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Apostila Legislação Fiscal Trabalhista 181 - AV2 (pdf

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SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
Precisamos, inicialmente, fazer a distinção entre os dois, no
campo teórico, porque na prática refere-se ambos como sinônimos.
Salário  é a contraprestação paga diretamente ao empregado pelo
empregador. É a retribuição devida pela empresa ao trabalhador em
equivalência subjetiva ao valor da contribuição deste na consecução dos
fins objetivados pelo empregador.
Remuneração  compreende a totalidade do salário, bem como o valor
pago por terceiros, em decorrência da relação de emprego existente.
Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os
efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo
empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 
As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de
custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias
para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não
constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e
previdenciário. 
Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo
empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a
empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho
superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. 
O trabalho em condições de periculosidade assegura ao
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem
os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações
nos lucros da empresa. 
O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos
limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura
a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento),
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região,
segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Serviço noturno
No que se refere ao trabalhador urbano, serviço noturno é
aquele que ocorre entre 22 e 5 horas. Vemos aqui, que dá 7 horas
trabalhadas, isto porque a hora noturna para estes trabalhadores não é
composta por 60 minutos, mas sim por 52 minutos e 30 segundos; daí
a equivalência das 7 horas trabalhadas em período noturno, às 8 horas
trabalhadas em horário normal.
O adicional para pagamento de quem trabalha nesse período,
ou seja, o adicional noturno, é de 20% .
O trabalhador que tem horário misto, ou seja, que alterna
horário normal com horário noturno, recebe o valor referente à hora
normal trabalhada acrescida de 20% referente ao período noturno
trabalhado.
FÉRIAS
Conceito - O direito do empregado de paralisar a prestação dos
serviços, por iniciativa do empregador, durante um certo número de
dias em cada ano, com a percepção da remuneração, após ter adquirido
o direito no decurso dos doze meses anteriores, a fim de lhes
proporcionar a recuperação psíquica e física, além do convívio social.
A Constituição Federal prevê o descanso com, pelo menos,
um terço a mais do que o salário normal (art. 7º, XVII, CF).
Períodos : Aquisitivo e Concessivo. Duração 
 
Período aquisitivo - é o lapso de tempo correspondente a doze meses
nos quais o empregado trabalha para adquirir as férias.
Período Concessivo - é o período de doze meses subsequentes ao lapso
aquisitivo em que o empregador deverá conceder férias as empregado.
 Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período
de férias, sem prejuízo da remuneração. 
Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de
trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte
proporção: 
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais
de 5 (cinco) vezes; 
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14
(quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23
(vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a
32 (trinta e duas) faltas
É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial
converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono
pecuniário.
As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só
período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado
tiver adquirido o direito.
 Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser
usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser
inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores
a cinco dias corridos, cada um.
É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede
feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
A época da concessão das férias será a que melhor consulte os
interesses do empregador. 
A capacidade trabalhista plena ocorre aos 18 anos de idade. A
idade mínima para trabalhar é 16 anos de idade, embora o menor com
14 anos possa ser admitido como aprendiz.
Para firmar ou alterar cláusula do contrato de trabalho o menor
de 18 anos precisa da autorização do responsável. Essa autorização é
presumida pela posse da CTPS, pois para a expedição desse documento
já é exigida a autorização do responsável.
O menor de 18 anos não pode dar quitação em recibo de
indenização sem a assistência de seu responsável legal. Mas poderá
sozinho firmar recibo do pagamento de salários.
Ao menor é proibido o trabalho noturno, perigoso, insalubre
(artigo 7º, XXXIII, da CF) e em locais ou serviços prejudiciais à sua
moralidade (artigo 405, II, da CLT). O trabalho do menor nas ruas,
praças e outros logradouros públicos dependerá de prévia autorização
do Juiz da Infância e da Juventude.
Não é empregado o menor que presta serviços em oficinas em que
trabalham exclusivamente pessoas da família, sob direção de seu pai,
mãe ou tutor (parágrafo único do artigo 402 da CLT).
O contrato de trabalho do menor, ou de qualquer outro incapaz
apontado na lei civil, firmado sem assistência do responsável é, em
princípio, nulo. Mas as verbas trabalhistas são devidas.
Se ocorrer possibilidade de prejuízo de ordem física ou moral ao
menor, seu responsável pode pleitear a rescisão do contrato de
trabalho.
 
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Conceito: A extinção do contrato de trabalho é a terminação do vínculo 
de emprego, com a extinção das obrigações para os contratantes. As 
principais modalidades são:
DISPENSA SEM JUSTA CAUSA – O empregador pode dispensar o
empregado sem justa causa, cessando, assim o contrato de trabalho.
Para tanto deverá pagar as reparações econômicas pertinentes. Terá
direito o empregado ao :
Aviso Prévio – 30 dias (redução de 7 dias ou duas horas diárias)
Décimo terceiro salário proporcional
Férias vencidas e proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional.
Saldo de salários
Saque do FGTS + multa de 40%
Seguro desemprego
Os empregados com mais de 1 ano deverão ter assistência do sindicato
ou da DRT (art. 477, §1º CLT)
DISPENSA COM JUSTA CAUSA : é a forma de dispensa decorrente de
falta grave praticado pelo empregado, implicando a cessação do
contrato de trabalho por motivo devidamente evidenciado, de acordo
com as hipóteses previstas em Lei.
O artigo 482 CLT para a doutrina unânime é taxativo, uma vez que o 
legislador estabeleceu quais seriam as hipóteses de falta grave do 
empregado que ensejariam a Justa Causa.
HIPÓTESES LEGAIS :
1 ) ATO DE IMPROBIDADE - Revela mau caráter, perversidade,
maldade, desonestidade.
Ex. furto ou roubo de materiais da empresa; falsificação de documentos
para obtenção de horas extras não prestadas; apropriação indébita de
importância da empresa; o empregado justificar suas faltas através de
atestados médicosfalsos;
2) INCONTINÊNCIA DE CONDUTA - Esta ligada ao desregramento do
empregado no tocante à vida sexual. São obscenidades praticadas,
libertinagem, pornografia. Ex : assédio sexual de uma pessoa a outra,
que não corresponde a corte, ficando esta constrangia, por inexistir
reciprocidade, evidenciando a falta grave para o despedimento.
3 ) MAU PROCEDIMENTO - É um ato faltoso que não pode ser
enquadrado nas demais alíneas do artigo 482 CLT. Será uma atitude
irregular do empregado, um procedimento incorreto, incompatível com
as regras a serem observadas pelo homem comum perante a sociedade.
Ex. Um empregado que no dia de folga utiliza o veículo da empresa para
transporte de familiares e amigos, ao mesmo lhe sobrecarregando e
imprimindo velocidade excessiva.
Empregado que é surpreendido pela vigilância em seu horário de
trabalho, nas proximidades da empresa, sem justificativa para os
motivos que lhe levaram a retirar-se do serviço.
4 - NEGOCIAÇÃO HABITUAL - Diz respeito aos atos de comércio
praticados pelo empregado sem permissão do empregador e com
habitualidade.
Ex. Empregados constituem empresa do mesmo ramo de sua
empregadora, clandestinamente, praticando atos de concorrência
desleal.
Empregado valendo-se de sua atividade laboral, explora negócio
próprio, usando a clientela da empresa em que trabalha, para vender
seus produtos em detrimento do seu empregador.
5 - CONDENAÇÃO CRIMINAL - É necessário condenação criminal com
sentença transitada em julgado. Se a sentença estiver pendente de
recurso não será considerada justa causa. Não poderá ainda ter sido
concedido suspensão da execução da pena, ou inexista sursis. Os fatos
não necessitam estar relacionados com a atividade laboral.
6 - DESÍDIA - Quando exerce suas funções com negligência, má
vontade, preguiça, displicência, desleixo, indiferença. 
Ex. um motorista profissional que escuta o barulho do motor
caracterizando-se irregularidade e continua utilizando-se do veículo
ensejando a quebra ou inutilização completa do motor.
Contínuo que deixa de entregar carta aos diretores da empresa
convocando para reunião.
7 - EMBRIAGUEZ - Proveniente de álcool ou drogas. Configura-se como
habitual ou em serviço.
Ex. motorista de ônibus que comparece embriagado ao serviço para
trabalhar poderá ser demitido com justa causa ainda que seja a
primeira vez.
8 - VIOLAÇÃO DE SEGREDO DE EMPRESA - O empregado que
divulga formulas do empregador, marcas e patentes sem a autorização
do empregador.
Ex. empregado subtrai da empresa documentos sigilosos, com intuito
de utilizá-los na empresa concorrente. 
Empregado que descobre a formula da coca-cola e vende a concorrente.
9 - INDICIPLINA - Diz respeito a ordens gerais de serviço. O
empregado, por exemplo descumpre as ordens gerais dadas pelo
empregador, como as contidas no regulamento da empresa, em ordens
de serviços, circulares, portarias...
Ex. empregado que se nega a submeter-se ao revistamento.
10 - INSUBORDINAÇÃO - Esta ligada ao descumprimento de ordens
pessoais de serviço. Não são necessariamente ordens do empregador e
sim do superior hierárquico.
Ex. recusa do motorista de ônibus de assumir a direção do ônibus que
lhe é destinado por sua empregadora.
11 - ABANDONO DO EMPREGO - Súmula 32 do TST "configura-se
abandono de emprego quando o trabalhador não retornar ao serviço no
prazo de 30 dias, após a cessação do benefício previdenciário, nem
justificar o motivo de não o fazer." Vide artigo 474 e 853 CLT.
O empregador deverá enviar carta registrada ao empregado solicitando
seu retorno ao trabalho.
Elemento objetivo - diversas faltas ao serviço.
Elemento subjetivo - clara intenção de não retornar ao emprego.
12 - ATO LESIVO À HONRA E BOA FAMA - Calúnia, injúria e
difamação. Os referidos atos poderão ser praticados por palavras e
gestos.
Ex. empregado que desacata o chefe com expressão desrespeitosa
merece a dispensa com justa causa.
13 - OFENSA FÍSICA - Agressão do empregado contra qq pessoa,
empregador e superiores hierarquicos, salvo em caso de legítima defesa.
Ex. empregado que agride colega de serviço, no recinto da empresa,
durante a jornada de trabalho.
14 - PRÁTICA CONSTANTE DE JOGOS DE AZAR - Quando o
empregado pratica continuamente jogos de azar, por ex. jogo do bicho,
loterias, bingo, roleta...
Ex. O jogo de baralho entre colegas de serviço configura falta grave, se
esta falta for constante.
15 - ATOS ATENTATÓRIOS Á SEGURANÇA NACIONAL - Terrorismo,
malversação da coisa pública.
16 - OUTRAS HIPÓTESES:
ART. 508 CLT ( a falta de pagamento de dívidas legalmente exigidas
dos bancários)
ART. 158, § único da CLT ( a recusa do uso de equipamento de
proteção)
ART. 240, § único da CLT ( a recusa do empregado em fazer hora
extra, sem justificativa, em casos de urgência ou de acidente).
HAVENDO DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA O EMPREGADO
SOMENTE RECEBERÁ NO ATO DA DEMISSÃO : SALDO DE
SALÁRIOS E ÀS FÉRIAS VENCIDAS, SE HOUVER.
PEDIDO DE DEMISSÃO: Quando o empregado toma a iniciativa do
término do vínculo empregatício. Terá direito a receber o saldo de
salário, as férias vencidas (se houver), as férias proporcionais e o 13º
salário proporcional. 
O EMPREGADO DEVERÁ CUMPRIR O PERÍODO DE AVISO PRÉVIO, 
SOB PENA DE PAGAR.
RESCISÃO INDIRETA: é a cessação do contrato de trabalho por
iniciativa do empregado, tendo em vista justa causa que o atingiu
praticada pelo empregador. A justa causa, nesta hipótese, é praticada
pelo empregador contra o empregado. Este, poderá ingressar com a
Ação de Rescisão Indireta, perante o Poder Judiciário, pedindo que o
juiz reconheça o cometimento da falta grave pelo empregador, e assim,
possa receber todas as verbas como se tivesse sido dispensado sem
justa causa. Se, julgar improcedente o pedido, receberá apenas as
verbas como se tivesse sido dispensado com justa causa, isto é, férias
vencidas e saldo de salários, se houverem.
As condutas do empregador configuradoras de justa causa são as
seguintes (CLT, artigo 483):
01 – exigência de serviços superiores às forças do empregado;
02 – exigência de serviços proibidos por lei;
03 – exigência de serviços contrários aos bons costumes, ofensivos à
moral do empregado;
04 – exigência de serviços não previsto no contrato de trabalho;
05 – rigor excessivo contra um trabalhador específico;
06 – exposição do empregado a perigo manifesto de mal considerável,
sem que esses riscos pertençam às suas funções;
07 - descumprimento das obrigações contratuais, como o atraso no
pagamento de salário;
08 – ofensas à honra do empregado ou sua família, como a calúnia, a
difamação ou a injúria;
09 – ofensas físicas ao empregado, salvo em legítima defesa;
10 – redução do trabalho por peça ou tarefa de modo a afetar
sensivelmente o ganho do empregado.
OUTRAS CAUSAS DE EXTINÇÃO:
Culpa Recíproca: Havendo culpa recíproca no ato que determinou a
rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a
indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do
empregador, por metade.
Acordo: O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre
empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes
verbas trabalhistas: 
- por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de
1990; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. 
Essa modalidade de extinção do contratopermite a movimentação
da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.
 Nessa espécie de extinção do contrato por acordo não
autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. 
I – NOÇÕES FINANCEIRAS :
1.1 – Atividade Financeira do Estado: é o conjunto de ações do
Estado para obtenção da receita e a realização dos gastos para o
atendimento das necessidades públicas.
Os fins e os objetivos políticos e econômicos do Estado só podem
ser financiados pelos ingressos na receita pública. A arrecadação dos
tributos constitui o principal item da receita. Mas também são
importantes os ingressos provenientes dos preços públicos, que
constituem receita originária porque vinculada à exploração do
patrimônio público. Compõem, ainda, a receita pública as multas, as
participações nos lucros e os dividendos das empresas estatais, os
empréstimos, etc.
Com os recursos assim obtidos, o Estado suporta a despesa
necessária para a consecução dos seus objetivos. Paga a folha de
vencimentos e salários de seus servidores. Contrata serviços de
terceiros. Adquire no mercado os produtos que serão empregados na
prestação de serviços públicos. Entrega subvenções econômicas e
sociais. Subsidia a atividade econômica.
A obtenção da receita e realização dos gastos se faz de acordo com
o planejamento consubstanciado no orçamento anual.
Todas essas ações do Estado, por conseguinte, na vertente da
receita ou da despesa, direcionadas pelo orçamento, constituem a
atividade financeira.
Característica importantíssima da atividade financeira é a de ser
puramente instrumental. Obter recursos e realizar gastos não é um fim
em si mesmo. O Estado não tem o objetivo de enriquecer ou de aumentar
o seu patrimônio. Arrecada para atingir certos objetivos de índole política,
econômica ou administrativa.
A atividade financeira é a exercida pelos entes territoriais (União,
Estados e Municípios) e respectivas autarquias, que se enquadra na
noção de Fazenda Pública. A obtenção de receita para suprir as
necessidades públicas, nota característica da atividade financeira,
envolve a prestação de serviços públicos e a defesa dos direitos
fundamentais, missão precípua das pessoas jurídicas de direito público.
Exclui-se do conceito de atividade financeira a que é exercida
pelos órgãos da administração indireta dotados de personalidade
jurídica de direito privado. As sociedades de economia mista, as
empresas públicas, as fundações e demais sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público não se integram à Fazenda Pública e as
ações que desenvolvem não se compreendem no conceito de atividade
financeira.
1.2 - Direito Financeiro e Direito Tributário:
A atividade financeira concretiza-se em receitas e despesas. O
Estado adquire receitas e transforma-as em despesas, e isso dá origem
a um complexo de relações entre os particulares e os agentes do Estado,
e estes entre si. São relações que, num Estado de Direito, e tendo
atenção aos interesses em jogo, não podem deixar de encontrar-se
submetidas as normas jurídicas. Assim, as normas que regulam a
obtenção, a gestão e o dispêndio dos meios financeiros públicos
constituem o Direito Financeiro.
Portanto, o Direito Financeiro regula toda a atividade
financeira do Estado (receitas não tributárias, o orçamento, o
crédito público e a receita pública).
O direito referente à aquisição de receitas contempla, sobretudo,
as receitas coativas. E como estas são conseguidas mediante processos
diferentes dos usados pelos particulares, daí que se procura isolar, no
próprio direito das receitas, o conjunto de normas relativas à obtenção
daquelas cujo montante é autoritariamente estabelecido pelo Estado:
eis o Direito Tributário.
Portanto, o Direito Tributário regula a aquisição de tributos
(impostos, taxas e contribuições de melhoria).
1.3 - Receita Pública:
- Conceito: é o ingresso de dinheiro aos cofres públicos. Todo ingresso
de dinheiro chama-se entrada, entretanto, nem toda entrada compõe a
receita do Estado. Portanto, temos:
a) Entradas provisórias : que não estão destinadas a permanecer nos
cofres públicos (ex. caução, fiança e empréstimos em geral); e
b) Entradas definitivas : que se realizam por meio da cobrança de
tributos e dos preços públicos (tarifas)
- Modalidades de receita:
a) Originária – são decorrentes da exploração de uma atividade
econômica pelo próprio Estado, das rendas decorrentes do patrimônio
público imobiliário, das tarifas, dos ingressos comerciais (ex.: receita
oriunda dos concursos de prognósticos como a Sena, a Loto, etc).
b) Derivada – são extraídas do patrimônio dos particulares pelo Estado,
no exercício do seu poder de império. São compulsórias, a exemplo dos
tributos, das multas e do confisco decorrente do tráfico de
entorpecentes.
c) Transferidas - são as repassadas de um ente político a outro, como
por exemplo, a repartição de impostos prevista nos artigos 157 a 159 da
Constituição da República Federativa do Brasil.
Seção VI
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por
eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no
exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por
eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a
propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a
totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas
no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus
territórios;
II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos
Territórios, lei federal.
Art. 159. A União entregará:
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer
natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos
Estados e do Distrito Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos
Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo
das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de
caráter regional,de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando
assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na
forma que a lei estabelecer;
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no
primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 55, de 2007)
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por
cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas
exportações de produtos industrializados.
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio
econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o
Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o
inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de
2004)
§ 1º - Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no
inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de
qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos
termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º - A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por
cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser
distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de
partilha nele estabelecido.
§ 3º - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos
recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos
no art. 158, parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e
cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o
mencionado inciso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
1.4 – DESPESAS:
Despesas públicas são os gastos da Administração Pública para a
realização das funções estatais, incluídos os decorrentes de obras e
serviços públicos. 
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Empenho
de despesa é o ato emanado da autoridade que cria para o Estado a
obrigação de pagamento. O empenho não pode exceder o limite do
crédito concedido. O pagamento da despesa somente será feito após um
procedimento denominado liquidação de despesa, onde se identificarão
a origem, o objeto, a importância e o credor. Após, será emitida a ordem
de pagamento pela autoridade competente.
No caso de despesas que não possam subordinar-se ao processo
normal de aplicação, é permitido o regime de adiantamento, desde que
expressamente previsto em lei. Consiste na entrega de numerário ao
servidor, que efetuará depois a despesa. 
Toda despesa deve estar prevista no orçamento, sendo vedadas a
realização de despesa ou assunção de obrigações diretas que excedam
os créditos orçamentários ou adicionais (art. 167, II, da CRFB).
Art. 167. São vedados:
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais;
1.5 - ORÇAMENTO : 
Não é possível fazer despesas sem receitas correspondentes. Daí
que o Estado tenha de prever as suas despesas para saber as receitas
de que precisa, e tenha de prever as suas receitas para saber se bastam
para cobrir as despesas. Ora, prever receitas ou prever despesas é
sempre orça-las. Daí temos o orçamento, que é o documento onde as
receitas e as despesas se encontram previstas.
Nessa definição encontramos os dois elementos de qualquer
orçamento, seja público ou seja privado: previsão e a limitação no
tempo; além do elemento próprio do orçamento do Estado: autorização.
Portanto, orçamento é a peça técnica que demonstra as contas
públicas para o período determinado, contendo a discriminação da
receita e das despesas, demonstrando a política econômica-financeira e
o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de
unidade (não significa a existência de um único documento e sim a
integração finalística e a harmonização entre os diversos orçamentos),
universalidade (segundo este princípio o orçamento deve conter todas
as receitas e despesas da União, de qualquer natureza, procedência ou
destino, inclusive a dos fundos, dos empréstimos e dos subsídios. É
princípio de maior importância para o equilíbrio financeiro – previsão
legal: art. 165, § 5º, da CRFB) e anualidade (este princípio indica que
o Legislativo deve exercer o controle político sobre o Executivo pela
renovação anual da permissão para a cobrança dos tributos e a
realização dos gastos, sendo inconcebível a perpetuidade ou a
permanência da autorização para a gestão financeira).
TRIBUTO:
a) Conceito: é toda prestação compulsória que vai integrar as receitas
derivadas do Estado. 
O Código Tributário Nacional define tributo da seguinte forma:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
A obrigação é compulsória, obrigatória, porque ela decorre
diretamente da lei. A vontade do contribuinte é irrelevante e por isso até
mesmos os incapazes podem ser sujeitos passivos. 
A lei só pode obrigar o contribuinte a pagar o tributo em moeda
corrente do país (obrigação pecuniária), razão pela qual a doutrina
costuma afirmar que em regra o nosso direito desconhece o tributo in
natura (parte da mercadoria comercializada é entregue ao fisco a título
de pagamento do tributo) ou o tributo in labore (a cada mês o sujeito
passivo destinaria alguns dias de seu trabalho à entidade tributante).
Entretanto, a partir da Lei complementar 104/2001, que
acrescentou o inciso XI ao art. 156 do Código Tributário Nacional,
admite-se a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
condições estabelecidas em lei.
Quando o art. 3° do Código Tributário Nacional (CTN) afirma que
o tributo não constitui sanção a ato ilícito, quer dizer que a hipótese de
incidência é sempre algo lícito. Observe-se, porém, que situações como
a aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de rendimentos
são suficientes para o nascimento de obrigações tributárias como o
imposto de renda (art. 43 do CTN), ainda que tais rendimentos sejam
provenientes de atividades ilícitas como o “jogo do bicho” (a hipótese de
incidência é a aquisição de renda e não o jogo do bicho).
O tributo, portanto, não é multa. A multa tem pressuposto o
descumprimento de um dever jurídico e por finalidade evitar
comportamentos nocivos à ordem jurídica, via sanção, enquanto o
tributo tem por pressuposto um ato lícito.
Assim: 
É obrigatório
(poder estatal de
tributar)
É prestação pecuniária
(valor expresso em
moeda)TRIBUTO
Não tem caráter
punitivo
Somente pode ser
criado por lei
FUNÇÃO DOS TRIBUTOS: 
 Fiscal – quando o tributo visa a obter recursos financeiros
para o Estado.
 Extrafiscal – quando o tributo visar a interferência no
domínio econômico. 
 Parafiscal – quando a arrecadação de recursos for
destinada a autarquias, fundações públicas, sociedades de
economia mista, empresas públicas, ou mesmo pessoas
jurídicas de direito privado que desenvolvam atividades
relevantes mas que são próprias do Estado, a exemplo do
SESI, dos sindicatos, etc.)
ESPÉCIES DE TRIBUTOS: 
Código Tributário Nacional:
 
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Constituição da República Federativa do Brasil:
Art. 145. A União,os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
O art. 5° do CTN e o art. 145 da CRFB/88 indicam que são três
as espécies do gênero tributo: os impostos, as taxas e as contribuições
de melhoria. 
Deve ser cobrado por
meio do lançamento
ou cobranças fiscais
IMPOSTOS:
Código Tributário Nacional
 Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Como podemos observar, o dispositivo legal definiu o imposto
como “o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte”. Por isso, costuma-se afirmar que o imposto é uma
exigência não vinculada, uma exigência cujo fato gerador não se liga a
uma atividade estatal específica relativa ao contribuinte ou por ele
provocada.
Dessa forma a prestação patrimonial do contribuinte é unilateral,
porque não faz nascer para a entidade tributante qualquer dever
específico em relação ao contribuinte.
O imposto tem por hipótese de incidência:
 Um comportamento do contribuinte (ICMS, que tem por fato de
incidência uma operação mercantil; ISS, que tem por fato gerador
uma pessoa prestar a terceiro, em caráter negocial, um serviço
especificado na Lei Complementar 116/2003); ou
 Uma situação em que o contribuinte se encontre (IPTU, tem por
hipótese de incidência o fato de uma pessoa ser proprietária de
um imóvel localizado na zona urbana de um município). 
Impostos Diretos e Indiretos:
Os impostos diretos são aqueles cuja carga econômica é
suportada pelo próprio realizador do fato imponível. Ex.: Imposto de
Renda – em que o patrimônio de quem auferiu os rendimentos líquidos
é atingido por essa tributação.
Os impostos indiretos são aqueles cuja carga tributária não é
suportada pelo contribuinte (contribuinte de direito), mas por terceira
pessoa, que não realizou o fato imponível (contribuinte de fato).
TAXAS:
TÍTULO IV
Taxas
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
 Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que 
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsas. (Vide Ato 
Complementar nº 34, de 30.1.1967)
 Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em 
razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à 
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de 
concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 
31, de 28.12.1966)
 Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder.
 Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
 I - utilizados pelo contribuinte:
 a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
 b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
 II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção,
de unidade, ou de necessidades públicas;
 III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários.
O poder de polícia está previsto no art. 78 do CTN. É o poder de
limitar e disciplinar direitos e deveres com base no interesse público,
regulando questões pertinentes à segurança, higiene, à ordem, etc.
(taxa de publicidade, taxa de fiscalização de elevadores, etc.).
Observe-se que a taxa decorrente do poder de polícia tem por
justificativa o efetivo exercício de atos relacionados a esse poder.
A segunda hipótese autorizadora da cobrança da taxa é a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico, divisível e
compulsório, prestado ao contribuinte ou colocado a sua disposição
(art. 79 CTN).
O serviço pode ser utilizado pelo contribuinte de forma efetiva ou
potencial, nos termos do art. 79. Efetivamente, quando por ele
usufruído de a qualquer título. Potencialmente, quando, sendo de
utilização compulsória, seja posto à sua disposição mediante atividade
administrativa em efetivo funcionamento.
Como serviços compulsórios colocados a disposição da população,
podemos citar a água e o esgoto nas localidades que não admitem o uso
de poços ou fossas.
Diante do apresentado podemos observar que, quer na colocação
de um serviço à disposição do contribuinte ou quer no exercício do
poder de polícia, temos uma atividade específica do Estado .
Em relação ao serviço público que caracteriza o fato gerador da
taxa, ele tem que ser relativo ao contribuinte desta e não à coletividade
em geral, permitindo que se verifique o vínculo entre o sujeito passivo
do tributo e os serviços (daí o legislador afirmar que o serviço tem que
ser específico e divisível). 
Distinção entre Taxa e Tarifa: 
Os tributos são receitas derivadas (se originam do patrimônio dos
particulares) obtidas mediante prestação compulsória, já que é
decorrente de lei. Por outro lado, as tarifas são tidas como receitas
originárias (derivam-se da exploração econômica do patrimônio do
Estado, agindo como se particular fosse) obtidas mediante acordo de
vontades, pelo que, segundo o afamado doutrinador Luiz Emygdio F.
Rosa Júnior, “o particular não pode ser constrangido a pagá-lo se não
utilizar-se da atividade estatal”.
Aliomar Baleeiro, fulcra a distinção em dois elementos. O
primeiro, político jurídico: A COAÇÃO; ínsita nas taxas e não presente
nos preços públicos. O segundo, econômico: A ORIGEM DOS
RECURSOS; o preço (tarifa) vem do próprio Estado (agindo como se
fosse um particular; sem estar investido de sua soberania – Receita
Originária e de Direito Privado), enquanto o tributo (taxa) vem do
particular (é o Estado agindo como tal, usando de sua soberania –
Receita Derivada e de Direito Público).
Por fim, insta dizer que aos “olhos” do SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL, o que distingue a taxa do preço público é a
compulsoriedade da primeira e a facultatividade deste último. Senão
vejamos o teor de sua Súmula 545:
“Preçosde serviços públicos e taxas não se confundem, porque
estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança
condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as
instituiu”.
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA:
 Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer
face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite
total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
 Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos 
mínimos:
 I - publicação prévia dos seguintes elementos:
 a) memorial descritivo do projeto;
 b) orçamento do custo da obra;
 c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
 d) delimitação da zona beneficiada;
 e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou 
para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
 II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de
qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
 III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação
a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
 § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do
custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona
beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
 § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do
montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que
integram o respectivo cálculo.
A contribuição de melhoria tem como fato gerador a valorização
do imóvel do contribuinte em razão de obra pública (ex.: instalação de
rede elétrica, obras contra enchentes). Os beneficiários diretos da obra,
arcam com o seu custo, total ou parcialmente.
A contribuição de melhoria tem como limite geral, o custo da
obra, e como limite individual a valorização do imóvel beneficiado.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS:
Princípios da capacidade contributiva e da igualdade:
O princípio da igualdade (art. 150, II, da CRFB/88) veda instituir
tratamento desigual entre contribuintes de situações equivalentes.
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
A base filosófica do princípio da igualdade é o princípio
constitucional da isonomia, segundo o qual todos são iguais perante a
lei.
O princípio da igualdade é complementado pelos princípios da
personalização e o da capacidade contributiva, previstos no art. 145, §
1°, da Constituição Federal.
Art. 145.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Pelo princípio da personalização e da capacidade contributiva,
sempre que possível os impostos devem ter caráter pessoal e ser
graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.
 A fim de dar eficácia a este princípio, faculta-se a administração
tributária, respeitados os direitos individuais e os termos da lei,
identificar os rendimentos dos contribuintes, seus patrimônios e suas
atividades econômicas. 
As alíquotas diferenciadas do imposto de renda representam uma
das formas de se efetivar os princípios da igualdade e da capacidade
contributiva, pois distribuem de forma proporcional os ônus de prover
as necessidades da coletividade. Da mesma forma a isenção (forma de
extrafiscalidade) para contribuintes com menor capacidade econômica
ou para microempresas. 
Princípio da legalidade:
O princípio da legalidade consagra que nenhum tributo será
instituído ou aumentado senão por lei. 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Seção II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Equiparam-se à majoração do tributo as mudanças de base de
cálculo que o tornem mais oneroso. A simples atualização monetária,
porém, não caracteriza a majoração. 
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
 Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
 I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
 II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 
57 e 65;
 III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no 
inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
 IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
 V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus 
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
 VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de 
dispensa ou redução de penalidades.
 § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que 
importe em torná-lo mais oneroso.
 § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste 
artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
A lei instituidora do tributo obrigatoriamente deve fixar os
seguintes elementos:
- Fato tributável – que é a hipótese de incidência, a descrição contida
em lei como necessária e suficiente para o nascimento da obrigação
tributária.
- Base de cálculo – que serve para quantificar, para dar a dimensão do
tributo. 
- Alíquota – que é o percentual que multiplicado pela base de cálculo
permite o cálculo do quanto é devido.
- Critérios para a identificação do sujeito passivo (que é aquele que
tem o dever de prestar o objeto da obrigação tributária).
- o sujeito ativo – que é a pessoa a quem a lei atribui poderes de
arrecadar, administrar e fiscalizar os tributos.
Atos Normativos em Matéria Tributária: 
Decretos:
O decreto, espécie mais comum dos atos normativos, costuma ser
definido como o ato administrativo de competência exclusiva do chefe
do Poder Executivo (federal, estadual e municipal) destinado a dar
eficácia a situações gerais ou especiais previstas de forma explícita na
lei. Não tem força, portanto, para criar direitos ou extinguir obrigações,
ou seja, no que for além da lei, não obriga; no que for contra a lei, não
prevalece.
Excepcionalmente, a própria Constituição Federal admite que o
Poder Executivo (normalmente via decreto), nos limites da lei, altere as
alíquotas do imposto de importação, imposto de exportação, do IPI e do
IOF. São impostos com função extrafiscal e as alterações podem exigir
agilidade capaz de garantir o equilíbrio da economia.
Medidas Provisórias:
Em casos de relevância e urgência, o Presidente daRepública
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-
las de imediato ao Congresso Nacional.
O STF entende que os governadores e prefeitos podem editar
medidas provisórias, desde que autorizados pela Constituição Estadual
e pela Lei Orgânica Municipal.
As medidas provisórias vinham sendo utilizadas para disciplinar
matéria tributária não reservada às leis complementares, com a
anuência do Congresso Nacional e de muitos Tribunais.
De acordo com o § 2° do art. 62 da Constituição Federal, medida
provisória que implique instituição ou majoração da espécie de tributo
denominado imposto só produzirá efeitos no exercício financeiro
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em
que foi editada. 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte
se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Princípio da Anterioridade:
Com esse princípio a Lei Maior veda a cobrança de tributos no
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 42, de 19.12.2003)
A Emenda Constitucional 42 aumentou a proteção, pois inseriu a
alínea c ao art. 150, III, da Constituição Federal, estabelecendo que,
sem prejuízo da anterioridade comum (tradicional, do exercício
financeiro), muitos tributos não podem ser cobrados antes de
decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou (em regra esta nova anterioridade incide
cumulativamente em dupla com a anterioridade do exercício financeiro)
A anterioridade nonagesimal começa a ser contada da data em
que foi publica a lei ou medida provisória que instituiu o tributo, e não
do exercício financeiro seguinte.
Tributos NÃO sujeitos à
ANTERIORIDADE COMUM – art.
150, III, b, CRFB/88
Tributos NÃO sujeitos à
ANTERIORIDADE
NONAGESIMAL – art. 150, III, c,
CRFB/88
Empréstimo compulsório instituído para
atender despesas extraordinárias, decorrentes
de calamidade pública, guerra externa ou sua
iminência (art. 148, I, da CF).
Empréstimo compulsório instituído para
atender despesas extraordinárias, decorrentes
de calamidade pública, guerra externa ou sua
iminência (art. 148, I, da CF).
Já o Empréstimo Compulsório previsto no
inciso II do art. 148 da CF, que pode ser
instituído no caso de investimento público de
caráter urgente e relevante interesse nacional,
está sujeito à anterioridade comum.
Já o Empréstimo Compulsório previsto no
inciso II do art. 148 da CF, que pode ser
instituído no caso de investimento público de
caráter urgente e relevante interesse nacional,
está sujeito também à anterioridade
nonagesimal.
Imposto de Importação Imposto de Importação
Imposto de Exportação Imposto de Exportação
IOF – Imposto sobre Operações de Crédito,
Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou
valores mobiliários.
IOF – Imposto sobre Operações de Crédito,
Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou
valores mobiliários.
Imposto Extraordinário Imposto Extraordinário
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),
que está sujeito apenas à anterioridade
nonagesimal. 
Contribuição para a seguridade social, que
está sujeita apenas à anterioridade
nonagesimal – art. 195, § 6°, da CF.
CIDE, exclusivamente no caso de
restabelecimento da alíquota antes reduzida
sobre derivados de petróleo, gás natural e
álcool combustível (art. 177, § 4°, I, b, da
CF). Em caso de aumento tem que observar a
anterioridade.
Base de cálculo do IPVA, que está sujeito
apenas à anterioridade comum.
ICMS, exclusivamente no caso de
restabelecimento da alíquota antes reduzida
naquelas hipóteses em que a lei estabelecer
Base de cálculo do IPTU, que está sujeito
apenas à anterioridade comum.
que o imposto incidirá uma única vez sobre
lubrificantes e combustíveis (art. 155, § 2°,
XII, h, e § 4°, IV, c, da CF). em caso de
aumento, há que observar a anterioridade.
Imposto de renda, que está sujeito apenas à
anterioridade comum.
Princípio da Irretroatividade:
Os fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que
houver instituído ou aumentado os tributos (estabelecida a hipóteses de
incidência ou a alíquota maior) não acarretam obrigações. A lei nova
não se aplica aos fatos geradores já consumados (art. 105, do Código
Tributário Nacional – CTN).
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa
nos termos do artigo 116.
Pode ocorrer, no entanto, que o fato gerador se tenha iniciado,
mas não esteja consumado antes do decurso de determinado espaço de
tempo, se aceita a teoria do fato gerador periódico. Exemplo típico é o
caso do imposto sobre a renda apurada, à vista de fatos (ingressos
financeiros, despesas, etc.) que, no seu conjunto, realizam o fato
gerador. 
SÚMULA STF Nº. 584: Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base,
aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.
Princípio da Vedação ao Confisco:
Significa que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco, já que tal
circunstância nega vigência ao direito de propriedade garantido pelo art.
5°, XXII, da Constituição Federal.
O caráter confiscatório do tributo é analisado pelo Judiciário no
caso concreto e deve considerar a carga tributária decorrente da
totalidade dos tributos.
Entende-se como confiscatório o tributo que consome grande
parte da propriedade ou inviabiliza o exercício da atividade lícita.
 Princípio da imunidade recíproca:
A imunidade é uma hipótese de não-incidência
constitucionalmente qualificada, ou seja, a Constituição impede que a
lei de tributação inclua certos fatos nas hipóteses de incidência de
impostos.
A primeira das imunidades genéricas (protege contra impostos em
geral e não contra imposto específico) é a imunidade recíproca.
Pelo princípio da imunidade recíproca (art. 150, VI, a, CRFB/88),
é vedado a União, aos Estados-membros, ao Distrito Federal e aos
municípios instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros, bem como sobre as autarquias e fundações mantidas
pelo poder público (pessoas jurídicas de direito público - § 2°, art. 150,
CRFB/88).
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refereao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio,
à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas
normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
A imunidade não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços
relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas por
normas aplicáveis aos empreendimentos privados. Tal imunidade seria
contrária ao princípio da liberdade de iniciativa.
Não estão imunes as atividades prestadas pela pessoa jurídica de
direito público em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas que caracterize a exploração de atividade econômica.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista que
exploram atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio
das empresas privadas, inclusive quanto as obrigações trabalhistas e
tributárias. Por isso não podem gozar de privilégios fiscais não
extensivos ao setor privado (§ 2°, art. 173, da CRFB/88). 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
Quanto aos serviços públicos concedidos (contrato bilateral pelo
qual um particular se obriga a prestar determinado serviço público, por
sua conta e risco, mediante o recebimento de uma tarifa paga pelo
usuário) há que se observar a disposição do art. 13 do CTN, ou seja, em
regra a imunidade não beneficia os concessionários de serviços
públicos, da mesma forma que não beneficia as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
 
Imunidade dos templos e dos livros, jornais e periódicos:
Prevalece no STF a orientação de que a imunidade é objetiva
(pertinente a um bem determinado, e não a uma pessoa).
A imunidade não inclui a empresa jornalística, a empresa
editorial, o autor, o livreiro, etc., em razão dos princípios da igualdade e
da capacidade contributiva deverão pagar impostos sobre o rendimento
que obtiverem com o livro, com o jornal, etc.
Visa baratear a produção de obras e não enriquecer seus
produtores, atingindo o IPI e o imposto de importação sobre o papel
imprensa, além do ICMS sobre o jornal e o livro impresso. Outros
impostos e contribuições, tais como o PIS, COFINS, o IR, as
contribuições sociais e o IOF, incidem sobre as empresas jornalísticas.
 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA:
Relação Jurídica Tributária: 
Os tributos são decorrentes da relação jurídica de conteúdo
patrimonial, denominada obrigação tributária, relação essa composta
de três elementos:
I) sujeito ativo – o credor da obrigação tributária é o Poder Público; 
II) sujeito passivo - o devedor é o contribuinte; e 
III) objeto - O objeto dessa obrigação tributária confere ao sujeito ativo o
direito subjetivo de exigir a obrigação e ao sujeito passivo o dever
jurídico de cumpri-la.
Obrigação tributária principal e acessória:
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
 Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
 § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela
decorrente.
 § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações,
positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos
tributos.
 § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
A obrigação tributária surge da ocorrência de um fato previsto em
lei como capaz de produzir esse efeito.
Ocorrido o fato gerador previsto em lei, nasce à obrigação
tributária principal, ou seja, a obrigação patrimonial do sujeito
passivo que tem por objeto o pagamento do tributo e/ou da penalidade
pecuniária.
As obrigações tributárias acessórias são os deveres
instrumentais exigidos pelo sujeito ativo com o intuito de assegurar o
interesse da arrecadação dos tributos e também para facilitar a
atividade de fiscalização no sujeito passivo.
Estas obrigações não estão relacionadas, no sentido de
dependência, com uma determinada obrigação principal, podendo
existir independentemente desta. Servem para viabilizar o cumprimento
de possíveis obrigações principais de outros tributos, como por
exemplo, na emissão de uma nota fiscal de uma operação isenta de
ICMS, é exigida a emissão porque se presta para controlar
contabilmente sua receita para repercussão em outros tributos, como
as contribuições ao PIS e a COFINS e para o Imposto de Renda e a
CSLL.
Somente com a obrigação tributária, porém, ainda não é possível
a cobrança do tributo. É necessário que se faça a constituição do
crédito tributário.
	SALÁRIO E REMUNERAÇÃO

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