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Aula 3- Doenças Renais

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Nutrição 
Clínica
Avançada
TRATAMENTO NUTRICIONAL DAS
DOENÇAS RENAIS
Profª Drª Luciene S Venancio Lotufo Brant
PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA
DRC
• Distúrbios hídricos
• Presença de edema e/ou ascite
• Peso ajustado = (peso ideal* - peso atual) x 0,25 + peso atual
• Peso ideal= Compleição física 
PESO CORPORAL
• Peso corporal, especialmente em pacientes em 
diálise, nos quais há ausência de edema 
periférico detectável e pressão arterial normal
• Em HD, o peso corporal deve ser obtido 
sempre após a sessão
• Em DP, o volume da solução de diálise 
presente na cavidade peritoneal deve ser 
descontado do peso aferido.
“PESO SECO”
• IMC < 23 kg/m2 indica RISCO NUTRICIONAL na DRC 
por se associar com morbidade e mortalidade
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA
DRC
PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA
DRC
AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR-PROTEÍNA
Equivante proteico do aparecimento de nitrogênio (PNA)
Fórmulas de estimativa
(g de proteína/dia ou g/kg/dia)
Avaliação do nitrogênio ureico urinário na urina 
de 24 horas
Ingestão proteica
Estimada a partir de equações 
que empregam a geração de 
nitrogênio 
Nitrogênio ureico
Vantagem: possibilidade de 
avaliar a ingestão proteica
independente do relato do 
paciente
PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA
DRC
AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR-PROTEÍNA
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
Tratamento 
da DRC
Terapia Renal 
Substitutiva
(Diálise) 
Diálise 
Peritoneal
Hemodiálise
Fase Não dialítica
(Tratamento 
conservador)
Objetivos
- Retardar o ritmo de progressão
da disfunção renal
- Prevenir as complicações
- Tratar as comorbidades
- Preparar o paciente para a terapia
renal substitutiva
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR
Tratamento da 
DRC
Fase Não dialítica
(Tratamento conservador)
A terapia nutricional 
constitui parte 
fundamental do 
tratamento (inclusive 
nos estágios iniciais), 
pois contribui para 
minimizar os vários 
distúrbios hormonais, 
metabólicos e 
hidroeletrolíticos
Pior condição 
nutricional no início 
do tratamento 
dialítico contribui para 
pior sobrevida
Pacientes que não recebem
orientação e acompanhamento 
nutricional reduzem 
espontaneamente o consumo 
alimentar
Maior depleção nutricional 
(acompanha a diminuição da 
função renal)
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR
RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA
RESTRIÇÃO 
PROTEICA
Ativação de 
mecanismos 
adaptativos que 
possibilitam a 
manutenção do balanço 
nitrogenado e do estado 
nutricional
Compensar o aumento 
do catabolismo proteico
muscular resultante do 
descontrole glicêmico 
(reavaliar para reajustar)
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR
RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA
- protege o rim contra danos 
-reduz o ritmo de progressão da doença renal
- reduz a sintomatologia urêmica
- prolonga o tempo para a entrada em diálise
- reduz risco de morte
BENEFÍCIOS DA 
RESTRIÇÃO DE 
PROTEÍNAS
EFEITO MULTIFATORIAL
-Diminuição da pressão intraglomerular
- redução no consumo renal de oxigênio e do 
estresse oxidativo
- redução na geração de produtos 
nitrogenados tóxicos e de íons inorgânicos 
causadores da uremia
- tratamento do hiperparatireoidismo, acidose 
metabólica, intolerância a glicose, HAS, 
hipercalemia
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR
RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA
PROTEÍNA DE 
ALTO VALOR 
BIOLÓGICO
- 50% do total de 
proteína da dieta
- origem animal: 
lácteos e derivados, 
ovos, carnes, 
pescados
CETOÁCIDOS
- São análogos de 
aminoácidos essenciais sem 
N, e no fígado, ocorre a 
incorporação de N disponível 
à cadeia carbônica do 
aminoácido (transaminação), 
formando o aminoácido 
essencial.
- Ao mesmo tempo, suprem 
as necessidades de 
aminoácidos essenciais e 
diminuem a formação de 
compostos nitrogenados
tóxicos.
MENOR INGESTÃO 
PROTEICA 
INDEPENDENTE DO 
TIPO DE PROTEÍNA
Comparando-se a dieta 
hipoproteica à base de 
proteína vegetal (soja) 
com a de base animal, 
não se observaram 
diferenças na função renal 
(ritmo de progressão da 
doença e diminuição de 
proteinúria).
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR
RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA
Condição Clínica Mecanismos
Anorexia Reduzida ingestão de energia
Acidose metabólica Estimulação da degradação proteica e 
de aminoácidos
Infecção/Inflamação Estimulação da degradação proteica
Diabetes mal controlado Estimulação da degradação proteica e 
supressão da síntese proteica
Em algumas condições clínicas, a adaptação metabólica 
da restrição proteica pode ser prejudicada
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR
RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA
Ingestão energética suficiente, 
pois no caso de ingestão 
protéica elevada, os cetoácidos
e os aminoácidos serão 
oxidados
Obesos não menos que 25 kcal/kg/dia
Desnutridos mais que 35 kcal/kg/dia
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR
RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA
Alimentos 
com alto teor 
energético e 
reduzida 
quantidade de 
proteínas
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA
Tratamento da DRC
Terapia Renal Substitutiva (Diálise)
Hemodiálise e Diálise Peritoneal 
Quando não é possível ou até que seja possível a realização de 
transplante renal
Permite o 
restabelecimento do 
equilíbrio eletrolítico 
e acidobásico
Terapêutica de 
remoção de solutos 
urêmicos
anormalmente 
acumulados e do 
excesso de água
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA
Eficiência da diálise pode ser avaliada mediante o 
cálculo do Kt/V de ureia
Kt/V de ureia = Depuração fracionada 
(quantas vezes a água corporal do paciente foi totalmente 
depurada de ureia)
K= depuração do dialisador
t= tempo ou a depuração da diálise
V= volume de água corporal do paciente
DIÁLISE
O plasma urêmico do
paciente é colocado em
contato com uma solução
de diálise (dialisato),
separados apenas por
uma membrana
permeável, por meio da
qual por difusão,
ultrafiltração ou osmose
ocorrem as passagens
dos solutos e da água
acumulada.
Eficiência na HD= Kt/V ≥ 1,2
Eficiência na DP= Kt/V semanal ≥ 1,7
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA
DESNUTRIÇÃO
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA
DESNUTRIÇÃO
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA
RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA
HD
Promove balanço 
nitrogenado neutro ou +
DP
Reposição da perda diária 
de proteínas que varia de 
5 a 15g/dia
< 1g/kg/dia associado a menor sobrevida
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA
RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA
35 Kcal/kg
Associada a ingestão 
proteica adequada promove 
balança nitrogenado neutro
-Idosos (> 60 anos) 
30 kcal/kg
- DP a energia da glicose 
absorvida do dialisato (40 
60%) deve ser subtraída do 
total de energia recomendada
- DP e DEP, não é 
necessário descontar a 
glicose absorvida
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
POTÁSSIO
Principal consequência é a 
ocorrência de arritmias 
cardíacas (complicação grave 
e fatal)
FASE NÃO DIALÍTICA
Controle do potássio na dieta
Quando houverelevação na 
concentração sérica ou quando 
a TFG < 15 mL/min. 
Diálise Peritoneal
Raramente apresentam 
hiperpotassemia.
Hemodiálise
Restrição dietética rigorosa, 
principalmente para os 
anúricos.
Hiperpotassemia/
Hipercalemia
Potássio sérico > 55 mEq/L
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
POTÁSSIO
Deve ser inferior a 70 mEq/dia
(aproximadamente 3g/dia)
Elevado teor de potássio
Hortaliças, frutas, leguminosas e 
oleaginosas
Cozimento
O processo de cozimento em 
água das hortaliças e frutas 
promove perda significativa d 
potássio (60%).
Hiperpotassemia
- Alimentos com pequena/média quantidade de 
potássio: 
Frutas= 3 porções/dia
Hortaliças cruas= 2 porções/dia
Ou
- Alimentos com elevada quantidade de potássio: 
Frutas= 2 porções/dia
Hortaliças cruas= 1 a 2 porções/dia
Ingestão 
de 
potássio
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
POTÁSSIO
Alimentos com 
Pequena e Média 
quantidade de 
potássio
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
POTÁSSIO
Alimentos com 
Elevada 
quantidade de 
potássio
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
POTÁSSIO
Alimentos com 
Elevada 
quantidade de 
potássio
-Caldo de feijão, de soja, de grão-de-bico e de 
lentilhas
- Amendoim, nozes, castanhas, avelã, amêndoas, 
pinhão
- Tomate seco, molho, extrato e massa de tomate
- Chocolate e achocolatados
- Água de coco
- Chimarrão
- Frutas secas (ameixa, uva passa, damasco), caldas 
das compotas de frutas, vinhos
- Suco de fruta concentrado
- Refrigerantes à base de laranja
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
POTÁSSIO- FATORES NÃO DIETÉTICOS QUE PODEM PROVOCAR HIPERPOTASSEMIA
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
CARAMBOLA
NÃO DEVE SER 
CONSUMIDA
 Nenhum dos seus subprodutos 
(suco, geleia, doce, sorvete)
 Contém um composto neurotóxico que 
normalmente é depurado pelos rins
 Com função renal diminuída ou inexistente, há 
um acúmulo dessa neurotoxina, 
desencadeando sintomas como: soluços 
persistentes, vômito, confusão mental, agitação, 
diminuição da força muscular
 Dependendo da quantidade e do tempo de 
atendimento pode levar a óbito
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
SÓDIO E LÍQUIDOS
Restrição da ingestão de sódio 
promove maior controle da pressão 
arterial e potencializa a resposta aos 
anti-hipertensivos.
Recomenda-se ingestão de sódio entre 
2.000 e 2.300 mg/dia
(5 a 6g/dia de sal -cloreto de sódio)
Diálise peritoneal
- Maior liberdade na ingestão de 
sódio e líquidos pois dialisa
diariamente
Hemodiálise
- Restrição de sódio é indicada 
(controle da ingestão de líquidos e 
minimizar o ganho de peso interdialítico
< 4 a 4,5% do peso seco).
- Líquidos de 500 a 1000 mL/dia + 
volume de diures em 24 h
Fase não dialítica
-Ingestão de sódio pode ser 
estimada pela excreção de sódio em 
urina de 24 horas
- Raramente há controle da ingestão 
hídrica
- Restrição hídrica em casos de ICC, hepatoatias com 
ascite.
Ingestão 
de sódio
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
SÓDIO E LÍQUIDOS
• Possui menos sódio do que convencional, sendo enriquecido com 
potássio
• Não deve ser utilizado pois pode causar hiperpotassemia.
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
SÓDIO E LÍQUIDOS
Não ingerir alimentos processados, como embutidos e enlatados e 
condimentos industrializados com conteúdo de sódio elevado 
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
SÓDIO E LÍQUIDOS
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
FÓSFORO
Hiperfosfatemia
(fósforo sérico > 5,5 mg/dL)
Contribui para o desenvolvimento 
do hiperparatireoidismo secundário 
e de doenças ósseas, fator de risco 
para calcificação vascular e óbito
Controle dietético
Realizado quando o fósforo 
sérico for superior ao valor de 
referência, ou aumento nos 
níveis de PTH.
Recomendação de ingestão
- No distúrbio mineral e ósseo 
não deve exceder 700 mg/dia
Fósforo em aditivos 
alimentares
Melhorar sabor, cor aumentar a vida útil do alimento
- Pães industrializados, queijos processados, 
biscoitos, alimentos semi-prontos e pratos 
congelados, embutidos, sucos artificais.
Ingestão 
de Fósforo
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
FÓSFORO
Procedimentos dialíticos 
são pouco eficientes na 
remoção de fósforo
Grande parte dos 
alimentos ricos em 
fósforo também possui 
quantidades significativas 
de proteína
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
FÓSFORO
Alimentos com 
menor relação 
proteína/fósforo
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
CÁLCIO
Recomendação de ingestão
- 1.400 a 1.600 mg/dia
(até 2.00 mg/dia)
Alcançada com suplementação
Hipercalcemia
- Pacientes em uso de vitamina D 
estão mais predispostos a 
desenvolver hipercalcemia
Níveis séricos devem 
ser monitorados
Ingestão 
de Cálcio
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
CÁLCIO
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
FERRO
Recomendação de ingestão
- Semelhantes a indivíduos 
saudáveis
Suplementação
- Pode ser necessária quando 
a dieta é restrita em proteínas.
- Empregada em pacientes em 
uso de eritropoetina
recombinante humana.
Níveis séricos devem 
ser monitorados
Ingestão 
de Ferro
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
FERRO
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
VITAMINAS
Recomendação de ingestão
A ingestão adequada pode 
tornar-se inadequada quando 
há restrição dietética de 
proteínas, potássio e fósforo.
Diálise
Ocorrem perdas 
principalmente de vitaminas 
hidrossolúveis (vitamina C e as 
do complexo B) 
A vitamina D na sua 
forma ativa (calcitriol) 
deve ser prescrita 
individualmente
As vitaminas A e K não devem 
ser suplementadas, a menos 
que haja deficiência
Ingestão de 
Vitaminas
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES
VITAMINAS
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
DESNUTRIÇÃO
Tratamento das 
comorbidades
Correção dos 
distúrbios 
metabólicos e 
hormonais
Terapia Nutricional
(suplementação 
nutricional)
Exercício físico
Adequação da 
diálise
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
DESNUTRIÇÃO
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL- INDICAÇÃO
Ingestão alimentar reduzida e orientação dietética não 
é capaz de promover aumento na ingestão energética e 
proteica (atenção aos idosos) 
No hipermetabolismo
(quadro inflamatório ou infeccioso)
Paciente em HD com IMC < 20 kg/m2 ou que 
apresentem redução maior que 10% de seu peso seco 
em 6 meses
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
DESNUTRIÇÃO
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
DESNUTRIÇÃO
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC
DESNUTRIÇÃO
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LRA
PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
A desnutrição se 
associou à maior 
incidência de 
complicações, 
maior tempo de 
internação e maior 
mortalidade
Apresentam alteração no 
metabolismo de todos os 
macronutrientes, e como 
principais consequências
hiperglicemia, 
hipertrigliceridemia e 
hipercatabolismo
Um estudo 
encontrou que 
42% dos 
pacientes com 
LRA eram 
gravemente 
desnutridos
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LRA
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL
Terapia 
Nutricional
Evitar DPE
Minimizar 
inflamaçãoMelhorar 
função 
imune e 
cicatrização
Melhorar 
atividade 
antioxidante
Preservar 
massa 
magra
Reduzir 
mortalidade
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LRA
RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA
Acima de 30 kcal/kg/dia não 
apresentam benefícios e 
podem desencadear 
complicações (hiperglicemia, 
hipervolemia e 
hipertrigliceridemia
O gasto 
energético na 
LRA não 
ultrapassa 30% 
do GEB
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LRA
RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA
Pacientes em diálise 
estendida ( 6a 12h/dia) 
ou contínua 
apresentam taxas de 
catabolismo entre 1,4 e 
1,8g/kg/dia
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
CÁLCIO
Estudos sugerem que dietas com conteúdo normal 
de cálcio, mas pobres em proteína animal e em sal, 
podem ser úteis na prevenção de cálculos.
Quando se consome cálcio em quantidades adequadas, o cálcio absorvido se liga
ao oxalato, formando um complexo insolúvel, que é excretado nas fezes. Portanto,
o cálcio tem um poder QUELANTE sobre o oxalato.
A restrição de cálcio potencialmente induz a hiperoxalúria secundária, por causa
da menor disponibilidade de cálcio no lúmen intestinal para complexação com o
oxalato, permitindo que uma quantidade maior de oxalato livre fosse absorvida.
800 a 1.000 mg/dia
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
CÁLCIO
Estudos sugerem que dietas com conteúdo normal de cálcio.
800 a 1.000 mg/dia
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
OXALATO
Recomenda-se restrição no consumo de oxalato
A restrição de oxalato reside no fato de que o oxalato de cálcio é o
principal componente dietético da maioria dos cálculos renais.
< 150 mg/dia
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
OXALATO
Recomenda-se restrição no consumo de oxalato
< 150 mg/dia
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
OXALATO
O catabolismo do
oxalato é processado
por meio de reações
de oxidação e
descarboxilação
catalisadas por
bactérias anaeróbias
na luz intestinal
(Oxalobacter
formigenes).
A colonização por 
Oxalobacter formigenes
é significantemente 
menor em pacientes 
com litíase renal.
Algumas lactobactérias
(Lactobacillus casei e 
Bifidobacterium breve) 
utilizam o oxalato como 
fonte de energia, 
limitando sua absorção 
intestinal e aumentando 
a oxalúria.
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
SÓDIO
O papel da elevada ingestão de sódio na
litogênese é baseado em seu potencial
efeito em elevar o cálcio urinário em
decorrência do transporte comum de ambos
em túbulo proximal.
A ingestão de sal não deve ultrapassar 
9g/dia 
(bem como a redução no consumo de 
alimentos enlatados, conservados e/ou 
industrializados em salmoura, clados
concentrados, sopas desidratadas, 
embutidos, defumados, carnes salgadas)
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
POTÁSSIO
Alimentos ricos em potássio geralmente são
ricos em precursores de bicarbonatos,
causando alcalinização sistêmica,
reduzindo a reabsorção renal de citrato e
aumentando a sua excreção.
Orienta-se a ingestão de alimentos ricos 
em potássio 
> 5 mEq de potássio/porção
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
VITAMINA C
O ácido ascórbico pode ser metabolizado a
oxalato, e poderia aumentar a excreção de
oxalato e elevar o risco de formação de
cálculo de oxalato de cálcio.
Indivíduos litiásicos devem ser 
aconselhados a evitar a utilização de 
suplementos de vitamina C em 
quantidades superiores a 500 mg/dia.
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
PROTEÍNA
A elevada ingestão de
proteína animal contribui
para a hiperuricosúria,
por causa da sobrecarga
de purinas
Em pacientes litiásicos o 
consumo de proteínas 
deve ser entre 
08, a 1g/kg/dia
(leite e derivados não 
devem ser restritos pelo 
elevado conteúdo de 
cálcio
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
CARBOIDRATOS
A frutose 
na forma de xarope de 
milho
Pode aumentar a absorção
intestinal de cálcio e reduzir sua
reabsorção no túbulo distal,
resultando em hipercalciúria.
Pode aumentar a excreção de
oxalato
Pode aumentar a produção de
ácido úrico.
Preferível o consumo de sucos naturais
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL
LÍQUIDOS
Efeito diluidor da urina e
diminuição da saturação dos seus
componentes.
Volume ideal de líquidos ingeridos
deve gerar 2l de urina (cerca de
30 mL/kg/dia)
O líquido mais indicado é a água.
É UMA DAS MEDIDAS MAIS IMPORTANTES PARA A 
PREVENÇAO DA RECORRÊNCIA DA LITÍASE RENAL
BIBLIOGRAFIA

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