2, que apresentam fluorescência verde (green) nessas condições, e a aflatoxina M, isolada do leite (milk). A produção de aflatoxinas é favorecida pela temperatura de 23°C a 26°C, sendo produzida em maior quantidade quando o substrato é rico em carboidratos, gorduras e proteínas. As aflatoxinas são comumente encontradas no amendoim, semente de algodão, castanhas e grãos de outros cereais como milho. As aflatoxinas podem ter atividade tóxica aguda em diversos animais (patos, coelhos, cachorros), e pequenas quantidades são suficientes para causar danos hepáticos e hemorragias no trato gastrintestinal. Além disso, as aflatoxinas têm propriedades hepatocarcinogênicas. O emprego do calor na forma em que costuma ser utilizado no processamento de alimentos não causa inativação completa das aflatoxinas. Assim, quando amendoins são torrados, a atividade das aflatoxinas B1 e B2 pode ser reduzida em 70% e 45%, respectivamente. O emprego de agentes químicos inativadores pode ser eficiente. As ocratoxinas são produzidas principalmente pelo A. alutaceus, sendo mais importantes as ocratoxinas A e B. O A. alutaceus é um contaminante comum de nozes, castanhas, grãos de cereais (cevada, milho, trigo, aveia, soja, arroz e amendoim), frutas cítricas, algodão, pimenta- do-reino e alguns produtos fermentados à base de peixe. A ocratoxina A causa lesões renais e hepáticas em animais. No fígado causa acúmulo de gorduras e alterações nas mitocôndrias. Nos rins, seu efeito se dá por obstrução tubular. Poucas são as informações a respeito da ocratoxina B. Sabe-se que é menos tóxica que a ocratoxina A e que raramente é detectada em cereais. F.2 - Toxinas e Micotoxicoses por Penicillium ssp. Inúmeras toxinas diferentes produzidas por fungos do gênero Penicillium são conhecidas. A rubratoxina produzida pelo P. rubrum, provoca doenças hemorrágicas em animais (aves, suínos, bovinos). 135 Sua produção está associada à produção de pigmentos vermelhos. O cereal mais comumente envolvido é o milho. A patulina, produzida pelo P. expansum, P. claviforme e P. urticae, tem ação antibiótica. Sua produção ocorre principalmente em frutas em deterioração. Esta micotoxina é estável em condições ácidas, razão pela qual tem sido encontrada em sucos de frutas, principalmente maçãs. O ácido penicílico é também uma micotoxina de interesse e é produzida pelo P. puberulum, envolvendo principalmente o milho. Sua ação biológica é semelhante à da patulina. F.3- Toxinas e Micotoxicoses por Fusarium ssp. Os bolores do gênero Fusarium (F. gramineum, F. tricinctum e F. moniliforme) podem produzir pelo menos três tipos de micotoxinas: os tricotecenos, as fumonisinas e a zearalenona. Os tricotecenos são produzidos principalmente no trigo, cevada, aveia, centeio e milho, e sua produção é dependente das condições climáticas, ocorrendo principalmente quando a colheita é feita nos meses de inverno, quando a temperatura é mais baixa. É necessário frizar que normalmente os tricotecenos são produzidos por Fusarium sob temperaturas abaixo de 15°C. Portanto, deve-se dar atenção a uma possível presença dessas micotoxinas quando o milho for originário da Argentina, Estados Unidos ou da região sul do Brasil. Estas micotoxinas são responsáveis por uma síndrome denominada ATA (aleucia tóxica alimentar). A ATA é uma doença grave que pode levar a morte do indivíduo afetado. A taxa de mortalidade é bastante elevada (80%). Os tricotecenos não são destruídos pelo aquecimento a 100°C. Tratamentos com ácidos e álcalis também não afeta a atividade dessas toxinas. A zearalenona, produzida pelo F. graminearum, é uma micotoxina que constitui um sério problema em rações à base de milho, representando um sério risco à criação de animais. Apesar de a zearalenona não afetar, por exemplo, o desempenho de aves em contaminações naturais, convém salientar que autoridades sanitárias de alguns países importadores de carne de frango estão em alerta quanto aos resíduos de zearalenona na carne dessas aves, pois esta micotoxina, em determinadas concentrações, pode induzir a um efeito anabolizante em humanos e outros mamíferos. A produção de zearalenona no milho e em outros cereais é favorecida por temperaturas alternadas (dias quentes, noites frias) e pelo excesso de umidade durante o armazenamento de grãos. Medidas de controle Indubitavelmente, o melhor método para controlar a contaminação de micotoxinas em alimentos é prevenir o crescimento de fungos. A contaminação de grãos por micotoxinas pode ser um problema sério que pode acontecer não só através de condições inadequadas de armazenagem, mas também já na lavoura, durante o período pré-colheita. É extremamente importante o uso de práticas, como o plantio de genótipos de plantas mais resistentes à contaminação por fungos de armazenagem. São essenciais, também, os procedimentos para dimuição da umidade dos grãos colhidos e a armazenagem dentro de padrões recomendados internacionalmente. O uso de inibidores de crescimento fúngico em grãos armazenados tem sido muito utilizado como um método preventivo. O controle da atividade dos fungos nas rações animais e seus componentes tem como premissa básica conseguir matérias primas livres da produção de micotoxinas durante o processo de armazenamento Os métodos de detoxificação podem ser através da remoção física de grãos ardidos, remoção de aflatoxinas por solventes polares, destruição através do calor ou degradação de micotoxinas por substâncias químicas ou microorganismos. Todos esses métodos podem ou não ser efetivos, mas, com certeza, são extremamente caros e, portanto, muitas vezes, economicamente inviáveis. Claviceps spp. -Ergotismo gangrenoso ou convulsivo: C. purpurea -Princípio ativo: derivados do ácido lisérgico (LSD) - Centeio, aveia, cevada, trigo. Indicadores Higiênicos - m.o. não relacionados diretamente com a saúde - indicam deterioração oucontato excessivo ambiental . Contagem padrão em placa: mo mesófilos – 35o C em 48h (alta em alimentos > 106 UFC/g - satisfatório 3x105) . Contagem padrão em placa : bolores e leveduras - 22o C em 5 dias (alta em alimentos > 104 /g) . Contagem de coliformes totais Enterebacter sp; Klebsiella sp; Citrobacter sp; Escherichia sp e outros – utilizam a lactose a 35o C Indicadores Sanitários - indicam possível presença de m.o. patogênicos - podem causar doenças . Contagem de coliformes fecais Escherichia coli – utilizam a lactose a 44,5o C 45o C . Contagem de S. aureus . Contagem de B cereus . Contagem de Clostridium . Presença de Salmonella sp . Presença de Pseudomonas aeruginosa Alterações nos alimentos e causas de intoxicação alimentar por bactérias Agente Alteração streptococcus Formação de ácidos lactobacillus Aroma e sabor desagradável colibacilus Formação de gás micrococus Aumento de viscosidade 136 Curva de Multiplicação de Microorganismos O formato da curva, bem como o crescimento de várias fases e a inclinação da curva em cada fase, varia de acordo com o tipo de alimento, número e tipo de microorganismo inicial, condições ambientais, higiene dos alimentos, higiene pessoal dos manipuladores e processos térmicos. Figura 2. Curva de crescimento de bactérias 1 - fase lag ou de adaptação”, é o atraso antes da bactéria começar a reproduzir, uma vez que elas primeiro se climatizam ao novo ambiente. 2 -“fase log ou exponencial”, a reprodução se dá logariticamente. A bactéria começa a se reproduzir rapidamente pelas poucas primeiras horas. 3 - “fase de estacionária” - estado de equilíbrio alcançado entre a morte de células velhas e a formação de novas. 4 - “fase de decréscimo ou morte”, a formação de novas células cessa completamente e as células existentes gradualmente morrem. Quadro 6. Fatores que Interferem no Metabolismo dos Microorganismos INTRÍNSECOS EXTRÍNSECOS Atividade água – Aw Umidade Relativa (UR) Temperatura Composição química da atmosfera Acidez (pH) Potencial de oxirredução (Eh) Composição química Constituintes antimicrobianos Interações entre microrganismos A capacidade de sobrevivência de m.o. depende de fatores intrínsecos e fatores extrínsecos. 1. Fatores Intrínsecos – inerentes ao alimento. 1.1 Atividade Aquosa (Aw) A quantidade de água presente em um alimento pode se encontrar na forma de água ligada e não-ligada. A relação entre o teor de água não-ligada ou disponível é denominada de atividade de água. Os microrganismos necessitam de água livre para suas atividades metabólicas Aw varia de 0 a 1. Quanto maior a atividade aquosa mais perecível é o alimento. Quadro 7. Atividade Água em Alimentos Tabela 2. Valores de Aa mínimos para crescimento de microorganismos Microorganismo Aa Bactérias 0,91 Leveduras 0,88 S. aureus 0,86 Fungos 0,80 Bactéria Halofílicas ↑ [sal] 0,75 Bolores xerofílicos 0,65 Leveduras Osmofílicas ↑[açúcar] 0,60 1.2 pH - medida de acidez ou alcalinidade de uma substância. As bactérias se desenvolvem melhor em ambientes mais próximos a neutralidade, pH 6 - 7. Os fungos se desenvolvem em ambientes mais ácidos, pH < 5,5 Tolerância: bolores > leveduras > bactérias Tabela 3. Classificação do pH nos Alimentos pH Alimento > 4,5 pouco ácidos Leite, carne, pescado, feijão 4,0 a 4,5 ácidos Frutas e hortaliças <4,0 muito ácidos Sucos de fruta, refrigerantes Tabela 4. pH para multipicação de microrganismos 137 Efeito dos Ácidos nos Microrganismos Maior gasto de energia para manter o pH intracelular; Desnaturação de proteínas, DNA; Alteração da atividade das enzimas, responsáveis pelas atividades vitais da célula; Menor velocidade de crescimento. 1.3 Oxigênio O oxigênio é o fator que mais contribui para o aumento do potencial redox de um alimento. Os microrganismos podem ser classificados de acordo com suas necessidades de oxigênio. Aeróbios: pertencem a essa classe a maioria das leveduras, mofos e bactérias. Necessitam de oxigênio para o seu desenvolvimento. Ex: Pseudomonas, B. Cereus, Fungos filamentosos. Anaeróbios: bactérias que florescem na ausência de oxigênio. Ex: C. botilinum e C. perfringers Facultativos: Estes organismos podem crescer em condições tanto aeróbias quanto anaeróbias, embora normalmente apresentem uma preferência por uma delas. Ex: Leveduras, Listeria, Enterobacteriaceae 1.4 Nutrientes Os nutrientes são necessários para o desenvolvimento dos microrganismos porque eles fornecem o “material de construção” das novas células. Além disso, a quebra de compostos complexos em compostos mais simples fornece a energia necessária para que a célula funcione. 1.5 Constituintes Antimicrobianos São substâncias inibidoras presentes no alimento que evitam o crescimento do microorganismo. Tabela 5. Constituintes Antimicrobianos em Alimentos Alimento Substância inibidora Leite Fresco SPL(Lactoperoxidase), lactoferrina Clara do ovo Lisozima Frutas e Vegetais Ácido benzóico Cravo Eugenol Canela Ácido cinâmico e eugenol Alho Alicina Orégano Timol e isotimol Frutas Ácido hidroxicinâmico(derivados) Substâncias inibidoras produzidas nos alimentos: penicilina, clavicina, ácido propiônico, etc. 1.6 Estrutura Biológica - Cobertura natural de alguns alimentos constitui barreira física para entrada de m.o. Ex: Cascas de semantes, Nozes, Arroz, Frutas. 1.7 Microbiota dos Alimentos – Mecanismo de competição da microbiota inerente ao alimento favorecendo ou inibindo certas espécies de microorganismo. Ex: Bactéria Láctea produz Ácido Láctico que é Bactericida PATÓGENOS ANTAGONISTAS Clostridium botulinum B. subtilis Brevibacterium linens C.sporogenes Enterobacteraceae Lactobacillaceae Ps.aeruginosa Str. lactis Clostridium perfringens C.sporogenes Lactobacillaceae Estreptococos grupo D Salmonella E.coli Pseudomonas sp Outros não identificados Staphylococcus aureus Aeromonas Bacillus sp Enterobacteraceae Lactobacillaceae Pseudomonas Acinetobacter S.epidemidis Estreptococos Saprófitas não identificados 2. Fatores Extrínsecos - inerentes ao ambiente. 2.1 Temperatura A temperatura é o fator mais importante que afeta o crescimento, a reprodução das bactérias e a deterioração dos alimentos. Figura 2.Condições de Temperatura e Classificação de Bactérias por Preferência de Temperatura A temperatura ideal de crescimento multiplicação microbiana ocorre a 35ºC. Deve-se controlar a multiplicação bacteriana por meio da manutenção da cadeia quente e cadeia fria ou com devido binômio tempo/ temperatura. 138 Tabela 6. Grupos de microorganismos e as temperaturas Categoria Mínimo °C Máximo °C Tº ótima Psicrofílos -15 20 10-15 Psicrotróficas -5 40 20-30 Mesofílas 10 45 30-37 Termotróficas 15 50 42-46 Termofilas 42 85 50-80 Termodúricos: resistem em ambientes quentes, mas não se multiplicam. Psicrodúricos: resistem em ambientes frios, mas não se multiplicam. Temperaturas extremas: 320ºC ou -56ºC. Temperaturas maior que 50ºc ou menor que 0ºC não há multiplicação de patógeno. Tabela 7. Resistência dos fungos, bactérias e esporos Microorganismo T (ºC) Valor D (min.) Bactérias, leveduras, bolores 65,5 3,0-0,1 Esporos mesófilos aeróbios 100 11 - 0,1 Esporos mesófilos anaeróbios 100 50 - 0,1 Esporos termófilos aeróbios 120 5 - 0,1 Esporos termófilos aeróbios 120 3 - 2 Microbiologia Preditiva A modelagem microbiológica consiste no uso de expressões matemáticas para descrever o comportamento microbiano em função do tempo e das condições ambientais. Através do conhecimento do metabolismo de cada microorganismo patogênico e as condições a que serão submetidos durante o processamento, pode-se avaliar a possibilidade de morte ou de multiplicação e também de curva de multiplicação (crescimento) que cada microorganismopoderá desenvolver. Modelo Primário: Valor D = tempo de redução decimal (tempo em minutos necessário para destruir 90% dos microorganismos de uma população). Modelo Secundário: Valor Z= Resistência do microorganismo a diferentes temperaturas, corresponde ao aumento necessário de temperatura para reduzir a décima parte o valor D. Modelo Terciário: Calcular, construir gráficos e fazer comparações. Resistência Microbiana ao Calor - Valor D 2.2 Umidade Relativa - Influencia diretamente a atividade aquosa do alimento. UR do ar > Aa do alimento → ↑ umidade na superfície do alimento. UR do ar < Aa do alimento → dessecação na superfície do alimento. (Evangelista,2000) Mínimo de 90% - hidrófitos Mínimo de 80-90% - mesófitos Menor de 80% - xerófitos Caracterização das Doenças de Origem Alimentar Surto de doença de origem alimentar é a ocorrência de dois ou mais casos de doença associados a um único alimento. Procedimentos de investigação de surto Procedimentos para Diagnóstico dos Surtos de Toxiinfecções Alimentares Identificação de um surto Inquérito epidemiológico, conduzido entre indivíduos que tenham e que não tenham consumido o(s) alimento(s) suspeito(s), quer tenham apresentado sintomas característicos, quer não. Exames laboratoriais em amostras clínicas e de alimentos. O período de incubação, a gravidade e a duração da doença podem ser diferentes, em função da idade, estado nutricional, susceptibilidade e quantidade de alimento ingerido. 139 Fatores que levam ao surto: Técnica de preparo, Armazenamento (tempo/ temperatura), Distribuição e Condições ambientais. Procedimento Agentes ↓ Coleta de amostra ↓ Quadro Clínico (freqüência e sintomas) ↓ Período de Incubação ↓ Cardápio Envolvido ↓ Taxa de Ataque ↓ Coprocultura em surtos de infecção para portadores Quadro 8. Microorganismos causadores de DTAs Microoganismos Clássicos Continuam a causar surtos S. aureus, B. cereus, C. botulinum, C. perfringers, Salmonella enteridis, Salmonella typhi, Shigella sp., Yersinia enterocolítica, E. coli enteropatogênica e enterotoxigênica, Vibrio cholarae,Vvibrio parahemolyticus, Hepatite A, Rotavírus, Giárdia, Entamoeba Histilytica. Microorganismos Emergentes Comprovados como agentes etiológicos de Toxiinfecção E. coli enteroinvasiv, E. coli enterohemorrágica, Campylobacter, Listeria monocytogenes, Vibrio vulnifucus, Streptococcus sp. Microorganismos Reemergentes Controlados e voltam a causar novos casos de maior severidade Micobacterium bovis (tuberculose), Taenia solium (cisticercose), Brucella abortud (brucelose) Fatores que contribuem para Surtos de TIA * Principais agentes: S. aureus e Salmonella. * Principais alimentos envolvidos: alimentos preparados, confeitaria, preparações que incluem matéria-prima vegetal e animal, produtos cárneos. Principais causas que contribuem para os surtos 1. Manutenção de alimentos cozidos fora da temperatura de segurança por mais de 4 hs. 2. Refrigeração inadequada. 3. Preparo do alimento com muita antecedência (1/2 dia ou de véspera). 4. Pessoas infectadas tocando alimentos. 5. Cocção e reaquecimento insuficientes. 6. Contaminação cruzada. 7. Higiene inadequada (ambiental/alimentos/utensílios). 8. Ingestão de alimentos crus (moluscos/gema de ovo) ou mistura destes a outros alimentos que não serão cozidos. Alimentos mais envolvidos em casos de DTA • Pratos muito manipulados (empadão, salpicão etc.) • Preparações a base de maionese • Pratos preparados de véspera quando mal conservados (feijoada, carne assada, cozido etc.) • Doces e salgados recheados Procedimentos Imediatos (Estudo Epidemiológico) 1-Análise Microbiológica: alimentos envolvidos (amostras) colhidos e armazenados devidamente e dependendo da possível doença de investigação, pode- se incluir: material humano (sangue, fezes, vômitos), swab de superfície, swab nasal / faríngeo e coprocultura quando indicar infecção. 2-Porcentagem de Ocorrência: relação entre o número de refeições servidas e o número de pessoas acometidas. Entrevista com todos os comensais, doentes e não doentes. o Grande parte das pessoas ficaram doentes - investigar o alimento comum servido na refeição de maior número de comensais. o Percentagem pequena teve indisposição orgânica - independente de contaminação ou houve ingestão de sobras dos mesmos alimentos por um grupo de comensais fora do horário das refeições. 3-Cálculo do Período Médio de Incubação: Intervalo entre a ingestão do alimento e o aparecimento dos sintomas. Deve ser calculado para cada caso citado. Utiliza-se a média ou em determinados casos a mediana (que não é influenciada por valores muito altos ou baixos). O período de incubação individual irá variar devido a resistência individual, quantidade de alimento ingerido e distribuição irregular do agente pela preparação. O período médio de incubação junto com os sintomas predominantes serve para se construir a curva epidemiológica. Desintérica (1 a 7 dias) Infecção Diarréica (2 a 12 h) Diarréica (8 a 22 h) Intoxicação Emética (1 a 6 h) Quadro Clínico para Avaliação do Surto de Toxinfecção Gastrenterites: sintomas gastrointestinais (maioria). Diarréia : fezes líquidas em jatos (perda hidroeletrolítica), geralmente sem febre e sem agressão ao epitélio. Toxinas no alimento ou microorganismos toxigênicos. Disenteria: fezes pastosas com muco, pus e sangue, normalmente são acompanhados de febre por agressão ao epitélio. Microorganismos infecciosos Gastrenterite Intoxicativa: devido a toxinoses (toxinas nos alimentos), os sintomas mais comuns são: vômitos, náuseas, prostração, dores musculares (perda de Na), 140 podendo ocorrer diarréia. PI: 1 a 6 horas, S.aureus , C. botulinum (neurotóxico) e Bacilus cereus emético. Gastrenterite Infecciosa: Microorganismos produzem toxinas no Trato Gastro intestinal. * Disentéricas: Shigella: 12-72 h e Salmonella tiphy: 8-16 h * Diarréicas: 8 - 16 h em média. Febre baixa, vômitos, cólicas, mal estar geral e calafrios. * 12 a 72 horas: Salmonella, E. coli, invasora, Vibrio parahaemolyticus, Yersínia, Pseudomonas e Aeromonas. * 1 a 5 dias: sintomas respiratórios → vírus entéricos, rotavirus e agente norwalk. 4- Cálculo da Duração Média da Doença: medição de duração da doença. (horário do primeiro sintoma até o último sintoma). Completa avaliação da curva epidêmica. ∑ duração da doença = Duração Média da Doença Número de pacientes 5- Obtenção da Curva Epidêmica: demonstra a distribuição no tempo dos primeiros sintomas. A unidade de tempo utilizada depende da doença em estudo (dias para hepatite A e horas para S. aureus). Ajuda a determinar se o aparecimento da doença se deu por um veículo comum (alimento/água) ou contágio pessoa/pessoa. Curva Epidêmica de Fonte Comum nº de casos tempo Alimentos e água Grande número de doentes em curto espaço de tempo Base estreita e pico alto Duração do surto igual ou menor ao PI da doença Curva Epidêmica de Contágio Pessoa/Pessoa ou Contaminação Intermitente por um Alimento Processado Curva longa que se mantém por um período equivalente à duração de vários períodos de incubação Base larga e pico baixo Período do surto = PI da doença nº de casos tempo 6- Cálculo da Frequência dos Sintomas: Porcentagem de pessoas doentes que manifestaram cada sintoma, ajuda a determinar se o agente produz doença neurológica, entérica, infecciosa, através de construção de tabela. 7- Cálculo da Taxa de Ataque: É o percentual daqueles que ingeriram determinado alimento e que desenvolveram a doença. Avaliação é feita por alimento específico, é útil na determinação do alimento responsável pelo surto. O alimento suspeito terá taxa de ataque maior entre os que consumiram e menor entre os que não consumiram o alimento (calcula-se os 2 tipos)e terá maior diferença entre as duas taxas. É válido quando se avalia 100% dos comensais (doentes e sãos). Pode-se avaliar por amostra significativa. OBS: Entrevistar apenas alguns doentes e excluir alimentos que não foram ingeridos é menos abrangente. Procedimentos Complementares 1. Obtenção de fluxograma da preparação envolvida para determinar falhas no APPCC. 2. Amostras de alimentos, equipamentos e utensílios. Alimentos suspeitos: são aqueles com a maior taxa de ataque e com comprovada manipulação, armazenagem ou processamento inadequados. Alimentos potencialmente suspeitos: são aqueles que são ótimos substratos para microorganismos e que tenham sido veículo de doença. Condições para Coleta Armazenamento: As amostras que devem ser colhidas são: componentes do cardápio da refeição servida, na distribuição, 1/3 do tempo antes do término da mesma. ≤ 4º C por 72 horas (ideal 48 horas) congeladas ≤ -10ºC por 72 horas. – Frasco de vidro (200ml) esterilizado em estufa, autoclave ou fervura ou saco plástico estéril (mín. 1litro) – Água, sucos e refrigerantes não devem ser congelados. – transporte ao laboratório: 4ºC, em embalagem isotérmica com gelo. – Número representativo: 100g para análise microbiológica e 200g para bromatológica. – Para diagnóstico de surto são necessárias várias amostras (superfície e centro geométrico) em número compatível com o tamanho do lote. Critérios Microbiológicos para Interpretação de Laudos Regulamentado pela resolução RDC 12 / 01 - ANVISA Produto satisfatório: resultados ≤ ao estabelecido Produto insatisfatório: resultados acima do limite estabelecido ou demonstram a presença de outros microorganismos patogênicos ou toxinas que ponham em risco à saúde. Análises físico-químicas: Carnes e Aves crus, sem temperatura: pH e H2S. Pescados e frutos do mar crus, sem tempero: pH e amônia. Análise sensorial Análise macroscópica Análise microscópica 141 Indicadores de contaminação ambiental: Contagem padrão em placas para mesófilos e/ou psicrotróficos; Coliformes totais; Bolores e Leveduras; Indicadores de contaminação fecal: Coliformes fecais. Microorganismos patogênicos clássicos: S, aureus; B. cereus; Clostridium sulfito redutores; Salmonella sp. Microorganismos patogênicos pesquisados em surtos: Aeromonas hidrophyla; Pseudômonas aeroginosas; B. subitilis; Y. enterocolítica; C. jejune; V. parahemoliticos e Proteus SP. (pescados); L. monocytogenes. PARTE III CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS As condições higiênico-sanitárias em que se encontram os alimentos podem ser fator de doença nas seguintes circunstâncias: Se estiverem infectados por organismos patogênicos; Se contiverem toxinas formadas por bactérias; Se apresentarem constituintes tóxicos naturais; Aditivos intencionais (risco aceitável); Substâncias químicas (corantes, inseticidas, detergentes); Utensílio de cozinha (Cadmo, chumbo); Contaminação por manipulação; Deterioração. Métodos de Conservação Conservar o alimento é saber deter os processos de deterioração, alterando as condições do meio que a favorecem. Estas condições ambientais são: temperatura, umidade, pH, oxigênio e luz, necessários para a ação de enzimas e bactérias. 1) Remoção dos microrganismos presentes Lavagem Centrifugação o Tratamento da água o Industrialização leite: processo de clarificação. / centrifugação de alta velocidade: remove a maioria dos esporos. Filtração Remove totalmente os microrganismos. Indústria de bebidas. 2) Manutenção de condições atmosféricas desfavoráveis Embalagem à vácuo ou atmosfera modificada (CO2 ou NO2) 3) Emprego de conservadores químicos Embalagem à vácuo ou atmosfera modificada (CO2 ou NO2) O emprego de embalagens protege os alimentos contra a ocorrência de novas contaminações e de danos de ordem física, principalmente durante o seu manuseio, no transporte e na comercialização. Portanto, para cada tipo de alimento deve ser utilizado uma embalagem específica. 1. Aditivos Substâncias adicionadas para inibir ou retardar a multiplicação de microorganismos: propionato ou ácido sórbico (pães); dióxido de enxofre (sulfito, bissulfito, gás sulfuração - interfere na ativação dos esporos bacterianos); ácido benzóico (produtos cárneos e peixes), nitritos e nitratos (bacteriostático e mantém coloração vermelha de carnes curadas); Antibióticos como tetraciclinas e estreptomicina são utilizados para conservação de frutas e hortaliças, a clorotetraciclina para conservação de pescados. Substâncias altamente higroscópicas: atuam por osmose reversa. Ex: Sais de cobre, sal, salitre, açúcar, vinagre. Métodos de Preservação Alimentar Processo Bactericida – São métodos que procuram destruir o microorganismo. Ex: Cocção, conservação em latas, defumação, irradiação e adição de conservantes químicos. Processo Bacteriostático – São métodos que dificultam a proliferação de bactérias através da redução da temperatura (refrigeração, congelamento), adição de ácido (salmoura em vinagre) e outros. Significa: “paralisar a bactéria”. Os métodos de conservação mais usados são: 2. Radiações Ionizantes – derivadas co cobalto 60, Forma moderna, segura e eficiente de preservação. Método físico radiações gamas oriundos de radioisótopos bactericida o Raios Ultravioleta Comprimento de onda ao redor de 2.600Å – mutações no DNA. Baixo poder de penetração: esterilização do ar, superfície de pães, esterilização de sacos plásticos, destruição de esporos de Bacillus stearothermophilis em açúcar, redução da contaminação superficial de carnes em refrigeração. o Particulas ß Fontes radioativas – elétrons. Baixo poder de penetração. o Raios γ Radiações eletromagnéticas emitidas pelo 60 Co e o 137 Cs. Mais barato. Bom poder de penetração: descontaminação de ingredientes, inativação de Salmonella, armazenamento de frutos, inibição de germinação (cebola). 3.Desidratação - É a secagem pelo calor produzida artificialmente em condições de temperatura, umidade e corrente de ar cuidadosamente controlados. Este processo reduz até 80% do volume inicia do alimento. Ex: Liofilização, secador de cabine (frutas secas). Pré-tratamento Lavagem, limpeza, retirada de casca, corte, branqueamento (vegetais). Branqueamento: inativação das enzimas, fixação da cor, redução do no. 142 de m.o. (99%), retirada do ar nos tecidos, facilitar a embalagem. Sistemas Natural Controlada Ar quente: vegetais Spray drying: líquidos e semi- líquidos – atomização. Secagem a vácuo: sucos Liofilização: desidratação a frio de alimentos sem que estes percam qualquer propriedade do produto original. 4. Calor: redução da carga microbiana e a desnaturação de enzimas. Um tratamento térmico seguro deve ser selecionado com base no binômio tempo-temperatura requerido para inativar os microorganismos patogênicos e deterioradores mais termorresistentes. Recomendações: Ferver os alimentos por 3 minutos ou mais. Atingir 74ºC no centro geométrico do alimento (carne de porco: 65,5ºC; pedaços de carne e tortas: 100ºC) Tempo de exposição máximo: 30 minutos. Reaquecimento: (74ºC no CG) em seguida deve ser consumido ou mantido em estufa a 60ºC por no máximo 30 minutos. Banho-maria de 85 a 95ºC. Choque térmico: cuidado ao misturar carnes e aves previamente cozidas e refrigeradas (4 a 7ºC) com molhos quentes (80 a 90ºC) → 20 a 45ºC por mais de 1 hora e 30 minutos, acarreta na passagem da forma esporulada para vegetativa. Os esporos são mais resistentes a esterilizantes químicos, antibióticos, secagem e luz ultravioleta que as bactérias. Eles são termorresistente e necessitam de 20 minutos a 120 °C para serem eliminados. Pasteurização Destruição de m.o. patogênicos ou destruição ou redução de m.o. deteriorantes. Esterilização Destruição das células viáveis Quadro 9. Métodosde Conservação pelo Calor Pasteurização 70 - 100ºC LTLT (Low Temperature Long Time): 62,8ºC / 30 minutos HTST (Hight Temperature Short Time): 72ºC / 15 a 17 segundos Autoclave 121ºC sob pressão Esterilização UHT (Ultra Hight Temperature): 132º - 150ºC / 4 segundos 5. Frio - É um processo bacteriostático onde as temperaturas baixas podem inibir o metabolismo dos microorganismos patogênicos. Na refrigeração e no congelamento alguns patógenos podem morrer quando armazenados por tempo prolongado, mas nem todos são eliminados. Na refrigeração existem normas de segurança básicas como: peças de carne e tortas devem atingir 4ºC em 1 hora e meia; usar pequenas porções; carnes cruas temperadas devem ser armazenadas por no máximo 48 horas. O congelamento afeta mais os microorganismos gram- negativos do que os gram-positivos, sendo as temperaturas mais letais entre -5º e 0ºC. No congelamento lento o processo demora de 3 a 12 horas, a temperatura vai decrescendo gradativamente até chegar ao valor desejado. Haverá formação de grandes cristais de gelo no interior da célula, mas principalmente nos espaços intercelulares. O principal efeito do congelamento sobre a qualidade dos alimentos são as modificações provocadas nas suas células, com o crescimento dos cristais de gelo, principalmente quando submetidos a congelamento lento. No congelamento rápido, processo que ocorre em um espaço de tempo muito menor, forma-se o gelo amorfo, ou seja, o gelo é formado sem estrutura de cristais, o que é menos prejudicial ao alimento. O gelo amorfo, dentro ou fora da célula, mesmo com o aumento de volume que é de aproximadamente 9%, após o congelamento da água, não lesará as células, mantendo os tecidos inalterados e, portanto, não prejudica a estrutura do alimento congelado. Os métodos de congelamento mais utilizados na conservação dos alimentos são o congelamento pelo resfriamento com o ar estático ou em circulação, congelamento por contato indireto com placas super resfriadas e o congelamento por imersão em líquidos refrigerantes. Temperaturas Recomendadas Frutas, Verduras 7º a 10º C Produtos lácteos 4º a 8º C Carnes resfriadas 0º a 4º C Pescados e mariscos -5º a 0ºC Alimentos Congelados -30º a -12º C Balcão refrigerado: 8ºC Alimentos: 10ºC 6. Vácuo – É o termo usado para determinar a pressão dentro do recipiente hermético e é uma medida da quantidade de ar eliminado (reduz presença de oxigênio). Tecnologias Recentes 1. Cook Freeze (Alimento Congelado): Congelamento rápido através de túnel ou placa de congelamento. Armazenado a ≤ -18ºC. Deve ser aquecido imediatamente antes do consumo. 2. CookChill (Alimento gelado): Resfriamento rápido a 3ºC em 1,5 horas (máximo 30 minutos após cocção). Armazenamento a 3ºC por 5 dias em refrigeradores próprios. Reaquecimento 74ºC. 3. Capkold: Alimento preparado em grandes porções em equipamentos especiais, sem manipulação, embalados à 143 vácuo e resfriados rapidamente, sob corrente de resfriamento ou equipamento criogênico. Armazenamento em refrigeradores exclusivos: 3ºC / 21 dias. 4. Sous Vide (sob vácuo): Alimentos crus ou parcialmente cozidos embalados à vácuo. O cozimento é feito com o alimento embalado sob calor úmido (pasteurizado) e resfriados rapidamente, sob corrente de resfriamento, equipamento criogênico ou gelo. Armazenamento em a 3ºC / 21 dias. 5. Anaerobic Packing (embalagem à vácuo): Armazenados < 6ºC para evitar a multiplicação de microorganismos anaeróbicos psicrotróficos patogênicos. Resumo Agentes Etiológicos 144 Questões 1 -(Petrobras 2006) As aflatoxinas são comumente encontradas em amendoim, castanhas e milho e podem ser inativadas com eficiência quando o alimento é submetido a: (A) desidratação. (B) tratamento por agentes químicos. (C) conservação à vácuo. (D) temperaturas baixas. (E) temperaturas elevadas. 2 - (Petrobras 2006) As doenças transmitidas pelo alimento apresentam algumas classificações, sendo que a caracterizada pela ingestão de toxina pré-formada pelo microrganismo em alimento é a: (A) toxinose. (B) infecção. (C) toxinfecção. (D) infestação. (E) alergia. 3 - (Aeronáutica 2006) As doenças de origem alimentar podem ser divididas em três grupos: toxinfecções alimentares, intoxicações químicas e intoxicações naturais. Considerando-se essas três modalidades, é CORRETO afirmar que A) as intoxicações naturais são decorrentes da ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos e inseticidas utilizados como proteção contra as pragas. B) as intoxicações químicas e intoxicações naturais ocorrem com a matéria-prima e, dificilmente, podem ser prevenidas por meio de manipulação segura dos alimentos na cozinha. C) as intoxicações químicas são doenças veiculadas por microorganismos, parasitas — bactérias, fungos, vírus, protozoários e helmintos — e seus produtos tóxicos. D) as toxinfecções alimentares são doenças causadas por espécies tóxicas de plantas e cogumelos ou por contaminação natural de peixes, moluscos e mexilhões com substâncias tóxicas. 4 -(Eletronorte 2006) Não é considerado critério para eliminação ou redução dos perigos microbiológicos: A) refrigeração menor que 4°C em 2 horas B) temperatura da cozinha de 30°C C) descongelamento a 4°C ou em água corrente a 21°C por 4 horas D) cocção a 74°C no interior do alimento E) distribuição a temperatura menor que 60°C até 1 hora. 5 - (Eletronorte 2006) Assinale a opção que apresenta apenas perigos físicos de contaminação de alimentos: A) Agrotóxicos, pesticidas, fragmentos de vidro B) Pesticidas, fungos, toxina bacterianas C) Agrotóxicos, cabelos, metais D) Fragmentos de vidro, produtos de limpeza, lascas de madeira E) Cabelos, fragmentos de vidro, pedras. 6 - (Eletronorte 2006) São muitos os perigos que podem ocorrer durante o preparo de alimentos, que pode resultar em conseqüências clínicas; entre os INACEITÁVEIS de origem química temos: (A) fragmentos de metal; (B) bactérias infecciosas; (C) antibióticos; (D) fungos; (E) parasitas. 7 -(Eletronorte, 2006) Entre os fatores que influenciam na multiplicação de microorganismos nos alimentos, encontram-se: (A) limpeza e desinfecção inadequada dos equipamentos; (B) esgoto não tratado utilizado como adubo para vegetais; (C) fermentação inadequada de alimentos industrializados; (D) misturar alimentos cozidos refrigerados com molho quente; (E) defeito na ruptura das embalagens dos alimentos. 8 – (UERJ) A reação das bactérias presentes em alimentos armazenados em geladeira é: A) morrem B) param de multiplicar-se C) multiplicam-se devagar D) multiplicam-se como em temperatura ambiente 9- (AERONÁUTICA/2003) A finalidade do setor de nutrição não é só fornecer alimentação adequada do ponto de vista nutricional, devendo, também, ser seguro do ponto de vista higiênico, sem estar contaminada. Os microorganismos causadores de intoxicações alimentares que podem ser transmitidos através do homem, ou seja, através dos manipuladores de alimentos são a/o(s) A- Escherichia coli e Brucella abortis. B- Escherichia coli e Salmonella typhi. C- Aspergillus flavus e Salmonella typhi. D- Bacilus cereus e Micobacterium bovis. 10 - (Petrobrás, 2005) A tênia solium é um parasita intestinal responsável pela doença cisticercose, a qual é caracterizada pela invasão de cisticercos no nível cerebral e em outros órgãos. Nessa perspectiva, um dos principais alimentos transmissores de cisticercos é a(o): (A) carne de porco. (B) salsicha. (C) alface. (D) frango. (E) feijão 145 11- (AERONÁUTICA 2006) A Atividade de água (Aw) é um dos fatores intrínsecos dos alimentos de grande importância no metabolismo dos microorganismos. Sabe- se que as bactérias preferem ambientes úmidos para sua multiplicação; já os fungos proliferam em ambientes mais secos. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que, entre os seguintes alimentos,aquele que está mais sujeito à deterioração bacteriana, de acordo com sua Aw, é o: A) leite condensado / Aw = 0,83-0,90. B) leite em pó / Aw = 0,60. C) leite líqüido / Aw = 0,990-0,998. D) queijo processado / Aw = 0,93-0,97. 12 - (Prefeitura do Rio/2008) Um grupo de pessoas apresentou sintomas de diarréia, vômito, náuseas e febre 8 horas após se alimentar em uma Unidade de Alimentação e Nutrição. No ambulatório de atendimento da empresa, detectou-se que o único alimento ingerido em comum foi o filé de frango grelhado. O provável agente causador da doença transmitida pelo alimento foi o: A) Clostridium botulinum B) Campylobacter jejuni C) Staphylococcus aureus D) Bacilus cereus 13 - (Ministério da Saúde/2005) É um exemplo de bactéria patogênica formadora de esporos e causadora de intoxicação alimentar: A) Aspergillus flavus B) Penicillium notatum C) Salmonella enteritidis D) Listeria monocytogenes E) Clostridium perfringens 14 - (Ministério da Saúde 2005) Observe as afirmativas a seguir: I – O Clostridium botulinum é capaz de se desenvolver em ambientes aeróbios e em alimentos ácido. II- Entre os microrganismos patogênicos, o Staphylococcus aureus é o que requer atividade de água mais elevada para se desenvolver. III- De modo geral, para se desenvolverem, as bactérias são menos tolerantes a valores baixos de pH do que os fungos. IV- Microrganismos psicrófilos tem a temperatura ótima de multiplicação entre 25 e 40°C. A quantidade de afirmativas corretas é: A) 0 B) 1 C) 2 D) 3 E) 4 15 - (Ministério da Saúde 2005) Observe a relação dos fatores que influenciam a definição do processamento térmico a ser aplicado em um alimento: I- Tipo e quantidade de microrganismo a destruir. II- Velocidade de penetração do calor. III- Duração do aquecimento e temperatura a ser atingida. IV- Temperatura inicial do produto V- pH do produto. Assinale a alternativa correta: A) Nenhuma alternativa é correta. B) Todas as alternativas são corretas. C) Somente I, IV e V são corretas. D) Somente II, III e V são corretas. E) Somente I, III e V são corretas. 16 - (UFRJ 2006) Pontos críticos são todos os locais ou situações em que podem estar presentes os perigos que contribuem para a ocorrência de surtos de intoxicações, sendo os melhores exemplos de contaminação de alimentos: A) Ovos contendo Salmonella sp e pessoas infectadas com Staphylococcus aureus; B) Contaminação cruzada entre alimentos e o manipulador e arroz e grãos contaminados com Salmonella sp; C) Recipientes feitos com metais pesados e limpeza adequada dos equipamentos e utensílios usados no preparo dos alimentos; D) Esgoto não tratado utilizado como adubo para vegetais e leite e derivados contaminados com Clostridium perfringens; E) Substâncias venenosas contaminando alimentos e obtenção de alimentos de fornecedor estabelecido no mercado; 17 - (Mesquita 2006) Assinale a alternativa INCORRETA: A) Staphylococcus aureus é uma bactéria capaz de se desenvolver em atividades de água relativamente baixas (até 0,86) e pode causar intoxicação alimentar. Seu principal habitat no ser humano é a cavidade nasal. No caso de um surto por S. aureus, o período de incubação varia de 30 minutos a oito horas; B) Bacilus cereus é uma bactéria formadora de esporos, capaz de produzir toxinas. Pode causar síndrome emética ou síndrome diarréica; C) Aspergillus flavus é um fungo capaz de produzir micotoxinas, como aflatoxinas, comumente encontradas no amendoim, nas castanhas e no milho; D) Clostridium botulinum é uma bactéria anaeróbia, formadora de esporos, capaz de se desenvolver em alimentos ácidos. Os sintomas característicos da intoxicação botulínica são diarréia, vômito e dores abdominais; E) Bactérias do tipo Salmonella não formam esporos. As salmoneloses caracterizam-se por sintomas que incluem diarréia, vômito e febre. O consumo de ovos contaminados tem sido relacionado como uma importante causa desta doença. 18 - (Petrobras 2005) Em alimentos, a formação de toxina por alguns microrganismos pode causar toxinose. Qual microrganismo abaixo produz toxina em alimentos? A) Campylobacter jejuni B) Salmonella C) Staphylococcus aureus D) Aeromonas E) Pseudomonas 146 19 - (Pinheiral) Vômito intenso, mal-estar, cefaléia, raramente diarréias, ausência de febre são sintomas de qual bactéria relacionada à contaminação dos alimentos? (A) Salmonella Sp. (B) Staphylococcus Aureus. (C) Clostridium Perfringens. (D) Clostridium Botulinum. (E) Escherichia Coli. 20 - As intoxicações alimentares são causadas pela ação das toxinas produzidas pelos microorganismos. O aparecimento dos sintomas e os efeitos causados são variáveis. Com relação ao período para o aparecimento desses sintomas, numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª. 1 – Clostridium botulinum 2 – Staphilococcus aureus 3 – Clostridium perfringens ( ) 12h à 36h ( ) 8h à 22h ( ) 1h à 6h A seqüência correta é (A) 1, 3, 2. (B) 3, 2, 1. (C) 2, 1, 3. (D) 2, 3, 1 21- (Niterói 2003) As câmaras frigoríficas devem ter suas condições de temperatura e umidade controladas conforme o tipo de alimento, seguindo-se as seguintes recomendações: A) para carnes, a temperatura deve ser de 0 a 3 C, e a umidade de 80%; B) para laticínios, a temperatura deve ser de 6 a 10 C, e a umidade de 50%; C) para frutas, a temperatura deve ser de 3 a 6 C, e a umidade de 70%; D) para ovos, a temperatura deve ser de 0 a 3 C, e a umidade de 50%; E) para verduras, a temperatura deve ser de 6 a 10 C, e a umidade de 80%. 22- (UNIRIO 2009) Na indústria de alimentos, o treinamento do manipulador é necessário para que os alimentos não sejam contaminados, durante o manuseio inadequado, por bactérias presentes nas fossas nasais, mucosas ou pele dos indivíduos. A bactéria responsável por este tipo de contaminação é a) bacillus aureus. b) bacillus cereus. c) streptococcus. d) staphylococcus aureus. e) salmonella . 23- (PETROBRAS 2010) Os fungos são capazes de produzir metabólitos tóxicos quando se multiplicam em alimentos. As ocratoxinas podem ser encontradas em nozes e, quando ingeridas com frequência, causam: (A) lesão renal. (B) dano cerebral. (C) reação alérgica. (D) choque endotóxico. (E) carcinoma gástrico. 24 - (Marinha 2004) Sintomas como náuseas, visão dupla e perda dos reflexos são característicos de intoxicação alimentar causada por: A) Víbrio parahaemolyticus B) Rotavírus C) Salmonella typhi (D) Clostridium botulinum D) Bacillus cereus 25 - (Marinha 2004) O consumo de mariscos crus pode causar: A) Cisticercose B) Tuberculose C) Teníase D) Hepatite A E) Hepatite B 26. (Prefeitura Bom Jardim, 2007) A amostra de um alimento, que vai ser submetida à análise bromatológica, deve ter a seguinte massa: (A) 200g; (B) 100g; (C) 150g; (D) 300g; (E) 250g. 27. (Marinha, 2006) Sabendo que os agentes de deterioração (bactérias, bolores e leveduras) têm comportamentos diversos com relação à temperatura, assinale a opção que representa a faixa de temperatura, em ºC, que agem os mesófilos. (A) 0 a 4 (B) 3 a 20 (C) 0 a 20 (D) 28 a 45 (E) 45 a 70 28. (SPA, 2003) Qual das doenças abaixo é obrigatoriamente uma intoxicação alimentar? (A) Gastrite (B) Botulismo (C) Giardíase (D) Amebíase 29. (Iguaba, 2005) As intoxicações alimentares são causadas pela ingestão de alimentos contendo toxinas microbianas pré-formadas. Estas toxinas são produzidas durante intensa proliferação dos microorganismos patogênicos nos alimentos. Faz parte deste grupo: (A) Campylobacter jejuni (B) Shigella (C) Staphylococcus aureus (D) Salmonella 147 30. (UERJ, 2006) Em um hospital, 20% dos pacientes foram acometidos de intoxicação por Staphylococcus aureus após a ingestão de frango contaminado. Dentre as causas dessa contaminação, estão os seguintes fatores: (A) tosse e espirro sobre os alimentos e utilização de panos para o contato com o alimento (B) materialdo solo contaminando as superfícies da cozinha e contaminação cruzada através das mãos (C) contato de alimentos crus contaminados com alimentos prontos e equipamentos não desinfetados (D) manipuladores com as mãos contaminadas e utilização de água de poço ou de rede contaminada com esgoto 31. (UERJ, 2002) Um hospital municipal notificou à Vigilância Sanitária 123 casos de intoxicação alimentar que ocorreram entre 12 e 36 horas após a festa da cidade. Foram relatados os seguintes sintomas e sinais clínicos: sensação de fadiga, náuseas, vômitos, diarréia, dor de cabeça e dispnéia. Em alguns casos ocorreu secura na garganta, dificuldades na deglutição e distúrbio da voz. A intoxicação provável foi por: (A) Brucella ssp (B) Bacillus cereus (C) Escherichia coli (D) Clostridium botulinum 32. (UERJ 2003) A atividade aquosa é um fator que interfere na multiplicação dos microorganismos. Os alimentos que têm baixa AW, permitindo crescimento de leveduras osmofílicas, são: (A) Pão, geléia e mel (B) Melaço, xaropes e caldas (C) Carne seca, bacalhau e leite em pó (D) Extrato de tomate, frutas secas e cereais 33. (UERJ 2003) A manipulação de alimentos, sem higienização adequada das mãos e sem uso de máscaras, favorece a contaminação por: (A) Escombrosídeos (B) Bacillus cereus (C) Staphylococcus aureus (D) Clostridium botulinum 34. (Petrobrás, 2006) A atividade aquosa interfere diretamente no desenvolvimento de microrganismos em alimentos. Os microrganismos que conseguem se multiplicar em menor atividade aquosa são as (os): (A) bactérias halofílicas (B) leveduras deteriorantes (C) leveduras osmofílicas (D) bolores deteriorantes (E) bolores xerofílicos 35. (Petrobrás, 2005) Os microrganismos são responsáveis pela deterioração dos alimentos. Essa deterioração pode ser observada através de simples alterações sensoriais, como mudança na coloração do alimento. Assinale a opção que apresenta um microrganismo responsável por esta alteração em produtos cárneos: (A) Pseudomonas (B) Escherichia coli (C) Bolores (D) Aeromonas (E) Yersinia enterocolitica 36. (Petrobrás, 2006) O microrganismo que é capaz de produzir toxina no intestino e em alimento, além de formar esporos em condição adversa do ambiente é a (o): (A) Salmonella (B) Shigella (C) Listeria monocitogenes (D) Campylobacter jejuni (E) Bacillus cereus 37. (MS, 2005) Um alimento que continha inicialmente 5 x 10³ células/mL de determinado microrganismo sofreu um tratamento térmico de 100ºC por 1 minuto e teve sua carga microbiana reduzida a 5 células/mL. O valor D ou razão letal para este microrganismo, nestas condições é: (A) 1 minuto (B) 2 minutos (C) 30 segundos (D) 20 segundos (E) 15 segundos 38. (Petrobrás, 2005) Paciente com sintomas de desidratação, desinteria e toxemia relata que ingeriu há três dias, salada de tomate em um restaurante e que soube da interdição deste, ontem, por falta de higiene pessoal. Qual é o provável causador da doença transmitida por alimento: (A) Salmonella (B) Shigella (C) Listeria monocytogenes (D) Bacilus cereus (E) Campylobacter jejuni 39. (CMB, 2005) Esporos microbianos são estruturas resistentes ao calor, à desidratação e ao congelamento, entre outros. Em condições favoráveis, a reversão da forma de esporo para a forma vegetativa pode resultar na multiplicação de microrganismos em alimentos. Assinale a opção que apresenta apenas bactérias capazes de formar esporos. (A) Clostridium botulinum, Salmonella sp e Staphylococcus aureus (B) Clostridium perfringens, Salmonella sp e yersinia enterocolítica (C) Bacillus cereus, Clostridium botulinum e Clostridium perfringens (D) Campylobacter jejuni, Bacillus cereus e Staphylococcus aureus (E) Campylobacter jejuni, yersínia enterocolítica e Listeria monocytogenes 148 40. (MS, 2005) É um exemplo de bactéria patogênica formadora de esporos e causadora de intoxicação alimentar: (A) aspergillus flavus (B) penicillium notatum (C) salmonella enteritidis (D) listeria monocytogenes (E) clostridium perfringens 41. (Queimados, 2003) A bactéria patogênica frequentemente envolvida em surtos/casos de infecção alimentar é a: (A) Aspergillus flavus (B) Penicilium notatum (C) Salmonella enteritidis (D) Bacillus cereus (E) Clostridium perfringens 42. (Fiscal de Saúde, 2004) Os enlatados de origem caseira são as fontes mais comum de alimentos portadores de esporos e toxinas de: (A) brucella. (B) campylobacter. (C) clostridium perfringens. (D) clostridium botulinum. (E) escherichia coli 43 (Fiscal de Saúde, 2004) A presença de escherichia coli em alimentos indica contaminação: (A) endógena (B) fecal. (C) virótica (D) cutânea (E) bacilar 44. (Fiscal de Saúde, 2004) A hepatite “A” é transmitida por: (A) via fecal-oral. (B) via sexual. (C) via oral. (D) sangue e fluidos corpóreos. (E) agulhas infectadas por vírus. 45. (Betim, 2007) Na conservação de alimentos, a toxina botulínica pode ser facilmente destruída se o alimento for colocado à temperatura de: (A) 100 °C durante 10 minutos. (B) 100 °C durante 5 minutos. (C) 80 °C durante 20 minutos. (D) 80 °C durante 15 minutos. (E) 80 °C durante 10 minutos. 46. (Nutricionista Jr. Petrobrás, 2008) Coloração Gram Positivo pH 4 a 9,8 Aa mínima 0,83 Temperatura 0 a 48º C Produção de enterotoxina Sim Formação de esporos Não O microrganismo capaz de causar doença transmitida por alimentos (DTA) que apresenta as características descritas no quadro acima é a(o): (A) Listeria monocytogenes. (B) Clostridium botulinum. (C) Clostridium perfringens. (D) Bacillus cereus. (E) Staphylococcus aureus. 47. (Nutricionista Jr. Petrobrás, 2008) A capacidade de multiplicação em condições desfavoráveis para o desenvolvimento microbiano colabora para o aumento da patogenicidade do microrganismo. Uma bactéria capaz de se desenvolver em soluções de limpeza e desinfetantes é a(o): (A) Aeromona hydrophila. (B) Campylobacter jejuni. (C) Escherichia coli. (D) Pseudomonas aeruginosas. (E) Yersinia enterocolitica. 48. (Pref. Niterói, 2008 - FEC) O microrganismo que normalmente produz substância tipo histamina, que provoca quadro alérgico é: (A) Salmonella sp (B) Bacillus cereus (C) Clostridium Perfringens (D) Clostridium Botulinum (E) Proteus sp. 49. (Rio das Ostras, 2008) A facilidade com que os alimentos estraguem se deve, em grande parte, ao conteúdo de: (A) Lipídio (B) Glicídio (C) Proteína (D) Água 50. (Rio das Ostras, 2008) Os alimentos mais vulneráveis ao crescimento de Salmonella são: (A) Pães, farinhas e macarrão (B) Carnes, leites e ovos (C) Frutas, verduras e vegetais (D) Óleos vegetais, pães e leguminosas 51. Com a ingestão da carne de porco mal passada pode ocorrer uma infestação por: (A) ancilóstomo (B) taenia saginata (C) áscaris (D) giárdia (E) taenia solium 149 52. (Aeronáutica, 2006) A Atividade de água (Aw) é um dos fatores intrínsecos dos alimentos de grande importância no metabolismo dos microorganismos. Sabe-se que as bactérias preferem ambientes úmidos para sua multiplicação; já os fungos proliferam em ambientes mais secos. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que, entre os seguintes alimentos, aquele que está mais sujeito à deterioração bacteriana, de acordo com sua Aw, é o: (A) leite condensado / Aw = 0,83-0,90. (B) leite em pó / Aw = 0,60. (C) leite líqüido / Aw = 0,990-0,998. (D) queijo processado / Aw = 0,93-0,97 53. (EAOT, 2009) Assinale a alternativa que representa um microrganismo causador de infecção alimentar: (A) Staphylococcus aureus. (B) Yersinia enterocolitica. (C) Fungo produtor de micotoxinas. (D) Clostridium botulinum. 54. (UNIRIO, 2009) M.V.C. chegou ao ambulatório relatando sintomas como visão dupla, dificuldade respiratória, dor de cabeça e vômito. Foi diagnosticada uma intoxicação alimentar por clostridium botulinum. Os principais alimentos em queeste microorganismo pode estar presente são: (A) leite, queijos, doces cremosos. (B) hortaliças, carnes, ovos. (C) cereais, queijos, hortaliças. (D) batata, pães, laticínios. (E) palmito em conserva, patê e mel. 55. (Macaé, 2009) Após uma festa de aniversário 80 dos 100 convidados apresentaram sintomas de náuseas, vômitos e cólicas abdominais. Esses sintomas foram observados de 2 a 4 horas após consumo de bolo confeitado. Com base nos fatos apresentados o possível microorganismo patogênico é identificado como: (A) Bacillus cereus (B) Staphylococcus aureus (C) Clostridium perfringers (D) Listeria monocytogenes 56. (UFF, 2009) O quadro decorrente da ingestão de microorganismos patogênicos que se multiplicam no trato gastrointestinal, produzindo toxinas ou agredindo o epitélio, é chamado de infecção. Normalmente é causado por: (A) Bacillus cereus; (B) Fungos; (C) Salmonella sp; (D) Clostridium Perfringens; (E) Giárdia Lamblia. 57. (UFF, 2009) O micro-organismo que pode ser letal para indivíduos com câncer, AIDS, transplantados, e tem como característica se multiplicar em temperatura entre 0 e 44 oC e em pH entre 4,5 e 8, presente em 64% dos alimentos refrigerados e comum em produtos lácteos e cárneos mal cozidos, é: (A) Salmonella sp; (B) Clostridium Botulinun; (C) Listeria Monocitogenes; (D) Campylobacter Jejuni; (E) Bacillus cereus; 58. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Após comemoração de final de ano em um restaurante, um grupo de pessoas apresentou sintomas de intoxicação alimentar, tais como vômito, diarreia e náuseas. Após análise microbiológica, foi constatado que o chantili estava contaminado. Qual foi o provável micro-organismo patogênico envolvido na contaminação do alimento? (A) Listeria monocytogenes (B) Escherichia coli (C) Salmonella (D) Campylobacter jejuni (E) Staphylococcus aureus 59. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) A dose infectante de uma bactéria em um alimento é determinante no desenvolvimento de uma doença transmitida pelo alimento (DTA). Algumas bactérias são capazes de causar DTA mesmo sem se multiplicar nele, como, por exemplo, a(o): (A) Yersinia enterocolitica (B) Vibrio cholerae (C) Shigella (D) Bacillus cereus (E) Clostridium botulinum 60. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Para a multiplicação bacteriana em alimentos, uma condição de alto risco é a de alimentos com: (A) alto teor de açúcar. (B) alto teor de proteínas. (C) pH < 4,0. (D) atividade aquosa de 0,85. (E) cozimento a temperatura de 72 ºC no centro geométrico. 61. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) As bactérias presentes nos alimentos devem ser eliminadas ou reduzidas para evitar o desenvolvimento de doenças transmitidas pelo alimento aos seres humanos. A bactéria que NÃO pode ser facilmente eliminada pela cocção é a(o): (A) Salmonella. (B) Clostridium perfringens. (C) Vibrio cholerae. (D) Yersinia enterocilítica. (E) Campylobacter jejuni. 150 62. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) As toxinas são definidas como substâncias solúveis, usualmente de natureza proteica, que alteram o metabolismo normal da célula ou do tecido hospedeiro com efeitos deletérios nos mesmos. Qual a bactéria capaz de produzir toxina tanto no alimento quanto no intestino humano? (A) Staphylococcus aureus. (B) Clostridium botulinum. (C) Bacillus cereus. (D) Listeria monocytogenes. (E) Shigella. 63– (Fundação, 2011) Analise os tópicos abaixo, com exemplos alimentos. I- presunto, batatas e leite II- arroz cozido, peixes e frutos do mar III- verduras em conservas, chantili e camarões IV- queijo, frango cozido e tortas Entre os microrganismos patogênicos causadores de toxinfecções alimentares, tem-se o Staphylococcus aureus, que comumente é encontrado em todos os alimentos apresentados nos tópicos: A) I e II B) I e IV C) II e III D) II e IV 64 -(HUPE 2009) Consuelo, de 53 anos, administradora do lar, assiste um programa de televisão e fica com dúvidas nas informações veiculadas sobre verduras hidropônicas. Ela ouviu e confirmou com a nutricionista que, nessas verduras, o risco de conter agrotóxicos e de ter contaminação são, respectivamente: (A) baixo / por insetos (B) alto / por bactérias (C) médio / por fungos (D) muito baixo / por manuseio 65 Dentre as principais fases do processamento da indústria de alimentos, a fase de elaboração é a etapa de maior importância, pois nela se desenvolvem diversificadas atividades tecnológicas, segundo a linha de elaboração do produto. As operações de natureza física, química e biológica determinam, nessa fase, as transformações que caracterizam os produtos. São exemplos respectivos de processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem na fase de elaboração: (A) salga, maturação e aplicação de calor; (B) acidificação, dissolução e trituração; (C) emulsificação, emprego de aditivos e caramelização; (D) refinação, hidrolização e esmagamento; (E) moagem, extração por solvente e fermentação 66. (UERJ 2014) Nutricionista responsável pelo estoque de alimentos resfriados e congelados sabe que bolores e leveduras podem se proliferar na superfície ou profundidade de alimentos e água. Além disso, sabe também que a maioria dos fungos é de origem ambiental e podem se multiplicar nessas condições. A situação que expressa risco de altas contagens desses microrganismos em alimentos é: a) o armazenamento sob refrigeração por tempo prolongado b) a contaminação ambiental com presença de micotoxinas c) o armazenamento em temperaturas elevadas d) a manipulação de vegetais em água corrente 67) As infecções alimentares, invasivas ou não, com agressão ao epitélio intestinal ou produção da toxina no organismo dependerão do tipo de agente infectante que pode ocasionar um quadro clínico característico. Em relação à shiguelose, o período de incubação, em horas, o grau da dose infectante e os sinais clínicos característicos dessa infecção alimentar, respectivamente, são: a) 08 a 48 / alta / diarreia, náuseas e febre b) 12 a 72 / baixa / disenteria, vômito e febre c) 08 a 48 / alta / disenteria, mal-estar e febre baixa d) 12 a 72 / baixa / diarreia, cólica e ausência de febre 68) Um dos elementos tóxicos com o qual o ser humano pode ter contato é o mercúrio. A intoxicação causada por esse elemento pode causar insônia, fadiga, gosto metálico na boca, dores articulares, dentre outros sintomas. Assinale a opção que apresenta uma das possíveis fontes de contaminação por mercúrio. (A) Vegetais verdes (B) Leites e seus derivados (C) Cereais refinados (D) Ovos (E) Peixes e frutos do mar 69) Assinale a opção que apresenta a característica físico- química dos alimentos que NÃO influencia na migração de aditivos de embalagens, como ftalatos e bisfenol A, para os alimentos. (A) Teor de álcool (B) pH (C) Percentual de proteína (D) Percentual de lipídios (E) Presença de óleos essenciais Gabarito 1 B 2 A 3 B 4 B 5 E 6 C 7 D 8 C 9 B 10 C 11 C 12 B 13 E 14 B 15 B 16 A 17 D 18 C 19 B 20 A 21 E 22 D 23 A 24 D 25 D 26 A 27 D 28 B 29 C 30 A 31 D 32 B 33 C 34 C 35 A 36 E 37 D 38 B 39 C 40 E 41 C 42 D 43 B 44 A 45 A 46 E 47 D 48 E 49 D 50 B 51 E 52 C 53 B 54 E 55 B 56 C 57 C 58 E 59 C 60 B 61 C 62 C 63 B 64 D 65 E 66 A 67 B 68 E 69 C 151 PARTE IV BOAS PRÁTICAS Refeição boa á aquela que proporciona saúde, vida. Fornece ao corpo todos os nutrientes necessários a promoção e/ou manutenção da saúde através da escolha de bons produtos, de uma boa técnica de preparo e obedecendo rigorosamente as normas de higiene. Refeição aparentemente boa é aquela em que as características sensoriais dos alimentos não sofreram alterações, mas estãocontaminados. Esta refeição causará Doença Transmitida por Alimento - DTA Refeição má é aquela em que as características sensoriais dos alimentos estão alteradas, tornando-os impróprios para o consumo MARCHA AVANTE Regras de Ouro para preparação higiênica de alimentos (OMS) 1. Escolher os alimentos tratados de forma higiênica 2. Cozinhar bem os alimentos 3. Consumir imediatamente os alimentos após o preparo 4. Armazenar cuidadosamente os alimentos cozidos 5. Reaquecer bem os alimentos cozidos 6. Evitar contato entre alimentos crus e cozidos 7. Lavar as mãos constantemente 8. Manter escrupulosamente limpas todas as superfícies da cozinha 9. Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais 10. Utilizar água pura O QUE É PREVENIR? Evitar que: 1 – Os m.o. contaminem os alimentos - através do homem - através do ambiente - adquirindo matérias primas de boa procedência 2 – Evitar que os m.o. sobrevivam nos alimentos - através da cocção correta - através do reaquecimento correto 3 – Evitar que ocorra recontaminação dos alimentos - através da manipulação pós cocção - através do armazenamento incorreto 4 – Evitar que os m.o. se multipliquem nos alimentos - Evitar deixar os alimentos mais de 30 minutos entre 10ºC e 55ºC - Evitar deixá-los em temperatura ambiente - Evitar deixá-los em refrigeração acima de 4ºC - Evitar deixá-los na espera ou distribuição abaixo de 60ºC Controle de qualidade no serviço de alimentação Manual de técnicas operacionais tipo de preparação técnica de preparo Manual de boas práticas de fabricação informações sobre todas as etapas de funcionamento da unidade Treinamento higiene pessoal, higiene ambiental e higiene de alimentos controle de tempo e temperatura e controle técnico Legislações Nacionais MS / Resolução Nº 216 de 15/09/2004 “Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.” Excluem-se deste Regulamento os lactários, as unidades de Terapia de Nutrição Enteral - TNE, os bancos de leite humano, as cozinhas dos estabelecimentos assistenciais de saúde e os estabelecimentos industriais abrangidos no âmbito do Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico- Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Comissarias: devem obedecer aos regulamentos específicos RESOLUÇÃO - RDC N° 52, DE 29 DE SETEMBRO DE 2014 Art. 7º O atendimento aos padrões sanitários estabelecidos por este Regulamento Técnico não isenta os serviços de alimentação dos serviços de saúde do cumprimento dos demais instrumentos normativos aplicáveis. Âmbito de Aplicação: Aplica-se aos serviços de alimentação que realizam algumas das seguintes atividades: manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados ao consumo, tais como cantinas, bufês, comissarias, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, unidades de alimentação e nutrição dos serviços de saúde, delicatéssens, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias e congêneres. DEFINIÇÃO Boas Práticas são normas de procedimentos para atingir um determinado padrão de identidade e qualidade de produto e/ ou serviço na área de alimentos, cuja eficiência e efetividade devem ser avaliadas através de inspeção e/ou investigação. MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS II 152 Manual de Técnicas Operacionais: Encerra todas as informações relativas aos tipos de preparações, envolvendo as matérias-primas que compõem o cardápio e suas técnicas de preparação. Manual de Boas Práticas (GHP/GMP): Descritivo Real dos procedimentos técnicos para cada estabelecimento em especial, envolvendo os pré – requisitos básicos: 1. Responsabilidade técnica 2. Controle de saúde dos funcionários 3. Regras para visitantes 4. Controle da água para consumo 5. Controle Integrado de Pragas 6. Adequação estrutural do estabelecimento 7. Controle de matérias-primas 8. Manipulação (recebimento, armazenamento, pré- preparo, cocção, refrigeração, congelamento, descongelamento, reaquecimento, porcionamento, distribuição) 9. Higiene (pessoal, ambiental e alimentos) 10. Transporte Documentação e Registro: Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados. Manual de Boas Práticas (Silva Jr.,2014) Itens básicos 1) Responsabilidade técnica 2) Controle de Saúde do Funcionários 3) Controle de água para consumo 4) CIP 5) Regras para visitantes 6) Controle das matérias-primas 7) Adequação estrutural do estabelecimento 8) Higiene 9) Manipulação 10) Controle para refeições transportadas POPs exigidos 1. Higienização de instalações, equipamentos e móveis; 2. Controle integrado de vetores e pragas urbanas; 3. Higienização do reservatório; 4. Higiene e saúde dos manipuladores. Os registros devem ser mantidos por período mínimo de 30 dias! De acordo com a ABERC os POPs requerem: Objetivo, campo de aplicação, definição, documentação, responsabilidade, descritivo técnico, monitoramento, registro, ação corretiva e verificação. 1. Responsabilidade técnica – Presença obrigatória de um profissional que se responsabilize pelas técnicas de controle aplicadas. Deve ter autoridade e competência para: - Capacitação de Pessoal - Elaborar o Manual de Boas Práticas de Manipulação - Responsabilizar-se pela aprovação ou rejeição de matérias-primas, insumos, produtos semi-elaborados, produtos terminados, procedimentos, métodos ou técnicas, equipamentos e utensílios, de acordo com o manual elaborado - Supervisionar os princípios ou metodologias que embasem o manual de boas práticas de manipulação e processamento. - Recomendar o destino final de produtos O responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação, abordando, no mínimo, os seguintes temas: Cursos mínimos de capacitação 1. Boas Práticas 2. Contaminantes alimentares 3. Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) 4. Manipulação Higiênica de Alimentos 2. Controle de saúde dos funcionários Obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) pelos empregadores e instituições que admitam empregados, através de um médico responsável. A periodicidade dos exames médicos e laboratoriais deve ser anual. O PCMSO deve incuir exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, mudança de função e demissional. conforme legislação - Exames Laboratoriais Exigidos - NR-7: Fezes (Coprocultura, Coproparasitológico); Sangue (Hemograma e VDRL - sífilis). → Urina (Não é Obrigatório) POP PCMSO: deve ser registrado e realizado de acordo com a legislação específica. Os manipuladores que apresentarem lesões e ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos devem ser afastados da atividade de preparação de alimentos. A capacitação (treinamento) deve ser periódica e comprovada mediante documentação e registro. Higiene e saúde dos manipuladores: 1) etapa, frequência e princípio ativo. Cartazes de orientação aos manipuladores afixados nas paredes. 2) Medidas adotadas em casos de lesões nas mãos ou enfermidades. 3) Exames a que os manipuladores são submetidos e periodicidade. 4) Programa de capacitação (carga horária, conteúdo programático e freqüência, registros de participação nominal dos funcionários. Os manipuladores de alimentos devem ser supervisionados e capacitados periodicamente higiene pessoal manipulação higiênica dos alimentos doenças transmitidas por alimentos. 153 3. Controle da Água (Port. 2914 / 2011) Água potável - água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde.Entende-se por água tratada: Água de rede de abastecimento clorada (0,5ppm e chegar até a caixa d’água com 0,2 ppm de cloro no mínimo) Água fervida por 2 minutos; Água filtrada e clorada (Hipoclorito de Sódio 1,5 a 2,5 mg/l). AUSÊNCIA DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS CLORO RESIDIUAL – MÍNIMO 0,2mg/L É obrigatório a existência de reservatório de água. O reservatório deve estar isento de rachaduras e sempre tampado, devendo ser limpo e desinfetado nas seguintes situações: - quando for instalado - a cada 6 meses - na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água (animais, sujeira, enchentes) POP Reservatório de água: higienizado, em um intervalo máximo de seis meses, devendo ser mantidos registros da operação. Higienização do reservatório: higienizado, em um intervalo máximo de seis meses, certificado de execução do serviço. 4. Controle Integrado de Pragas (CIP) Sistema que incorpora ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária do alimento Quando as medidas de prevenção adotadas não forem eficazes, o controle químico deve ser empregado e executado por empresa especializada, conforme legislação específica, com produtos desinfetantes regularizados pelo MS; Quando da aplicação de controle químico, a empresa especializada deve estabelecer procedimentos pré e pós- tratamento a fim de evitar a contaminação dos alimentos, equipamentos e utensílios. Primeiramente devem ser tomadas medidas preventivas a fim de evitar a entrada de pragas em áreas de alimentos, como: telamento de janelas, protetor de rodapé em portas. ralos sifonados, manutenção das instalações (fendas) e proibição da entrada de caixas de madeira, papelão e mercadorias infestadas. Quando as medidas de prevenção adotadas não forem eficazes, o controle químico deve ser empregado e executado por empresa especializada, legalmente habilitada pela FEEMA. POP Controle integrado de vetores e pragas urbanas: medidas preventivas e corretivas, controle químico com comprovante de execução do serviço por empresa especializada. Principais formas de entrada de pragas janelas sem proteção e portas sem molas; ralos de pias e de pisos; fendas na estrutura do prédio; caixas de papelão ou madeira (ovos ou vivas); em mercadorias já infestadas (arroz, feijão) . PRAGAS Insetos rasteiros Baratas Periplaneta americana maior tamanho (5cm) - ralos e bueiros Blatella germânica menor tamanho - em frestas Formigas Controle Aplicação de produtos - empresas especializada Evitar frestas na área de preparo Tratar esgotos e bueiros externos Limpeza adequada das superfícies Remover o lixo constantemente Vedar a parte inferior das portas Insetos voadores (Dipteros) Moscas sinantrópicas: Musca domestica e a Fannia canicularis, Família Calliphoridae e Família Psychodidae Vetores de m.o. patogênicos Pelos e sistema de alimentação ( processo de regurgitação) Controle Uso de telas Remoção constante de lixo Inseticidas localizados no foco de proliferação Armadilhas de eletrocussão: modelos de parede com altura máx. de 1,50m. Roedores Rattus norvegicus: esgotos, áreas externas, lixões Rattus rattus: forros áreas de grãos. Mus musculus: gavetas, despensas. Controle Verificar se há presença de fezes e urina e sinais de danos. Evitar pontos de entrada: ralo sem tela, portas e janelas sem vedação, lixo. Armadilha de cola ou mola. Raticidas – empresa especializada. 5. Regras para visitantes Visitantes são todas as pessoas que não fazem parte da equipe da UAN (supervisores, consultores, fiscais, auditores, fornecedores etc.) e devem cumprir os requisitos de higiene e de saúde estabelecidos para os manipuladores. 154 6. Adequação estrutural do estabelecimento Localização, piso, paredes, forros, tetos, portas, janelas, iluminação, ventilação e sistema de exaustão, instalações sanitárias e vestiários, lixo, esgotamento sanitário. Temperatura – 22 a 26ºC Umidade – 50-60% 1000 lux – área de inspeção 250 lux – áreas de processamento 150 lux – outras áreas (lux = 1 lúmen/m2) . O pé direito no mínimo de 3 m no andar térreo e 2,7m em andares superiores. . As telas devem ter malha de 2 mm e serem de fácil limpeza . Devem existir banheiros separados para cada sexo, em bom estado de conservação, constituído de vaso sanitário, pia e mictório para cada 20 funcionários *Circulação de ar através de ar insuflado filtrado ou através de exaustão. Não utilizar ventiladores e climatizadores com aspersão de neblina Edificação e as instalações: projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado. O acesso às instalações deve ser controlado e independente, não comum a outros usos. O lixo não deve sair da cozinha pelo mesmo local onde entram as matérias primas. Na total impossibilidade de áreas distintas, determinar horários diferenciados. 7. Controle de matérias-primas Todas as publicações (Portarias 1428/93 – MS, WHO, SBCTA etc.), colocam o controle higiênico-sanitário das matérias-primas como uma das prioridades para a manipulação segura de alimentos. Área protegida e limpa; Os lotes da MP reprovados ou com prazos de validade vencidos devem ser imediatamente devolvidos ao fornecedor e, na impossibilidade, devem ser devidamente identificados Visita técnica a fornecedores com os respectivos controles microbiológicos (coleta de amostras), físico- químicos locais (H2S, Amônia e pH) e sensoriais, características dos meios de transporte e condições estruturais. Plano de rastreamento dos produtos. Cadastramento dos fornecedores. 8. Manipulação Recepção – Análise qualitativa e quantitativa segundo critérios pré-definidos de cada produto. As recomendações básicas para o recebimento são: validade, análise sensorial, condições de embalagens, higiene do entregador, rotulagem, alvará do veículo, análises microbiológicas, medição de temperaturas. Características mínimas necessárias dos meios de transporte de matérias primas *CVS-15/91 - Transporte isotérmico ou refrigerado . Quente – acima de 65o C . Resfriado – 6 a 10o C . Refrigerado – 4 a 6o C . Congelado - -18 a -15o C Tabela 1. Critérios de Temperatura de Recebimento Categoria Temperatura Tolerância Congelados -18 º C -12 º C Resfriados 6 a 10º C Fabricante Refrigerado Até 6ºC Até 7 ºC Ordem para Recebimento Alimentos perecíveis resfriados e refrigerados ↓ Alimentos perecíveis congelados ↓ Alimentos perecíveis permitidos em temperatura ambiente ↓ Alimentos não perecíveis Armazenamento - Etapa envolvendo três procedimentos básicos: congelamento, refrigeração e estoque seco. Disposição e Controle Os produtos de embalagem mais antiga são posicionados na frente. Sistema PVPS – Primeiro que Vence, Primeiro que Sai. Os alimentos devem estar separados dos descartáveis e estes separados dos produtos químicos Utilização de Estrados (amarração em cruz). Prateleiras: Alimentos a 35 cm da parede (mínimo 10 cm). Utensílios para armazenamento com altura máxima de 10 cm; Os alimentos devem ser separados por grupos, sacarias sobre estrados fixos com altura mínima de 25 cm, separados da parede e entre pilhas no mínimo 10 cm e distante do forro 60 cm. Prateleiras com altura de 25 cm do piso. Ao empilhar alimentos prontos para consumo proteger com plástico próprio ou papel impermeável. Armazenamento sob congelamento só poderão ter caixas de papelão se exclusivos para esta finalidade. Devolução de mercadorias: devem ser devidamente identificados e armazenados separadamente. Diferentes gêneros num mesmo refrigerador Alimentos limpos / prontos para consumo (cozidos) ↓ Semi-prontos ou pré-preparados ↓ Sujos / crus Armazenamento sob refrigeração (RDC 216 – PRAZO MAXIMO ≤4 º C – 5 DIAS(alimento preparado) De acordo com o produto – 0 a 10 º C Hortifruti – até 10 º C (fornecedor) Frios e laticínios – até 8 º C (fornecedor) Carnes – até 4 º C/ 72h Ovos - 10 º C/14 dias Alimentos pós-cocção - 4 º C /72h 155 Refrigeração Etapa onde os alimentos passam da temperatura pós - cocção (55ºC), para temperatura técnica específica de cada produto. RDC 216/2004 - Resfriamento: 60ºC → 10ºC (2 hs) Silva Jr 55º C → 21ºC → 4ºC 2 hs 6 hs Congelamento Armazenamento sob congelamento 0 a -5º C 10 dias -5 a -10º C 20 dias -10 a 18º C 30 dias < -18º C 90 dias Etapa onde os alimentos passam da temperatura original para -18º C ou menos em 6 horas. Descongelamento Etapa onde os alimentos passam da temperatura de congelamento (-18ºC) para até 4ºC sob refrigeração, ou em condições controladas. A porção do alimento a ser descongelado deve ser no máximo de 2 Kg. Descongelamento seguro (RDC 216) Câmara frigorífica ou geladeira em condições de refrigeração à temperatura inferior a 5ºC Forno de convecção ou microondas quando o alimento for submetido imediatamente à cocção Descongelamento Seguro (forçado) (CVS 6/99) 1. em câmara ou geladeira a 4ºC 2. em forno de confecção ou microondas 3. em água com temperatura inferior a 21ºC por 4 horas 4. em temperatura ambiente, em local sem contaminação ambiental (vento, pó, excesso de pessoas, utensílios, etc.) monitorando a temperatura superficial, sendo que ao atingir 3 a 4ºC deve-se continuar o degelo na geladeira a 4ºC 5. utilização de peças cárneas ou filetadas de até 2 Kg, embaladas por peças ou em suas embalagens originais. 6. Após o descongelamento o produto deve ficar na geladeira a 4ºC, conforme critérios de uso. Dessalgue Etapa de retirada de sal. Água no máx 21ºC com troca a cada 4 hs Em água sob refrigeração 4ºC Fervura (cocção e resfriamento) Reconstituição Etapa onde os alimentos recebem adição de água e após devem ser consumidos imediatamente ou aquecidos ou refrigerados. Pré- Preparo / Preparação Etapa onde os alimentos sofrem modificações através da higienização, tempero, corte, porcionamento, seleção, escolha, moagem e /ou adição de outros ingredientes. Tempo de manipulação não deve exceder 30 minutos por lote e 2 horas em área climatizada entre 12º e 16ºC. Após manipulação os alimentos devem ser etiquetados com identificação e prazo de validade e obedecer recomendações a fim de se evitar o risco de contaminação cruzada. Ex: . Utilizar placas de polipropileno crus e cozidos SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE ETIQUETAS (modelo) Cocção Etapa onde o alimento deve atingir a temperatura de 74ºC no centro geométrico ou combinações de tempo e temperatura. Binômio Tempo / Temperatura 74ºC no centro geométrico 70º C por 2 minutos 65ºC por 15 minutos < 50º - Não há morte de patógenos RDC 216/2004 - Cocção mínima: 70ºC ou binômio tempo / temperatura Reaquecimento Etapa onde os alimentos que já sofreram cocção inicial devem atingir novamente 74ºC no centro geométrico. Utilização e Reutilização de Óleo para Fritura Não devem ser aquecidos a mais de 180ºC. Desprezar o óleo que apresentar alterações nas características sensoriais ou físico-químicas. O óleo deverá ser filtrado em filtros próprios ou pano branco fervido por 15minutos. Caso não se tenha controle do óleo, o mesmo deve ser desprezado a cada 6 horas. 156 Óleo utilizado para peixes só poderá ser reutilizado para peixes, em condições controladas. Ovos Não oferecer para consumo ovos ou preparações crus. Preparação sem cocção ( cremes, mousses, maionese, etc.) utilizar ovos pasteurizados, desidratados ou cozidos. Preparações quentes: fervura 7 minutos ou 74ºC CG TEMPERATURA DE COCÇÃO Carne de porco – 65,5ºC Aves Recheios Carnes em geral 74ºC Pedaços de carnes e tortas- devem atingir 100ºC no interior do produto Torta de carne – 2,9Kg – 177 a 204ºC – 2,5 a 3h – 100ºC Espera Pós - Cocção Etapa onde os alimentos que sofreram cocção devem atingir 55ºC em sua superfície para serem levados a refrigeração. Distribuição – Etapa onde os alimentos estão expostos para o consumo imediato. RDC 216/2004 - Exposição: >60ºC / máximo 6 horas Temperaturas Recomendadas Balcão térmico 80° - 90°C Alimentos Quentes >65°C até 12h 60°C até 6h <60°C até 3h Alimentos Frios (exceto folhas e frutas ácidas) <10°C até 4h 10 – 21°C até 2 h Alimentos Temperatura (ºC) (no centro geométrico) Temperatura de exposição em horas Quentes Mínimo de 60 Máximo 6 Abaixo de 60 Máximo 1 Frios Até 10 Máximo 4 Entre 10 e 21 Máximo 2 Transporte Os alimentos devem ser transportados em caixas isotérmicas (Isopor ou Hot Box), quentinhas ou marmitas térmicas. Sobras São alimentos prontos que não foram distribuídos ou que ficaram no balcão térmico ou refrigerado. Somente podem ser utilizados sobras que tenham sido monitoradas. Alimentos prontos que foram servidos não devem ser reaproveitados. cocção a 74o C manutenção a 65º C refrigeração a 4º C reaquecimento a 70o C por 2 minutos transporte em temperatura acima de 65ºC Quadro1. Síntese das Recomendações de Manipulação Congelamento T < -18º C em 6 horas Descongelamento -18ºC → 4ºC refrigeração ou condições controladas Peças cárneas até 2 Kg Pré-Preparo Ambiente- 30 minutos 10-16ºC – 2horas Cocção e Reaquecimento 74º C no centro geométrico 65º C por 15’ 70º C por 2 ‘ Espera pós – cocção 55º C → 21ºC → 4ºC 2 hs 6 hs Óleo até 180ºC desprezar : alterações sensoriais ou a cada 6 hs Dessalgue Água = máx 21ºC / 4X4 hs Sob refrigeração 4ºC Fervura Distribuição Balcão térmico 80° - 90°C Quentes: >65°C até 12h / 60°C até 6h / <60°C até 3h Frios: <10°C até 4h 10 – 21°C até 2 h Recomendações- RDC 216/2004 Cocção mínima: 70ºC ou binômio tempo / temperatura Descongelamento: refrigeração < 5ºC ou em forno de microondas. Exposição: >60ºC / máximo 6 horas Resfriamento: 60ºC a 10ºC em até duas horas Validade: se conservado a ≤4ºC deve ser de 5 dias. 9. Higiene e Sanitização no Processamento de Alimentos Limpeza é a remoção de sujidades como gorduras, proteínas, HC e minerais. Desinfecção é a eliminação de m.o. patogênicos e diminuição dos níveis de deteriorantes. Desinfecção/sanificação – termo utilizado para ambientes e vegetais Anti-sepsia – termo utilizado para pele Sanitização = Limpeza + Desinfecção. A. Higiene de Alimentos Higienização de Hortifrutigranjeiros Eliminação Retirar partes impróprias para o consumo ↓ Lavar com água potável (um a um ou folha a folha) ↓ Imersão em Solução Clorada 100 a 200ppm / 15’ ↓ Enxaguar em água potável ↓ Imersão em solução de vinagre 2%/ 15’ ↓ Enxaguar novamente 74% 94,5% 99,8% 157 O vinagre é considerado agente de limpeza, apenas remove resíduos, não sanitiza. Higienização é excluída nas seguintes situações: Frutas não manipuladas ou ingeridas sem casca; Alimentos que irão sofre cocção (74ºC); Ovos inteiros ingeridos pós cocção. Microrganismos veiculados por verduras Microrganismo Dose infectante Shigella dysenteriae 1 10 Shigella flexneri 2a 180 Salmonella typhi 10000 Vibrio cholerae 1000 Entamoeba coli 1 Giardia lamblia 10 Produtos permitidos para desinfecção de alimentos Hipoclorito de sódio a 2,0 – 2,5% (100 a 250ppm) Hipoclorito de sódio a 1% (100 a 250ppm) Cloro orgânico 100 a 250ppm Diluições Solução Clorada de hipoclorito de sódio a 1% 100ppm = 10ml (1cs rasa) / Litro de água 200 a 250ppm = 20 ml (2 cs rasas) / Litro Cálculo para diluição de hipoclorito de sódio a 2,5% 100ml solução – 2,5g de cloro ativo 1000ml – 25g → 1000ml – 25000mg 100 ml – 2500 mg 10ml – 250mg ~ 250ppm x - 200ppm X= 8 ml de solução = 200ppm Ou Vi = Cf x Vf/ Ci x 10 (% para ppm) B . Higiene de Equipamentos Os Equipamentos e utensílios devem ser higienizados logo após o uso. As peças removíveis de equipamentos devem ficar imersas em solução de hipoclorito de sódio 200 ppm ou em imersão em água fervente por 15 minutos. . evitar contaminação cruzada entre alimentos crus e preparados (utensílios, tábuas de corte Equipamentos e utensílios de alto risco de contaminação - moedor de carne, - cortador de frios - amaciador de bifes - liquidificador e batedeira - faca de manipulação, - panela - bancada No caso de desinfecção pelo calor: - Imergir por 15 minutos em água fervente ou no mínimo a 80ºC - Não há necessidade de enxágüe No caso de utilização de máquina de lavar louça, devem ser respeitados os critérios: - Lavagem: 55 a 65ºC - Enxágüe: 80 a 90ºC OBS: quando utilizar álcool 70%, não enxaguar e deixar secar o ar. POP Equipamentos: manutenção e calibração programada e periódica dos equipamentos, mantendo os registros da operação. Higienização de instalações, equipamentos e móveis: natureza da superfície, método de higienização, princípio ativo e concentração, tempo de contato, temperaturas e outras informações complementares (desmonte dos equipamentos). CHigiene Ambiental Higienização de Ambientes Retirar resíduos ↓ Lavar (água e detergente) ↓ Enxaguar (água quente a 44ºC) ↓ Aplicar solução clorada a 200 ppm por 15’ ↓ Enxaguar Tomar precauções para impedir a contaminação dos alimentos (saneantes, suspensão de partículas e formação de aerossóis) Não utilizar substâncias odorizantes e ou desodorantes Saneantes devem ser identificados e guardados em local reservado para essa finalidade Funcionários de higienização das instalações sanitárias → uniformes apropriados e diferenciados Não varrer a seco nas áreas de manipulação Não usar panos para secagem de utensílios e equipamentos Proibido: escovas, esponjas ou similares de metal, lã, palha de aço, madeira, amianto e materiais rugosos e porosos Não reaproveitar embalagens de produtos de limpeza Características de um bom detergente: Solúvel; Não corrosivo; Dispersante (fácil remoção); Umectante e de penetração; Emulsificante (gorduras); Solvente (proteínas); Fácil enxágüe; Germicida; Econômico. Diário: - Pisos, rodapés e ralos; todas as áreas de lavagem e de produção; maçanetas; lavatórios (pias); sanitários; cadeiras e mesas (refeitório); monoblocos e recipientes de lixo; Diário ou de acordo com o uso: - Equipamentos, utensílios, bancadas, superfícies de manipulação e saboneteiras, borrifadores. Semanal: - Paredes; portas e janelas; prateleiras (armários); coifa; geladeiras; câmaras e "freezers". Quinzenal: - Estoque; estrados. Mensal: - Luminárias; interruptores; tomadas; telas. Semestral: - Reservatório de água. 158 Produtos permitidos para desinfecção ambiental Princípio Ativo Concentração Hipoclorito de Sódio 100 – 250 ppm Cloro orgânico 100 – 250 ppm Quaternário de Amônio 200 ppm Iodóforos 25 ppm Álcool 70% Quadro 2. Características dos sanitizantes Sanitizante Vantagens Desvantagens Cloro *Poder fungicida e bactericida *Efetivo contra esporos ↑[ ] *Inativado pela matéria orgânica e sabão corrosivo Iodo * Poder fungicida e bactericida *↑ ingestão (200mg/dia) → hipertireoidismo *difícil remoção Clorexidina (Clorhexidine) *estável, não volátil, atóxico *não corrosivo * não inativado pela matéria orgânica *não deixa resíduos *efeitivo gram +, gram- esporos e fungos Ainda sem informações práticas quanto ao uso e eficácia. Quaternário de Amônia Muito utilizado porém com espectro de ação mais limitado *inativado pela matéria orgânica, sabão, água dura plásticos, etc *resíduos causam reações adversas em apenas 5’. Desinfetantes Fenólicos * Atividade antimicrobiana * menos inativado pela matéria orgânica * inativado por alguns plásticos *odor forte e irritante *manchar locais *não recomendados Fluídos de pinho * Menor atividade antimicrobiana *odorizantes Análise microbiológica em superfícies . E coli . S. aureus . B. cereus . Salmonela . Pseudomonas . Streptococus pyogens Resultados . Condição inadequada de higiene sujidades macroscópicas . Condição higiênica insatisfatória m.o. mesófilos . Condição higiênico-sanitária insatisfatória presença dos m.o. acima Avaliar o risco de toxidez (Índice Terapêutico): IT = Dose Tóxica para organismo/ Dose tóxica para microorganismo. Cloro: 200ppm para alimentos até 5000ppm outras finalidades Iodo: 0,5% anti-sepsia das mãos; 50ppm para utensílios, equipamentos e alimentos. C. Higiene Pessoal . cortar bem as unhas . higienizar as mãos quando entrar no serviço, usar banheiros, carregar lixo, fazer limpeza, manipular alimento... . evitar falar, cantar, assobiar, tossir, espirrar sobre alimentos . usar uniformes limpos, com redes nos cabelos . tomar banhos diários, barba e bigode raspados diariamente (fazer barba, aparar bigodes) e usar desodorante sem perfume . fazes exames periódicos Uso de escovas para unhas: Individual e higienizada em solução clorada diariamente. Higienização de Mãos Umedecer mãos e antebraços com água ↓ Lavar com sabonete bactericida líquido (mín 1’) ↓ Massagear por 15 segundos ↓ Enxaguar ↓ Enxaguar torneira e fechar com papel toalha (se abertura for manual) ↓ Secar as mãos com papel toalha ↓ Aplicar anti-séptico Anti-sépticos recomendados: Álcool a 70% ou álcool gel a 70%. ANTISSÉPTICOS ANTISSÉPTICOS TEMPO MÃOS SECAS MÃOS ÚMIDAS Álcool 96º 30-50 seg 1,45-2,0min Álcool 70º 1,30-1,40min 2,50-3,0min Álcool-iodado 96º 0,1% 35-50 seg 1,45-2,0min Álcool-iodado glicerinado 96º 0,1% 35-50seg 1,45-2,0min Uso de luvas descartáveis: 1. Alimentos prontos que já sofreram tratamento térmico; 2. Alimentos prontos que não sofrerão tratamento térmico; 3. Manipulação de folhas já higienizadas. Uso de Mascaras - Para montar marmitas e dietas para fins especiais. 159 Uso de EPI – 1) Câmara frigorifica – blusas, capa com capuz, luvas e botas impermeáveis 2) Avental plástico – restrito as atividades com grande volume de água 3) Não é permitido uso de luva de látex, plástico ou borracha nas áreas que envolvam procedimentos com calor 4) Luvas de malha de aço – corte e desossa de carne 5) Luva nitrílica (borracha) de cano longo – obrigatória na manipulação de produtos saneantes durante a higienização do ambiente, equipamentos e utensílios, coleta e transporte do lixo e limpeza de sanitários Lavatórios exclusivos para a higiene das mãos: dotados de sabonete líquido inodoro anti-séptico ou sabonete líquido inodoro e produto anti-séptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem contato manual. PARTE V – CONTROLES ESPECÍFICOS 1 - Alimentos transportados Cozinha Transporte Ponto de Central Distribuição 1. Higiene (pessoal, ambiental, alimentos); 2. Tempo: montagem deve ser o mais próximo possível do transporte; 3. Temperatura: monitorar como critério de segurança do processo. 4. Técnica: Alimentos quentes diretamente para recipientes de transporte. Montagem deve ser feita a uma temperatura de 85ºC(antes) a 70ºC após montagem. 5. Transporte: O veículo dos alimentos quentes (>65ºC) deve ser separado do dos alimentos resfriados e refrigerados. 6. Distribuição: Alimentos quentes temperatura >60º e frios mantidos <10ºC. 2 - Controle higiênico-sanitário em serviços de Bufê Caracterizado pelos próprios clientes se servirem. A exposição dos alimentos neste tipo de serviço deve ser feita em pequenas porções e reposição freqüente. Obediênciaaos critérios de tempo/ temperatura: Alimentos quentes rechaud > 65ºC, frituras e grelhados >80ºC. Alimentos frios <10ºC Saladas de maionese <4ºC Carpaccio, salmão in natura e ostras frescas exposição máximo 30’. Salada de grãos, ovos cozidos e legumes cozidos: <4ºC por 30’. Sobremesas devem ir para o bufê próxima aos 0ºC. 2- Qualidade e Segurança Alimentar em Catering baseado no método APPCC Cozinha fria, açougue climatizado e área de montagem: 18ºC Padaria e cozinha quente climatizadas a25ºC Tempo e Temperature de exposição de alimento na linha de montagem: 15ºC por 45 ‘ Temperatura de expedição: 7ºC, mantido com gelo seco. Holding box: área climatixada a 4ºC para guarda de trolleys já montados. Validade de um dia com acompanhamento pelo Código Universal de Cores Domingo→ Vermelho Segunda-feira → Verde escuro Terça-feira → Marrom Quarta-feira → Amarelo Quinta-feira → Laranja Sexta-feira → verde claro Sábado → Azul Serviço a bordo: refeições devem ser servidas até 2 horas se após, deve ser mantida sob refrigeração e realizar o reaquecido a no mínimo 72ºC no centro geométrico. 4 - Controle higiênico-sanitário em Lactários A Higiene Pessoal obedece às normas anteriormente citadas. A higiene das mãos deve ser realizada ao entrar no setor, nas trocas de função e durante a operação de hora em hora. O álcool 70% só pode ser utilizado em superfícies que não entram em contato direto com os alimentos. Higiene Pessoal Uniformização Higienizar as mãos Colocar a touca descartável Vestir sobre o uniforme o avental limpo ou descartável Colocar a máscara descartável Calçar o protetor de calçados, quando utilizado Higienizar novamente as mãos. Limpeza: uniforme de rotina e troca diária O uso de luvas de procedimento (rede BLH: estéreis) devem ser utilizadas para manipulação de alimentos prontos e hortaliças higienizadas. O uso de máscara não é recomendado apenas se tiver controle de uso: máx 30’. Antes de serem devolvidos ao lactário, os frascos, bicos e protetores podem ser enxaguados com água corrente fria, logo após as mamadas. O Ministério da Saúde cita como adequado em relação às normas para Controle de Infecções Hospitalares o uso dos seguintes anti-sépticos: soluções alcoólicas, soluções iodadas, iodóforos, cloroxexinas, solução aquosa de permanganato de potássio, formulação à base de sais de prata e outros. 160 Procedimentos de sanitização Autoclave a 121ºC / 15’; ou 110ºC /10’ Álcool 70% / 2’ (troca da solução a cada 24 hs); Cloro 200ppm/15’ (troca a cada 6 horas). Mecânico: Lavagem a 55º a 65ºC e Enxague: 90ºC. Ex: escova de unha Higiene Ambiental não deve haver cruzamento de fluxo, o ar ambiente deve ser insuflado não tendo entrada de ar proveniente do ambiente externo (coifas para retirada de vapores do ambiente). Higiene manual das instalações Proibido varrer a seco na área de manipulação Lavar com água 44ºC e detergente ou à seco. Desinfecção: solução clorada a 200ppm (tempo de contato 15’). Tempo de uso: 6h. Ou álcool 70% por 2’. Não utilizar solução inferior a 100 ppm ou superior a 250ppm. Higiene manual dos equipamentos e utensílios Lavar com água 44ºC e detergente ou à seco. Desinfecção: solução clorada a 200ppm (tempo de contato 15’). Tempo de uso: 6h. Não utilizar solução inferior a 100 ppm ou superior a 250ppm álcool 70% por 2’ só em superfícies que não entram em contato direto com o alimento. Autoclavar no mín. 110oC/10’ ou a 121oC/15’. Fever por 10 a 15 min. Enxágüe: método químico Higiene mecânica dos equipamentos e utensílios Pré-lavagem Equipamento: lavagem (55-65oC) e enxágüe (80-90oC) Secagem natural. Higienização mamadeiras e acessórios Enxaguar em água fria ↓ Imergir em solução com detergente (água a 42ºC) ↓ Lavar um a um com escova apropriada de cerdas escuras ↓ Autoclave 110ºC/ 10’ ou 121ºC por 15’ ou Ferver por 10 a 15 minutos ou Solução clorada 200ppm por 15 minutos ↓ Enxaguar (método químico) método "Milton" consiste na imersão de mamadeiras e bicos previamente lavados numa solução de 1 :80 de "Milton", durante 60 min., diluição e tempo que permitem completa esterilização deste material. O "Milton" é uma solução de hipoclorito de sódio a 1%. As mamadeiras provenientes de áreas de isolamento devem ser desinfetadas previamente. As escovas para higienização dos frascos devem ter cerdas escuras. A medição de temperatura deve ser feita em uma amostra piloto que posteriormente será inutilizada. A água utilizada para preparação das fórmulas deverá ser fervidas ou autoclavadas. A autoclavagem das fórmulas faz com que ocorra perda de nutrientes e desentabilização das fórmulas (caramelizam, coagulam...), além disso, não garantem esterilidade porque não destroem esporos do C. botulinum. A pasteurização é recomendada para o banco de leite humano. O prazo para consumo das fórmulas resfriadas e autoclavadas é de 24 horas e se não autoclavadas de 12 hs, enterais autoclavadas 12hs. Distribuição Esfriadas até 37ºC, sob refrigeração. Manter acima de 60ºC até o consumo. Alimentos frios: papas – manter ≤10ºC Protetor de bico – retirar apenas no momento de colocar o bico na boca da criança. Proibida troca de bico A coleta de amostra deve ser feita em cada tipo de produto por lote produzido no lactário. A amostra deve ser identificada, recolhido no mínimo 100ml e deve ficar armazenada por 72 horas após o consumo sob refrigeração a 4ºC. É recomendado que periodicamente seja realizado o controle microbiológico. As demais recomendações seguem as normas já pré- definidas. Sistema Cook-Chill para Controle de Alimentos É um sistema de produção de refeições que consiste na preparação e cocção normais dos alimentos, seguidas de imediato porcionamento, refrigeração em condições controladas de temperatura superiores ao ponto de congelamento e armazenamento sob refrigeração, com posterior aquecimento logo antes do alimento ser consumido. Princípios Básicos: Matéria prima de boa qualidade Recipientes de aço inox: 6,5cm de altura (alimento não deve exceder 5cm) Tampa aumenta o tempo de resfriamento, embora ofereça maior proteção contra contaminação. Peças de carnes: Não devem exceder 2,5kg e 10cm de espessura. Fatiar ainda quente em 30 minutos em ambiente com temperatura controlada Resfriar imediatamente 10ºC em no máximo 2 horas e meia e terminar o resfriamento a 3ºC. Resfriamento: 70ºC → 3ºC / 90 minutos (pelo menos) Armazenamento: 0º a 3ºC 5ºC por curto período de tempo 5º a 10ºC - máximo 12h para consumo >10ºC - impróprios Reaquecimento: 70ºC no centro geométrico por 2 minutos. Distribuição: T> 63ºC ou <10ºC 161 Transporte: T<3ºC ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE – APPCC Conceito Sistemática de procedimentos que tem por objetivo identificar, avaliar e controlar os perigos para a saúde do consumidor e caracterizar os pontos e controles considerados críticos para assegurar a inocuidade dos alimentos. . boas práticas pré-requisito . ferramenta de gerenciamento - controle de perigos . análise da matéria-prima até o consumidor final . garantia de segurança alimentar . pré-requisito para comercialização . caráter preventivo - não é risco zero Aplicação do Sistema HACCP/APPCC, complementa as Boas Práticas por: Caracterizar o produto ou grupo de produtos e o processo; Identificar previamente o perigo e caracterizar as medidas que previnem os riscos dos perigos acontecerem. APPCC Pré - requisitos BPF, POPs, outros Etapas de elaboração do Plano APPCC Sensibilização dos colaboradores Implementação das Boas Práticas Formação da equipe APPCC Descrição do produto Identificar o uso pretendido Elaboração do fluxograma Validação do fluxograma Aplicação dos Princípios APPCC DEFINIÇÕES Definições Perigo - RISCO Contaminação - Agente biológico, químico ou físico em condição potencial que possa causar agravo à saúde. Sobrevivência e a multiplicação de m.o. também são consideradas perigos. Os perigos podem estar na própria matéria orgânica ou serem adicionados durante o processamento. Risco: É a probabilidade de ocorrência de um efeito adverso aliado a severidade deste efeito quando há exposição a um perigo específico. Risco= Probabilidade X Severidade Severidade: É a gravidade da doença e o grau de suas conseqüências. Depende da dose tóxica (toxinas), da quantidade de m.o. infectante ou toxigênico e da susceptibilidade do indivíduo. A gravidade é maior em gestantes, crianças, idosos, imunodeprimidos, viajantes, hospitalizados. Ex: hospitalizações, morte, ausência no trabalho, efeito moral etc. As categorias de doenças segundo a Severidade são: Letais causadas por: Listeria monocytogenes (gestantes e imunodeprimidos), C. botulinum, Salmonella typhi, V. cholerae, V. vulnifucans e envenenamento por mariscos. Graves ou crônicas causadas por: Brucella sp.; Campylobacter; E.coli; Streptococcus grupo A; v. parahemolyticus; Yersinia enterocolítica; Hepatite A; micotoxinas. Moderadas: B. cereus; C. perfringers; S. aureus; Listeria monocytogenes (adultos sadios); viroses; parasitas e metais pesados. Deterioração: alteração características organolépticas. Antiestérica: Alterações que interferem na aparência. 162 Principais Perigos Microbiológicos Ambiente *Superfície de contato: Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica, bolores, leveduras, B. Cereus, C. perfringers, Salmonella, S. aureus, Pseudomonas aeruginosas * Água: Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica, vibrio cholarae, shigella * Ar: bolores, leveduras. * Solo: B. Cereus, C. perfringers, C. botulinum, Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica Matérias - Primas *Carnes e Aves cruas: Salmonella, C. perfringers, Campylobacter sp., Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica, Yersinia enterocolítica, Listeria monocitogenes, S. aureus. *Peixes e Frutos do mar: Vibrio parahemoliticus,, Vibrio vulnificus, vibrio cholarae, C. botulinum, Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica. *Ovos: Salmonella, Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica *Leite: Brucella, S. Aureus, Micobacterium bovis, Listeria monocitogenes. *Hortaliças: Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica, Salmonella, B. Cereus, C. perfringers, vibrio cholarae, aeromonas hidrófyla, bolores, leveduras, protozoários, helmintos * Frutas: Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica, B. Cereus, C. perfringers, bolores, leveduras, Pseudomonas aeruginosas. *Arroz e Feijão: B. Cereus, C. perfringers Homem *Mão e pele: Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica, bolores, leveduras, B. Cereus, S. aureus, Pseudomonas aeruginosas * Intestino: Salmonella sp., Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica, Shigella sp., Proteus sp., C. perfringers. * Genitais: Coliforme totais e fecais, E. coli patogênica, bolores, leveduras, S. aureus. Risco: É a probabilidade de ocorrência de um efeito adverso aliado a severidade deste efeito quando há exposição a um perigo específico. Risco= Probabilidade X Severidade Os riscos são categorizados em: Alto grau - cocção, armazenamento, manipulação inadequados, tempo de exposição, higiene e etc.; Grau Moderado Baixo Grau - alimentos com pH < 4,5; produtos esterilizados, submetidos ao sistema APPCC, etc. Desprezível Ponto Crítico: É o local ou situação onde estão presentes os perigos com risco à saúde. Baseia-se no fluxograma. Contaminação – manipuladores, matéria-prima contaminada, contaminação cruzada, higiene inadequada etc. Sobrevivência – tempo/temperatura inadequados na cocção e no reaquecimento; Acidificação e fermentação inadequados. Multiplicação – refrigeração, armazenamento, choque térmico inadequados etc. . limite crítico valores ou atributos máximos e/ou mínimos estabelecidos para cada critério e que, quando não atendidos, significam impossibilidade de garantia da segurança do alimento . limite de segurança valores ou atributos próximos aos limites críticos e que são adotados como medida de segurança para reduzir a possibilidade de os mesmos não serem atendidos . árvore decisória seqüência de perguntas para determinar se uma matéria-prima ou etapa do processo é um ponto crítico de controle Ponto Crítico de Controle (PCC): É uma operação (prática, procedimento, processo ou situação) em que uma medida de controle preventivo pode ser exercida para eliminar, prevenir ou minimizar um perigo. (OMS) Pontos de Controle local ou situação a ser corrigida, porém sem risco imediato à saúde . Pontos Críticos local ou situação onde estão os perigos com risco à saúde e que devem ser controlados São considerados pontos críticos de controle PCC 1: Perigo Eliminado ou Prevenido PCCe: perigo é Eliminado (bactericida para forma vegetativa, não elimina a forma esporulada) Ex: Cocção, Fervura, Pasteurização PCCp: perigo é Prevenido (bacteriostático para mo patogênicos mesófilos) Ex: Congelamento, refrigeração<4ºC PCC 2: Perigo Minimizado (reduzido ou retardado) PCCr (reduzido): reduz a quantidade de mo Ex: higienização de mãos, vegetais, utensílios PCC r (retardado): retarda multiplicação do mo Ex: refrigeração (4 a 6ºC), resfriamento (8 a 10ºC), salas climatizadas (18ºC), aditivos, sais de cura. Sete Princípios do APPCC 163 As formas básicas para se determinar o PCC são: Fluxogramas (conhecimento dos perigos, processamento, métodos de controle); “Árvore decisória”. Critérios: São Limites específicos para característica de origem física (tempo e temperatura), química (quantidade de sal e ácido) ou biológica (sensorial ou microbiológica). Monitoramento: É parte da garantia do controle. É um procedimento organizado de verificação de ausência de desvios do Limite Crítico (LC). Deve caracterizar o quê é objeto da monitorização (o LC estabelecido), como será realizada a monitorização (por observação, por equipamento de medição e outros), com que freqüência será realizada e quem será o responsável pela monitorização. Ex: Medição do tempo/temperatura, concentração de desinfetantes, detergentes e coleta de amostras. Ação Corretiva: É a ação imediata e específica a ser tomada sempre que os critérios não forem estabelecidos. Verificação: São procedimentos para a certificação do controle do perigo, como avaliações de registros, de programas, testes suplementares e outros pertinentes e importantes. Fluxograma: Guia para que seja organizado todo o APPCC. Descreve todas as etapas de preparação de alimentos. Seqüência do Fluxograma 1. A Etapa da preparação, 2. Os perigos característicos (simbologia internacional) 3. PCC (medida de controle) 4. Tipo de PCCs (PPCe, PCCp ou PCCr) 5. Critérios adotados 6. Monitoramento (avaliação do controle) LEGENDA Crus Manipuladores Superfície Outros de contato contaminantes (ar, tempero) Destruição Sobrevivência Multiplicação Prevenção das DTAs em Refeições Transportadas Critérios de Uso - CVS 6/99 Congelamento Temperatura Armazenamento 0° a –5°C 10 dias -5° a –10°C 20 dias -10° a –18° 30 dias ≤ -18°C 90 dias Refrigeração T(ºC) Armazenamento Pescados Até 4°C 24h Carnes manipuladas cruas Até 4°C 72h Hortifruti Até 10°C 72h Alimentos pós cocção Até 4°C 72h Pescados pós cocção Até 4°C 24h Ovos Até 10ºC 14 dias Sobremesas, frios e laticínios manipulados (fabricante) Até 4°C Até 6°C Até 8°C 72h 48h 24h Maionese e misturas com maionese Até 4°C Até 6°C 48h 24h Amostras Até 4°C -18ºC 72 h 164 Parâmetros de Prazo de Validade Critérios CVS 5/2011 Pré-preparo Tº amb. 30’ Pré-preparo climatizado 2hs Área climatizada 12°- 18°C Balcão térmico 80° - 90°C Estufa ou pass - through 65°C Balcão frio Máx. 10°C Congelados -18°C (até –12°C) Resfriados 6° a 10°C Refrigerados Até 6°C (Até 7°C) Descongelamento de carnes, aves, pescados Até 4°C sob refrigeração ou em condições controladas Refrigeração 55°C → 21°C → 4°C 2 6 h Dessalgue Água 21°C (troca 4/4 h) Água sob refrigeração 10°C Fervura Cocção e Reaquecimento 74°C CG 70ºC por 2’ 65ºC por 15’ Espera pós-cocção Até 55° C → Refrigeração Frituras - óleos e gorduras Até 180°C Espera para distribuição >65°C até 12h 60°C até 6h <60°C até 3h Frios <10°C até 4h 10 – 21°C até 2 h Sobras reaquecidas 74°C resfriados a 4°C até 24h >65°C até 12h Sobras frias Reaproveitadas pratos quentes – cocção 74°C Refrigeração 4°C até 24h >65°C ou <10ºC até12h Quentinhas 70ºC 165 Questões 1 - (Aeronáutica, 2006) Analise estas afirmativas concernentes ao sistema da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) numa Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas: ( ) O primeiro passo para o desenvolvimento do sistema APPCC consiste na formação de equipe multidisciplinar envolvida na produção de alimentos, com delegação de responsabilidades. ( ) Os critérios mais utilizados no sistema APPCC são temperatura, tempo, umidade, pH e outros que forneçam resultados em curto período de tempo. ( ) No Brasil, não é obrigatória a adoção do sistema APPCC para os estabelecimentos que processam e prestam serviços no setor de alimentos. ( ) É um sistema de baixo custo, utilizado como instrumento para a garantia da qualidade dos alimentos, e tem como pré-requisito as Boas Práticas de Fabricação. Assinale a alternativa que apresenta a seqüência de letras CORRETA. A) (F) (V) (F) (F) B) (V) (F) (V) (F) C) (V) (V) (F) (V) D) (V) (V) (V) (V) 2- (Aeronáutica, 2006) Considerando-se os critérios a serem adotados para o devido armazenamento dos gêneros alimentícios, é INCORRETO afirmar que A) as carnes descongeladas devem ser mantidas até 4 ºC e consumidas em até 72 horas, após o descongelamento. B) o armazenamento de alimentos sob refrigeração em caixas de papelão ou madeira, deve ser feito quando houver necessidade de se estocarem diferentes gêneros alimentícios num mesmo equipamento. C) os alimentos não-perecíveis são estáveis em sua composição, podendo ser armazenados em temperatura ambiente. D) os alimentos, ou recipientes com alimentos, não devem estar em contato com o piso e, sim, apoiados sobre estrados ou prateleiras das estantes, afastados, preferencialmente, 35 cm da parede. 3- (Prefeitura de São João de Meriti/2004 )Na implantação de um sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) na produção de alimentos, a etapa inicial se refere à: a) identificação dos perigos b) determinação dos pontos críticos de controle c) preparação detalhada do fluxograma do processo d) estabelecimento de critérios para garantir o controle 4 – (Petrobras, 2006) O sistema APPCC identifica, avalia e indica os controles dos perigos essenciais para a segurança alimentar e é composto por sete princípios, sendo um deles o(a): (A) estabelecimento de procedimentos de monitoramento. (B) estabelecimento da equipe multidisciplinar. (C) elaboração do fluxograma de preparação. (D) identificação do uso intencional do produto. (E) descrição do produto preparado. 5 -(Petrobras, 2005) O Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) é considerado uma ferramenta de segurança alimentar. A implantação desse sistema apresenta como prérequisito a: (A) contratação de firma de consultoria. (B) implantação das boas práticas. (C) aquisição de equipamentos de última geração. (D) aprovação pela Vigilância Sanitária. (E) definição de ações corretivas. 6 -(Petrobras, 2005) Antes da implantação dos sete princípios do sistema APPCC, uma ação preliminar que deve ser definida é a: (A) análise de perigos potenciais à saúde. (B) identificação de pontos críticos de controle. (C) determinação de limites críticos. (D) descrição detalhada do produto. (E) verificação dos registros de controle. 7 -(São Gonçalo, 2010) A respeito dos esforços no tocante à segurança dos alimentos e o controle microbiológico, a irradiação de alimentos é um método que pode reduzir o potencial patogênico e melhorar a qualidade de consumo. A irradiação UV promove reações químicas que induzem os microrganismos à injúria ou à morte. Geralmente, a resistência à irradiação UV encontra o seguinte padrão: A) Bactérias Gram-positivas < Leveduras< Bactérias Gram- positivas. B) Bactérias Gram-negativas < Bactérias < Gram-positivas Leveduras. C) Bactérias Gram-negativas < Leveduras < Bactérias Gram-positivas. D) Bactérias Gram-positivas < Bactérias < Gram-negativas Leveduras. E) Leveduras < Bactérias Gram-positivas < Bactérias Gram-negativas. 8 -(Petrobras, 2005) Em serviço de alimentação, alguns procedimentos são obrigatórios por lei. Analise o trecho destacado a seguir: “Procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação, a fim de garantir a qualidade higiênico- sanitária de alimento” Trata-se da definição de: (A) Manual de Boas Práticas. (B) Boas Práticas. (C) Manual de Rotinas. (D) Procedimentos Operacionais Padronizados. (E) Procedimento Padrão de Higiene Operacional. 9- (Pinheiral, 2006) Qual o princípio ativo e a concentração ideal de produtos permitidos para a desinfecção dos alimentos? (A) Álcool 70% (B) Cloro Orgânico – 100 a 300 ppm (C) Quartenário de Amônio – 150 a 200 ppm (D) Hipoclorito de Sódio a 1% - 100 a 250 ppm (E) Hipoclorito de Sódio 2,0 a 2,5% - 200 a 500 ppm 166 10 – ( Corpo de Saúde da Marinha/2004) Correlacione os termos em análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) às suas respectivas definições. TERMOS DEFINIÇÕES I – Risco ( ) local ou situação a ser corrigida sem risco imediato à saúde II – Ponto critico ( ) probabilidade estimada da ocorrência de perigo. III – Ponto de controle ( ) situação ou local onde estão presentes os perigos, com risco à saúde e que devem ser controlados IV – Etapa ( ) Ponto, procedimento ou estágio na cadeia alimentar da matéria prima até o consumo . ( ) Falha ou não-alcance do limite crítico. (A) ( III ) ( I ) ( II ) ( IV ) ( - ) (B) ( I ) ( - ) ( II ) ( III ) ( - ) (C) ( - ) ( I ) ( III ) ( IV ) ( II ) (D) ( II ) ( I ) ( III ) ( IV ) ( - ) 11 - (Prova Angra dos Reis/2003) O programa de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) apresenta, como objetivo, a produção de alimentos seguros. A primeira etapa para a implantação do sistema é: a) o estabelecimento dos critérios para garantir o controle do processo b) a identificação dos perigos durante o processo de produção do alimento c) o monitoramento dos pontos críticos para controle d) a determinação dos pontos críticos para controle durante o processo 12 – (Prova da prefeitura de são Gonçalo/2004) Na prevenção das toxinfecções alimentares é fundamental identificar os pontos críticos de controle (PCCs). Para se minimizar o perigo de contaminação, a categoria do PCC mais eficiente é: a) PCC1 b) PCCe c) PCCp d) PCCr 13- (Aeronáutica/2003) Um dos principais atributos de qualidade de um alimento é sua condição sanitária. Com relação à Analise de Perigos em Pontos Críticos de Controle (HACCP), marque V (verdadeiro) ou F (falso) e, a seguir, assinale a alternativa correta. 1- Higienização de vegetais com hipoclorito de sódio a 100ppm, por 15 minutos. 2-Pré-preparo para alimentos refrigerados, mantendo temperatura de 22ºC por até 2 horas. 3- Alimento pronto mantido aquecido a 60ºC, por até 6 horas. 4- Transporte de alimentos frios a 15ºC, por até 6 horas. (a)V, F, V, V. (b)V, F, F, F. (c)F, V, V, F. (d)F, V, F, F.14- (Aeronáutica/2003)O processo de recebimento de alimentos é a primeira etapa de controle higiênico-sanitário e garantia de qualidade do produto alimentar. Caso haja mais de um fornecedor aguardando para a entrega de mercadorias e considerando os produtos abaixo relacionados, assinale a alternativa que indica a ordem de prioridade para o recebimento. 1-Leite longa vida 2-Copos descartáveis 3-Iogurte e queijo minas 4-Carne em peça e frango congelados A-4, 3, 1, 2. B-3, 4, 1, 2. C-4, 1, 3, 2. D- 3, 4, 2, 1. 15- (Aeronáutica/2003) O pré-preparo de carnes deve obedecer a critérios fundamentais para redução de riscos de multiplicação de microorganismos por contaminação cruzada. O descongelamento de carnes deve ser sempre feito sob refrigeração. Em casos urgentes, o processo aceito é o descongelamento (a)em água corrente fria. (b)em água corrente aquecida. (c)por imersão, em tanques, utilizando água à temperatura ambiente. (d)rápido por imersão, utilizando quantidade reduzida de água aquecida. 16 – (UERJ/2007)Entre os procedimentos de desinfecção de mamadeiras usados em lactários, aquele que apre- senta entre suas vantagens a eficácia, praticidade e a economia é: A) milton B) fervura C) álcool 70% D) autoclavagem 17. (HUOP) Levando em consideração as principais operações, os perigos potenciais e os critérios utilizados na elaboração de manual de boas práticas para Unidades de Alimentação e Nutrição, assinale a opção referente às medidas de controle/monitoramento relacionadas com as compras. (A) Visita aos fornecedores com preenchimento do relatório de visita. (B) Exclusão dos fornecedores que não atendam aos requisitos exigidos. (C) Controle dos prazos de validade e armazenamento de produtos alimentícios isolados de produtos de outra natureza. (D) Avaliação das condições de entrega do produto e anotação em formulário específico. (E) Aquisição de matéria-prima de fonte não segura. 167 18(UERJ, 2006) Na alimentação servida a um paciente, foi encontrada uma larva na verdura. Diante de tal fato, o nutricionista cobrou dos funcionários o cumprimeto dos procedimentos de higienização dos vegetais, que deve manter a seguinte seqüência: (A) desprezar as partes estragadas; lavar em água corrente; imergir em solução clorada na concentração entre 200 e 250 ppm por 15 min; enxaguar com água potável (B) desprezar as partes estragadas; lavar em água corrente; imergir em solução clorada na concentração entre 150 e 200 ppm por 15 min; enxaguar com água potável (C) lavar em água corrente; imergir em solução clorada na concentração entre 200 e 250 ppm por 15 min; enxaguar com água potável; desprezar as partes estragadas (D) lavar em água corrente; imergir em solução clorada na concentração entre 100 e 200 ppm por 20 min; enxaguar com água potável; desprezar as partes estragadas 19.(UERJ, 2006) Uma Unidade de Alimentação e Nutrição, para controlar suas condições higiênico-sanitárias e atender a exigência da vigilância sanitária, precisa de um manual de boas práticas de manipulação de alimentos. Para a elaboração desse manual, alguns pré-requisitos básicos devem ser seguidos, dentre os quais: (A) controle de saúde dos funcionários, controle da água para consumo e controle integrado de pragas (B) controle de saúde dos funcionários, regras para visitantes e controle da temperatura dos alimentos (C) controle integrado de pragas, regras de higiene pessoal e controle da temperatura das áreas de armazenamento (D) controle da temperatura dos alimentos, regras para visitantes e controle da temperatura das áreas de armazenamento 20. (UERJ, 2007) O magarefe de uma Unidade de Alimentação e Nutrição pediu autorização ao nutricionista para deixar adiantado o pré-preparo de carnes de certos cardápios, pois gostaria de tirar alguns dias de folga. O nutricionista permitiu, na condição de que as carnes fossem mantidas armazenadas de acordo com as normas, que determinam as seguintes condições: (A) por 48 h, congelados até - 12 °C (B) por 72 h, congelados até – 18 °C (C) por 48 h, na refrigeração até 6 °C (D) por 72 h, na refrigeração até 4 °C 21 (UERJ, 2007) Reaquecimento é a etapa onde os alimentos que já sofreram cocção inicial devem atingir novamente temperatura de segurança. Nesta etapa, a temperatura ideal a ser atingida no interior do alimento é, em °C, de: (A) 65 (B) 74 (C) 80 (D) 90 22.(UERJ, 2007) Durante o preparo de produtos perecíveis deve-se ter cuidado com o tempo de manipulação para manter a segurança alimentar. Os tempos máximos de manipulação em temperatura ambiente e em área climatizada entre 12ºC e 16ºC são, respectivamente, em minutos e horas, de: (A) 30 e 2 (B) 15 e 1 (C) 45 e 2 (D) 60 e 3 23. (UERJ 2003) Dos pontos críticos de controle, aquele que garante a eliminação de microorganismos na forma vegetativa é: (A) Cocção (B) Desinfecção (C) Congelamento (D) Redução de pH 24. (UERJ 2004) As temperaturas recomendadas, segundo o Codex Alimentarius e OMS, para eliminar, prevenir ou minimizar os perigos microbiológicos durante o congelamento e descongelamento de alimentos, respectivamente, são: (A) -15ºC e 4ºC (B) -15ºC e 6ºC (C) -18ºC e 4ºC (D) -18ºC e 6ºC 25. (UERJ 2004) Em refeições destinadas a distribuição posterior, o ponto crítico de controle que previne a passagem de esporos sobreviventes para a forma vegetativa é denominado: (A) Cocção (B) Refrigeração (C) Resfriamento (D) Reaquecimento 26. (UFRJ, 2009) Segundo a Resolução-RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, para os alimentos que forem submetidos à fritura, além dos controles estabelecidos para um tratamento térmico, devem-se instituir medidas que garantam que o óleo utilizado não constitua uma fonte de contaminação química do alimento preparado. Para tanto, a recomendação para a utilização dos óleos é: (A) aquecimento a temperaturas não superiores a 200°C, sendo imediatamente substituídos, sempre que houver alteração de coloração e formação intensa de fumaça; (B) armazenamento dentro do prazo de validade, em temperatura ambiente, sendo substituídos sempre que houver alteração evidente de coloração e aroma; (C) conservação a temperatura ambiente, sendo substituídos quando observadas alterações de coloração, aroma e sabor; (D) manutenção do óleo em condições de tempo e temperatura que não favoreçam a multiplicação microbiana e alterações físico-químicas e aquecimento a temperaturas não superiores a 210°C; (E) aquecimento a temperaturas não superiores a 180°C, sendo substituídos imediatamente, sempre que houver 168 alteração evidente de aroma, sabor e formação intensa de espuma e fumaça. 27. (EAOT, 2009) Durante a distribuição de refeições na modalidade balcão de self-service, a temperatura do balcão deve estar acima de: (A) 80°C. (B) 75°C. (C) 65°C. (D) 55°C. 28. (UERJ 2002) O uso de luvas descartáveis durante a manipulação de alimentos é um recurso bastante utilizado para diminuir a contaminação. A utilização destas luvas no processo é comprovadamente eficaz na seguinte etapa: (A) Preparo (B) Pré-preparo (C) Higienização (D) Montador de marmitas 29 (UERJ/2007) As matérias-primas utilizadas em cozinhas dietéticas precisam de rigoroso controle higiênico-sanitário em todas as etapas de produção, incluindo o transporte de produtos perecíveis. Sendo assim, recomenda-se que as temperaturas de conservação para transporte de alimentos refrigerados e congelados sejam em °C, respectivamente, de: (A) 4 a 6 e -18 a -15 (B) 6 a 10 e -10 a -12 (C) 0 a 4 e -8 a – 10 (D) 10 a 12 e - 6 a – 8 30. (UFRJ, 2009) Os procedimentos operacionais padronizados referentes às operações de higienização de instalações, equipamentos e móveis devem conter informações importantes, dentre as quais podem-se destacar: (A) natureza da superfície a ser higienizada e programade capacitação; (B) natureza da superfície a ser higienizada e método de higienização; (C) método de higienização e certificado de execução do serviço; (D) certificado de execução do serviço e princípio ativo selecionado; (E) princípio ativo selecionado e medidas preventivas. 31. (Queimados, 2003) No Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), um Ponto Crítico de Controle (PCC) se refere: (A) aos métodos e as técnicas a serem aplicadas para controlar (eliminar, prevenir ou reduzir a níveis aceitáveis) um perigo (B) às ações a serem adotadas quando um limite crítico é excedido (C) à operação em que se aplicam medidas preventivas para eliminar, prevenir ou reduzir o risco de ocorrência de algum problema para a saúde do consumidor (D) ao valor ou atributo que não deve ser excedido, caso contrário isso implicará em comprometimento da saúde dos consumidores (E) à coleta e ao registro ininterrupto de dados, observações ou mensurações que permitam avaliar se um perigo está sob controle 32. (CMB, 2005) As embalagens de matérias-primas representam uma barreira contra a contaminação por perigos em alimentos. Durante a manipulação de uma preparação, embalagens podem ser abertas sem que todo o produto seja utilizado. Dessa forma, o restante do produto deve ser: (A) acondicionado em recipiente adequado, identificando-se o nome do responsável pela manipulação do produto (B) acondicionado em recipiente adequado, identificando-se a data de abertura, a validade e o nome do produto (C) mantido na própria embalagem, identificando-se o nome do responsável pela manipulação do produto (D) mantido na própria embalagem, que deve ser fechada adequadamente (E) desprezado, já que não há como garantir sua integridade após aberto 33. (Petrobrás, 2005) O Procedimento Operacional Padronizado relativo à Higiene e Saúde do trabalhador deve descrever: (A) a condição de saúde dos trabalhadores (B) a freqüência de análise microbiológica das mãos de manipuladores (C) as etapas que são necessárias à utilização de EPI (D) as operações que são necessárias ao uso de luvas descartáveis (E) o programa de capacitação em higiene dos manipuladores 34. (Petrobrás, 2005) De acordo com Silva Jr. Para a preparação de uma solução sanitizante com 200 ppm, é necessário acrescentar uma quantidade de hipoclorito de sódio a 2,5% em cerca de um litro de água, igual em ml, a: (A) 6 (B) 8 (C) 10 (D) 12 (E) 14 35. (Petrobrás, 2006) De acordo com a RDC 216/2004, os serviços de alimentação devem dispor de manual de boas práticas e de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP). Os POP devem conter as instruções seqüenciais de operações e os registros de execução das atividades desenvolvidas. Esses registros devem ser guardados, a partir da data de preparação do alimento, por um período mínimo, em dias, de: (A) 10 (B) 20 (C) 30 (D) 45 (E) 60 169 36. (CMB, 2005) Os procedimentos operacionais padronizados (POPs) devem ser escritos de forma objetiva, além de estabelecer instruções seqüenciais para a realização de operações rotineiras e específicas na manipulação de alimentos. De acordo com a RDC 216/2004, os serviços de alimentação devem implantar POP relacionado a: (A) programa de recolhimento de alimentos (B) manejo de resíduos (C) manutenção preventiva e calibração de equipamentos (D) seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagens (E) higienização de reservatórios 37. (MS, 2005) Para garantir a segurança alimentar em serviços de alimentação, NÃO se recomenda: (A) que sejam instaladas telas milimetradas nas aberturas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos (B) que sejam utilizadas substâncias odorizantes e/ou desodorizantes nas áreas de preparação e armazenamento dos alimentos (C) que as luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos sejam protegidas contra explosão e quedas (D) que lavatórios exclusivos para higiene das mãos estejam disponíveis na área de manipulação (E) que o reservatório de água seja higienizado em um intervalo máximo de seis meses 38. (Pref. Niterói, 2002) Na higienização de utensílios, equipamentos e ambiente das cozinhas dietéticas devem ser utilizadas para desinfecção, soluções ativas de: (A) 100 ppm de Cl (B) 150 ppm de Cl (C) 200 ppm de Cl (D) 250 ppm de Cl 39. (Marica, 2003) A temperatura de conservação para carnes, que serão utilizadas dentro de vários dias, e para vegetais e frutas é de respectivamente: (A) -10ºC a -16ºC e 2C (B) -5ºC, -10ºC e 10C (C) -5ºC a -18ºC e 5C (D) -12ºC a -18ºC e 10C (E) -8ºC a -16ºC e 5C 40. (UFRJ, 2009) Segundo a Resolução-RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004, que dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação, os alimentos preparados, para sua conservação a quente, devem ser submetidos à seguinte temperatura e tempo, respectivamente: (A) superior a 60ºC por, no máximo, 6 horas; (B) 55ºC por, no máximo, 6 horas; (C) superior a 60ºC por, no mínimo, 5 horas; (D) 55ºC por, no mínimo,5 horas; (E) inferior a 60ºC por, no máximo, 6 horas. 41. (Prefeitura de Vassouras, 2007) A resolução RDC 216, de 15/09/2004, torna obrigatória a implantação dos seguintes procedimentos operacionais padrão (POP): I – higienização de instalações, equipamentos e móveis; II - controle integrado de pragas; III – higienização de reservatório; IV – higiene e saúde dos manipuladores As alternativas corretas são: (A) I, II, III e IV; (B) Apenas I, II e IV; (C) Apenas II, III e IV; (D) Apenas I, III e IV; (E) Apenas I, II e III. 42. (Prefeitura Bom Jardim, 2007) A relação tempo/temperatura de refrigeração para sobremesas, frios e laticínios manipulados, é de: (A) até 10 º C por 72 horas; (B) até 4º C por 24 horas; (C) até 6º C por 48 horas; (D) até 6º C por 24 horas; (E) até 8º C por 72 horas 43. (UFF, 2009) Segundo a RDC 216, de 15/09/04, da ANVISA, o alimento deve ser conservado sob refrigeração, congelamento ou a quente. A temperatura do alimento preparado deve ser reduzida de 60ºC (sessenta graus Celsius) a 10ºC (dez graus Celsius). A opção que apresenta as temperaturas em graus Celsius de conservação nas três condições, respectivamente, e o tempo indicado para o resfriamento adequado dos alimentos é: (A) =4ºC, = -18 e 3 horas; (B) =4ºC, = -18 e 2 horas; (C) = 8ºC, =-22 e 1 hora; (D) = 8ºC, =-22 e 3 horas; (E) =4ºC, = -18 e 2 horas. 44. (Câmara dos Deputados, 2007) Em relação ao uniforme do manipulador de alimentos, é INCORRETO afirmar: (A) É obrigatório o uso de luvas descartáveis na manipulação de alimentos prontos para o consumo. (B) Deve-se usar luvas de malha de aço para o corte de carnes. (C) É vedada a utilização de panos ou sacos plásticos para proteção do uniforme. (D) É permitido carregar no uniforme: escovinha, relógio e outros objetos necessários. (E) Os uniformes devem ser trocados, no mínimo, diariamente e usados exclusivamente nas dependências internas do estabelecimento. 170 45. (Câmara dos Deputados, 2007) O APPCC é um sistema: (A) de prevenção. (B) de fiscalização. (C) aplicável apenas nos processos de produção dos alimentos. (D) de inspeção. (E) individual de investigação. 46. (UFRJ, 2009) As condições higiênico-sanitárias em estabelecimentos produtores e prestadores de serviço em alimentação têm estreita relação com a organização do processo de produção, para os quais devem existir os devidos controles. Uma metodologia sistemática de identificação, avaliação e controle de perigo de contaminação de alimentos deve ser entendida como: (A) boas práticas de produção e de prestação de serviços na área de alimentos; (B) padrão de identidade e qualidade para produtos na área de alimentos; (C) padrão de identidade e qualidade para serviços na área de alimentos; (D) procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores dealimentos; (E) sistema de análise de perigos em pontos críticos de controle. 47. (Câmara dos Deputados, 2007) A periodicidade do controle de saúde dos funcionários de uma UAN de rotina deve ser: (A) mensal. (B) bimestral. (C) trimestral. (D) semestral. (E) anual. 48. (Prefeitura do Rio, 2008) A orientação adequada, para higienização dos frascos de mamadeiras em que foram acondicionadas fórmulas que não serão autoclavadas no lactário, é: (A) Enxaguar os frascos sujos em água quente, imergir os frascos em solução detergente, lavá-los um a um, enxaguar os frascos em água morna corrente, ferver os frascos por 10 minutos. (B) Enxaguar os frascos sujos em água fria, imergir os frascos em solução detergente, lavá-los um a um, enxaguar os frascos em água fria corrente, ferver os frascos por 5 minutos. (C) Enxaguar os frascos sujos em água quente, imergir os frascos em solução detergente com água a temperatura de 42ºC, lavá-los um a um, enxaguar os frascos em água fria corrente, ferver os frascos por 10 minutos. (D) Enxaguar os frascos sujos em água fria, imergir os frascos em solução detergente com água a temperatura de 42ºC, lavá-los um a um, enxaguar os frascos em água morna corrente, ferver os frascos por 10 minutos. 49. (UNIRIO, 2009) Um dos perigos potenciais do descongelamento de carnes e aves é a multiplicação de bactérias patogênicas. A ação corretiva mais adequada para evitar este problema é: (A) usar luvas descartáveis. (B) usar refrigeração abaixo de 4º C. (C) desprezar o alimento. (D) acelerar o tempo de degelo. (E) descongelar o alimento em água corrente. 50. (UNIRIO, 2009) As embalagens de matérias-primas representam uma das formas de proteção contra a contaminação de alimentos. Além disso, elas contêm informações importantes sobre o produto. Nos processos de pré-preparo e preparo de refeições, embalagens podem ser abertas sem que todo o conteúdo seja utilizado. Nesses casos, o restante do produto deve ser: (A) desprezado, à medida que não há como garantir a integridade do produto, após a violação da embalagem. (B) mantido na embalagem original que deve ser lacrada até o próximo uso. (C) acondicionado em recipiente adequado, identificando- se o nome do manipulador de alimentos e nome do produto. (D) acondicionado em recipiente adequado, identificando- se o nome e marca do produto. (E) acondicionado em recipiente adequado, identificando- se a data de abertura, nome e validade do produto. 51. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Após análise de uma salsicha de peru comercializada no mercado varejista, verificou-se a presença de 3% de soja transgênica. De acordo com a legislação vigente, esse produto (A) deve conter a informação da presença de soja transgênica no rótulo. (B) pode apresentar, no máximo, 5% de proteína vegetal. (C) pode apresentar, no máximo, 10% de proteína vegetal. (D) não pode apresentar soja transgênica. (E) não tem obrigação de informar a presença de soja transgênica no rótulo. 52. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Os desinfetantes apresentam, em sua composição, substâncias que têm efeito letal para micro-organismos.Qual desinfetante utilizado para higiene ambiental apresenta a desvantagem de permitir que as bactérias adquiram resistência e se multipliquem em soluções diluídas? (A) Quaternário de amônia. (B) Iodo. (C) Cloro. (D) Clorexidina. (E) Ácido peracético. 53 (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) A higienização de hortaliças que serão consumidas cruas é fundamental para reduzir a carga microbiana do alimento. A utilização de 8 ml de hipoclorito de sódio a 2,5% em 1 litro de água caracteriza uma solução com uma concentração, em ppm, igual a: 171 (A) 100 (B) 150 (C) 200 (D) 250 (E) 300 54. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Os serviços de alimentação devem dispor de Manual de Boas Práticas, de acordo com a legislação vigente. Esse documento, que deve estar acessível aos funcionários, tem, como objetivo (A) estabelecer os procedimentos higiênico-sanitários que devem ser adotados pelo serviço de alimentação. (B) estabelecer as instruções sequenciais para a realização de operações rotineiras de manipulação de alimentos. (C) estabelecer padrões microbiológicos e sanitários para alimentos. (D) identificar, avaliar e controlar perigos significativos para a inocuidade de alimentos. (E) descrever os procedimentos higiênico sanitários realizados pelo estabelecimento. 55. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Os serviços de alimentação devem implantar os Procedimentos Operacionais Padronizados relacionados ao controle integrado de vetores e pragas urbanas, que devem contemplar (A) a descrição da edificação, do mobiliário e dos equipamentos do serviço de alimentação. (B) as medidas preventivas destinadas a impedir a atração de vetores e pragas urbanas. (C) as medidas de higiene ambiental, para reduzir os resíduos de alimentos em superfícies. (D) os laudos de análise da higienização do reservatório de água . (E) os procedimentos de higienização dos coletores de resíduos. 56. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Para assegurar a qualidade higiênico-sanitária, as normas de procedimentos que devem ser adotados durante a preparação dos alimentos, em serviços de alimentação, são estabelecidas pela legislação. Qual procedimento é considerado adequado? (A) A cocção a 70 ºC no centro geométrico do alimento é obrigatória para garantir a eliminação de micro- organismos. (B) A temperatura deve passar de 60 ºC para 10 ºC em até 2 horas durante o resfriamento do alimento. (C) O descongelamento dos alimentos pode ser feito sob água corrente fria desde que o alimento seja mantido dentro da própria embalagem. (D) O prazo máximo de consumo de alimentos preparados e mantidos sob refrigeração é de 48 horas. (E) Os óleos de fritura não devem ser aquecidos em temperaturas superiores a 160 ºC. 57. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) O sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle APPCC é uma ferramenta de controle de produtos alimentícios que tem por objetivo garantir a qualidade do produto, caracterizando-se por (A) apresentar base científica. (B) ter caráter corretivo. (C) corrigir falhas na implantação das boas práticas. (D) apresentar risco zero de contaminação dos alimentos. (E) ser aplicado em apenas uma etapa do processo produtivo. 58. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) A etapa de antissepsia deve ser realizada após a lavagem das mãos com água e sabão, sendo o álcool a 70% o antisséptico mais utilizado nessa etapa. A diluição do álcool em água, na concentração de 70%, tem por finalidade: (A) aumentar o poder bactericida do álcool. (B) aumentar o tempo de contato do álcool com as mãos. (C) evitar a descamação das mãos dos manipuladores de alimentos. (D) evitar que os manipuladores contaminem o alimento com perigo químico. (E) reduzir o custo, pois o poder bactericida continua o mesmo após a diluição. 59. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Manipuladores de alimentos devem evitar falar, tossir e cantar sobre os alimentos, pois as gotículas de saliva podem carrear microrganismos patogênicos. Com relação a isso, a utilização de máscaras, em serviços de alimentação (A) é recomendada durante a fase de preparo dos alimentos. (B) é recomendada apenas para os manipuladores de alimentos que apresentam bigodes. (C) é obrigatória durante todo o processo produtivo, segundo a legislação federal vigente. (D) não é recomendada, pois pode aumentar a contaminação após 30 minutos de uso. (E) não é recomendada, devido ao elevado custo das máscaras. 60. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) A higiene de vegetais folhosos que serão ingeridos crus é fundamental para reduzir a carga microbiana inicial do alimento. Nesse processo deve-se lavar a folha em água corrente, seguido de imersão por (A) 10 minutos em solução clorada entre 250 e 300 ppm. (B) 15 minutosem solução clorada entre 150 e 200 ppm e enxágue em água potável. (C) 30 minutos em solução clorada entre 150 e 200 ppm e enxágue em água potável. (D) 20 minutos em solução clorada entre 250 e 300 ppm e enxágue em água filtrada. (E) 10 minutos em solução clorada entre 100 e 150 ppm. 61 (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Os desinfetantes são formulações que têm, em sua composição, substâncias microbicidas. Ao utilizar produtos para a desinfecção ambiental, deve-se considerar que: (A) a utilização de iodóforos pode deixar resíduos de iodono ambiente. (B) a clorexidina pode deixar resíduos tóxicos na superfície. (C) o cloro não é inativado por matéria orgânica. (D) o quaternário de amônia não precisa ser enxaguadoapós sua aplicação. 172 (E) os fluidos de pinho apresentam alta atividade antimicrobiana. 62. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) A água potável deve estar em conformidade com o padrão microbiológico estabelecido pela legislação específica, que considera que: (A) água para consumo humano deve ter ausência em 100 ml de coliformes a 35 oC. (B) água tratada é aquela fervida por, no mínimo, 1 minuto. (C) água tratada é aquela clorada com, no mínimo 1,0 mg/dl de hipoclorito de sódio. (D) água da rede de abastecimento é considerada segura para o consumo. (E) caixas-d’água devem ser higienizadas, no mínimo, a cada 4 meses. 63. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Conforme a legislação federal vigente, o responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos em serviço de alimentação deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação, que aborde o tema (A) Boas práticas. (B) Análise de perigos. (C) Procedimentos operacionais padronizados. (D) Controle integrado de pragas. (E) Identificação de Pontos Críticos de Controle. 64. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Após serem submetidos à cocção, os alimentos preparados devem ser mantidos em condições de tempo e temperatura que não favoreçam à multiplicação microbiana. Para a conservação a quente, a legislação federal vigente preconiza que os alimentos devem ser mantidos à temperatura: (A) igual a 60 oC por, no máximo, 6 horas. (B) igual a 60 oC por, no máximo, 3 horas. (C) superior a 60 oC por, no máximo, 6 horas. (D) superior a 60 oC por, no máximo, 3 horas. (E) superior a 60 oC por, no máximo, 2 horas. 65. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Os Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) relacionados à higiene e saúde dos manipuladores devem conter, no mínimo, algumas informações indispensáveis para garantir a saúde dos funcionários responsáveis pelo preparo dos alimentos, como os descritos abaixo. I – Princípios ativos dos produtos usados na lavagem e antissepsia das mãos dos manipuladores. II – Medidas adotadas nos casos em que os manipuladores apresentem lesão nas mãos. III – Descrição do programa de capacitação dos manipuladores de alimentos em higiene. É(São) informação(ões) que deve(m) ser contemplada(s) no POP (A) I, somente. (B) II, somente. (C) I e II, somente. (D) II e III, somente. (E) I, II e III. 66. (PMERJ, 2010) Leia as afirmativas abaixo, com relacao a legislacao vigente que dispoe sobre Regulamento Tecnico de Boas Praticas para Servicos de Alimentacao. Marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas. I. ( ) Os funcionarios responsaveis pela atividade de higienizacao das instalacoes sanitarias devem utilizar uniformes apropriados e diferenciados daqueles utilizados na manipulacao de alimentos. II. ( ) Os oleos e gorduras utilizados devem ser aquecidos a temperaturas não superiores a 180oC (cento e oitenta graus Celsius), sendo substituídos imediatamente sempre que houver alteracao evidente das características fisico-quimicas ou sensoriais. III. ( ) Para alimentos congelados, antes do tratamento termico deve-se proceder ao descongelamento em refrigeracao a temperatura superior a 5oC (cinco graus Celsius). IV. ( ) O reservatorio de agua deve ser higienizado, em um intervalo Maximo de seis meses e devem ser mantidos os registros desse procedimento. Assinale a alternativa correta. (A) V, V, V, F. (B) F, V, V, F. (C) V, V, F, V. (D) V, F, F, V. 67. (PMERJ, 2010) De acordo com a Resolucao RDC 216, de 15 de setembro de 2004, os servicos de alimentacao devem implementar os Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) relacionados abaixo, EXCETO: (A) higienizacao de instalacoes, equipamentos e moveis. (B) controle integrado de vetores e pragas urbanas. (C) higiene e saude dos manipuladores. (D) programa de recolhimento de alimentos. 68. (PMERJ, 2010) Leia atentamente as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta. I. As Boas Praticas de Manipulacao e os Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) constituem o programa de prerequisitos basicos para a implantacao do sistema de Analise de Perigos e Pontos Criticos de Controle (APPCC). II. Os POPs (Procedimentos Operacionais Padronizados) englobam o controle higienico das operacoes e referem-se ao controle da contaminacao. III. As Boas Praticas de Manipulaca englobam o controle sanitario dos alimentos e referem--se ao controle da sobrevivencia e multiplicacao dos perigos biologicos. (A) Apenas as assertivas I, II e III estao corretas. (B) Apenas as assertivas I e III estao corretas. (C) Apenas as assertivas I e II estao corretas. (D) Apenas as assertivas II e III estao corretas. 173 69. (PMERJ, 2010) Varias sao as justificativas que tornam seguro o sistema Analise de Perigos e Pontos Criticos de Controle (APPCC), EXCETO: (A) E baseado em dados epidemiológicos sobre a causa das doencas. (B) Proporciona a correcao de problemas detectados durante o processo produtivo. (C) O controle e focado nas operacoes criticas, essenciais para a seguranca do alimento. (D) E especifico para o grupo de preparações de alimentos. 70. (PMERJ, 2010) No Sistema Analise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), uma sequencia correta de principios deve ser seguida. Apos a determinacao dos limites criticos dos Pontos Criticos de Controle (PCC) devem-se estabelecer os procedimentos de (A) monitoramento, acoes corretivas, registros e verificacao. (B) acoes corretivas, monitoramento, registros e verificacao. (C) verificacao, monitoramento, ações corretivas e registros. (D) monitoramento, registros, acoes corretivas e verificacao. 71. (PMERJ, 2010) Com relacao aos Pontos Criticos de Controle (PCCs) do sistema Analise de Perigos e Pontos Criticos de Controle (APPCC), assinale a alternativa correta. (A) Nao sao produtos e processos especificos. (B) E fundamentado nos criterios de segurança em relacao ao tempo, temperatura, pH, AA (atividade de agua), higiene pessoal, ambiental e dos alimentos. (C) E definido como todos os locais ou situacoes onde podem estar presentes os perigos. (E) So pode ser utilizado para controlar um perigo. 72. (PMERJ, 2010) Leia atentamente as assertivas abaixo com relacao as Boas Praticas de Manipulacao e assinale a alternativa correta. I. O manual de Boas Praticas de Manipulação pode ser igual para mais de um estabelecimento, pois trata-se de um descritivo dos procedimentos técnicos implantados conjuntamente com os POPs (Procedimentos Operacionais Padronizados). II. As Boas Praticas sao normas de procedimentos para atingir um determinado padrao de identidade e qualidade (PIQ) de um produto e/ou servico na area de alimentos. III. A eficacia e a efetividade das Boas Praticas devem ser avaliadas atraves de uma inspecao e/ou investigacao. (A) Apenas as assertivas I, II e III estão incorretas. (B) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. (C) Apenas as assertivas I e II estão corretas. (D) Apenas as assertivas II e III estao corretas. 73. (DEGASE,2012) Para se obter a eliminação de cerca de 100% de E.coli das verduras deve-se proceder à seguinte operação: 1- lavar folha a folha em água corrente 2- mergulharas folhas em água a 100o C por 5 minutos 3- imergir a folha em hipoclorito de sódio a 200 ppm por 15 minutos 4- coccionar todas as folhas 5- imergir a folha em vinagre a 2% por 15 minutos As etapas corretas são: A) 1, 2 e 3 B) 1, 3 e 4 C) 1, 2 e 4 D) 1, 3 e 5 E) 2, 3 e 4 74- O nutricionista ao realizar o monitoramento no procedimento de higienização dos vegetais observou uma não conformidade. Ele identificou que o manipulador deixou o agrião imerso 15 minutos em solução: (A) de vinagre a 2% (B) clorada a 200 ppm (C) com hipoclorito de sódio a 150 ppm (D) clorada reaproveitada na concentração de 150 ppm 75 – (UERJ 2014) O nutricionista de controle de qualidade de um restaurante universitário precisa implementar as Boas Práticas e os Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) em sua unidade. Como se trata de um trabalho extenso que envolve muitos aspectos, ele resolveu iniciar pelos quatro POPs exigidos pela RDC n° 216/2004 que são: a) higienização de instalações e equipamentos; manutenção preventiva e calibração de equipamentos; higienização do reservatório de água potável; higiene e saúde dos manipuladores b) higienização de instalações e equipamentos; controle integrado de vetores e pragas; higienização do reservatório de água potável; higiene e saúde dos manipuladores c) manejo de resíduos; higienização do reservatório de água potável; controle integrado de vetores epragas; manutenção preventiva e calibração de equipamentos d) controle integrado de vetores e pragas; higiene e saúde dos manipuladores; manejo de resíduos; higienização do reservatório de água potável 76- (UERJ 2014) A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a alta proporção de enfermidades causadas por alimentos contaminados constitui um dos problemas sanitários mais difundidos no mundo. A situação mais frequente e apontada como causa das enfermidades de origem alimentar é: a) dessalgar alimentos através de fervura b) descongelar alimentos em geladeira a 4°C c) distribuir alimentos quentes abaixo de 60°C por 3h d) consumir alimentos cozidos à temperatura ambiente 174 77 - O dessalgue consiste na etapa em que as carnes salgadas são submetidas à retirada do sal sob condições seguras. Com relação a essas condições, assinale a opção correta. (A) As trocas de água são realizadas no máximo a 31°C. (B) A retirada do sal pode ser feita através da fervura em solução básica com a concentração diferente da concentração do produto. (C) O dessalgue deve ser feito em temperatura ambiente. (D) Realizar o dessalgue sempre em água corrente. (E) O dessalgue pode ser feito em água sob refrigeração de até 4°C. 78 - Com relação aos utensílios e equipamentos utilizados durante o processamento dos alimentos, aqueles que podem ser classificados como de baixo e de alto risco de causar DTAs (Doenças Transmitidas por Alimentos) são, respectivamente: (A) Cortador de frios e moedor de carne (B) Moedor de carne e batedeira (C) Batedeira e utensílios de mesa (colheres, copos de vidro) (D) Utensílios de mesa (colheres, copos de vidro) e cortador de frios (E) Placas de propileno e batedeira 79 - No preparo de frituras, em Unidade de Alimentação e Nutrição, devem-se utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) indicados para essas atividades dentre os quais podem ser citados: (A) Avental de PVC, luva de malha de aço e óculos de segurança. (B) Avental antichama, mangote de lona e óculos de segurança (C) Avental de PVC, luvas e botas de PVC (D) Avental antichamas, luvas e botas de PVC (E) Luva de malha de aço, mangote de lona e óculos de segurança 80- Com relação aos três tipos de portos críticos de controle (PCC), que existem no sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), assinale a opção correta, (A) O PCCp possui efeito bactericida para microrganismos na forma vegetativa. (B) O PCCe possui efeito bacteriostático para microrganismos patogênicos. (C) O cozimento, a fervura e a pasteurização são exemplos de PCCp. (D) O PCCr retarda a multiplicação dos microrganismos e reduz a quantidade dos mesmos. (E) A lavagem e a desinfecção do ambiente são exemplos PCCe. Gabarito 1 C 2 B 3 A 4 A 5 B 6 D 7 C 8 B 9 D 10 A 11 B 12 D 13 B 14 B 15 A 16 A 17 A 18 B 19 A 20 D 21 B 22 A 23 A 24 C 25 B 26 E 27 A 28 D 29 A 30 B 31 C 32 B 33 E 34 B 35 C 36 E 37 B 38 D 39 D 40 A 41 A 42 C 43 E 44 D 45 A 46 E 47 E 48 D 49 B 50 E 51 A 52 A 53 C 54 E 55 B 56 B 57 A 58 B 59 D 60 B 61 A 62 D 63 A 64 C 65 E 66 C 67 D 68 C 69 D 70 A 71 B 72 D 73 D 74 A 75 B 76 D 77 E 78 D 79 B 80 D