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Sistema de Ensino Presencial Conectado
Licenciatura educação física
Josimar
Vanessa
Felipe
ronaldo
	
 Produção Textual Interdisciplinar em Grupo
Estágios da Aprendizagem Motora e Iniciação Esportiva
Além Paraíba-MG
2019
Josimar 
Vanessa
Felipe
Ronaldo
Produção Textual Interdisciplinar em Grupo
Estágios da Aprendizagem Motora e Iniciação Esportiva
Trabalho de Educação Física apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas: Metodologia do Ensino de Ginástica, Metodologia do Ensino do Atletismo, Metodologia do Ensino da Ginástica Rítmica e Dança, Aprendizagem Motora e Psicomotricidade, fundamentos da Iniciação Esportiva e Seminário Interdisciplinar 3.
Professores: Margarete de Lourdes Brolesi, Túlio Bernardo M.A. Moura, Luana C. F. de Conti, Anderson N. Guimarães, Anísio Calciolari Jr, Douglas Kratki da Silva.
Além Paraíba-MG
2019
 SUMÁRIO 
1Introdução...............................................................................................4
2 Desenvolvimento.....................................................................................5 
3 Considerações Finais...............................................................................12
 4 Referências Bibliográficas..................................................................13 
INTRODUÇÃO 
É por meio dos movimentos que o homem se relaciona com o ambiente que o cerca. E, desde, os primórdios o homem pode perceber a importância que o movimento executa, tanto por questões de sobrevivência daquela época, tanto para poder expressar seus sentimento e resolver problemas.
E precisou como precisa ainda hoje, buscar a melhor performance de determinado movimento para atingir o objetivo. Mesmo já nascendo com com uma série de habilidades que façam parte de sua herança genética, precisa passar por um longo processo de aprendizagem para adquirir controle sobre o corpo.
Neste trabalho falaremos sobre as os estágios de aprendizagem, colocados por FITTS E POSNER (1967): Cognitivo, Associativo e Autônomo. Especificando-os, identificando-os, e os utilizando para soluções de problemas. 
DESENVOLVIMENTO
Estágios da aprendizagem motora
Não há como falar de processo de aprendizagem sem antes contextualizar aprendizagem motora que é, “uma mudança no estado interno do indivíduo, que é inferida de uma melhora relativamente permanente no desempenho como resultado da prática.” (MAGILL, 1986, p.37). Relaciona-se aos processos e mecanismos envolvidos na aquisição de habilidades motoras e os fatores que a influenciam, ou seja, como o indivíduo se torna eficiente na execução de movimentos para alcançar uma meta desejada, com a prática e a experiência. 
E este processo é caracterizado por atravessar estágios de desenvolvimento das habilidades motoras. O desenvolvimento motor está relacionado com a aprendizagem motora. O” desenvolvimento motor é a contínua alteração no comportamento ao longo do ciclo da vida, realizando pela interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do ambiente” (GALLAHUE, 2001, p.3)
Mas existem três principais sistemas de classificação para esses estágios, estabelecidos por Fitts e Posner(1967), Adams (1971) e Gentile (1972) respectivamente.
O processo de aprendizagem motora caracteriza-se por mudança de comportamento pelo qual o aprendiz passa de uma fase inicial para uma fase final. Os clássicos estudos sobre as fases de aprendizagem motora as descrevem como passagem de estágios que apresentam elevado número de erros de performance, inconsistência e alta demanda de atenção para a execução da habilidade para estágios em que mostram consistência, poucos erros e pouca demanda de atenção para a execução de habilidades (ADAMS, 1971; GENTILE, 1972; FITTS & POSNER, 1967).
Segundo Fitts & Posner, durante a aprendizagem de uma habilidade um indivíduo passa por três estágios: cognitivo, associativo e autônomo. Dentre as diversas características de cada estágio, uma importante mudança decorrente da prática ocorre nos processos da atenção. No estágio cognitivo o indivíduo está tentando compreender os objetivos da tarefa, o que sobrecarrega os mecanismos da atenção, proporcionando uma “performance” inconsistente. Após um certo período de prática, ele passará para o estágio associativo, no qual consegue manter uma “performance” mais estável, sendo capaz inclusive de detectar alguns erros. As necessidades de atenção neste estágio decrescem significativamente. Depois de muita prática, ele será capaz de atingir o terceiro e último estágio (autônomo), no qual a habilidade está bem desenvolvida, permitindo que o indivíduo realize-a com consistência e “quase sem pensar”.
Para Adams, durante a aprendizagem de uma habilidade o indivíduo passa por 2 estágios, primeiro o estágio verbal-motor e depois o estágio motor. No estágio verbal-motor que acontece na fase inicial de aprendizagem, ele percebeu a presença de comportamento verbal, onde as pessoas dão instruções a si mesmas sobre o que deve ser feito. Já na fase do estágio motor, com o desenvolvimento da aprendizagem, as questões impostas pelo próprio indivíduo (“o que fazer” e “como fazer?”), demonstram menos incertezas para o aprendiz, fazendo com que se perceba uma diminuição da fase cognitiva na realização do movimento.
 Gentile, também nos apresenta 2 estágios, no primeiro estágio o aprendiz está em busca de uma compreensão do movimento e de aprender o padrão de movimento geral que lhe será útil no atingimento da meta, denominado como Estágio da aquisição da ideia do movimento. No segundo estágio, chamado de fixação/diversificação, o aluno está preocupado em atingir um nível superior de habilidades, o padrão motor geral adquirido no primeiro estágio, pode ser alterado, refinado ou retido. Dependendo da estabilidade do meio ambiente. 
Estágios de aprendizagem e a interação professor-aluno
Os primeiros estudos sobre aprendizagem motora deu-se no final do século XIX, a partir da Psicologia. É verdade que o professor precisa que observar com sensibilidade seus alunos, e através deste olhar, podem efetivamente contribuir para a elaboração de propostas mais consistentes que resultem no processo ensino-aprendizagem. 
O aprender envolve uma modificação no estado interno de uma pessoa que deve ser inferida de uma observação do comportamento ou desempenho daquela pessoa. O comportamento motor é desenvolvido e aplicado em jogos e nos esportes, e que provavelmente farão parte das experiências de vida, colocada no dia a dia do convívio da criança (MAGILL, 1986)
A profissão de ensinar exige que o profissional esteja diretamente envolvido em mediar a construção de conhecimento, um professor se prepara para a sua aula estando ciente do que precisa ensinar, atento às dificuldades encontradas pelos alunos ao realizar as atividades propostas e apto a estimular a transposição de obstáculos físicos, cognitivos, emocionais ou sociais. 
Por isso é tão importante que ensino e aprendizagem caminhem lado a lado, integrados e conectados para se atingir um resultado eficiente em relação ao aprendiz.
Estágios de aprendizagem e manipulação de variáveis de ensino
É muito comum perceber que professores lançam sobre seus alunos um excesso de informações que não lhe transferem segurança e dificultam seu aprendizado. Portanto, é preciso uma organização de perspectiva, diferenciando um aprendiz iniciante para um aprendiz mais habilidoso, e preparar métodos simples que o faça atingir gradualmente os objetivos. Especificando claramente a meta a ser atingida, já que na fase de aquisição da ideia, no estágio motor inicial, é comum o aprendiz se confundir, por isso, o professor deve deixar bastante claroa meta, e como pretende atingi-la. Sempre respeitando as habilidades já desenvolvidas e não-desenvolvidas e sem excesso de informações, fazê-lo atingir o desempenho desejado.
Já para aprendizes em níveis mais avançados, a quantidade de informações que o aluno consegue processar é maior, devido à quantidade de incertezas e o nível perceptível bem mais desenvolvido.
Seleção de tarefas
Para que o professor possa estruturar uma sequência de tarefas, ele precisa detectar o nível de aprendizagem dos alunos, através de uma avaliação qualitativa, ele poderá ter essas respostas. E inserir complexidades gradualmente para que seja desenvolvidas outras habilidades que o façam progredir e não fiquem estacionados apenas com o desenvolvimento que possuem. Então o professor, pode manipular as atividades com a complexidade necessária de acordo com o desenvolvimento dos alunos. 
O conhecimento de resultados é muito importante, pois o professor tem papel fundamental no CR para o aprendiz. Ajudando-o na identificação de erros e instruindo-o para adquirir um melhor resultado, esteja ele no estágio inicial ou mais habilidoso, sabendo o professor eu o primeiro requer informações genéricas e globais, e o segundo informações específicas.
Pedagogia de ensino para modalidades coletivas e individuais
Conhecer os objetivos da pedagogia, contribui para sistematizar, planejar, e aperfeiçoar o ensino de diferentes modalidades esportivas coletivas e/ou individuais. Uma modalidade esportiva é composta por um conjunto de ações motoras direcionadas a um determinado objetivo. As modalidades esportivas coletivas podem ser entendidas como um confronto entre duas equipes, que se dispõem pelo terreno de jogo e se movimentam de forma particular, com o objetivo de vencer, alternando-se em situações de ataque e defesa. Estas modalidades são dinâmicas e complexas, exigindo de seus praticantes, habilidades motoras individuais e coletivas.
Os princípios gerais da modalidade esportiva são: atacar, defender, respeitar princípios técnicos e seguir princípios táticos. A pedagogia do esporte é definida como o campo do conhecimento que investiga a prática educativa, especificamente pelo esporte, tanto no aspecto motriz, quanto no aspecto educativo do esporte.
 
SP1- ROLAMENTO PARA FRENTE
Partindo da posição em pé com as pernas unidas, flexioná-las até apoiar as mãos no solo, encostar o queixo no osso esterno, e impulsionar o corpo para frente, colocando a nuca no solo e rolar sobre as costas em posição grupada.
Na fase cognitiva, o aluno tenta adquirir a ideia do que tem que ser feito e como fazer o rolamento para frente, que é introduzido nas aulas de ginástica rítmica e dança. Compreende o objetivo da tarefa e a faz consciente. Precisa pensar em todas as partes que compõem essa habilidade, existindo muita atenção para executá-la. Mas, não há capacidade de detectar e corrigir os próprios erros, que são notórios para quem os assiste. Há muita alternância entre erros e acertos sobre o movimento executado. E na ginástica, com o rolamento para frente, na fase cognitiva, o aprendiz pode desenvolver a habilidade de agir (entrar em ação, abordar o risco), criar (procurar novas possibilidades de ação, modificar, escolher), mostrar (produzir o rolamento, que será visto e apreciado), além da orientação espacial, ritmo, agilidade, força e rolar.
SP2- Giros
Cruzando uma perna na frente da outra e girando o corpo no próprio eixo para descruzar as pernas, o giro é feito com os dois pés no solo, o corpo deve realizar uma volta completa de 360°.
No estágio associativo, onde se encontra meu aluno na realização do giro na ginástica, ele já selecionou a melhor estratégia para a tarefa e começa a refinar a habilidade. Nesse estágio algumas partes do movimento já adquiriram certo grau de automação, com diminuição da atenção para executá-lo. Diminuindo também os erros qualitativamente, tendo assim, menos alternância entre erros e acertos. E começa a detectar os próprios erros. A concentração está mais virada para o aperfeiçoamento de um determinado padrão. Consegue desenvolver com mais facilidade as habilidades motoras, a capacidade de giro, orientação espacial, força, sentido amplo e ritmo.
SP3- Salto em altura
O objetivo é transpor uma barra chamada sarrafo, que fica disposta na horizontal e apoiada em dois mastros. O saltador que conseguir saltar sobre o sarrafo posicionado mais alto sem derrubá-lo vence a prova. O saltador poderá impulso somente com o pé, e cairá após o salto sobre um colchão para proteger a queda. Existem três técnicas para a execução desta habilidade: 
Técnica da tesoura o início da corrida é em linha reta e depois em curva. Ao se aproximar lateralmente do sarrafo a perna que está mais próxima ao sarrafo deve subir, passando primeiro sobre o sarrafo e seguida pela outra perna( que pé a perna de impulsão). A queda pode ser feita em pé, no colchão ou no solo.
Técnica rolo ventral, que é realizada com o abdome virado para o sarrafo. O ataque é feito de frente, com o tronco na horizontal. Após a curta corrida, o saltador toca o pé de apoio e se lança ao sarrafo, realizando uma rotação do tronco.
Técnica Fosbur Flop, a mais utilizada pelos competidores. Após uma breve corrida, ao aproximar-se do sarrafo, o saltador vira para transpô-lo de costas.
Na fase autônoma, meu aluno é tomado pelo baixo grau de atenção que é exigido para o desempenho da habilidade para realizar o salto em altura. Ele pode dar mais atenção a diversos aspectos da habilidade, como procurar no ambiente, obstáculos que possam impedir o desempenho, ou conversar com uma pessoa enquanto realiza uma tarefa. Os erros ainda ocorrem, mas ele já consegue detectá-los de tal forma que até os erros mais sutis são identificados, pois ele já sabe o movimento que foi pretendido e o movimento que foi executado. E consegue executar o movimento com pouca variação de um para outro. E consegue desenvolver a coordenação motora de forma ampla, a agilidade, velocidade e força.
Considerações Finais
Vimos em nosso trabalho a importância de cada estágio da aprendizagem, o quanto é importante respeitar cada estágio em que o aluno se encontra, detectando suas dificuldades e o ajudando a aprimorá-las gradualmente, sem excesso de informações. Para isso se faz necessário ter conhecimento sobre cada um desses estágios para que possam ser identificados e assim podermos ajudar nossos alunos a desenvolver habilidades necessárias para efetuar determinado movimento atingindo o objetivo. Cada habilidade individual será utilizada durante os jogos coletivos, juntamente com as habilidades coletivas, proporcionando a ele aprimorar as habilidades adquiridas e fazê-las durante o jogo quase sem pensar.
Referências Bibliográficas
GORLA, José Irineu; ARAÚJO, Paulo Ferreira; RODRIGUES, José Luiz. Avaliação motora em educação física adaptada: teste ktk, editora: PHORTE, 2° ed, 2009.
WRISBERG, Craig A.; SCHMIDT, Richard A. Aprendizagem e Performance Motora:uma abordagem da aprendizagem baseada na situação. 4. ed. Porto Alegre, RS:Artmed, 2010.
JUNIOR, Dirceu Costa. Metodologia do Ensino do Atletismo/ Londrina: Editora e distribuidora Educacional S.A., 2017.
LOURENÇO, Márcia Regina Aversani; SILVA, Suhellen Lee Porto Orsoli; BROLESI, Margarete; BERNARDI, Luciane Maria de Oliveira, Metodologia do ensino de Ginástica escolar, Londrina: Editora e /distribuidora Educacional S.A., 2015.
https://periodicos.ufsm.br/kinesis/article/view/8504 , acessado em 01/06/2019 às 7h
https://periódicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexões/article/view/8643437 , acessado em 30/05/2019 às 18h

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