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Terapia Nutricional para indivíduos com Insuficiência Renal

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Terapia Nutricional para 
indivíduos com Insuficiência 
Renal 
Nutr. Laila Santos de Andrade 
Especialização em Nutrição Aplicada às Doenças Renais - UNIFESP 
Mestra e Doutora em Ciências com ênfase em Nefrologia - UNIFESP 
Curso de Terapia Nutricional e Nutrição Clínica 
GANEP Educação 
Funções dos Rins 
Homeostática 
• Equilíbrio hidroeletrolítico e ácido básico 
Endócrina 
• Renina (hemodinâmica sistêmica e renal) 
• Eritropoetina (maturação dos eritrócitos) 
• Vitamina D ativa (metabolismo ósseo) 
Excretória 
• Produtos finais do metabolismo 
• Drogas e medicamentos 
Lesão Renal Aguda (LRA) 
 Redução brusca da função renal 
Critérios para diagnóstico da LRA: 
KDIGO, 2012 
Aumento da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dL em 48 horas; 
 
 
 
Aumento da creatinina sérica de pelo menos 50% do valor basal em 7 dias; 
 
 
 
Volume urinário < 0,5 mL/kg/hora por 6 horas. 
ou 
ou 
Lesão Renal Aguda (LRA) 
Makris, K. and Spanou, L., 2016 
Lesão Renal Aguda (LRA) 
 Alterações no metabolismo de todos os macronutrientes, o que leva a 
hiperglicemia, hipertrigliceridemia e ao hipercatabolismo; 
 Suporte nutricional: 
 Evitar subnutrição energético-proteica; 
 Minimizar a inflamação; 
 Reduzir o risco de mortalidade; 
 Preservar a massa magra; 
 Melhorar a atividade antioxidante 
 Evitar complicações e distúrbios metabólicos; 
 Melhorar a função imune e a cicatrização. 
Lesão Renal Aguda (LRA) 
* Ofertas superiores a 30 kcal/kg/dia de calorias não proteicas, além de não 
apresentarem benefícios na redução do catabolismo, podem desencadear 
complicações como hiperglicemia, hipervolemia e hipertrigliceridemia. 
Recomendação de energia 
 Calorimetria indireta (CI)- método padrão-ouro para 
determinação de gasto energético; 
25 a 30 kcal/kg/dia  Ausência da CI 
 Estimativa do peso seco- Desafio 
ASPEN, 2016 
Lesão Renal Aguda (LRA) 
Recomendações de proteínas 
Referências Proteína (g/kg/dia) 
Fiaccadori et al., 2013 
Sem catabolismo e sem diálise: 0,8 a 1 
Catabolismo moderado, em diálise: 1,2 a 1,5 
Catabolismo grave, em diálise contínua ou 
estendida: 1,7 a 2 
ASPEN, 2016 1,2 a 2,5 
Cálculo do catabolismo proteico por meio do aparecimento de 
nitrogênio ureico (ANU): 
ANU (g/d) = excreção de NUU + variação do NUS 
Em que: 
NUU = nitrogênio ureico urinário (mg/dL) 
NUS = nitrogênio ureico sérico inicial (NUS1) e final (NUS2) (mg/dL) 
PC = peso corporal inicial (PC1) e final (PC2) (kg) 
V = volume urinário (L) 
Para os pacientes em diálise, acrescentar as perdas de nitrogênio ureico no dialisato. 
Drum, W., 2005; Fouque, D. et al., 2008 
Excreção de NUU = NUU x V 
Variação do NUS = (NUS2 – NUS1) x 0,006 x PC1 + (PC2 – PC1) x NUS2/100 
Nitrogênio ureico= [] ureia x 0,467 
Balanço nitrogenado: 
Balanço nitrogenado = nitrogênio dietético ingerido – ANU 
Balanço nitrogenado Classificação do catabolismo 
≥ 0 Neutro ou Anabolismo 
< -5 Leve 
-5 a -10 Moderado 
> -10 Grave 
Drum, W., 2005; Fouque, D. et al., 2008 
Nitrogênio dietético ingerido = proteína ingerida (g)/6,25 
Avaliação nutricional na LRA 
 Em torno de 60% dos pacientes hospitalizados com LRA apresentam 
algum grau de subnutrição; 
 
 Pacientes críticos- métodos convencionais de diagnóstico do estado 
nutricional são pouco úteis e pouco confiáveis. 
ASPEN, 2016; Bufarah, MNB. et al., 2019 
Ferramentas para diagnóstico do risco nutricional: 
 Paciente não crítico- NRS-2002 
 
 Paciente crítico- escore NUTRIC 
Administração da dieta 
 Preferencialmente: via oral; 
 Se a alimentação via oral não for possível, iniciar a alimentação via enteral 
dentro de 24 a 48 horas; 
 Em até 72 horas o paciente deve receber pelo menos 80% das recomendações 
calórico-proteicas- monitorar para que não ocorra síndrome de realimentação; 
 A nutrição parenteral deve ser indicada para complementar o aporte nutricional 
quando não for possível oferecer ao menos 60% das recomendações calórico-
proteicas por mais de 7-10 dias pela via enteral; 
 A parenteral deve ser iniciada o mais rapidamente possível em pacientes com 
alto risco nutricional ou gravemente subnutridos. 
ASPEN, 2016 
Doença Renal Crônica (DRC) 
KDIGO, 2012 
 A DRC caracteriza-se por anormalidades estruturais ou 
funcionais do rim, presentes por mais de 3 meses, com 
implicações para saúde. 
Taxa de Filtração Glomerular (TFG) 
Depuração de creatinina (urina de 24 horas) 
Equações para estimar a depuração de creatinina: 
 
 MDRD 
 
 CKD-EPI 
Classificação da DRC 
Categoria 
TFG 
(mL/min/1,73m2) 
Albuminúria 
1 90 Presente 
2 89 a 60 Presente 
3a 59 a 45 Presente ou ausente 
3b 44 a 30 Presente ou ausente 
4 29 a 15 Presente ou ausente 
5 
<15 
(dependente ou não de diálise) 
Presente ou ausente 
TFG: taxa de filtração glomerular 
KDIGO, 2012 
Sangue Sangue 
Rim 
Urina Urina 
Rim 
Toxinas urêmicas Toxinas urêmicas 
Saudável Doente 
Principais manifestações clínicas: 
 Pressão arterial descontrolada; 
 
 Inchaço no rosto, pés e mãos; 
 
 Náusea, vômito e falta de apetite 
 
 Palidez, cansaço e pele amarelada; 
 
 Hálito urêmico; 
 
 Fragilidade dos ossos. 
Etiologia da DRC 
• Hipertensão arterial 
• Diabete Melito 
• Glomerulopatias 
• Obstruções 
– Tumores e cálculos 
• Rins Policísticos 
• Outros: 
– doenças imunológicas 
– doenças infecciosas 
– infecção urinária de repetição 
– uso crônico de antiinflamatórios 
não-esteróides (AINEs) 
Diagnóstico de base dos pacientes em diálise 
Fonte: Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia 
 Prevalência de DRC 
Global- 9%; 
 
 697 milhões de pessoas com DRC no mundo; 
 
 17 milhões de pessoas com DRC no Brasil. 
Collaboration GCKD; Lancet, 2020 
 
 Prevalência de DRC Diálise 
Neves, PDMM. et al., 2020 
 
Aumento de 58% na prevalência de pacientes em diálise crônica 
entre 2009 e 2018 no Brasil. 
Fases do tratamento de indivíduos com DRC: 
Doença Renal Crônica 
(DRC) 
 Não dialítica ou Tratamento Conservador 
 
 
 Terapia renal substitutiva: 
 
 - Diálise (Hemodiálise e Diálise Peritoneal) 
 
 - Transplante renal 
Objetivos da terapia nutricional 
 Reduzir o acúmulo de produtos nitrogenados e eletrólitos 
 Reduzir a sintomatologia urêmica 
 Auxiliar no controle de complicações metabólicas e hormonais 
 
 
 
 Retardar o ritmo de progressão da doença 
 Auxiliar na prevenção ou no controle de alterações nutricionais - 
subnutrição energético proteica ou obesidade 
 
 Acidose metabólica 
 Resistência à insulina 
 Hiperparatiroidismo secundário/Hiperfosfatemia 
 Hiperpotassemia 
 Dislipidemia 
 Doenças cardiovasculares 
 Hipertensão 
Nós Comemos! 
“Comida também tem a ver com prazer, 
comunidade, família e espiritualidade, com nossa 
relação com o mundo natural e com a expressão 
de nossa identidade.” Michael Pollan 
Guia Alimentar para população brasileira, MS., 2ª edição, 2014. 
“A transformação para dietas saudáveis até 2050 vai exigir mudanças 
substanciais na dieta. O consumo geral de frutas, vegetais, nozes e legumes 
terá que duplicar, e o consumo de alimentos como carne vermelha e açúcar 
terá que ser reduzido em mais de 50%. Uma dieta rica em alimentos à base 
de plantas e com menos alimentos de origem animal confere benefícios à 
saúde e ao meio ambiente.” 
 
 
 Proteína 
Ko, GJ. et al., 2017 
Estudo experimental (ratos) - % glomérulos esclerosados 
Restrição proteica e Progressão da DRC 
 
Dieta hipoproteica 
 
Dieta hiperproteica 
Hostetter TH, Kidney Int, 1986 
Fouque, D., Aparicio, M., 2007; Ko, GJ. et al., 2017 
 
 
 Proteína 
KDOQI 2020 
Proteína (g/kg/dia) 
Categorias 1 e 2 (TFG > 60 mL/min) 0,8 a 1 
Categorias 3 a 5 (TFG < 60 
mL/min), sem diabetes 
0,55 a 0,60 ou 
0,28 a 0,43 suplementada com AAE e 
cetoácidos 
Categorias 3 a 5 (TFG < 60 
mL/min), com diabetes 
 
0,6 a 0,8 
Uma dieta com alta proporção de proteínas de 
origem vegetalestá associada a menor 
mortalidade dentre indivíduos com DRC. 
Cases, A. et al., 2019 
KDOQI 2020 
Recomendação de energia 
Indivíduos metabolicamente estáveis 
25 a 35 kcal/kg/dia 
Considerar: idade, sexo, nível de atividade física, composição 
corporal, nível de função renal, doenças, presença de inflamação. 
Guiar inicialmente o planejamento da orientação dietética. 
 
Monitorar e realizar ajustes 
Avaliação da ingestão alimentar 
 Métodos para avaliação da ingestão alimentar 
• Registro alimentar de 3 dias 
• Recordatório alimentar de 24 horas 
• Questionários de frequência de ingestão alimentar 
 
 Excreção de nitrogênio 
• Equivalente proteico do aparecimento de nitrogênio 
(PNA) 
KDOQI 2020 
PROTEIN NITROGEN APPEARANCE (PNA) 
 Considerações: 
- Balanço nitrogenado neutro 
- Pode não refletir o hábito – ingestão pontual 
- Coleta adequada da urina 
 
PNA (g prot/d) = [(NUU (g)) + (0,031 g N x kg)] x 6,25 
NUU (nitrogênio uréico urinário) = Vol.Uri 24 h (L) x (Uréia Uri (g/L) ÷ 2,14) 
Marroni BJ et al, KI, 1985 
Suplementação 
Suplementação oral – Mínimo 3 meses 
 
Avaliar necessidade de nutrição enteral ou parenteral. 
KDOQI 2020 
Potássio 
Aumento da secreção tubular de 
potássio 
 
Aumento da excreção de potássio 
pelas fezes 
Orientar controle da ingestão de potássio se: 
 
 Hiperpotassemia (> 5,0 mEq/L) 
 
 TFG < 15 mL/min 
Arritmias cardíacas 
Como orientar redução na ingestão de potássio? 
Principais fontes de potássio: 
 
  Frutas 
 
 Hortaliças 
 
 
 
 Leguminosas 
 
 Oleaginosas 
 
 
 Limitar a ingestão de alimentos com alto teor 
de potássio 
 
 Método específico de cocção de legumes 
Alimentos com ≥ 5,1 mEq de potássio/porção 
Frutas: 
• Laranja pera 
 
• Mamão formosa 
 
• Abacate 
 
• Uva 
 
• Goiaba 
 
• Fruta do conde 
• Banana nanica 
 
• Banana prata 
 
• Melão 
 
• Kiwi 
 
• Água de coco 
 
• Maracujá 
 
• Jaca 
• Laranja lima 
 
• Maçã 
 
• Pera 
 
• Banana-maçã 
 
• Jabuticaba 
 
• Acerola 
 
• Ameixa 
• Abacaxi 
 
• Caqui 
 
• Morango 
 
• Pêssego 
 
• Melancia 
 
• Limão 
 
• Manga 
Alimentos com ≤ 5,0 mEq de potássio/porção 
Método específico de cocção para os vegetais: 
 Pré-cocção: remover cascas e fatiar em pedaços pequenos 
 Cocção: 1x em água  desprezar água 
 Tempo necessário: de acordo com cada alimento 
 
Perda média de potássio: ~60% 
Cuppari et al., 2004 
Fatores que contribuem com o aumento 
da concentração sérica de potássio: 
 Constipação 
 
 Acidose metabólica 
 
 Deficiência de insulina 
 
 Uso de determinados medicamentos 
Evenepoel P., Meijers BK., Kidney International. 2012 
Padrões alimentares saudáveis: 
 Frutas e legumes, peixe, legumes, cereais, cereais integrais e fibras 
 Carnes vermelhas, sal e açúcar refinado 
2018 
CARAMBOLA 
• Neurotoxicidade 
• Soluços, vômitos, astenia, confusão mental, 
convulsões, coma e óbito. 
CARAMBOXINA 
Neto, M.M. et al., 2003; Garcia-Cairasco, N. et al., 2013 
Sódio 
Excreção urinária de sódio 
associação Risco de progressão da DRC 
Risco de DCV 
Sódio 
< 2 g de sódio/dia 
 
< 5 g de sal/dia 
Restrição de sódio: 
 
 Auxilia no controle da pressão arterial 
 
 Potencializa a ação dos anti-hipertensivos 
 
 Reduz proteinúria 
Weir, M.R., et al., 2005; McMahon, E.J., et al., 2013; Kwakernaak A.J. et al., 2014; KDIGO, 2012. 
Sódio 
Limitar a ingestão de alimentos ricos em sódio 
 Embutidos em geral 
 Molhos e temperos industrializados 
 Alimentos enlatados em conserva 
 Macarrão e sopas instantâneas 
 Molho de soja (shoyo) 
 Glutamato monossódico 
 Alimentos industrializados prontos para consumo 
 (ex: hambúrgueres e nuggets) 
 Salgadinhos de pacote 
 Carnes salgadas: bacalhau, carne seca, se não bem dessalgadas 
NÃO USAR SAL DIETÉTICO 
 Alho 
 
 Gengibre 
 
 Coentro 
 
 Limão 
 
 Pimenta 
 
 Louro 
 Cebola 
 
 Hortelã 
 
 Manjericão 
 
 Orégano 
 
 Cheiro Verde 
 
 Colorau 
Incentivar o uso de temperos naturais 
Visualização do conteúdo de sal 
Fases do tratamento de indivíduos com DRC: 
Doença Renal Crônica 
(DRC) 
 Não dialítica ou Tratamento Conservador 
 
 
 Terapia renal substitutiva: 
 
 - Diálise (Hemodiálise e Diálise Peritoneal) 
 
 - Transplante renal 
Diálise 
Processo pelo qual se realiza a remoção de solutos 
urêmicos e o excesso de água com o objetivo de 
restabelecer o equilíbrio hídrico e metabólico dos 
pacientes em DRC ou lesão renal aguda (LRA). 
 
Distribuição de pacientes conforme a 
modalidade de diálise 
Thomé, FS. et al., 2018 
Hemodiálise 
Diálise Peritoneal 
Diálise Peritoneal 
Princípios 
 
1,5% de glicose 
2,5% de glicose 
4,25% de glicose 
Drenagem Infusão Permanência 
Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua 
(CAPD) 
Diálise Peritoneal Automatizada (DPA) 
Diálise 
Prevalência de Subnutrição 
 A prevalência de subnutrição energético-proteica é elevada 
nos pacientes submetidos à diálise: 
 A subnutrição energético-proteica está altamente relacionada com a 
mortalidade nesta população. 
23 a 76% 
Lilian Cuppari, L. e Kamimura, MA., 2009 
Causas de subnutrição energético-proteica na 
DRC 
Subnutrição energético-proteica 
 Redução da ingestão alimentar: 
• Uremia; 
• Anemia; 
• Redução do paladar; 
• Dietas muito restritas e pouco palatáveis; 
• Doenças associadas; 
• Doenças intercorrentes (infecção, inflamação) 
• Medicamentos; 
• Aspectos sociais, emocionais e psicológicos; 
• Diálise insuficiente ou inadequada. 
 Fatores Catabólicos: 
• Perda de nutriente no processo dialítico; 
• Bioincompatibilidade das membranas dos filtros de diálise; 
• Acidose metabólica; 
• Presença de comorbidades; 
• Resistência à insulina; 
• Hiperparatireoidismo secundário; 
• Inflamação aguda ou crônica. 
 
 
Subnutrição energético-proteica 
 Absorção contínua de glicose; 
 Pressão intraperitoneal; 
 Sensação de plenitude gástrica e saciedade; 
 Peritonites: perda proteica e hipercatabolismo. 
Subnutrição energético-proteica: particularidades 
da diálise peritoneal 
Prevalência de Obesidade 
40 a 60% - CAPD 
20 a 30% - HD HD 
DP 
População geral 
Hemodiálise 
Kalantar-Zadeh et al, Kidney Intenational 2003 
Obesidade x Mortalidade 
Follow-up= 14 anos 
Follow-up= 4 anos 
Obesidade: protetora? 
 
Situações catabólicas 
• Tecido gorduroso energia 
• Poupa a massa muscular 
• Piora na qualidade de vida. 
• Contraindicação para o transplante renal (maior risco 
de complicações cirúrgicas). 
Adiposidade abdominal 
• Associação com inflamação, resistência à insulina e 
mortalidade por DCV e por todas as causas. 
Johansen KL, et al, Am J Clin Nutr, 2006 
Gohda T, et al., Hypertens Res, 2008 
Postorino M, et al., J Am Coll Cardiol, 2009 
Cordeiro AC, et al., Nephrol Dial Transplant, 2010 
Kuo JH, et al, J Surg Res, 2012 
Kwan JM., et al. PLoS One. 2016 
Obesidade 
Tratamento do indivíduo com obesidade deve 
ser analisado com cautela. 
Obesidade 
KDOQI 2020 
Recomendação de energia 
Indivíduos metabolicamente estáveis 
25 a 35 kcal/kg/dia 
Considerar: idade, sexo, nível de atividade física, composição 
corporal, nível de função renal, doenças, presença de inflamação. 
Guiar inicialmente o planejamento da orientação dietética. 
 
Monitorar e realizar ajustes 
Recomendação diária 
+ 
Energia na Diálise Peritoneal 
Recomendação de proteína 
KDOQI 2020 
Proteína (g/kg/dia) 
Hemodiálise e Diálise Peritoneal 1,0 a 1,2 
Perda de nutrientes durante o 
procedimento dialítico 
Hemodiálise Diálise peritoneal 
Proteínas <3 g/sessão 5 a 15 g/sessão 
Aminoácidos 10 a 12 g/sessão 3 g/sessão 
Cuppari , L et al, Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar, Unifesp 2000 
Mitch, W.E.; Klahr, S. Handbook of nutrition and the Kidney, 2005 
Lim, V.S. et al., J Am Soc Nephrol,2005 
 
Peritonite 
Avaliação da ingestão alimentar 
 Métodos para avaliação da ingestão alimentar 
• Registro alimentar de 3 dias 
• Recordatório alimentar de 24 horas 
• Questionários de frequência de ingestão alimentar 
 
 Excreção de nitrogênio 
• Equivalente proteico do aparecimento de nitrogênio 
(PNA) 
KDOQI 2020 
Suplementação 
Suplementação oral – Mínimo 3 meses 
 
Avaliar necessidade de nutrição enteral ou parenteral. 
KDOQI 2020 
Potássio 
 
Aumento da excreção de potássio 
pelas fezes 
Orientar controle da ingestão de potássio se: 
 
 Hiperpotassemia (> 5,5 mEq/L) 
Arritmias cardíacas 
Sódio 
< 2 g de sódio/dia 
 
< 5 g de sal/dia 
Restrição de sódio: 
 
 Auxilia no controle da pressão arterial 
 
 Reduz a sede 
EBPG Guideline on nutrition, Nephrol Dial Transplant. 2007 
 
Líquidos 
Ganho de peso interdialítico (GPID) 
–Hipertensão 
–Insuficiência cardíaca 
–Taxa de mortalidade 
–Sintomas na máquina (hipotensão, cãibras, náuseas, cefaleias) 
 
EBPG Guideline on nutrition, Nephrol Dial Transplant. 2007; Smith K, et al, J Ren Nutr, 2010 
GPID 
 
4 a 4,5 % do peso seco 
 
Líquidos 
 
500 a 1.000 mL 
+ diurese residual de 24 horas 
 
Atenção! 
O benefício do controle da ingestão hídrica, 
em relação a sobrevivência, parece ser 
dependente de um bom estado nutricional e 
de uma ingestão alimentar adequada. 
Kalantar-Zadeh, K., et al., 2015 
Fósforo 
Hiperfosfatemia 
 
Fósforo sérico > 5,5 mg/dL 
 
Complicações associadas a hiperfosfatemia: 
• Coceiras em todo o corpo 
• Dores e fraqueza nos ossos 
• Calcificação: coração 
 pulmão 
 vasos sanguíneos 
Infarto e 
 morte 
Ganesh SK., et al., J. Am. Soc. Nephrol. 2001 
Naves-Diaz M., et al., Nephrol. Dial. Transplant. 2011 
Palmer SC., et al., JAMA. 2011 
P 
Causas de Hiperfosfatemia 
Remodelação 
óssea 
Remoção 
insuficiente 
Uso de Calcitriol 
(Vitamina D ativa) 
Vitamina D 
Quelantes de 
fósforo 
Uso inadequado 
Ingestão acima das 
recomendações 
Calcitriol 
Vervloet MG., et al., Nat Rev Nephrol. 2016 
Acidose 
metabólica 
Daugirdas JT., Semin Dial., 2015. 
Evenepoel P., et al., Nephrol Dial Transplant., 2016. 
Hemodiálise Diálise Peritoneal 
Estima-se 18-30 horas de 
diálise por semana para evitar 
o uso de quelantes de fósforo. 
370 - 455 
mg/dia 
Controle na ingestão de P 
Fósforo dietético 
Fosfatos orgânicos 
Fosfatos inorgânicos 
(aditivos alimentares) 
Absorção 
40-60% 
20-50% 
~ 100% 
Alimentos com aditivos possuem aproximadamente 70% + fósforo que 
alimentos sem aditivos 
Benini, O. et al., 2011; KDIGO 2017 Clinical Practice Guideline; KDOQI 2020 
Razão entre o conteúdo de fósforo e proteína 
Alimento mg Fósforo / g Proteína 
Leite 29 
Gema de ovo 29 
Queijo 20 
Ovo inteiro 14 
Peixe 10 
Frango 9 
Carne Bovina 6 
Clara de ovo 1,1 
TACO, Unicamp, 2006 
Quelantes de fósforo 
 
Liga-se ao fósforo do alimento no TGI 
 
 
 Composto insolúvel não-absorvível 
 
 
 Eliminado pelas fezes 
Quelantes de fósforo 
Quelante Poder 
quelante 
Vantagens Efeitos adversos 
Carbonato de 
cálcio (40% de 
cálcio elementar) 
Baixo Baixo custo Constipação, Hipercalcemia e 
calcificação metastática 
Acetato de cálcio 
(25% de cálcio 
elementar) 
Moderado Maior poder 
quelante com 
oferta de cálcio 
menor que o 
carbonato de 
cálcio 
Contipação, náuseas, 
hipercalcemia e calcificação 
metastática 
Cloridrato de 
sevelâmer 
Moderado Não contém 
alumínio ou 
cálcio 
Diarreia ou constipação, 
flatulência, náusea e dispepsia 
Diretrizes Brasileiras de Prática Clínica para o Distúrbio Mineral e Ósseo na Doença Renal Crônica, 2011 
Prescrição de Quelantes 
Refeições e Lanches que contenham alimentos com 
elevado teor de fósforo; 
 
Adequar a quantidade de quelante à quantidade de 
fósforo da refeição; 
 
Orientar a ingestão do quelante durante a ingestão dos 
alimentos. 
Resumo: Tratamento Conservador 
Energia: adequar, 
Proteína: hipoproteica, 
Potássio: orientar controle quando necessário, 
Sal: orientar controle da ingestão. 
 
Valorizar a qualidade da alimentação e a relação do 
paciente com a comida. Procurar ver o paciente de 
maneira integral. 
 Energia: adequar (ver a bolsa na DP), 
Proteína: hiperproteica, 
Potássio: orientar controle de forma individualizada, 
 Sal: orientar controle da ingestão, 
 Líquidos: orientar controle quando necessário, 
 Fósforo: orientar controle da ingestão de alimentos ricos em 
fósforo e uso adequado do quelante (quando necessário). 
 
Resumo: Diálise 
Valorizar a qualidade da alimentação e a relação do 
paciente com a comida. Procurar ver o paciente de 
maneira integral. 
Obrigada! 
Laila Santos de Andrade 
laila.andrade27@yahoo.com.br

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