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RESENHA CRITICA De preliminar vale ressaltar as primeiras questões sobre o que é alienação fiduciária para que serve e as vantagens conforme citada por Revista Creditas. Cumpre salientar que de acordo a doutrina alienação fiduciária é o recurso que permitiu a prática do empréstimo com garantia no Brasil, já que a hipoteca ficou obsoleta devido às barreiras legais. Por se tratar de um processo menos burocrático, a alienação é interessante para o cliente que procura um empréstimo com juros mais baixos e para as instituições financeiras, que conseguem conduzir a operação de maneira mais prática. é o mesmo que transferir a propriedade de um bem. Então, a alienação fiduciária é um recurso por meio do qual alguém transfere um bem para transmitir confiança. Para que serve a alienação fiduciária? O modelo de alienação fiduciária foi criado para substituir a hipoteca nas operações com bens em garantia por ser mais simples. A novidade diminuiu o risco de inadimplência para as instituições financeiras e isso se transformou em melhores condições de pagamento para os clientes. Quais são as suas vantagens? A alienação fiduciária pode ajudar o consumidor a conseguir juros mais baixos e economizar na hora de escolher o seu empréstimo. Com o dinheiro, o cliente pode investir em um negócio, quitar dívidas, reformar um imóvel ou realizar algum sonho, como estudar no exterior. Na decisão dos ministros reflete a tese do adimplemento substancial não pode ser aplicada nos casos de alienação fiduciária, segundo decisão). Ou seja, mesmo que o comprador de um bem tenha pago a maior parte das parcelas previstas em contrato, ele tem de honrar o compromisso até o final, com sua total quitação. Sem isso, o credor pode ajuizar ação de busca e apreensão do bem alienado para satisfazer seu crédito. Sabe se que a teoria do adimplemento substancial não é prevista expressamente em lei e decorre de interpretação extensiva de dispositivos do Código Civil. Por isso, a tese não pode se sobrepor à lei especial que rege a alienação fiduciária, por violação à regra de que lei especial prevalece sobre lei geral. A questão da inadiplencia no caso, não é insignificante e que a aplicação da tese no direito de ação do credor previsto em lei e viola os princípios da função social do contrato e da boa-fé . “A aplicação dessa tese com intuito de impedir o exercício do direito de se ingressar com a ação de busca e apreensão terá como efeito imediato o surgimento de um risco até então inexistente: a perda da eficácia conferida ao instrumento da alienação fiduciária. Esse risco afetará as taxas de juros e atingirá toda a coletividade. Em outras palavras, privilegiam-se os devedores que não honram suas obrigações e prejudica-se o restante da coletividade”, dizem os advogados. A tese recursal destacou, também, a existência de precedentes do STJ que confirmam a inaplicabilidade da tese do adimplemento substancial nas hipóteses em que o devedor fiduciário deixa de cumprir com o pagamento integral da dívida. TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL Outrossim relata-se que em um contrato, se uma parte descumpre a sua obrigação, a parte credora terá, em regra, duas opções, poderá exigir o cumprimento da prestação que não foi adimplida; ou pedir a resolução (“desfazimento”) do contrato. Além disso, tanto em um caso como no outro, ela poderá também pedir o pagamento de eventuais perdas e danos que comprove ter sofrido. Isso está previsto no art. 475 do Código Civil: Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. A teoria do adimplemento substancial tem por objetivo mitigar o que foi explicado acima. Segundo essa teoria, se a parte devedora cumpriu quase tudo que estava previsto no contrato (ex: eram 48 prestações, e ela pagou 46), então, neste caso, a parte credora não terá direito de pedir a resolução do contrato porque, como faltou muito pouco, o desfazimento do pacto seria uma medida exagerada, desproporcional, injusta e violaria a boa-fé objetiva. Desse modo, havendo adimplemento substancial (adimplemento de grande parte do contrato), o credor teria apenas uma opção: exigir do devedor o cumprimento da prestação (das prestações) que ficou (ficaram) inadimplida(s) e pleitear eventual indenização pelos prejuízos que sofreu. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA Conceito “A alienação fiduciária em garantia é um contrato instrumental em que uma das partes, em confiança, aliena a outra a propriedade de um determinado bem, ficando esta parte (uma instituição financeira, em regra) obrigada a devolver àquela o bem que lhe foi alienado quando verificada a ocorrência de determinado fato.” (RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito Empresarial Esquematizado. São Paulo: Método, 2012, p. 565). Regramento O Código Civil de 2002 trata de forma genérica sobre a propriedade fiduciária em seus arts. 1.361 a 1.368-B. Existem, no entanto, leis específicas que também regem o tema que é alienação fiduciária envolvendo bens imóveis: Lei nº 9.514/97; e alienação fiduciária de bens móveis no âmbito do mercado financeiro e de capitais: Lei nº 4.728/65 e Decreto-Lei nº 911/69. É o caso, por exemplo, de um automóvel comprado por meio de financiamento bancário com garantia de alienação fiduciária. Sendo portando de acordo com para o provimento ao recurso especial para reconhecer a existência de interesse de agir do demandante em promover ação de busca e apreensão, independentemente da extensão da mora ou da proporção do inadimplemento, determinando o retorno dos autos à origem, e o prosseguimento do feito tal como proposto (ação de busca e apreensão), nos termos do voto do Sr. Ministro Marco Aurélio Bellizze, que lavrará o acórdão INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA E PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO A incorporação imobiliária é “a atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção, para alienação total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas de unidades autônomas” (artigo 28, parágrafo único, da Lei n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964). Ambos podem antever de imediato os benefícios patrimoniais que receberão em troca das respectivas prestações O contrato de incorporação imobiliária é formal, porque deve ser celebrado por escrito, mas não necessariamente exige instrumento público. Só se exigirá escritura pública quando através do próprio contrato o incorporador vender a fração ideal de terreno a que vinculada futura unidade autônoma, a der em permuta, em novação, em dação em pagamento, e o valor do imóvel superar trinta salários mínimos (artigo 108 do Código Civil) (SILVA, 2010, p. 50). Aqui já se identifica uma possível fonte de crise para os contratos de incorporação. Eles têm natureza instrumental para a aquisição da propriedade. São contratos, mas tem destino na aquisição de um direito real. Há aqui uma linha tênue que diferencia a transitoriedade típica e inegável das obrigações e dos contratos para a perenidade da relação real típica de propriedade via incorporação imobiliária. Pode-se dizer que a incorporação imobiliária se compõe de elementos formais, objetivos e subjetivos. Os elementos subjetivos são o incorporador e os adquirentes dessas unidades autônomas. O elemento objetivo corresponde às frações ideais de terreno vinculadas a futuras unidades autônomas em edifíciosa serem construídos, ou em construção. Os elementos formais englobam desde o registro da incorporação no Registro de Imóveis até a averbação da construção e o registro da instituição do condomínio edilício (SILVA, 2010, p. 29-30). Elementos subjetivos O incorporador imobiliário é a pessoa física ou jurídica que, independentemente de promover ou não a construção, vende ou promete vender frações ideais de terreno objetivando a vinculação delas a futuras unidades autônomas, em edificações ou conjunto de edificações a construir ou já em construção, ou que meramente aceita proposta para efetivar tais transações, levando a termo a incorporação e se responsabilizando pela entrega, a certo prazo e condições, da obra concluída (artigo 29 da Lei n. 4.591/64). Só pode ser incorporador o proprietário ou titular de direitos à aquisição do imóvel (promitente comprador, promitente permutante ou cessionário destes), o construtor ou o corretor de imóveis (MEZZARI, 2010, p. 88). O incorporador ainda, pessoalmente ou mediante terceiro em seu nome, solicita e obtém dos órgãos públicos as aprovações e licenças necessárias; negocia com instituição financeira a obtenção de financiamento para cobrir os custos do empreendimento. Em suma A partir das relações negociais imobiliárias , é possível a verificação do retorno à aquisição de imóveis incorporados ainda na planta, ou seja, em fase de construção. Com a exposição anterior, percebe-se que o instituto do Patrimônio de Afetação proporcionou incremento da segurança, para o promitente comprador, na aquisição de um imóvel proveniente de incorporação, constatado da normalidade do mercado imobiliário. Esses novos direitos relacionados pela alteração de Lei nº 10.931/04 relativizaram o direito real de hipoteca nas relações contratuais entre incorporador e agente financeiro. Apesar da hipoteca apresentar como característica o efeito erga omnes, o entendimento jurisprudencial aponta outra realidade, em que este direito só pode ser exercido contra o incorporador e não contra o adquirente de uma das unidades autônomas Também nesta linha, percebe-se o incremento na segurança ao promitente comprador em casos que o patrimônio da incorporação é afetado, pois mesmo em casos de execuções contra o incorporador ou até de falência, são garantidos as instalações e insumos (presentes no canteiro de obras) para a continuidade da em casos, os quais a Comissão de Representantes assim decida Há na Jurisprudência interessante tratamento, no caso de continuidade, admitindo, mesmo em face da Lei nº 4.591/64, a exclusão do patrimônio da incorporadora falida e sua transferência aos adquirentes de unidades, viabilizando a continuidade das obras e assegurando a funcionalidade do contrato de incorporação. Isso reforça o objetivo teleológico da jurisprudência em preservar, o máximo possível, as possibilidades aos adquirentes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Sistema Financeiro Da Habitação. Casa própria. Execução. Hipoteca em favor do financiador da construtora. Terceiro promissário comprador. Embargos de terceiro. - Procedem os embargos de terceiros opostos pelos promissários compradores de unidade residencial de edifício financiado, contra a penhora efetivada no processo de execução hipotecária promovida pela instituição de crédito imobiliário que financiou a construtora. - O direito de crédito de quem financiou a construção das unidades destinadas à venda pode ser exercido amplamente contra a devedora, mas contra os terceiros adquirentes fica limitado a receber deles o pagamento das suas prestações, pois os adquirentes da casa própria não assumem a responsabilidade de pagar duas dívidas, a própria, pelo valor real do imóvel, e a da construtora do prédio. Recurso conhecido e provido. REsp. 187.940-SP, 4ª Turma, Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, julgado em 18-2-1999, DJ de 21-6-1999 __LEI Nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias. Brasília. Publicado no DOU de 21.12.1964 e retificado no DOU de 1.2.1965. Superior Tribunal de Justiça. PROCESSUAL CIVIL E IMOBILIÁRIO. INCORPORAÇÃO. FALÊNCIA ENCOL. TÉRMINO DO EMPREENDIMENTO. COMISSÃO FORMADA POR ADQUIRENTES DE UNIDADES. CONTRATAÇÃO DE NOVA INCORPORADORA. POSSIBILIDADE. SUB-ROGAÇÃO DA NOVA INCORPORADORA NOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DA ENCOL. INEXISTÊNCIA. SISTEMÁTICA ANTERIOR ÁS ALTERAÇÕES IMPOSTAS À LEI Nº 4.591/64 PELA LEI Nº 10.931/04.
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