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Cap 8- ser o que relamente se é

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Abordagem Humanista-fenomenológica 
	“Ser o que realmente se é”: os objetivos pessoais Vistos por um terapeuta
	10
	Fichamento
	ROGERS, Carl R. Tornar-se pessoa. WWF Martins Fontes, 2017.
	“Qual meu objetivo na vida?”, “O que procuro?”, “Qual é a minha finalidade?”. (p. 168)
Algumas respostas: 
“Quando os homens do passado perguntaram a si mesmos qual o objetivo da vida, alguns responderam, com as palavras do catecismo, que “o fim principal do homem é glorificar a Deus”.” (p. 169)
“Outros pensaram que o fim da sua vida era a preparação de cada um para a imortalidade. Outros assentaram numa finalidade muito mais terrena – gozar, abandonar-se e satisfazer todos os desejos sensuais. Outros ainda – e isto aplica-se a muitos hoje – consideram que o objetivo da vida é conseguir o máximo de bens materiais, uma posição, conhecimentos ou poder. Alguns tiveram como objetivo darem-se completa e devotadamente a uma causa que está para além deles, como por exemplo o cristianismo ou o comunismo.” (p. 169)
“Charles Morris, num recente e importante estudo, investigou objetivamente os padrões de vida preferidos por estudantes de seis países diferentes: a Índia, a China, o Japão, os Estados Unidos, o Canadá e a Noruega (5).” (p. 170)
Outra perspectiva:
“Creio que a melhor forma de expor essa finalidade da vida, tal como a vejo à luz das relações com os meus clientes, é utilizar as palavras de Soeren Kierkegaard – “ser o que realmente se é”.” (p. 171)
Direções tomadas pelos clientes:
“Observei em primeiro lugar que, de uma forma característica, o cliente mostra tendência para se afastar, com hesitações e com receio, de um eu que ele não é. Em outras palavras, mesmo que não saiba para onde se encaminha, desvia-se de alguma coisa. E, como é evidente, ao proceder desse modo, começa a definir, embora negativamente, o que ele é.” (p. 171-172)
“Está bem patente que, em grande parte, a expressão desse receio é tornar-se aquilo que ele é. Em vez de ser simplesmente uma fachada, (...)” (p. 172)
Para além do “devia”
“Uma outra tendência do mesmo gênero surge no cliente que se desvia de uma imagem compulsiva daquilo que ele “devia ser” (...) (p. 172)
“Curiosamente, muitos indivíduos descobrem que se sentiam compelidos a se verem como maus e é desta ideia de si que se afastam. (...)” (p. 173)
“Outros clientes se percebem fugindo daquilo que a cultura espera que eles sejam. (...)”
(p. 173)
“Observei que muitos indivíduos se formaram procurando agradar aos outros, mas que, quando são livres, se modificam. (...)” (p. 174)
“Pode-se dizer, portanto, que, de uma forma um pouco negativa, os clientes definem seus objetivos, suas intenções, por meio da descoberta, na liberdade e na segurança de relações compreensivas, de algumas direções que não querem seguir. (...)” (p. 174)
“(...) Não querem ser o que “deviam” ser, quer esse imperativo venha dos pais, ou da sociedade, quer ele seja definido de uma forma positiva ou negativa. (...) (p. 175)
A caminho da autodireção:
“Mas, o que implica de positivo a experiência dos clientes? (...)” (p.175)
“Em primeiro lugar, o cliente encaminha-se para a autonomia. Isso significa que começa gradualmente a optar por objetivos que ele pretende atingir. (...)” (p. 175)
“(...)Decide que atividade e comportamentos significam alguma coisa para si e os que não significam nada. (...)” (p. 175)
“(...) A liberdade para uma pessoa ser ela mesma é uma liberdade cheia de responsabilidade, e um indivíduo procura atingi-la com precaução, com receio e, no início, quase sem confiança nenhuma.” (p. 175)
“(...) Ser responsavelmente autodirigido implica opções – e aprender das consequências. (...)” (p. 175)
“(...) Os clientes parecem encaminhar-se mais abertamente para se tornarem um processo, uma fluidez, uma mudança. Não ficam perturbados ao descobrir que não são os mesmos em cada dia que passa, que não têm sempre os mesmos sentimentos em relação a determinada experiência ou pessoa, que nem sempre são consequentes. (...)” (p. 175-176)
“(...) Julgo que esta é uma excelente descrição da direção em que o cliente se move, para ser um processo de possibilidades nascentes, mais do que para ser ou para tornar-se qualquer objetivo cristalizado.” (p. 176)
A caminho de ser
“(...) Percebi que sua atitude central era de que, se pudesse ser, de uma forma absolutamente aberta e transparente, todos os seus sentimentos complexos na relação, às vezes inconstantes e contraditórios, tudo iria bem. (...)” (p. 177)
“(...) Notei que esse desejo de ser tudo de si mesmo em cada momento – toda a riqueza e toda a complexidade, sem nada esconder para si mesmo e sem nada temer de si mesmo – era um desejo comum a todos aqueles que pareciam mostrar muito dinamismo na terapia. (...)” (p. 177)
“(...) No entanto, uma das mais evidentes tendências nos clientes é assumir toda a complexidade do seu eu em mutação em cada momento significativo.” (p. 177)
A caminho de uma abertura para a experiência 
“Ser o que realmente se é” implica ainda outros componentes. Um deles, que talvez já tenha sido sugerido, é a tendência do indivíduo para viver numa relação aberta, amigável e estreita com a sua própria experiência. (...)” (p. 177)
“Os clientes aprendem pouco a pouco que a experiência é um recurso amigável e não um inimigo a recear. (...)” (p. 177)
A caminho de uma aceitação dos outros
“Intimamente ligada a essa abertura à experiência, tanto interior como exterior, dá-se de um modo geral uma abertura e uma aceitação das outras pessoas. À medida que um indivíduo se torna capaz de assumir sua própria experiência, caminha em direção à aceitação da experiência dos outros. Ele aprecia e valoriza tanto sua experiência como a dos outros por aquilo que elas são. (...)” (p. 178-179)
Caminhando para a confiança em si mesmo
“Outra forma de descrever esse padrão, que encontro em cada cliente, é dizer que, cada vez mais, ele confia nesse processo que é ele mesmo, valorizando-o. (...)” (179)
“(...) pessoas simples, adquirirem uma importância e uma criatividade na sua esfera própria, à medida que ganhavam maior confiança no processo que neles se desenvolvia e ousavam ter os seus próprios sentimentos, viver com valores que descobriram dentro de si e exprimi-los na sua forma pessoal e única.” (p. 179)
A direção geral
“(...) Parece indicar que o indivíduo se move em direção a ser, com conhecimento de causa e numa atitude de aceitação, o processo que ele é de fato em profundidade. Afasta-se do que não é, de ser uma fachada. (...)” (p. 180)
“(...) Está cada vez mais atento ao que se passa nas profundezas do seu ser fisiológico e emocional e descobre-se cada vez mais inclinado a ser, com uma precisão e uma profundidade maiores, aquilo que é da maneira mais verdadeira. (...)” (p. 180)
“(...) Ser realmente o que é, eis o padrão de vida que lhe parece ser o mais elevado, quando é livre para seguir a direção que quiser. Não se trata simplesmente de uma escolha intelectual de valores, mas parece ser a melhor descrição do comportamento hesitante, provisório e incerto através do qual procede à exploração daquilo que quer ser.” (p. 180)
Alguns mal-entendidos
“Para alguns, ser o que se é, é permanecer estático. Eles veem um tal objetivo ou valor como sinônimo de estar fixo ou imutável. (...)” (p. 180)
“(...) Na realidade, é a pessoa que nega os seus sentimentos e as suas reações que procura tratamento. Essa pessoa tentou durante muitos anos modificar-se, mas encontrou-se fixada em comportamentos que lhe desagradam. (...)” (p. 181)
Isso implica maldade?
“Uma reação ainda mais habitual em relação a essa trajetória de vida que se descreveu é que ser o que realmente se é significaria ser mau, descontrolado, destrutivo. (...)” (p. 181) 
“(...) A razão parece ser esta: quanto mais ele for capaz de permitir que esses sentimentos fluam e existam nele, melhor estes encontram o seu lugar adequado numa total harmonia. Descobre que tem outros sentimentos que se juntam a estes e que se equilibram. (...)” (p. 181)
“(...) Sente-se corajoso e ousadocomo se sente medroso. Seus sentimentos, quando os vive de uma maneira íntima e os aceita na sua complexidade, realizam uma harmonia construtiva e não um mergulho em qualquer forma de vida descontrolada. (...)” (p. 181)
Resumo
“(...) qual é o objetivo, qual é a meta da minha vida? (...)” (p. 184)
“(...) na relação terapêutica, libertos de toda a ameaça e com possibilidade de escolha, revelam nas suas vidas uma similitude de direção e de finalidade.” (p. 184)
“Observei que tendem a afastar-se da ideia já feita sobre si, daquilo que os outros esperavam deles. Afirmei que o movimento característico do cliente é o que lhe permite ser ele mesmo livremente, o processo instável e fluido que ele é. Encaminha-se igualmente para uma abertura amigável ao que nele se passa – aprendendo a ouvir-se com sensibilidade. (...)” (p. 184)
“(...) Isso significa que ele é cada vez mais uma harmonia de sensações e de reações complexas, em vez da clareza e da simplicidade da rigidez, ou seja, que caminha para a aceitação da sua “essência”, aceitando os outros de um modo mais atento e compreensivo. Confia e valoriza os complexos processos internos de si mesmo, quando eles emergem para a expressão. (...)” (p. 184-185)
“(...)Descobre que ser este processo em si mesmo é elevar ao máximo a capacidade de transformação e de crescimento. Está permanentemente comprometido na descoberta de que ser plenamente. (...)” (p. 185)
Faculdade Evolução Alto Oeste Potiguar
Curso de Psicologia/ 6º P
Abordagem Humanista-fenomenológica
Francisco Nataniel da Silva 
FICHAMENTO/ RESUMO:
“SER O QUE REALMENTE SE É”: OS OBJETIVOS PESSOAIS
VISTOS POR UM TERAPEUTA
Pau dos Ferros – RN
Outubro de 2019

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