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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA ÓSSEO E MÚSCULAR

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Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA ÓSSEO 
— O Sistema Esqueletico vem das células do mesoderma e da 
crista neural 
— A medida que a notocorda e o tubo neural se formam, há 
formação do mesoderma paraxial 
— No fim da 3º semanas esse meso. Paraxial se diferencia em 
somitos que é dividido em duas partes 
❖ Ventromedial → esclerótomo → vértebra e costelas 
❖ Drosolateral → dermomiótomo → músculos e derme 
❖ Mesoderma → tecido conjuntivo embrionário chamado 
mesênquima 
❖ Celulas da crista neural → migram para arcos faríngeos 
e formam ossos e tecido conjuntivo do crânio e face 
— Estabilidade mecânica →  tensão de O2 → ossificação 
intramembranosa 
— Baixa estabilidade mecânica →  tensão de O2 → ossificação 
endocondral 
— Baixíssima estabilidade mecânica → baixíssima tensão de O2 
→ fibrose 
DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS E CARTILAGENS 
HISTOGÊNESE DA CARTILAGEM 
— Surge na 5º semana 
— Celulas ectomesenquimais (mesoderma + crista neural) 
migram para regiões especificas e sofrem mitoses e se 
diferenciam em condroblastos e esses, em condrócitos, os 
quais sintetizam matriz cartilaginosa (fibras colágenas + 
substancia fundamental amorfa), formando as cartilagens 
— Onde a cartilagem deve se desenvolvem, surgem CENTROS DE 
CONDRIFICAÇÃO 
— Nesse processo se formam 3 tipos de cartilagem: 
❖ Hialina – mais ampla e distribuída (articulações) 
❖ Fibrocartilagem – discos intervertebrais 
❖ Elástica – pavilhão auricular 
HISTOGÊNESE DOS OSSOS 
— O tecido ósseo é formado por dois processos: 
❖ Ossificação intramembranosa, que ocorre no interior 
de uma membrana conjuntiva OU 
❖ Ossificação endocondral que ocorre em uma 
cartilagem hialina 
— Nas duas ossificações, há formação de tecido ósseo primário 
e com o tempo é substituído por tec. Ósseo secundário 
OSSIFICAÇÃO INTRAMEM BRANOSA 
— PRÉ-REQUISITOS: ESTABILIDADE MECANICA + CÉLULAS 
MESENQUIMAIS + CAPILARES 
— Ocorre nos ossos planos do crânio e da face, na mandíbula e 
clavícula 
— Durante o processo embriológico, há sinalização celular para 
que as celulas mesenquimais migrem para locais específicos 
que são designados para formar osso, chamados CENTROS DE 
OSSIFICAÇÃO 
— Esse local se torna muito vascularizado e as celulas 
mesequimais começam a se diferenciar em células 
osteoprogenitoras 
— Em seguida, as osteoprogenitoras se diferenciam em 
OSTEOBLASTOS que se agrupam e formam blastema ósseo, o 
qual começará a formação da matriz óssea ainda não 
mineralizada (ou osteóide ou pré-osso) 
❖ Os osteoblastos vão secretar primeiro o colágeno tipo 1 
vai dar a sustentação para a formação do osso 
❖ Depois haverá secreção de vesículas com sialoproteinas, 
osteocalcina, entre outras glicoproteínas 
❖ A medida que a matriz é produzida, os osteoblastos vão 
se afastando um do outro, mas permanecem ligados por 
finos prolongamentos citoplasmáticos 
❖ Alguns osteoblastos ficam presos na matriz óssea e se 
diferenciam em osteoclastos 
— Com o tempo, a matriz óssea se calcifica e os osteócitos estão 
com seus prolongamentos para dentro dos canalículos 
— As espiculas osseas formadas se agrupam e formam camadas 
de tecido osseo 
— Osteoblastos que não se diferenciaram formam um cordão ao 
redor da matriz recém sintetizada e a medida que vao se 
afastando para a periferia do osso, daram origem ao 
periosteo 
— Alguns osteoblastos permanecem na periferia do osso e 
continuam formando placas de osso compacto 
❖ Por isso que nos ossos há uma camada de osso 
campacta superficialmente e uma esponjosa ao centro 
❖ No centro do osso esponjoso há formação de medula 
óssea 
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 
— Inicia sobre uma cartilagem hialina e forma os ossos longos 
— PRÉ-REQUISITOS: baixa estabilidade + capilares + cartilagem 
FORMAÇÃO DO MOLDE DE CARTILAGEM 
— Celulas mesenquimais migraram para regiões do embrião que 
formaram osso – centros de ossificação – e em seguida, 
devido a fatores de crescimento, se diferenciaram em 
condroblastos, os quais iniciaram a formação de matriz 
cartilaginosa e formaram o molde de cartilagem hialina 
COLAR ÓSSEO 
— Celulas do pericôndrio do molde cartilaginoso, na sua porção 
medial, não darão mais origem a condroblastos mas sim, a 
osteoblastos 
— Com isso haverá a formação de um colar osseo ao redor da 
parte medial do molde de cartilagem 
— Com isso, o pericôndrio ao redor do molde de cartilagem 
passara a se chamar periósteo (pois ele originará apenas 
celulas do tecido osseo agora e não mais do tecido 
cartilaginoso) 
MODIFICAÇÃO DOS CONDRÓCITOS 
— Com a formação do colar ósseo, os condrócitos do molde 
cartilaginoso começaram a sofrer modificações: 
❖ Aumentam de tamanho – HIPERTROFIA – e começam a 
secretar fosfatase alcalina 
❖ Há reabsorção da matriz cartilaginosa 
❖ A matriz cartilaginosa começa a mineralizar 
— A matriz mineralizada impede a difusão de nutrientes e gases 
e os condrócitos da região começam a sofrer apoptose 
 FORMAÇÃO DE TECIDO ÓSSEO 
— Em seguida, essa matriz cartilaginosa mineralizada começara 
a ser invadida por vasos sanguíneos e celulas osteogênicas e 
hematogênicas advindas de celulas progenitoras do periósteo 
logo adjacente 
❖ As celulas osteogênicas se multiplicam e diferenciam 
em osteoblastos, que começam a depositar matriz 
óssea na cartilagem mineralizada 
❖ Outras celulas se diferenciam em celulas endoteliais 
para formar os vasos da região 
❖ Outras celulas se diferenciam em celulas sanguíneas 
para formar a medula óssea no centro do osso 
❖ Então começa a surgir tecido ósseo sobre os restos do 
tecido cartilaginoso 
FORMAÇÃO DO CANAL MEDULAR 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 
— Desde o início desse processo, se formam também os 
osteoclastos, que fazem a absorção do tecido ósseo 
depositado sobre o centro de cartilagem e isso forma o 
CANAL MEDULAR 
— A medida que esse canal se forma, célula hematogênicas 
trazidas pelo sangue dão origem a medula óssea 
OSSIFICAÇÃO DA EPÍFISE 
— Posteriormente se formam os centros secundários da 
ossificação em cada epífise durante os primeiros anos de vida 
— Tem a hipertrofia e invasão de celulas na cartilagem e 
formação do tecido osseo 
— Depois da formação do tecido osseo sobre o tec. 
cartilaginoso, só sobrará cartilagem em 2 lugares: 
❖ CARTILAGEM ARTICULAR na superfície da epífise, que 
ficara por toda a vida, não ajuda no crescimento 
❖ CARTILAGEM DA CONJUNÇÃO ou disco epifisário, fica 
entre a diáfise e epífise e ajuda no crescimento 
longitudinal 
• Desaparece por ossificação por volta dos 20 anos e 
determina a parada do crescimento longitudinal dos 
ossos 
— Tem 5 regioes distintas, partindo da epífise: 
1. ZONA DE REPOUSO: cartilagem hialina sem alteração 
2. ZONA DE CARTILAGEM SERIADA OU DE 
PROLIFERAÇÃO: condrócitos se dividindo rapidamente 
e forma colunas de celulas achatadas em fileira 
3. ZONA DE CARTILAGEM HIPERTRÓFICA: condrócitos 
muito volumosos com glicogênio e lipídio no 
citoplasma. Matriz reduzida. Inicio de apoptose dos 
condrócitos 
4. ZONA DE CARTILAGEM CALCIFICADA: mineralização da 
matriz cartilaginosa + término da apoptose 
5. ZONA DE OSSIFICAÇÃO: vasos sanguíneos invadem a 
região onde havia condrócitos. Os vasos trazem celulas 
osteoprogenitoras para a região, que se diferenciam em 
osteoblastos e iniciam a secreção da matriz óssea 
— A medida que osso é formado, a cartilagem é reabsorvida 
— Após o nascimento, um centro de ossificação secundário é 
formado nas epífises e forma-se osso nesse local 
DESENVOLVIMENTO DOS MÚSCULOS ESTRIADO 
ESQUELÉTICO 
— A maior parte vem do mesoderma paraxial 
— Células mesenquimais são sinalizadas para migrarem para 
regiões que serão futuramente musculo 
— Lá elas se multiplicam e diferenciamem MIOBLASTOS que 
contem filamentos citoplasmáticos de miosina e actina + 
polirribossomos para produzir proteínas para fazer a fibra 
muscular 
— A fusão dos mioblastos origina uma fibra muscular estriada 
esquelética (a fusão justifica o fato da fibra ser multinucleada) 
— Alguns mioblastos ficarão na periferia do futuro mísculo e 
originaram as células satélites (que são celulas tronco 
multipotentes que originam novas fibras musculares) 
➔ Células satélites auxiliam no crescimento, 
desenvolvimento e regeneração dos músculos 
— MESENQUIMA → MIOBLASTOS → FUSAO → FIBRA MUSC. 
— As celulas do dermomiótomo migram na 7º semana de 
desenvolvimento para toda a superfície corpórea e formará os 
músculos torácicos 
— EPÍMERO: originam músculos dorsais e tem origem do 
mesoderma paraxial 
— HIPÔMERO: originam músculos da parede corpórea, membros 
e região ventral e tem origem do mesoderma lateral somático 
—

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