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SALÁRIO E REMUNERAÇÃO Precisamos, inicialmente, fazer a distinção entre os dois, no campo teórico, porque na prática refere-se ambos como sinônimos. Salário é a contraprestação paga diretamente ao empregado pelo empregador. É a retribuição devida pela empresa ao trabalhador em equivalência subjetiva ao valor da contribuição deste na consecução dos fins objetivados pelo empregador. Remuneração compreende a totalidade do salário, bem como o valor pago por terceiros, em decorrência da relação de emprego existente. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Serviço noturno No que se refere ao trabalhador urbano, serviço noturno é aquele que ocorre entre 22 e 5 horas. Vemos aqui, que dá 7 horas trabalhadas, isto porque a hora noturna para estes trabalhadores não é composta por 60 minutos, mas sim por 52 minutos e 30 segundos; daí a equivalência das 7 horas trabalhadas em período noturno, às 8 horas trabalhadas em horário normal. O adicional para pagamento de quem trabalha nesse período, ou seja, o adicional noturno, é de 20% . O trabalhador que tem horário misto, ou seja, que alterna horário normal com horário noturno, recebe o valor referente à hora normal trabalhada acrescida de 20% referente ao período noturno trabalhado. FÉRIAS Conceito - O direito do empregado de paralisar a prestação dos serviços, por iniciativa do empregador, durante um certo número de dias em cada ano, com a percepção da remuneração, após ter adquirido o direito no decurso dos doze meses anteriores, a fim de lhes proporcionar a recuperação psíquica e física, além do convívio social. A Constituição Federal prevê o descanso com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal (art. 7º, XVII, CF). Períodos : Aquisitivo e Concessivo. Duração Período aquisitivo - é o lapso de tempo correspondente a doze meses nos quais o empregado trabalha para adquirir as férias. Período Concessivo - é o período de doze meses subsequentes ao lapso aquisitivo em que o empregador deverá conceder férias as empregado. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. A capacidade trabalhista plena ocorre aos 18 anos de idade. A idade mínima para trabalhar é 16 anos de idade, embora o menor com 14 anos possa ser admitido como aprendiz. Para firmar ou alterar cláusula do contrato de trabalho o menor de 18 anos precisa da autorização do responsável. Essa autorização é presumida pela posse da CTPS, pois para a expedição desse documento já é exigida a autorização do responsável. O menor de 18 anos não pode dar quitação em recibo de indenização sem a assistência de seu responsável legal. Mas poderá sozinho firmar recibo do pagamento de salários. Ao menor é proibido o trabalho noturno, perigoso, insalubre (artigo 7º, XXXIII, da CF) e em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade (artigo 405, II, da CLT). O trabalho do menor nas ruas, praças e outros logradouros públicos dependerá de prévia autorização do Juiz da Infância e da Juventude. Não é empregado o menor que presta serviços em oficinas em que trabalham exclusivamente pessoas da família, sob direção de seu pai, mãe ou tutor (parágrafo único do artigo 402 da CLT). O contrato de trabalho do menor, ou de qualquer outro incapaz apontado na lei civil, firmado sem assistência do responsável é, em princípio, nulo. Mas as verbas trabalhistas são devidas. Se ocorrer possibilidade de prejuízo de ordem física ou moral ao menor, seu responsável pode pleitear a rescisão do contrato de trabalho. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Conceito: A extinção do contrato de trabalho é a terminação do vínculo de emprego, com a extinção das obrigações para os contratantes. As principais modalidades são: DISPENSA SEM JUSTA CAUSA – O empregador pode dispensar o empregado sem justa causa, cessando, assim o contrato de trabalho. Para tanto deverá pagar as reparações econômicas pertinentes. Terá direito o empregado ao : Aviso Prévio – 30 dias (redução de 7 dias ou duas horas diárias) Décimo terceiro salário proporcional Férias vencidas e proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional. Saldo de salários Saque do FGTS + multa de 40% Seguro desemprego Os empregados com mais de 1 ano deverão ter assistência do sindicato ou da DRT (art. 477, §1º CLT) DISPENSA COM JUSTA CAUSA : é a forma de dispensa decorrente de falta grave praticado pelo empregado, implicando a cessação do contrato de trabalho por motivo devidamente evidenciado, de acordo com as hipóteses previstas em Lei. O artigo 482 CLT para a doutrina unânime é taxativo, uma vez que o legislador estabeleceu quais seriam as hipóteses de falta grave do empregado que ensejariam a Justa Causa. HIPÓTESES LEGAIS : 1 ) ATO DE IMPROBIDADE - Revela mau caráter, perversidade, maldade, desonestidade. Ex. furto ou roubo de materiais da empresa; falsificação de documentos para obtenção de horas extras não prestadas; apropriação indébita de importância da empresa; o empregado justificar suas faltas através de atestados médicosfalsos; 2) INCONTINÊNCIA DE CONDUTA - Esta ligada ao desregramento do empregado no tocante à vida sexual. São obscenidades praticadas, libertinagem, pornografia. Ex : assédio sexual de uma pessoa a outra, que não corresponde a corte, ficando esta constrangia, por inexistir reciprocidade, evidenciando a falta grave para o despedimento. 3 ) MAU PROCEDIMENTO - É um ato faltoso que não pode ser enquadrado nas demais alíneas do artigo 482 CLT. Será uma atitude irregular do empregado, um procedimento incorreto, incompatível com as regras a serem observadas pelo homem comum perante a sociedade. Ex. Um empregado que no dia de folga utiliza o veículo da empresa para transporte de familiares e amigos, ao mesmo lhe sobrecarregando e imprimindo velocidade excessiva. Empregado que é surpreendido pela vigilância em seu horário de trabalho, nas proximidades da empresa, sem justificativa para os motivos que lhe levaram a retirar-se do serviço. 4 - NEGOCIAÇÃO HABITUAL - Diz respeito aos atos de comércio praticados pelo empregado sem permissão do empregador e com habitualidade. Ex. Empregados constituem empresa do mesmo ramo de sua empregadora, clandestinamente, praticando atos de concorrência desleal. Empregado valendo-se de sua atividade laboral, explora negócio próprio, usando a clientela da empresa em que trabalha, para vender seus produtos em detrimento do seu empregador. 5 - CONDENAÇÃO CRIMINAL - É necessário condenação criminal com sentença transitada em julgado. Se a sentença estiver pendente de recurso não será considerada justa causa. Não poderá ainda ter sido concedido suspensão da execução da pena, ou inexista sursis. Os fatos não necessitam estar relacionados com a atividade laboral. 6 - DESÍDIA - Quando exerce suas funções com negligência, má vontade, preguiça, displicência, desleixo, indiferença. Ex. um motorista profissional que escuta o barulho do motor caracterizando-se irregularidade e continua utilizando-se do veículo ensejando a quebra ou inutilização completa do motor. Contínuo que deixa de entregar carta aos diretores da empresa convocando para reunião. 7 - EMBRIAGUEZ - Proveniente de álcool ou drogas. Configura-se como habitual ou em serviço. Ex. motorista de ônibus que comparece embriagado ao serviço para trabalhar poderá ser demitido com justa causa ainda que seja a primeira vez. 8 - VIOLAÇÃO DE SEGREDO DE EMPRESA - O empregado que divulga formulas do empregador, marcas e patentes sem a autorização do empregador. Ex. empregado subtrai da empresa documentos sigilosos, com intuito de utilizá-los na empresa concorrente. Empregado que descobre a formula da coca-cola e vende a concorrente. 9 - INDICIPLINA - Diz respeito a ordens gerais de serviço. O empregado, por exemplo descumpre as ordens gerais dadas pelo empregador, como as contidas no regulamento da empresa, em ordens de serviços, circulares, portarias... Ex. empregado que se nega a submeter-se ao revistamento. 10 - INSUBORDINAÇÃO - Esta ligada ao descumprimento de ordens pessoais de serviço. Não são necessariamente ordens do empregador e sim do superior hierárquico. Ex. recusa do motorista de ônibus de assumir a direção do ônibus que lhe é destinado por sua empregadora. 11 - ABANDONO DO EMPREGO - Súmula 32 do TST "configura-se abandono de emprego quando o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 dias, após a cessação do benefício previdenciário, nem justificar o motivo de não o fazer." Vide artigo 474 e 853 CLT. O empregador deverá enviar carta registrada ao empregado solicitando seu retorno ao trabalho. Elemento objetivo - diversas faltas ao serviço. Elemento subjetivo - clara intenção de não retornar ao emprego. 12 - ATO LESIVO À HONRA E BOA FAMA - Calúnia, injúria e difamação. Os referidos atos poderão ser praticados por palavras e gestos. Ex. empregado que desacata o chefe com expressão desrespeitosa merece a dispensa com justa causa. 13 - OFENSA FÍSICA - Agressão do empregado contra qq pessoa, empregador e superiores hierarquicos, salvo em caso de legítima defesa. Ex. empregado que agride colega de serviço, no recinto da empresa, durante a jornada de trabalho. 14 - PRÁTICA CONSTANTE DE JOGOS DE AZAR - Quando o empregado pratica continuamente jogos de azar, por ex. jogo do bicho, loterias, bingo, roleta... Ex. O jogo de baralho entre colegas de serviço configura falta grave, se esta falta for constante. 15 - ATOS ATENTATÓRIOS Á SEGURANÇA NACIONAL - Terrorismo, malversação da coisa pública. 16 - OUTRAS HIPÓTESES: ART. 508 CLT ( a falta de pagamento de dívidas legalmente exigidas dos bancários) ART. 158, § único da CLT ( a recusa do uso de equipamento de proteção) ART. 240, § único da CLT ( a recusa do empregado em fazer hora extra, sem justificativa, em casos de urgência ou de acidente). HAVENDO DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA O EMPREGADO SOMENTE RECEBERÁ NO ATO DA DEMISSÃO : SALDO DE SALÁRIOS E ÀS FÉRIAS VENCIDAS, SE HOUVER. PEDIDO DE DEMISSÃO: Quando o empregado toma a iniciativa do término do vínculo empregatício. Terá direito a receber o saldo de salário, as férias vencidas (se houver), as férias proporcionais e o 13º salário proporcional. O EMPREGADO DEVERÁ CUMPRIR O PERÍODO DE AVISO PRÉVIO, SOB PENA DE PAGAR. RESCISÃO INDIRETA: é a cessação do contrato de trabalho por iniciativa do empregado, tendo em vista justa causa que o atingiu praticada pelo empregador. A justa causa, nesta hipótese, é praticada pelo empregador contra o empregado. Este, poderá ingressar com a Ação de Rescisão Indireta, perante o Poder Judiciário, pedindo que o juiz reconheça o cometimento da falta grave pelo empregador, e assim, possa receber todas as verbas como se tivesse sido dispensado sem justa causa. Se, julgar improcedente o pedido, receberá apenas as verbas como se tivesse sido dispensado com justa causa, isto é, férias vencidas e saldo de salários, se houverem. As condutas do empregador configuradoras de justa causa são as seguintes (CLT, artigo 483): 01 – exigência de serviços superiores às forças do empregado; 02 – exigência de serviços proibidos por lei; 03 – exigência de serviços contrários aos bons costumes, ofensivos à moral do empregado; 04 – exigência de serviços não previsto no contrato de trabalho; 05 – rigor excessivo contra um trabalhador específico; 06 – exposição do empregado a perigo manifesto de mal considerável, sem que esses riscos pertençam às suas funções; 07 - descumprimento das obrigações contratuais, como o atraso no pagamento de salário; 08 – ofensas à honra do empregado ou sua família, como a calúnia, a difamação ou a injúria; 09 – ofensas físicas ao empregado, salvo em legítima defesa; 10 – redução do trabalho por peça ou tarefa de modo a afetar sensivelmente o ganho do empregado. OUTRAS CAUSAS DE EXTINÇÃO: Culpa Recíproca: Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. Acordo: O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: - por metade: a) o aviso prévio, se indenizado; e b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. Essa modalidade de extinção do contratopermite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. Nessa espécie de extinção do contrato por acordo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. I – NOÇÕES FINANCEIRAS : 1.1 – Atividade Financeira do Estado: é o conjunto de ações do Estado para obtenção da receita e a realização dos gastos para o atendimento das necessidades públicas. Os fins e os objetivos políticos e econômicos do Estado só podem ser financiados pelos ingressos na receita pública. A arrecadação dos tributos constitui o principal item da receita. Mas também são importantes os ingressos provenientes dos preços públicos, que constituem receita originária porque vinculada à exploração do patrimônio público. Compõem, ainda, a receita pública as multas, as participações nos lucros e os dividendos das empresas estatais, os empréstimos, etc. Com os recursos assim obtidos, o Estado suporta a despesa necessária para a consecução dos seus objetivos. Paga a folha de vencimentos e salários de seus servidores. Contrata serviços de terceiros. Adquire no mercado os produtos que serão empregados na prestação de serviços públicos. Entrega subvenções econômicas e sociais. Subsidia a atividade econômica. A obtenção da receita e realização dos gastos se faz de acordo com o planejamento consubstanciado no orçamento anual. Todas essas ações do Estado, por conseguinte, na vertente da receita ou da despesa, direcionadas pelo orçamento, constituem a atividade financeira. Característica importantíssima da atividade financeira é a de ser puramente instrumental. Obter recursos e realizar gastos não é um fim em si mesmo. O Estado não tem o objetivo de enriquecer ou de aumentar o seu patrimônio. Arrecada para atingir certos objetivos de índole política, econômica ou administrativa. A atividade financeira é a exercida pelos entes territoriais (União, Estados e Municípios) e respectivas autarquias, que se enquadra na noção de Fazenda Pública. A obtenção de receita para suprir as necessidades públicas, nota característica da atividade financeira, envolve a prestação de serviços públicos e a defesa dos direitos fundamentais, missão precípua das pessoas jurídicas de direito público. Exclui-se do conceito de atividade financeira a que é exercida pelos órgãos da administração indireta dotados de personalidade jurídica de direito privado. As sociedades de economia mista, as empresas públicas, as fundações e demais sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público não se integram à Fazenda Pública e as ações que desenvolvem não se compreendem no conceito de atividade financeira. 1.2 - Direito Financeiro e Direito Tributário: A atividade financeira concretiza-se em receitas e despesas. O Estado adquire receitas e transforma-as em despesas, e isso dá origem a um complexo de relações entre os particulares e os agentes do Estado, e estes entre si. São relações que, num Estado de Direito, e tendo atenção aos interesses em jogo, não podem deixar de encontrar-se submetidas as normas jurídicas. Assim, as normas que regulam a obtenção, a gestão e o dispêndio dos meios financeiros públicos constituem o Direito Financeiro. Portanto, o Direito Financeiro regula toda a atividade financeira do Estado (receitas não tributárias, o orçamento, o crédito público e a receita pública). O direito referente à aquisição de receitas contempla, sobretudo, as receitas coativas. E como estas são conseguidas mediante processos diferentes dos usados pelos particulares, daí que se procura isolar, no próprio direito das receitas, o conjunto de normas relativas à obtenção daquelas cujo montante é autoritariamente estabelecido pelo Estado: eis o Direito Tributário. Portanto, o Direito Tributário regula a aquisição de tributos (impostos, taxas e contribuições de melhoria). 1.3 - Receita Pública: - Conceito: é o ingresso de dinheiro aos cofres públicos. Todo ingresso de dinheiro chama-se entrada, entretanto, nem toda entrada compõe a receita do Estado. Portanto, temos: a) Entradas provisórias : que não estão destinadas a permanecer nos cofres públicos (ex. caução, fiança e empréstimos em geral); e b) Entradas definitivas : que se realizam por meio da cobrança de tributos e dos preços públicos (tarifas) - Modalidades de receita: a) Originária – são decorrentes da exploração de uma atividade econômica pelo próprio Estado, das rendas decorrentes do patrimônio público imobiliário, das tarifas, dos ingressos comerciais (ex.: receita oriunda dos concursos de prognósticos como a Sena, a Loto, etc). b) Derivada – são extraídas do patrimônio dos particulares pelo Estado, no exercício do seu poder de império. São compulsórias, a exemplo dos tributos, das multas e do confisco decorrente do tráfico de entorpecentes. c) Transferidas - são as repassadas de um ente político a outro, como por exemplo, a repartição de impostos prevista nos artigos 157 a 159 da Constituição da República Federativa do Brasil. Seção VI DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. Art. 159. A União entregará: I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007) a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional,de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007) II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004) § 1º - Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. § 2º - A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido. § 3º - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 1.4 – DESPESAS: Despesas públicas são os gastos da Administração Pública para a realização das funções estatais, incluídos os decorrentes de obras e serviços públicos. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Empenho de despesa é o ato emanado da autoridade que cria para o Estado a obrigação de pagamento. O empenho não pode exceder o limite do crédito concedido. O pagamento da despesa somente será feito após um procedimento denominado liquidação de despesa, onde se identificarão a origem, o objeto, a importância e o credor. Após, será emitida a ordem de pagamento pela autoridade competente. No caso de despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, é permitido o regime de adiantamento, desde que expressamente previsto em lei. Consiste na entrega de numerário ao servidor, que efetuará depois a despesa. Toda despesa deve estar prevista no orçamento, sendo vedadas a realização de despesa ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais (art. 167, II, da CRFB). Art. 167. São vedados: II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 1.5 - ORÇAMENTO : Não é possível fazer despesas sem receitas correspondentes. Daí que o Estado tenha de prever as suas despesas para saber as receitas de que precisa, e tenha de prever as suas receitas para saber se bastam para cobrir as despesas. Ora, prever receitas ou prever despesas é sempre orça-las. Daí temos o orçamento, que é o documento onde as receitas e as despesas se encontram previstas. Nessa definição encontramos os dois elementos de qualquer orçamento, seja público ou seja privado: previsão e a limitação no tempo; além do elemento próprio do orçamento do Estado: autorização. Portanto, orçamento é a peça técnica que demonstra as contas públicas para o período determinado, contendo a discriminação da receita e das despesas, demonstrando a política econômica-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade (não significa a existência de um único documento e sim a integração finalística e a harmonização entre os diversos orçamentos), universalidade (segundo este princípio o orçamento deve conter todas as receitas e despesas da União, de qualquer natureza, procedência ou destino, inclusive a dos fundos, dos empréstimos e dos subsídios. É princípio de maior importância para o equilíbrio financeiro – previsão legal: art. 165, § 5º, da CRFB) e anualidade (este princípio indica que o Legislativo deve exercer o controle político sobre o Executivo pela renovação anual da permissão para a cobrança dos tributos e a realização dos gastos, sendo inconcebível a perpetuidade ou a permanência da autorização para a gestão financeira). TRIBUTO: a) Conceito: é toda prestação compulsória que vai integrar as receitas derivadas do Estado. O Código Tributário Nacional define tributo da seguinte forma: Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. A obrigação é compulsória, obrigatória, porque ela decorre diretamente da lei. A vontade do contribuinte é irrelevante e por isso até mesmos os incapazes podem ser sujeitos passivos. A lei só pode obrigar o contribuinte a pagar o tributo em moeda corrente do país (obrigação pecuniária), razão pela qual a doutrina costuma afirmar que em regra o nosso direito desconhece o tributo in natura (parte da mercadoria comercializada é entregue ao fisco a título de pagamento do tributo) ou o tributo in labore (a cada mês o sujeito passivo destinaria alguns dias de seu trabalho à entidade tributante). Entretanto, a partir da Lei complementar 104/2001, que acrescentou o inciso XI ao art. 156 do Código Tributário Nacional, admite-se a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Quando o art. 3° do Código Tributário Nacional (CTN) afirma que o tributo não constitui sanção a ato ilícito, quer dizer que a hipótese de incidência é sempre algo lícito. Observe-se, porém, que situações como a aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de rendimentos são suficientes para o nascimento de obrigações tributárias como o imposto de renda (art. 43 do CTN), ainda que tais rendimentos sejam provenientes de atividades ilícitas como o “jogo do bicho” (a hipótese de incidência é a aquisição de renda e não o jogo do bicho). O tributo, portanto, não é multa. A multa tem pressuposto o descumprimento de um dever jurídico e por finalidade evitar comportamentos nocivos à ordem jurídica, via sanção, enquanto o tributo tem por pressuposto um ato lícito. Assim: É obrigatório (poder estatal de tributar) É prestação pecuniária (valor expresso em moeda)TRIBUTO Não tem caráter punitivo Somente pode ser criado por lei FUNÇÃO DOS TRIBUTOS: Fiscal – quando o tributo visa a obter recursos financeiros para o Estado. Extrafiscal – quando o tributo visar a interferência no domínio econômico. Parafiscal – quando a arrecadação de recursos for destinada a autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista, empresas públicas, ou mesmo pessoas jurídicas de direito privado que desenvolvam atividades relevantes mas que são próprias do Estado, a exemplo do SESI, dos sindicatos, etc.) ESPÉCIES DE TRIBUTOS: Código Tributário Nacional: Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. Constituição da República Federativa do Brasil: Art. 145. A União,os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. O art. 5° do CTN e o art. 145 da CRFB/88 indicam que são três as espécies do gênero tributo: os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Deve ser cobrado por meio do lançamento ou cobranças fiscais IMPOSTOS: Código Tributário Nacional Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Como podemos observar, o dispositivo legal definiu o imposto como “o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. Por isso, costuma-se afirmar que o imposto é uma exigência não vinculada, uma exigência cujo fato gerador não se liga a uma atividade estatal específica relativa ao contribuinte ou por ele provocada. Dessa forma a prestação patrimonial do contribuinte é unilateral, porque não faz nascer para a entidade tributante qualquer dever específico em relação ao contribuinte. O imposto tem por hipótese de incidência: Um comportamento do contribuinte (ICMS, que tem por fato de incidência uma operação mercantil; ISS, que tem por fato gerador uma pessoa prestar a terceiro, em caráter negocial, um serviço especificado na Lei Complementar 116/2003); ou Uma situação em que o contribuinte se encontre (IPTU, tem por hipótese de incidência o fato de uma pessoa ser proprietária de um imóvel localizado na zona urbana de um município). Impostos Diretos e Indiretos: Os impostos diretos são aqueles cuja carga econômica é suportada pelo próprio realizador do fato imponível. Ex.: Imposto de Renda – em que o patrimônio de quem auferiu os rendimentos líquidos é atingido por essa tributação. Os impostos indiretos são aqueles cuja carga tributária não é suportada pelo contribuinte (contribuinte de direito), mas por terceira pessoa, que não realizou o fato imponível (contribuinte de fato). TAXAS: TÍTULO IV Taxas Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 30.1.1967) Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966) Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. O poder de polícia está previsto no art. 78 do CTN. É o poder de limitar e disciplinar direitos e deveres com base no interesse público, regulando questões pertinentes à segurança, higiene, à ordem, etc. (taxa de publicidade, taxa de fiscalização de elevadores, etc.). Observe-se que a taxa decorrente do poder de polícia tem por justificativa o efetivo exercício de atos relacionados a esse poder. A segunda hipótese autorizadora da cobrança da taxa é a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico, divisível e compulsório, prestado ao contribuinte ou colocado a sua disposição (art. 79 CTN). O serviço pode ser utilizado pelo contribuinte de forma efetiva ou potencial, nos termos do art. 79. Efetivamente, quando por ele usufruído de a qualquer título. Potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, seja posto à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. Como serviços compulsórios colocados a disposição da população, podemos citar a água e o esgoto nas localidades que não admitem o uso de poços ou fossas. Diante do apresentado podemos observar que, quer na colocação de um serviço à disposição do contribuinte ou quer no exercício do poder de polícia, temos uma atividade específica do Estado . Em relação ao serviço público que caracteriza o fato gerador da taxa, ele tem que ser relativo ao contribuinte desta e não à coletividade em geral, permitindo que se verifique o vínculo entre o sujeito passivo do tributo e os serviços (daí o legislador afirmar que o serviço tem que ser específico e divisível). Distinção entre Taxa e Tarifa: Os tributos são receitas derivadas (se originam do patrimônio dos particulares) obtidas mediante prestação compulsória, já que é decorrente de lei. Por outro lado, as tarifas são tidas como receitas originárias (derivam-se da exploração econômica do patrimônio do Estado, agindo como se particular fosse) obtidas mediante acordo de vontades, pelo que, segundo o afamado doutrinador Luiz Emygdio F. Rosa Júnior, “o particular não pode ser constrangido a pagá-lo se não utilizar-se da atividade estatal”. Aliomar Baleeiro, fulcra a distinção em dois elementos. O primeiro, político jurídico: A COAÇÃO; ínsita nas taxas e não presente nos preços públicos. O segundo, econômico: A ORIGEM DOS RECURSOS; o preço (tarifa) vem do próprio Estado (agindo como se fosse um particular; sem estar investido de sua soberania – Receita Originária e de Direito Privado), enquanto o tributo (taxa) vem do particular (é o Estado agindo como tal, usando de sua soberania – Receita Derivada e de Direito Público). Por fim, insta dizer que aos “olhos” do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, o que distingue a taxa do preço público é a compulsoriedade da primeira e a facultatividade deste último. Senão vejamos o teor de sua Súmula 545: “Preçosde serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu”. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. A contribuição de melhoria tem como fato gerador a valorização do imóvel do contribuinte em razão de obra pública (ex.: instalação de rede elétrica, obras contra enchentes). Os beneficiários diretos da obra, arcam com o seu custo, total ou parcialmente. A contribuição de melhoria tem como limite geral, o custo da obra, e como limite individual a valorização do imóvel beneficiado. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS: Princípios da capacidade contributiva e da igualdade: O princípio da igualdade (art. 150, II, da CRFB/88) veda instituir tratamento desigual entre contribuintes de situações equivalentes. DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; A base filosófica do princípio da igualdade é o princípio constitucional da isonomia, segundo o qual todos são iguais perante a lei. O princípio da igualdade é complementado pelos princípios da personalização e o da capacidade contributiva, previstos no art. 145, § 1°, da Constituição Federal. Art. 145. § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Pelo princípio da personalização e da capacidade contributiva, sempre que possível os impostos devem ter caráter pessoal e ser graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. A fim de dar eficácia a este princípio, faculta-se a administração tributária, respeitados os direitos individuais e os termos da lei, identificar os rendimentos dos contribuintes, seus patrimônios e suas atividades econômicas. As alíquotas diferenciadas do imposto de renda representam uma das formas de se efetivar os princípios da igualdade e da capacidade contributiva, pois distribuem de forma proporcional os ônus de prover as necessidades da coletividade. Da mesma forma a isenção (forma de extrafiscalidade) para contribuintes com menor capacidade econômica ou para microempresas. Princípio da legalidade: O princípio da legalidade consagra que nenhum tributo será instituído ou aumentado senão por lei. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Seção II DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Equiparam-se à majoração do tributo as mudanças de base de cálculo que o tornem mais oneroso. A simples atualização monetária, porém, não caracteriza a majoração. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. A lei instituidora do tributo obrigatoriamente deve fixar os seguintes elementos: - Fato tributável – que é a hipótese de incidência, a descrição contida em lei como necessária e suficiente para o nascimento da obrigação tributária. - Base de cálculo – que serve para quantificar, para dar a dimensão do tributo. - Alíquota – que é o percentual que multiplicado pela base de cálculo permite o cálculo do quanto é devido. - Critérios para a identificação do sujeito passivo (que é aquele que tem o dever de prestar o objeto da obrigação tributária). - o sujeito ativo – que é a pessoa a quem a lei atribui poderes de arrecadar, administrar e fiscalizar os tributos. Atos Normativos em Matéria Tributária: Decretos: O decreto, espécie mais comum dos atos normativos, costuma ser definido como o ato administrativo de competência exclusiva do chefe do Poder Executivo (federal, estadual e municipal) destinado a dar eficácia a situações gerais ou especiais previstas de forma explícita na lei. Não tem força, portanto, para criar direitos ou extinguir obrigações, ou seja, no que for além da lei, não obriga; no que for contra a lei, não prevalece. Excepcionalmente, a própria Constituição Federal admite que o Poder Executivo (normalmente via decreto), nos limites da lei, altere as alíquotas do imposto de importação, imposto de exportação, do IPI e do IOF. São impostos com função extrafiscal e as alterações podem exigir agilidade capaz de garantir o equilíbrio da economia. Medidas Provisórias: Em casos de relevância e urgência, o Presidente daRepública poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê- las de imediato ao Congresso Nacional. O STF entende que os governadores e prefeitos podem editar medidas provisórias, desde que autorizados pela Constituição Estadual e pela Lei Orgânica Municipal. As medidas provisórias vinham sendo utilizadas para disciplinar matéria tributária não reservada às leis complementares, com a anuência do Congresso Nacional e de muitos Tribunais. De acordo com o § 2° do art. 62 da Constituição Federal, medida provisória que implique instituição ou majoração da espécie de tributo denominado imposto só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) Princípio da Anterioridade: Com esse princípio a Lei Maior veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) A Emenda Constitucional 42 aumentou a proteção, pois inseriu a alínea c ao art. 150, III, da Constituição Federal, estabelecendo que, sem prejuízo da anterioridade comum (tradicional, do exercício financeiro), muitos tributos não podem ser cobrados antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (em regra esta nova anterioridade incide cumulativamente em dupla com a anterioridade do exercício financeiro) A anterioridade nonagesimal começa a ser contada da data em que foi publica a lei ou medida provisória que instituiu o tributo, e não do exercício financeiro seguinte. Tributos NÃO sujeitos à ANTERIORIDADE COMUM – art. 150, III, b, CRFB/88 Tributos NÃO sujeitos à ANTERIORIDADE NONAGESIMAL – art. 150, III, c, CRFB/88 Empréstimo compulsório instituído para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência (art. 148, I, da CF). Empréstimo compulsório instituído para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência (art. 148, I, da CF). Já o Empréstimo Compulsório previsto no inciso II do art. 148 da CF, que pode ser instituído no caso de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional, está sujeito à anterioridade comum. Já o Empréstimo Compulsório previsto no inciso II do art. 148 da CF, que pode ser instituído no caso de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional, está sujeito também à anterioridade nonagesimal. Imposto de Importação Imposto de Importação Imposto de Exportação Imposto de Exportação IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. Imposto Extraordinário Imposto Extraordinário Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que está sujeito apenas à anterioridade nonagesimal. Contribuição para a seguridade social, que está sujeita apenas à anterioridade nonagesimal – art. 195, § 6°, da CF. CIDE, exclusivamente no caso de restabelecimento da alíquota antes reduzida sobre derivados de petróleo, gás natural e álcool combustível (art. 177, § 4°, I, b, da CF). Em caso de aumento tem que observar a anterioridade. Base de cálculo do IPVA, que está sujeito apenas à anterioridade comum. ICMS, exclusivamente no caso de restabelecimento da alíquota antes reduzida naquelas hipóteses em que a lei estabelecer Base de cálculo do IPTU, que está sujeito apenas à anterioridade comum. que o imposto incidirá uma única vez sobre lubrificantes e combustíveis (art. 155, § 2°, XII, h, e § 4°, IV, c, da CF). em caso de aumento, há que observar a anterioridade. Imposto de renda, que está sujeito apenas à anterioridade comum. Princípio da Irretroatividade: Os fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que houver instituído ou aumentado os tributos (estabelecida a hipóteses de incidência ou a alíquota maior) não acarretam obrigações. A lei nova não se aplica aos fatos geradores já consumados (art. 105, do Código Tributário Nacional – CTN). Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. Pode ocorrer, no entanto, que o fato gerador se tenha iniciado, mas não esteja consumado antes do decurso de determinado espaço de tempo, se aceita a teoria do fato gerador periódico. Exemplo típico é o caso do imposto sobre a renda apurada, à vista de fatos (ingressos financeiros, despesas, etc.) que, no seu conjunto, realizam o fato gerador. SÚMULA STF Nº. 584: Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração. Princípio da Vedação ao Confisco: Significa que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco, já que tal circunstância nega vigência ao direito de propriedade garantido pelo art. 5°, XXII, da Constituição Federal. O caráter confiscatório do tributo é analisado pelo Judiciário no caso concreto e deve considerar a carga tributária decorrente da totalidade dos tributos. Entende-se como confiscatório o tributo que consome grande parte da propriedade ou inviabiliza o exercício da atividade lícita. Princípio da imunidade recíproca: A imunidade é uma hipótese de não-incidência constitucionalmente qualificada, ou seja, a Constituição impede que a lei de tributação inclua certos fatos nas hipóteses de incidência de impostos. A primeira das imunidades genéricas (protege contra impostos em geral e não contra imposto específico) é a imunidade recíproca. Pelo princípio da imunidade recíproca (art. 150, VI, a, CRFB/88), é vedado a União, aos Estados-membros, ao Distrito Federal e aos municípios instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como sobre as autarquias e fundações mantidas pelo poder público (pessoas jurídicas de direito público - § 2°, art. 150, CRFB/88). Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refereao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. § 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. A imunidade não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas por normas aplicáveis aos empreendimentos privados. Tal imunidade seria contrária ao princípio da liberdade de iniciativa. Não estão imunes as atividades prestadas pela pessoa jurídica de direito público em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas que caracterize a exploração de atividade econômica. As empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto as obrigações trabalhistas e tributárias. Por isso não podem gozar de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado (§ 2°, art. 173, da CRFB/88). Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. Quanto aos serviços públicos concedidos (contrato bilateral pelo qual um particular se obriga a prestar determinado serviço público, por sua conta e risco, mediante o recebimento de uma tarifa paga pelo usuário) há que se observar a disposição do art. 13 do CTN, ou seja, em regra a imunidade não beneficia os concessionários de serviços públicos, da mesma forma que não beneficia as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Imunidade dos templos e dos livros, jornais e periódicos: Prevalece no STF a orientação de que a imunidade é objetiva (pertinente a um bem determinado, e não a uma pessoa). A imunidade não inclui a empresa jornalística, a empresa editorial, o autor, o livreiro, etc., em razão dos princípios da igualdade e da capacidade contributiva deverão pagar impostos sobre o rendimento que obtiverem com o livro, com o jornal, etc. Visa baratear a produção de obras e não enriquecer seus produtores, atingindo o IPI e o imposto de importação sobre o papel imprensa, além do ICMS sobre o jornal e o livro impresso. Outros impostos e contribuições, tais como o PIS, COFINS, o IR, as contribuições sociais e o IOF, incidem sobre as empresas jornalísticas. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: Relação Jurídica Tributária: Os tributos são decorrentes da relação jurídica de conteúdo patrimonial, denominada obrigação tributária, relação essa composta de três elementos: I) sujeito ativo – o credor da obrigação tributária é o Poder Público; II) sujeito passivo - o devedor é o contribuinte; e III) objeto - O objeto dessa obrigação tributária confere ao sujeito ativo o direito subjetivo de exigir a obrigação e ao sujeito passivo o dever jurídico de cumpri-la. Obrigação tributária principal e acessória: CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. A obrigação tributária surge da ocorrência de um fato previsto em lei como capaz de produzir esse efeito. Ocorrido o fato gerador previsto em lei, nasce à obrigação tributária principal, ou seja, a obrigação patrimonial do sujeito passivo que tem por objeto o pagamento do tributo e/ou da penalidade pecuniária. As obrigações tributárias acessórias são os deveres instrumentais exigidos pelo sujeito ativo com o intuito de assegurar o interesse da arrecadação dos tributos e também para facilitar a atividade de fiscalização no sujeito passivo. Estas obrigações não estão relacionadas, no sentido de dependência, com uma determinada obrigação principal, podendo existir independentemente desta. Servem para viabilizar o cumprimento de possíveis obrigações principais de outros tributos, como por exemplo, na emissão de uma nota fiscal de uma operação isenta de ICMS, é exigida a emissão porque se presta para controlar contabilmente sua receita para repercussão em outros tributos, como as contribuições ao PIS e a COFINS e para o Imposto de Renda e a CSLL. Somente com a obrigação tributária, porém, ainda não é possível a cobrança do tributo. É necessário que se faça a constituição do crédito tributário. SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
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