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ISTs: Sífilis e Gonorréia

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Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA 
Ginecologia 
IST’s 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
Mulheres tem duas vezes mais chances de 
desenvolver uma IST. 
Ainda são as principais causas de infertilidade no 
Brasil. 
Sempre necessário promover a prevenção primária! 
 
2.0 SÍFILIS ou Cancro Duro 
Treponema pallidum: espiroqueta transmitida a 
partir de sexo sem proteção ou via transplacentária. 
Possui um tempo de incubação médio de 3 semanas. 
 
Primária 
Cancro duro: Úlcera genital de fundo liso, com bordas 
elevadas/infiltradas, não secretante e não dói. 
Pode ocorrer também adenopatia inguinal. 
Em alguns casos, a úlcera pode-se encontrar dentro 
da vagina e assim, passar despercebida. 
Assim que as espiroquetas entram na circulação, a 
úlcera costuma desaparecer. 
 
Secundária 
Cerca de 1 a 2 meses do quadro inicial, surgem lesões 
papulares (roséolas ou sifílides). Essas lesões 
costumam ter prurido. 
Quando acomete a região da genitália, forma o que 
chamamos de condiloma plano pela confluência de 
lesões da sífilis. 
É importante lembrar que na sífilis secundária, ocorre 
acometimento de palmas de mãos e pés. 
DICA: Além da Sífilis secundária, somente a doença 
mão-pé-boca e escabiose podem acometer palmas 
de mãos e plantas dos pés. 
 
Outro achado é alopecia. 
 
Latente 
Trata-se de um período assintomático. Mas ainda 
nesse período pode ocorrer reativação das lesões da 
sífilis secundária. 
 
Terciária 
Ocorre em cerca de 1/3 dos pacientes sem 
tratamento e evolui com diversas manifestações: 
• Sífilis cardiovascular – regurgitação aórtica, 
aortite. 
• Neurossífilis – Demencia, goma subcutânea. 
Classificação do tempo: 
• Recente – até 1 ano: manifesta até a sífilis 
latente 
• Tardia – Após um ano: terciária. 
 
Diagnóstico: 
Na sífilis primária com cancro duro pode-se fazer a 
pesquisa direta em campo escuro. 
Quando não temos lesão, faz o teste não 
treponêmico no qual pesquisamos antígenos diretos 
Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA 
do treponema, sendo o mais famoso o VDRL e teste 
treponêmico com o FTA-abs. 
o VDRL 
Teste com alta sensibilidade (78-100%). Técnica 
simples, rápida e barata. Mas possui baixa 
especificidade, principalmente em casos de SAF, AR, 
LES, hanseníase, fase aguda de virose e até gravidez. 
o FTA-Abs 
Identifica anticorpos antitreponêmicos. Geralmente 
é solicitado quando o VDRL é positivo. 
No entanto, possui a desvantagem de ficar positivo 
pelo resto da vida, não sendo vantajoso para controle 
de reinfecção. 
No início da doença, tanto o teste treponêmico, como 
não treponêmico estarão negativos, sendo possível 
fazer o campo escuro caso haja lesão de cranco duro. 
Em cerca de 2 semanas, o FTA-Abs fica positivo, se 
eleva e mantém pelo resto da vida. Logo em seguida, 
o VDRL fica positivo e reduz de acordo com a evolução 
do tratamento. 
VDRL FTA-Abs Diagnóstico 
 Sem doença/estágio inicial 
 Sífilis 
 VDRL falso positivo 
 Doença primária ou doença tratada 
 
o Teste rápido? 
Teste distribuído pelo Ministério da Saúde é um teste 
treponêmico! 
Teste negativo – Exclui a doença; 
Teste positivo – Solicita um VDRL e avalia a partir 
disso. 
 
Tratamento: 
Estadiamento Tratamento Intervalo 
entre 
doses 
Controle 
pós-
tratamento 
Primária Penicilida G 
Benzatina 
2.400.000 UI 
IM (1 dose) 
- 
 
 
 
VDRL 
trimestral 
(1º ano) + 
semestral 
(2º ano) 
Secundária 
ou latente < 
1 ano 
Terciária ou 
latente > 1 
ano 
Penicilida G 
Benzatina 
2.400.000 UI 
IM (3 doses) 
Semanal 
 
Em pacientes alérgicos a penicilina, administraremos 
Doxiciclina 100mg 12/12h VO por 15 dias em caso de 
sífilis recente. Quando for sífilis tardia ou de tempo 
ignorado, fazemos por 30 dias. Outra opção é 
cefriaxona 1g IM por 8-10 dias. 
Em gestantes, ceftriaxona não trata o feto, sendo 
necessário dessensibilizar e tratar com penicilina. 
 
Seguimento: 
FTA-Abs tende a permanecer positivo! Faz-se então 
VDRL trimestral (1º ano) + semestral (2º ano). 
Quando os títulos permanecerem estáveis ou 
crescente, indica reinfecção! 
 
3.0 GONORRÉIA 
Persiste como problema de saúde pública, causada 
pela Neisseria gonorrhoeae (diplococo gram -) e 
Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA 
possui como período de incubação somente de 3-5 
dias. 
A maioria das pacientes são assintomáticas (60-80%). 
Quando sintomática, costuma surgir com secreção 
cervical e/ou uretral purulenta. Homens surgem com 
uretrite purulenta. 
Além disso, pode surgir com Bartolinite (tratada com 
exposição da glândula e everte os bordos, 
procesimento chamado marsupialização da glândula) 
e Skenite. 
 
Diagnóstico: 
Clínico, mas pode-se fazer cultura. 
 
Tratamento: 
• Ceftriaxona 500mg IM dose única 
• Muitas cepas já são resistentes ao gonococo. 
• Trata parceiro! – chama parceiro, avalia e 
trata. 
 
4.0 CANCRO MOLE OU CANCROIDE 
Haeophilus ducreyi – Bacilo gram negativo. 
Mais prevalente em clima tropicais e populações de 
baixo nível socioeconômico. 
Incubação em 3-5 dias. 
 
Clínica: 
 
Úlcera de base amolecida e fundo purulento. 
Dolorosa, fistuliza em único orifício, desenvolve-se 
com adenopatia inguinal. 
Mais comum em homens! 
Linfonodo satélite purulento 
 
Diagnóstico: 
Clínica! Mas pode-se fazer gram. 
 
Tratamento: 
• Ceftriaxona 500mg IM dose única ou 
• Azitromicina 1g VO dose única 
CANCRO MOLE 
 
Na presença de um linfonodo satélite doloroso, pode-
se puncionar. 
Quando há a presença de cancro duro + cancro mole 
chamamos de Cancro Misto de Rollet. 
 
5.0 DONOVANOSE 
Granuloma inguinal 
Klebsiella granulomatis (Calymmatobacterium 
granulomatis). 
Mais frequente no Nordeste e em negros. 
PROVÁVEL transmissão sexual... 
 
Clínica: 
Úlcera genital indolor e autoinoculável (se torna 
múltipla). Pode ter também adenopatia. 
 
Diagnóstico: 
Clínico! Mas pode fazer anatomopatológico, no qual 
encontramos corpúsculos de Donovan. 
 
Tratamento: 
• Doxiciclina 100mg VO 12/12 por 21d ou mais 
até desaparecer lesões. 
• Gestação: Eritromicina 500mg 6/6h por 3sem. 
 
 
 
Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA 
6.0 LINFOGRANULOMA VENÉREO 
Chamydia trachomatis – parasita intracelular 
obrigatório 
 
Clínica: 
Pequena úlcera ou pápula indolor que evolui com 
linfonodomegalia dolorosa. 
A linfodenopatia evolui com ulceração em múltiplos 
orifícios (chuveirinho) 
Diagnótico: 
Clínico. No método de gram encontramos inclusões 
intracelulares. 
 
Tratamento: 
• Doxiciclina 100mg VO 12/12 por 21d ou mais 
até desaparecer lesões. 
• Segunda opção: Azitromicina 1g VO 
1x/semana durante 3 semanas 
• Pode-se puncionar o bubão. 
• Gestante: Não se pode usar doxiciclina. Faz 
tratamento com azitromicina. 
 
7.0 HERPES GENITAL 
Herpes simples 1 (oral) e 2 (genital). 
É doença ulcerativa mais frequente. 
Transmissão: Incubação em 4 dias. 
• 16% de homens para mulheres 
• 6% de mulheres para homens 
 
Clínica: 
Vesícula ® Úlcera ® Crosta (Múltiplas) 
Um mesmo paciente pode manifestar os três 
estágios. 
Dói!! Pode ter disúria. 
Além disso, há sintomas sistêmicos: febre, cansaço... 
Trata-se de uma doença incurável e recorrente. 
Atenção: a herpes pode manifestar no colo de útero! 
A paciente então, se queixa de leucorréia e quando 
úlcera, pode sangrar. 
 
Tratamento: 
• Aciclovir 400mg VO 8/8 por 7d em 
primoinfecçao. 
• Narecorrência faz aciclovir/5d. 
• Em gravidez, é indicação de cesariana. 
 
8.0 HPV 
Os subtipos 6 e 11 são os não oncogênicos que 
causam o condiloma acuminado. 
 
 
No Papanicolau, podemos 
encontrar o efeito citopático do 
HPV com o que chamamos de 
coilócitos. Não significa NIC, 
mas é um efeito do HPV. 
 
Clínica: 
Vesícula ® Úlcera ® Crosta 
 
Tratamento: 
• Queimadura da lesão com ácido 
tricloroacético (ATA) 
• Crioterapia 
• Imiquimode 
• Excisão cirúrgica

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