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Planejamento e controle de produção Disciplina: Tecnologia de Medicamentos Prof.: Mauricio Avelar Fernandes Especialista em Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica Mestre em Saúde do Adulto e da Criança E-mail: mauricioa.fernandes@hotmail.com São Luís 2019 O que é PCP? ➢É o departamento responsável pela continuação do processo, controlando as atividades de decidir visando assim o melhor emprego dos recursos da produção, para que assim o produto seja feito no prazo e na quantidade certa utilizando os recursos corretos 7 perguntas chave para o PCP ➢O que produzir e comprar? ➢Quanto produzir e comprar? ➢Onde produzir? ➢Como produzir? ➢Quando produzir e comprar? ➢Com o quê produzir? ➢Com quem produzir? Principais funções do PCP ➢Planejar as necessidades futuras da capacidade produtiva ➢Planejar os materiais comprados ➢Planejar os níveis de estoques ➢Programar as atividades de produção ➢Ser capaz de saber e informar a respeito dos recursos e das ordens ➢Prever os menores prazos possíveis aos clientes e cumpri-los ➢Ser capaz de reagir eficazmente A importância do PCP ➢É um elemento chave ➢Mudança de Paradigma na Administração da Produção nos últimos tempos ➢3 razões para a revalorização da produção ➢ - Pressão por competitividade ➢ - Potencial competitivo ➢ - Melhor entendimento do papel estratégico Competitividade ➢Ser competitivo é ser capaz de superar a concorrência naqueles aspectos de desempenho que os nichos de mercado visados mais valorizam: ➢- Custo percebido pelo cliente ➢- Velocidade de entrega ➢- Confiabilidade de entrega ➢- Flexibilidade das saídas ➢- Qualidade dos produtos ➢- Serviços prestados ao cliente Como o PCP ajuda a empresa a se tornar competitiva? 1. Planejar as necessidades futuras 2. Planejar os materiais comprados 3. Planejar os níveis adequados de estoques 4. Programar as atividades de produção 5. Ser capaz de saber e informar a situação dos recursos 6. Ser capaz de prometer os menores prazos 7. Reagir eficazmente Mas afinal, o que é Planejamento? ➢Planejar é entender como a consideração conjunta da situação presente e da visão de futuro influencia as decisões tomadas no presente para que se atinjam determinados objetivos no futuro ➢Planejar é projetar um futuro que é diferente do passado, por causas sobre as quais se tem controle Os 5 passos para o Planejamento ➢Passo 1 - Levantamento da situação presente ➢Passo 2 - Desenvolvimento da visão de futuro ➢Passo 3 – Presente – Futuro Dados Informações ➢Passo 4 - Tomada de decisão Informações decisão ➢Passo 5 – Execução do Plano Horizonte de Planejamento ➢É chamado de Horizonte de planejamento a quantidade de tempo futuro, sobre a qual se tenha interesse em desenvolver uma visão. Incertezas de Planejamento Planejamento Hierárquico Ferramentas da Qualidade 5 W 2 H WHO = Quem vai comprar? WHAT / WHICH = o que e quais itens comprar WHEN = quando comprar? WHERE = de qual fornecedor? (cadastro) HOW MANY / HOW MUCH = qto comprar / qto custa? HOW = como comprar? REQUISITOS AO PROCESSO = Recursos Humanos = Tecnologia da Informação = Monitoramento – indicadores FARMÁCIA ÁREA ADMINISTRATIVA HOSPITALAR SETOR SUPRIMENTOS SETOR FINANCEIRO GESTÃO DE MEDICAMENTOS ➢ Gestão de estoques de materiais essenciais que exige por sua especificidade aprofundado conhecimento: ➢ 1 - da nomenclatura dos medicamentos ➢ 2 - dos esquemas terapêuticos ➢ 3 - da estabilidade e conservação dos fármacos ➢ 4 - tecnologia farmacêutica e controle de qualidade ➢ 5 - planejamento do estoque ÁREA DE ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO GESTÃO DE MEDICAMENTOS ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO ✓ Estabelecer requisitos técnicos e participar da elaboração das normas administrativas e de procedimentos que orientem o processo de compra ✓ Solicitar pedido de compras, definindo as especificações técnicas ✓ Emitir parecer técnico dos processos de compras relacionados a medicamentos e/ou material sob sua responsabilidade ✓ Acompanhar e avaliar o processo de compra ✓ Acompanhar e avaliar fornecedores FLUXO DE UM MATERIAL Necessidade Qualidade Características Essencialidade Padronização Sim ou Não Aquisição Armazenamento Controle Distribuição GESTÃO SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUE Permite: ❖ histórico da movimentação dos estoques ❖ níveis de estoque ❖ dados de consumo ❖ demanda atendida e não atendida de cada produto. SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUE ➢ Sistema Empírico ➢ Sistema Manual: fichas de prateleira ou ficha Kardex. Dificuldades: # manipulação dos dados # erros individuais e globais # impossibilidade de gerenciar individualmente # pouca agilidade para pesquisa # impossibilita cruzamento de dados on-line CÓDIGO: _______________________ UNID.:_____________ ARTIGO:___________________________________________ __________________________________________________ DATA Nº N.F. OU Req. ENTRADA SAÍDA SALDO SETOR FICHA DE PRATELEIRA SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUE ➢Sistema eletrônico: Base de dados Cadastro Produtos Apropriação consumo - Grupos fármaco - Centro de Custo - Sub-grupos fármaco - Sub-centro Custo - Princ. Ativo - Produtos - Frações CODIFICAÇÃO Simbolizar todo o conteúdo de informações por meio de nº ou letras com base na classificação ESTRUTURA DOS CÓDIGOS 00 Grupo 00 0OO Subgrupo 0 Item Dígito Verificador Benefícios do Sistema Eletrônico = maior facilidade, agilidade e confiabilidade = possível interpolar dados = melhor aproveitamento de tempo = possibilidade de monitoramento de uso = farmacovigilância SISTEMA INFORMATIZADO INTEGRADO SISTEMA CADASTRO DE PRODUTOS CADASTRO DE PACIENTES CADASTRO DE FORNECEDORES CADASTRO DE SETORES MOVIMENTAÇÃO CUSTOS Input (Nota Fiscal, Nota Devolução) Output (Requisição, Prescrição,Perdas) FATURAMENTO HOSPITALAR CONTROLE DE ESTOQUE RECEITA / RESULTADO CONSULTAS ➢ Código de Barras • Vantagens: - elimina codificação e digitação - controle de lote e validade - exatidão no processo - processo em tempo real (saldos, contas) • Desvantagens: - necessidade de etiquetação - custo de implantação: impressora, leitora LEGISLAÇÃO SANITÁRIA E AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS PARA SAÚDE Lei 5991 de 17/12/73 (controle sanitário de mdctos) Lei 8666 de 06/06/93 (normas para licitação) Portaria 801 de 7/10/98 (registro de mdctos) RDC 185 de 22/10/01 (Produtos para Saúde) Lei 10.520 de 17/07/02 (institui modalidade Pregão) RDC 45 de 12/03/03 (B.P. uso de SPGV) RDC 134 de 29/05/03 (similares) RDC 135 de 29/05/03 (genéricos) RDC 333 de 19/11/03 (rotulagem) RDC 210 de 02/09/04 (similares) RDC 297 de 30/11/04 ( rotulagem) Portaria 12 de 05/01/05 (transporte) CLASSIFICAÇÃO ABC Importante instrumento de controle e gerenciamento. Classifica o item em função da representatividade de cada um em relação aos investimentos feitos em estoque, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor. Categoria % artigos % custo A 10 – 15 70 – 80 B 20 – 40 10 – 30 C 50 – 70 3 – 10 ▪ Para cada instituição varia de acordo com a natureza dos itens e política de estoques ▪ Classificação ABC dos estoques por categorias MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO Curva ABC % VALOR 5 20 75 % ITENS 15 35 50 GRUPO A: poucos itens – maiores valores,. GRUPO B: itens em situação intermediária. GRUPOC: muitos itens – menores valores. A B C PASSOS P/ REALIZAÇÃO DA ANÁLISE ABC ➢ I-Levantar o valor global de consumo para cada item no período em análise (resultado da multiplicação do valor unitário pelo total de unidades consumidas no período). ➢ II-Ordenar o valor global de consumo para cada item de forma decrescente. ➢ III- Realizar a somatória dos valores globais de consumo para cada item cumulativamente até chegar ao valor total consumido ➢ (1+2, 1+2+3,....1+2+3+....+n). ➢ IV- Levantar o valor percentual do valor de consumo para cada item em relação ao total consumido. ➢ V- Acumular os valores percentuais de cada item. ➢ VI-Definir as classes MEDICA- MENTO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 CONSUMO 1.200 60 2.750 840 6.000 360 1.380 7.200 2.400 4.800 13.200 600 600 8.400 1.800 6.000 360 1.200 VALOR UNITÁRIO 1,24 9,45 13,11 3,91 0,35 4,90 102,07 4,03 0,52 38,01 1,05 0,16 6,71 0,46 0,44 0,58 10,47 4,97 CUSTO TOTAL 1.488,00 567,00 36.052,50 3.284,40 2.100,00 1.764,00 140.856,60 29.016,00 1.248,00 182.448,00 13.860,00 96,00 4.026,00 3.864,00 792,00 3.480,00 3.769,20 5.964,00 COLOCA EM ORDEM 14º 17º 3º 11º 12º 13º 2º 4º 15º 1º 5º 18º 7º 8º 16º 10º 9º 6º ORDENA POR CUSTO 182.448,00 140.856,60 36.052,50 29.016,00 13.860,00 5.964,00 4.026,00 3.864,00 3.769,20 3.480,00 3.284,40 2.100,00 1.764,00 1.488,00 1.248,00 792,00 567,00 96,00 ACUMULA VALOR 182.448,00 323.304,60 359.357,10 388.373,10 402.233,10 408.197,10 412.223,10 416.087,10 419.856,30 423.336,30 426.620,70 428.720,70 430.484,70 431.972,70 433.220,70 434.012,70 434.579,70 434.675,70 A B C % GASTO 41,97 32,40 8,29 6,67 3,18 1,37 0,92 0,88 0,86 0,80 0,75 0,48 0,40 0,34 0,28 0,18 0,13 0,02 Curva A B C % ACUM 41,97 74,37 82,66 89,33 92,51 93,88 94,80 95,68 96,54 97,34 98,09 98,57 98,97 99,31 99,59 99,77 99,90 99,92 CATE- GORIA GERENCIAMENTO DE ITEM A ▪ reduzir prazo abastecimento(estoques menores); ▪ reduzir o estoques, estoque de segurança; ▪ utilizar a revisão contínua p/ repor estoques; ▪ controlar rigorosamente o uso; ▪ estabelecer protocolos de uso; ▪ selecionar os melhores fornecedores; ▪ negociar preços de maneira mais agressiva. GERENCIAMENTO DE ITEM B = menor frequência de compras = controle diferenciado mas não extremamente rigoroso = aquisição em quantidades pouco maiores GERENCIAMENTO DE ITEM C = deixar prazos de abastecimento maiores = aumentar o estoque de segurança = controle menos rigoroso = estoque médio maior CLASSIFICAÇÃO XYZ PRIORIDADE TÉCNICA CRITICIDADE X SUBSTITUIÇÃO X = máxima criticidade, imprescindíveis; sua falta põe em risco a assistência e a segurança do paciente; não podem ser substituídos. Y = criticidade média; faltas podem provocar paradas e colocar em risco as pessoas; podem ser substituídos por outros com relativa facilidade. Z = baixa criticidade; faltas não acarretam paralisações, nem riscos; grande possibilidade de substituições; grande facilidade de obtenção. Referências Adaptado de: Bruno Albert. Planejamento e Controle da Produção. Site: www.bmalbert.yolasite.com Adaptado de: Maria Luiza Drechsel Fávero SELEÇÃO DE FORNECEDORES E AQUISIÇÃO.
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