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PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO Profa. Dra. Maria Helena Palma de Oliveira Mediador – Prof. Ms. Leandro Thomazini CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA A Psicologia da Educação é considerada como uma das disciplinas que fazem parte do núcleo específico das ciências da educação, porque - assim como a filosofia da educação, a política da educação, a sociolinguística da educação, a etnografia da educação e a organização escolar -, está voltada para o estudo dos processos educativos (SALVADOR, 1999, p. 48). ANÁLISE DO COMPORTAMENTO, O BEHAVIORISMO está interessado em estudar alguns comportamentos sem diferenciar se eles são comportamentos abertos, como o falar, ou encobertos, como o pensar, o sentir, o meditar e o calcular Consequências reforçadoras ( coerção nota), reforçadores naturais ( livro), pessoas, biblioteca (ambiente). BEHAVIORISMO METODOLÓGICO – WATSON Não estuda pensamentos e emoções. Comportamento reflexo ( ex: salivação) Condicionamento reflexo ( ex: salivação, sino, alimento) BEHAVIORISMO RADICAL – SKINNER Comportamento operante – não exclui as emoções o pensamento criativo. Condicionamento operante - são ações associados à uma consequência. ( ex: Contar piada em festas – pode ser reforçador). IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS Tecnologia – como técnica de ensino. Máquinas de ensino. Críticas para o encurtamento da criatividade. Críticas da falta de desenvolvimento social, mas pelo o ensino ser mais eficaz, sobraria mais tempo . 2. A PSICOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET E A EDUCAÇÃO Momentos diferentes do desenvolvimento. Ordem necessária. (faixa etária da criança, mas não é determinista) São características permanentes independentes da cultura. Genético no sentido de gênese. Período sensório motor ( 0 a 2 anos). Inteligência prática. (ação motora, visual) Período operatório: 2 a 12 anos -Pré-operatório: 2 ao 7anos ( representação – função simbólica). -Operatório Concreto: 7 ao 12 anos. ( pensamento apoiado ainda nos objetos). Operatório formal: A partir dos 12 anos. ( pensar sobre o próprio pensar- abstração). Assimilação, Acomodação. O Sujeito procura desvendar o Objeto trazendo-o para dentro desses referenciais, chamados esquemas cognitivos. O equilíbrio, ainda que provisório, representa conhecimento, mas é logo seguido por novas situações em que a pessoa é novamente desafiada, o que dá início a sucessivas assimilações e acomodações, mais conhecimento, outros desequilíbrios e assim por diante. DESENVOLVIMENTO MORAL Conjunto de regras e princípios que regulam a convivência. Respeito que ele adquire por essas regras, não só para si, como para os outros. Os dois tipos extremos de relações sociais (coação e cooperação) levam a dois tipos de moralidade: heteronomia e autonomia. O sujeito heterônomo do ponto de vista moral precisa obedecer às regras impostas pelo mundo exterior, enquanto o autônomo obedece àquilo que sabe ser o melhor para si e para o mundo. Anomia - para ela, um universo sem norma.- prazer individual. Egocentrismo. 3. CONTRIBUIÇÕES DE HENRI WALLON NO ENTENDIMENTO DOS PROCESSOS COGNITIVOS E AFETIVOS NA EDUCAÇÃO Estudo das emoções – primeiras manifestações afetivas. Ao longo desse processo, a afetividade e a inteligência se alternam. Afetividade – a partir das emoções é que se desenvolve a inteligência. ( cognição) A aquisição da linguagem como um fator primordial para o desenvolvimento da cognição Estágio impulsivo-emocional: do nascimento até aproximadamente o primeiro ano de vida, é um estágio predominantemente afetivo, não possui coordenação motora muito bem desenvolvida, os movimentos são bem desorientados. Estágio sensório-motor e projetivo: Dos três meses de idade até aproximadamente o terceiro ano de vida. É uma fase onde a inteligência predomina e o mundo externo prevalece nos fenômenos cognitivos. inteligência prática, obtida pela interação de objetos Estágio do Personalismo: Indo dos três aos seis anos de idade (aproximadamente), a criança tende a apresentar a 'crise negativista': a criança acaba por se opor sistematicamente ao adulto. Estágio Categorial: neste estágio a criança começa a abstrair conceitos concretos e começa o processo de categorização mental onde a criança tem um salto em seu desenvolvimento humano. Estágio da Adolescência: Inicia-se por volta dos onze ou doze anos de idade, aqui o adolescente passa a desenvolver sua afetivamente de forma mais ampla da qual a busca da autoafirmação e desenvolvimento sexual marcam esse estágio Os campos funcionais seriam o movimento, a afetividade, a inteligência e a pessoa. . Nos estágios impulsivo-emocional, personalismo, puberdade e adolescência, nos quais predomina o movimento para si mesmo há uma maior prevalência do conjunto funcional afetivo, enquanto no sensório-motor e projetivo e categorial, nos quais o movimento se dá para fora, para o conhecimento do outro, o predomínio é do conjunto funcional cognitivo. A contribuição de Wallon: afetivo e o cognitivo, entendidos como movimento dialético entre afetividade, cognição, níveis biológicos e socioculturais. (Entender a criança como um todo). 4. FREUD: PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO O inconsciente e a existência de uma sexualidade infantil (libido). Nossa personalidade é formada por três instâncias: id, ego e superego. Id ( isso, por que fiz isso) –pulsões, dos desejos e paixões. Ele é inato. Ego – razão e senso comum. Super Ego – inconsciente. Freia o Id. Fase de desenvolvimento oral. Fase de desenvolvimento anal. Fase fálica. ( Complexo de édipo) – 4 anos, meninos ok, controvertido o estudo nas meninas. mecanismo de sublimação – deslocamento de libido para fins socialmente aceitáveis – atua fortemente nessa fase. a fase genital de desenvolvimento da libido, gerando fenômenos que conhecemos como crise da adolescência Transferência - Os vínculos, positivos ou negativos, têm origem no passado, especialmente na infância do paciente/professor ou aluno. ( nossa história, identificação com pai/mãe – aluno/ professor). professor(a) da situação em questão não pode assumir o papel do psicoterapeuta, e sua conversa com o aluno deve limitar-se a uma conversa de uma professora interessada pelos problemas e pelo bem- estar do aluno. 6. A PSICOLOGIA SOCIOCONSTRUTIVISTA DE VIGOTSKY: A CONSTRUÇÃO DE FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES Da cultura que retiramos os sistemas simbólicos de representação da realidade. os processos elementares, que são de origem biológica; funções psicológicas superiores de origem sócio- cultural. estágio pré-linguístico do pensamento, existe uma inteligência prática que permite à criança realizar ações mesmo sem utilizar a linguagem como um sistema simbólico. Linguagem a ferramenta que nos torna humanos. ( Marx - mediador é o trabalho – Vigotsky – mediador é a linguagem) Linguagem e pensamento estão fortemente conectados. Internalização este processo a partir do qual interiorizamos elementos da cultura. ( signos – mesa) As funções psicológicas superiores são historicamente produzidas e essa produção só é possível com aprendizagem. dois níveis de desenvolvimento: - nível de desenvolvimento atual ou real ( capacidade já desenvolvida- faz sozinha). - zona de desenvolvimento próximo, proximal ou imediato. (não faz sozinha, mas é capaz de realizar com a ajuda de companheiros mais experientes) 7. A PSICOLOGIA SÓCIO-CONSTRUTIVISTA DE VIGOTSKY: IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA DOCENTE O potencial humano não se concretiza por si só, natural ou automaticamente; no caso do desenvolvimento do pensamento científico, próprio dos conteúdos escolares, é necessária a intervenção do professor, na metáfora do texto, “executante treinado” que cria as condições de existência de um processo mediado, intencional, especializado e planejado que deve partir dos conhecimentos retrospectivos dos alunos e prospectar novas aprendizagens.