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Nutrição Clínica Avançada TRATAMENTO NUTRICIONAL DAS DOENÇAS RENAIS Profª Drª Luciene S Venancio Lotufo Brant PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA DRC • Distúrbios hídricos • Presença de edema e/ou ascite • Peso ajustado = (peso ideal* - peso atual) x 0,25 + peso atual • Peso ideal= Compleição física PESO CORPORAL • Peso corporal, especialmente em pacientes em diálise, nos quais há ausência de edema periférico detectável e pressão arterial normal • Em HD, o peso corporal deve ser obtido sempre após a sessão • Em DP, o volume da solução de diálise presente na cavidade peritoneal deve ser descontado do peso aferido. “PESO SECO” • IMC < 23 kg/m2 indica RISCO NUTRICIONAL na DRC por se associar com morbidade e mortalidade CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA DRC PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA DRC AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR-PROTEÍNA Equivante proteico do aparecimento de nitrogênio (PNA) Fórmulas de estimativa (g de proteína/dia ou g/kg/dia) Avaliação do nitrogênio ureico urinário na urina de 24 horas Ingestão proteica Estimada a partir de equações que empregam a geração de nitrogênio Nitrogênio ureico Vantagem: possibilidade de avaliar a ingestão proteica independente do relato do paciente PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA DRC AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR-PROTEÍNA TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC Tratamento da DRC Terapia Renal Substitutiva (Diálise) Diálise Peritoneal Hemodiálise Fase Não dialítica (Tratamento conservador) Objetivos - Retardar o ritmo de progressão da disfunção renal - Prevenir as complicações - Tratar as comorbidades - Preparar o paciente para a terapia renal substitutiva TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR Tratamento da DRC Fase Não dialítica (Tratamento conservador) A terapia nutricional constitui parte fundamental do tratamento (inclusive nos estágios iniciais), pois contribui para minimizar os vários distúrbios hormonais, metabólicos e hidroeletrolíticos Pior condição nutricional no início do tratamento dialítico contribui para pior sobrevida Pacientes que não recebem orientação e acompanhamento nutricional reduzem espontaneamente o consumo alimentar Maior depleção nutricional (acompanha a diminuição da função renal) TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA RESTRIÇÃO PROTEICA Ativação de mecanismos adaptativos que possibilitam a manutenção do balanço nitrogenado e do estado nutricional Compensar o aumento do catabolismo proteico muscular resultante do descontrole glicêmico (reavaliar para reajustar) TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA - protege o rim contra danos -reduz o ritmo de progressão da doença renal - reduz a sintomatologia urêmica - prolonga o tempo para a entrada em diálise - reduz risco de morte BENEFÍCIOS DA RESTRIÇÃO DE PROTEÍNAS EFEITO MULTIFATORIAL -Diminuição da pressão intraglomerular - redução no consumo renal de oxigênio e do estresse oxidativo - redução na geração de produtos nitrogenados tóxicos e de íons inorgânicos causadores da uremia - tratamento do hiperparatireoidismo, acidose metabólica, intolerância a glicose, HAS, hipercalemia TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA PROTEÍNA DE ALTO VALOR BIOLÓGICO - 50% do total de proteína da dieta - origem animal: lácteos e derivados, ovos, carnes, pescados CETOÁCIDOS - São análogos de aminoácidos essenciais sem N, e no fígado, ocorre a incorporação de N disponível à cadeia carbônica do aminoácido (transaminação), formando o aminoácido essencial. - Ao mesmo tempo, suprem as necessidades de aminoácidos essenciais e diminuem a formação de compostos nitrogenados tóxicos. MENOR INGESTÃO PROTEICA INDEPENDENTE DO TIPO DE PROTEÍNA Comparando-se a dieta hipoproteica à base de proteína vegetal (soja) com a de base animal, não se observaram diferenças na função renal (ritmo de progressão da doença e diminuição de proteinúria). TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA Condição Clínica Mecanismos Anorexia Reduzida ingestão de energia Acidose metabólica Estimulação da degradação proteica e de aminoácidos Infecção/Inflamação Estimulação da degradação proteica Diabetes mal controlado Estimulação da degradação proteica e supressão da síntese proteica Em algumas condições clínicas, a adaptação metabólica da restrição proteica pode ser prejudicada TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA Ingestão energética suficiente, pois no caso de ingestão protéica elevada, os cetoácidos e os aminoácidos serão oxidados Obesos não menos que 25 kcal/kg/dia Desnutridos mais que 35 kcal/kg/dia TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA Alimentos com alto teor energético e reduzida quantidade de proteínas TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA Tratamento da DRC Terapia Renal Substitutiva (Diálise) Hemodiálise e Diálise Peritoneal Quando não é possível ou até que seja possível a realização de transplante renal Permite o restabelecimento do equilíbrio eletrolítico e acidobásico Terapêutica de remoção de solutos urêmicos anormalmente acumulados e do excesso de água TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA Eficiência da diálise pode ser avaliada mediante o cálculo do Kt/V de ureia Kt/V de ureia = Depuração fracionada (quantas vezes a água corporal do paciente foi totalmente depurada de ureia) K= depuração do dialisador t= tempo ou a depuração da diálise V= volume de água corporal do paciente DIÁLISE O plasma urêmico do paciente é colocado em contato com uma solução de diálise (dialisato), separados apenas por uma membrana permeável, por meio da qual por difusão, ultrafiltração ou osmose ocorrem as passagens dos solutos e da água acumulada. Eficiência na HD= Kt/V ≥ 1,2 Eficiência na DP= Kt/V semanal ≥ 1,7 TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA DESNUTRIÇÃO TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA DESNUTRIÇÃO TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA HD Promove balanço nitrogenado neutro ou + DP Reposição da perda diária de proteínas que varia de 5 a 15g/dia < 1g/kg/dia associado a menor sobrevida TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA OU FASE DIALÍTICA RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA 35 Kcal/kg Associada a ingestão proteica adequada promove balança nitrogenado neutro -Idosos (> 60 anos) 30 kcal/kg - DP a energia da glicose absorvida do dialisato (40 60%) deve ser subtraída do total de energia recomendada - DP e DEP, não é necessário descontar a glicose absorvida TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES POTÁSSIO Principal consequência é a ocorrência de arritmias cardíacas (complicação grave e fatal) FASE NÃO DIALÍTICA Controle do potássio na dieta Quando houverelevação na concentração sérica ou quando a TFG < 15 mL/min. Diálise Peritoneal Raramente apresentam hiperpotassemia. Hemodiálise Restrição dietética rigorosa, principalmente para os anúricos. Hiperpotassemia/ Hipercalemia Potássio sérico > 55 mEq/L TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES POTÁSSIO Deve ser inferior a 70 mEq/dia (aproximadamente 3g/dia) Elevado teor de potássio Hortaliças, frutas, leguminosas e oleaginosas Cozimento O processo de cozimento em água das hortaliças e frutas promove perda significativa d potássio (60%). Hiperpotassemia - Alimentos com pequena/média quantidade de potássio: Frutas= 3 porções/dia Hortaliças cruas= 2 porções/dia Ou - Alimentos com elevada quantidade de potássio: Frutas= 2 porções/dia Hortaliças cruas= 1 a 2 porções/dia Ingestão de potássio TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES POTÁSSIO Alimentos com Pequena e Média quantidade de potássio TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES POTÁSSIO Alimentos com Elevada quantidade de potássio TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES POTÁSSIO Alimentos com Elevada quantidade de potássio -Caldo de feijão, de soja, de grão-de-bico e de lentilhas - Amendoim, nozes, castanhas, avelã, amêndoas, pinhão - Tomate seco, molho, extrato e massa de tomate - Chocolate e achocolatados - Água de coco - Chimarrão - Frutas secas (ameixa, uva passa, damasco), caldas das compotas de frutas, vinhos - Suco de fruta concentrado - Refrigerantes à base de laranja TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES POTÁSSIO- FATORES NÃO DIETÉTICOS QUE PODEM PROVOCAR HIPERPOTASSEMIA TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES CARAMBOLA NÃO DEVE SER CONSUMIDA Nenhum dos seus subprodutos (suco, geleia, doce, sorvete) Contém um composto neurotóxico que normalmente é depurado pelos rins Com função renal diminuída ou inexistente, há um acúmulo dessa neurotoxina, desencadeando sintomas como: soluços persistentes, vômito, confusão mental, agitação, diminuição da força muscular Dependendo da quantidade e do tempo de atendimento pode levar a óbito TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES SÓDIO E LÍQUIDOS Restrição da ingestão de sódio promove maior controle da pressão arterial e potencializa a resposta aos anti-hipertensivos. Recomenda-se ingestão de sódio entre 2.000 e 2.300 mg/dia (5 a 6g/dia de sal -cloreto de sódio) Diálise peritoneal - Maior liberdade na ingestão de sódio e líquidos pois dialisa diariamente Hemodiálise - Restrição de sódio é indicada (controle da ingestão de líquidos e minimizar o ganho de peso interdialítico < 4 a 4,5% do peso seco). - Líquidos de 500 a 1000 mL/dia + volume de diures em 24 h Fase não dialítica -Ingestão de sódio pode ser estimada pela excreção de sódio em urina de 24 horas - Raramente há controle da ingestão hídrica - Restrição hídrica em casos de ICC, hepatoatias com ascite. Ingestão de sódio TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES SÓDIO E LÍQUIDOS • Possui menos sódio do que convencional, sendo enriquecido com potássio • Não deve ser utilizado pois pode causar hiperpotassemia. TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES SÓDIO E LÍQUIDOS Não ingerir alimentos processados, como embutidos e enlatados e condimentos industrializados com conteúdo de sódio elevado TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES SÓDIO E LÍQUIDOS TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES FÓSFORO Hiperfosfatemia (fósforo sérico > 5,5 mg/dL) Contribui para o desenvolvimento do hiperparatireoidismo secundário e de doenças ósseas, fator de risco para calcificação vascular e óbito Controle dietético Realizado quando o fósforo sérico for superior ao valor de referência, ou aumento nos níveis de PTH. Recomendação de ingestão - No distúrbio mineral e ósseo não deve exceder 700 mg/dia Fósforo em aditivos alimentares Melhorar sabor, cor aumentar a vida útil do alimento - Pães industrializados, queijos processados, biscoitos, alimentos semi-prontos e pratos congelados, embutidos, sucos artificais. Ingestão de Fósforo TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES FÓSFORO Procedimentos dialíticos são pouco eficientes na remoção de fósforo Grande parte dos alimentos ricos em fósforo também possui quantidades significativas de proteína TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES FÓSFORO Alimentos com menor relação proteína/fósforo TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES CÁLCIO Recomendação de ingestão - 1.400 a 1.600 mg/dia (até 2.00 mg/dia) Alcançada com suplementação Hipercalcemia - Pacientes em uso de vitamina D estão mais predispostos a desenvolver hipercalcemia Níveis séricos devem ser monitorados Ingestão de Cálcio TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES CÁLCIO TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES FERRO Recomendação de ingestão - Semelhantes a indivíduos saudáveis Suplementação - Pode ser necessária quando a dieta é restrita em proteínas. - Empregada em pacientes em uso de eritropoetina recombinante humana. Níveis séricos devem ser monitorados Ingestão de Ferro TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES FERRO TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES VITAMINAS Recomendação de ingestão A ingestão adequada pode tornar-se inadequada quando há restrição dietética de proteínas, potássio e fósforo. Diálise Ocorrem perdas principalmente de vitaminas hidrossolúveis (vitamina C e as do complexo B) A vitamina D na sua forma ativa (calcitriol) deve ser prescrita individualmente As vitaminas A e K não devem ser suplementadas, a menos que haja deficiência Ingestão de Vitaminas TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC RECOMENDAÇÕES DE OUTROS NUTRIENTES VITAMINAS TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC DESNUTRIÇÃO Tratamento das comorbidades Correção dos distúrbios metabólicos e hormonais Terapia Nutricional (suplementação nutricional) Exercício físico Adequação da diálise TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC DESNUTRIÇÃO SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL- INDICAÇÃO Ingestão alimentar reduzida e orientação dietética não é capaz de promover aumento na ingestão energética e proteica (atenção aos idosos) No hipermetabolismo (quadro inflamatório ou infeccioso) Paciente em HD com IMC < 20 kg/m2 ou que apresentem redução maior que 10% de seu peso seco em 6 meses TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC DESNUTRIÇÃO TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC DESNUTRIÇÃO TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DRC DESNUTRIÇÃO TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LRA PECULIARIDADES NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL A desnutrição se associou à maior incidência de complicações, maior tempo de internação e maior mortalidade Apresentam alteração no metabolismo de todos os macronutrientes, e como principais consequências hiperglicemia, hipertrigliceridemia e hipercatabolismo Um estudo encontrou que 42% dos pacientes com LRA eram gravemente desnutridos TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LRA OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL Terapia Nutricional Evitar DPE Minimizar inflamaçãoMelhorar função imune e cicatrização Melhorar atividade antioxidante Preservar massa magra Reduzir mortalidade TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LRA RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA Acima de 30 kcal/kg/dia não apresentam benefícios e podem desencadear complicações (hiperglicemia, hipervolemia e hipertrigliceridemia O gasto energético na LRA não ultrapassa 30% do GEB TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LRA RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNA Pacientes em diálise estendida ( 6a 12h/dia) ou contínua apresentam taxas de catabolismo entre 1,4 e 1,8g/kg/dia TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL CÁLCIO Estudos sugerem que dietas com conteúdo normal de cálcio, mas pobres em proteína animal e em sal, podem ser úteis na prevenção de cálculos. Quando se consome cálcio em quantidades adequadas, o cálcio absorvido se liga ao oxalato, formando um complexo insolúvel, que é excretado nas fezes. Portanto, o cálcio tem um poder QUELANTE sobre o oxalato. A restrição de cálcio potencialmente induz a hiperoxalúria secundária, por causa da menor disponibilidade de cálcio no lúmen intestinal para complexação com o oxalato, permitindo que uma quantidade maior de oxalato livre fosse absorvida. 800 a 1.000 mg/dia TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL CÁLCIO Estudos sugerem que dietas com conteúdo normal de cálcio. 800 a 1.000 mg/dia TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL OXALATO Recomenda-se restrição no consumo de oxalato A restrição de oxalato reside no fato de que o oxalato de cálcio é o principal componente dietético da maioria dos cálculos renais. < 150 mg/dia TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL OXALATO Recomenda-se restrição no consumo de oxalato < 150 mg/dia TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL OXALATO O catabolismo do oxalato é processado por meio de reações de oxidação e descarboxilação catalisadas por bactérias anaeróbias na luz intestinal (Oxalobacter formigenes). A colonização por Oxalobacter formigenes é significantemente menor em pacientes com litíase renal. Algumas lactobactérias (Lactobacillus casei e Bifidobacterium breve) utilizam o oxalato como fonte de energia, limitando sua absorção intestinal e aumentando a oxalúria. TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL SÓDIO O papel da elevada ingestão de sódio na litogênese é baseado em seu potencial efeito em elevar o cálcio urinário em decorrência do transporte comum de ambos em túbulo proximal. A ingestão de sal não deve ultrapassar 9g/dia (bem como a redução no consumo de alimentos enlatados, conservados e/ou industrializados em salmoura, clados concentrados, sopas desidratadas, embutidos, defumados, carnes salgadas) TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL POTÁSSIO Alimentos ricos em potássio geralmente são ricos em precursores de bicarbonatos, causando alcalinização sistêmica, reduzindo a reabsorção renal de citrato e aumentando a sua excreção. Orienta-se a ingestão de alimentos ricos em potássio > 5 mEq de potássio/porção TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL VITAMINA C O ácido ascórbico pode ser metabolizado a oxalato, e poderia aumentar a excreção de oxalato e elevar o risco de formação de cálculo de oxalato de cálcio. Indivíduos litiásicos devem ser aconselhados a evitar a utilização de suplementos de vitamina C em quantidades superiores a 500 mg/dia. TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL PROTEÍNA A elevada ingestão de proteína animal contribui para a hiperuricosúria, por causa da sobrecarga de purinas Em pacientes litiásicos o consumo de proteínas deve ser entre 08, a 1g/kg/dia (leite e derivados não devem ser restritos pelo elevado conteúdo de cálcio TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL CARBOIDRATOS A frutose na forma de xarope de milho Pode aumentar a absorção intestinal de cálcio e reduzir sua reabsorção no túbulo distal, resultando em hipercalciúria. Pode aumentar a excreção de oxalato Pode aumentar a produção de ácido úrico. Preferível o consumo de sucos naturais TRATAMENTO NUTRICIONAL NA LITÍASE RENAL LÍQUIDOS Efeito diluidor da urina e diminuição da saturação dos seus componentes. Volume ideal de líquidos ingeridos deve gerar 2l de urina (cerca de 30 mL/kg/dia) O líquido mais indicado é a água. É UMA DAS MEDIDAS MAIS IMPORTANTES PARA A PREVENÇAO DA RECORRÊNCIA DA LITÍASE RENAL BIBLIOGRAFIA
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