Buscar

Aula 04 ADM II Novo Desapropriação 2ª parte

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO DE EXTENSÃO
Ocorre quando o Estado desapropria um bem imóvel deixando apenas uma área remanescente inaproveitável isoladamente, de modo que, surge para o proprietário o direito de extensão, ou seja, o proprietário tem o direito de pleitear a inclusão da área restante no total da indenização.
Esclareça-se que, o pedido de extensão deve ser formulado durante a fase administrativa ou judicial, não se admitindo sua formulação após a consumação da desapropriação.
DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA
De acordo com o art. 4º do Decreto-Lei 3365/41, a desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em conseqüência da realização do serviço.
Art. 4o  A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço. Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as indispensaveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda. 
Vejam que, a desapropriação alcançará área além da necessária para realização da obra, sendo que a lei exige que o decreto expressamente disponha sobre sua razão, discriminando, inclusive, que parcela da desapropriação é feita para obra e qual parcela do terreno em que a desapropriação é feita por zona. Sendo assim, pode acontecer » para posterior extensão da obra e também no caso do estado entender que haverá uma supervalorização dos terrenos vizinhos.
Obs* - A segunda hipótese, praticamente, configura verdadeira especulação imobiliária, motivo pelo qual é muito criticada pela doutrina.
RETROCESSÃO
Retrocessão é a reversão do procedimento expropriatório devolvendo-se o bem ao antigo dono se não lhe for atribuída uma destinação pública.
O instituto, atualmente, vem disciplinado no art. 519 do Código Civil, segundo o qual: “Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa.”
A propósito, bastante controvertida é a natureza jurídica da retrocessão... parte da doutrina defende ser um direito real, a outra parte sustenta tratar-se de um direito pessoal.
Os defensores da natureza real sustentam que a retrocessão consistiria no direito de “reivindicar o bem” uma vez que a desapropriação somente pode ser considerada legítima se a mesma obedece aos ditames da Constituição.
A outra corrente tem defendido tratar-se a retrocessão de direito pessoal seguindo o enquadramento que o Código Civil (capítulo dos direitos pessoais) dá ao instituto. Sendo assim, se o Estado não der a destinação pública ao bem o direito do expropriado resolver-se-á em perdas e danos, uma vez que, os bens incorporados ao patrimônio público não podem ser objeto de reivindicação.
Atenção! Em provas objetivas, devemos optar pela natureza pessoal da retrocessão. Já numa questão discursiva, o melhor caminho é falar da controvérsia e se posicionar conforme entendimento da banca.
FASES DA DESAPROPRIAÇÃO
Fase Declaratória
Inicia-se com a expedição do decreto expropriatório ou com a publicação da lei expropriatória. Normalmente, a desapropriação instaura-se com a expedição do decreto expropriatório pelo chefe do executivo.
Aqui, percebam que o bem ainda é de propriedade do particular, no entanto a expedição do decreto produz os seguintes efeitos:
I) submete o bem a um regime jurídico especial;
II) declara a destinação pretendida para o objeto expropriado;
III) fixa o estado da coisa para fins de indenização, de modo que qualquer melhoria ou construção realizada no bem após a declaração não será indenizada, ressalvadas as benfeitorias necessárias e úteis.
Súmula 23 do STF »“Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede a declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na indenização, quando a desapropriação for efetivada.”
IV) autoriza o ingresso do estado no bem para fazer medições e avaliações;
V) serve de marco para contagem do prazo de caducidade (prazo que o Estado tem para promover efetivamente a desapropriação), uma vez que o cidadão não pode ficar, por prazo indeterminado, sujeito à força expropriante do Estado. Tal prazo varia de acordo com a natureza da declaração expropriatória.
» Na hipótese de desapropriação por necessidade ou utilidade pública: prazo de 5 anos.
» Na hipótese de desapropriação por interesse social: prazo de 2 anos.
Obs* - Decorridos tais prazos, a desapropriação não poderá ser executada. No entanto, o Estado poderá realizar nova declaração, decorrido o prazo de 1 ano (prazo de carência).
Fase Executória
Após manifestar o interesse no imóvel, por meio da expedição do decreto expropriatório, na seqüência, temos a “fase executória”, na qual o Poder Expropriante passa tomar as medidas concretas para a incorporação do bem ao domínio público.
Isso pode acontecer na esfera administrativa, mediante acordo entre o Poder Público e o proprietário, quando este aceita o valor ofertado pelo Estado a título de indenização.
Bem como pode acontecer na esfera judicial, por meio da Ação de Desapropriação, que será proposta pelo Poder Público, sempre que não houver acordo em relação ao valor da indenização.
A ação segue rito especial, no qual a matéria de contestação é restrita. No mérito, apenas pode se discutir o valor indenizatório (art. 20 do DL 3365/41).
Obs* - Vícios processuais também poderão ser analisados como matéria de defesa.
Nos termos do art. 9º do DL 3365/41 é vedado ao Judiciário avaliar se está configurada, ou não, necessidade, utilidade pública ou interesse social.
Obs* - Havendo vício de legalidade no ato de desapropriação, o judiciário até poderá analisá-lo, mas isso deverá ser feito numa outra ação autônoma.
O pólo ativo da demanda será ocupado pela entidade pública que atuou como poder expropriante, podendo ser a União, Estado, Município, Autarquia. Pode ser também uma Fundação Pública, Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista (Concessionários e Permissionários » desde que haja autorização legal ou contratual para promover a desapropriação). 
Obs* - O MP atua como custos legis nas ações de desapropriação.
Como na Ação de Desapropriação, a matéria discutida se restringe ao valor da indenização... a lei permite que o ente expropriante requeira a imissão provisória na posse, para tanto deverá cumprir dois requisitos » declaração de urgência e depósito do valor incontroverso da indenização, em juízo.
A alegação de urgência, que não pode ser renovada, obriga o expropriante a requerer a imissão provisória na posse dentro do prazo de 120 dias.
O proprietário do bem tem o direito de levantar até 80% do depósito e depois continuar discutindo o valor da indenização.
Obs* - Caso o expropriante levante a integralidade do depósito (ao invés de 80% apenas), presumir-se-á aceito o valor e assim teremos um acordo judicial, que será homologado com a sentença.
Sentença » estabelecerá o valor da indenização devido ao expropriado, de modo que, o valor acrescido, em relação ao anteriormente depositado, trata-se de decisão judicial e, como tal, será pago por meio de “precatório”.
Obs* - Com a prolação da sentença a parte remanescente do depósito feito inicialmente, ou seja, o equivalente aos 20%, podem ser levantados.
Correção Monetária 
Cabível para fins de atualização da moeda, como forma de se evitar perdas em razão do próprio decurso do tempo e consequentemente os efeitos da inflação.
Incidirá sobre o valor que não foi levantado, bem como, a correção deve observar os índices oficiais que reflitam a inflação do período (ADI 4425).
Juros compensatórios
Visa compensar o expropriado pelo fato de ter perdido a posse do bem antes de receber a indenização justa.
Incide apartir da data da imissão provisória na posse efetivada pelo ente estatal.
Segundo Súmula 408 do STJ: Nas ações de desapropriação, os juros compensatórios incidentes após a Medida Provisória 1.577/97, devem ser fixadas em 6% ao ano até 13/09/2001 e, a partir de então, em 12% ao ano, na forma da Súmula 618 do STF.
Juros Moratórios
São devidos em razão da demora no cumprimento da decisão judicial.
Incide a partir de primeiro de janeiro do ano seguinte àquele em que o precatório deveria ter sido pago no percentual de 6% ao ano sobre o valor que não foi automaticamente levantado pelo proprietário (Art. 15-B, Decreto-lei 3.365/41; Súmula Vinculante 17).
Atenção! Quanto à cumulação de juros, recente entendimento do STJ (contrário à Súmula 12), é no sentido de que não é admissível a cumulação de juros moratórios e compensatórios, ainda que incidam na mesma ação de desapropriação, haja vista que incidem em fases diferentes: os juros compensatórios têm incidência até a data da expedição de precatório, enquanto que os moratórios somente incidirão se o precatório não for pago no prazo legal.

Outros materiais