aula 13 - Alimentação do adolescente

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Alimentação do adolescente
Profª Larissa Beatrice Granciero Barbosa
Planejamento de Cardápios nos Ciclos da Vida
Características biopsicossociais
• A adolescência é descrita como ó período de
transição entre a infância e a vida adulta →
• Intensas transformações físicas, psíquicas e sociais →
aparecem primeiro nas meninas e mais tarde nos
meninos.
• Inicio: Próxima da puberdade (com o aparecimento dos
primeiros sinais de maturação sexual)
• Termino: Parada do crescimento.
Velocidade de crescimento
• Antes da puberdade,
ocorre acúmulo de
gordura corporal,
deixando o jovem com
aspecto “gordinho”
Esse ↑ da adiposidade corporal é uma
reserva de energia para o rápido
crescimento durante o estirão
Normal → Desde que não ultrapasse 20%
do peso esperado para estatura
Deve acontecer com os primeiros sinais
da puberdade (crescimento dos pelos
pubianos e da genitália (♀ - da mama).
• Transformações físicas importantes:
• 2º período da vida extrauterina em que o crescimento
tem sua velocidade máxima
• Estirão de crescimento ( ♀: 11 – 13 anos e ♂ : 12 – 15
anos)
• Transformações físicas importantes:
• ↑ da velocidade de crescimento, principalmente na
época do estirão (dura de 18 a 24 meses)
• ↑ 20% da estatura e 50% do peso corporal e da massa
esquelética
• Alteração na composição
corporal (hormônios sexuais):
• ♀ contornos arredondados e
> % de gordura (estrogênio)
• ♂ > % de massa magra e
menos gordura (testosterona)
Estágio de maturação 
sexual de acordo com 
o sexo segundo Tanner
G1 (9,5 - 13,5 anos)
G2 (10 - 13,5 anos)
G3 (10,5 - 15 anos) 
G4 (11,5 - 16 anos)
G5 (12,5 - 17 anos)D
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P1 (9,5 - 13,5 anos)
P2 (11 - 15,5 anos)
P3 (11,5 - 16 anos)
P4 (12 - 16,5 anos)
P5 (15 - 17 anos)
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M1
M2 (8 - 13 anos)
M3 (10 - 14 anos)
M4 (11 - 15 anos)
M5 (13 - 18 anos)D
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P1
P2 (9 - 14 anos)
P3 (10 - 14,5 anos)
P4 (11 - 15 anos)
P5 (12 - 16,5 anos)
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Puberdade precoce
• < 8 anos em meninas e < 9 anos
em meninos
• Tende a atingir a estatura adulta
mais cedo
• Tende a apresentar valores
médios de estatura adulta
inferiores à média
Puberdade precoce
• Causas: Agentes contaminantes; fatores genéticos,
psicológicos ou ambientais; causa idiopática.
• Soja (Isoflavonas)?
SBP, 2012:
As bebidas e produtos à 
base de soja não devem 
ser consumidos de forma
indiscriminada,
Puberdade precoce
• Pode levar a um maior risco de desenvolver:
• Obesidade,
• Hipertensão,
• Diabetes tipo 2,
• Doenças cardiovasculares,
• AVC e
• Certos tipos de câncer - atribuído à exposição precoce
ao hormônio estrógeno.
• Desenvolvimento psicológico e social:
• rápido e intenso
• busca pela identidade, vontade de controlar a própria vida e
a necessidade de ser aceito pelos seus pares → oposição à
autoridade do adulto e da sociedade convencional →
desequilíbrio temporário na dinâmica familiar
exercício para o amadurecimento
tende a terminar com a aquisição das responsabilidades
de adulto
final da adolescência
Preferências
• Os hábitos alimentares dos adolescentes assemelham-se
aos dos adultos e refletem o modelo imposto pela “vida
moderna”:
• omissão de refeições (café-da-manhã)
• realização de refeições fora de casa (lanches e doces)
• consumo frequente de fast food e dietas da moda
• shopping (amigos) → alimentos junk food
• casa (família) → alimentos saudáveis
Preferências
Necessidades e recomendações 
nutricionais
• O estado nutricional na adolescência merece atenção →
decisivo para a qualidade de vida na maioridade
• Crescimento acelerado
• consumo energético adequado
• atenção aos nutrientes relacionados à construção de tecidos
corporais: ptn, Fe, Ca, Zn, Mg, vit A e C
Necessidades e recomendações 
nutricionais
• Energia e proteína
Recomendações energéticas e Protéicas (RDA, 1989)
Idade 
(anos)
Energia Proteína
Kcal/Kg Kcal/c
m
g/Kg g/cm
Mulheres
11 – 14 
15 – 18
47
40
14,0
13,5
1,0
0,8
0,29
0,26
Homens
11 – 14 
15 – 18
55
45
16,0
17,0
1,0
0,9
0,28
0,33
• Necessidades Energéticas – DRI
EER= TEE + Energia de Depósito
• Sexo masculino: EER= 88,5 – (61,9 x idade) + NAF x
[(26,7 x peso) + (903 x altura)]+ 25
• Sexo feminino: EER= 135,3 – (30,8 x idade) + NAF x
[(10,0 x peso) + (934 x altura)]+ 25
Sexo Sedentária Leve Moderada Intensa
Masculino 1,0
1,13 1,26 1,42
Feminino 1,0
1,16 1,31 1,56
• Micronutrientes
Nutriente 9 a 13 anos 14 a 18 anos
Vitamina A (g/dia) 600 900
Vitamina C (mg/dia) 45 75
Cálcio (mg/dia) 1.300 1.300
Ferro (mg/dia) 8 11
Zinco (mg/dia) 8 11
Magnésio (mg/dia) 240 410
Fonte: DRI, 2001.
Elaboração de cardápio para adolescentes
• Antes de intervir,
recomenda-se uma
análise global da
alimentação do
adolescente para propor
adequações, caso
necessário.
Elaboração de cardápio para adolescentes
• O enfoque deve ser
diferenciado para meninas
e meninos (interesses
diferentes quanto a saúde
e imagem corporal) → dar
preferência a melhorar a
adequação dos hábitos
alimentares no lugar de
sugerir mudanças radicais
Elaboração de cardápio para adolescentes
• Conscientizar o
adolescente da
importância da
alimentação saudável e
oferecer alternativas
apropriadas à idade.
• Este estudo visou avaliar percepções, barreiras e características de materiais
educativos de promoção de alimentação saudável descritas por
adolescentes.
• Realizaram-se quatro grupos focais com 25 adolescentes com perguntas
sobre: percepção e motivação para modificar a dieta; conceito de
alimentação saudável e barreiras para sua adoção; e características de
impressos para a promoção de práticas alimentares saudáveis.
Percepção sobre sua 
alimentação e motivação para 
realizar alterações
• Você acredita ter uma alimentação
saudável ?
• “Regular vale?”.
• “Eu tento”.
• “Tipo assim, começa na primeira
semana [a tentativa de adoção de
uma alimentação saudável],
depois volta tudo de novo”.
• Sim → Práticas adequadas desde
a infância:
• “Desde que eu nasci, minha mãe pega no
meu pé”. “A minha [dieta] sempre foi
assim [saudável], meu pai e minha mãe
sempre falaram”.
Conceito de alimentação saudável 
• “É um balanceamento, eu acho, você
não vai exagerar em um, nem em outro
[alimento]”.
• “É uma alimentação na medida, um
prato que contenha todos os nutrientes
que a pessoa precisa para seu corpo”.
• “Tem que ter um pouco de cada coisa,
tem que ser variada, nada em excesso,
na medida certa”.
• “O ideal é comer pouco, mas muitas
vezes ao dia e na hora certa também. A
quantidade certa em cada hora”.
• “É nutriente. Proteínas, lipídios,
carboidratos, vitaminas... tudo”.
Principais barreiras para adotar a 
alimentação saudável 
• “Ah, esse negócio [alimentação saudável] é
ruim”.
• “As coisas que engordam são muito boas”.
• “Tipo, você pode escolher entre um suco e
um refrigerante. Aí eu não consigo, eu
compro o refrigerante. É mais gostoso, é
viciante”.
• “As lanchonetes sempre tentam a gente.
Você sente aquele cheirinho... Se eu sentir
o cheiro, eu tenho que comer, não tem
jeito”.
• “Tipo eu faço isso: passo ali,compro uma
besteira e como. Prático e rápido. É mais
cômodo para a gente”.
• “Na minha casa quem compra geralmente
as coisas são meu pai e minha mãe. E aí
eu tenho dificuldade de comprar as coisas
que eu quero”.
• “Todo dia, antes de vir para a escola, minha
mãe faz eu trazer uma maçã ou uma
banana. Aí chego em casa, ela me ‘bota’
para comer outras frutas, todo dia”.
• Também se ressaltou a falta de opções de
lanches saudáveis na escola. “A escola
influencia. Às vezes a gente come salgado,
fritura [na lanchonete] de manhã. E a
primeira alimentação que a gente tem é
essa. Fritura de manhã não é muito bom,
não”.
Dificuldades para a mudança 
Conclusão
• Conhecimento adequado sobre o padrão de uma alimentação
saudável
• Identificação de barreiras
• Foco das intervenções nutricionais → Informações básicas sobre o
conceito de uma alimentação saudável deve ser profundamente
modificado.
• Adolescente → Deve avaliar sua própria dieta e de estratégias para
superar as barreiras encontradas para a adoção de práticas
alimentares adequadas → Ex: Estimular o contato com alimentos
saudáveis de preparo rápido e sabor agradável.
• Inclusão da família
Referências bibliográficas
GALISA, M.S., ESPERANÇA, L.M.B.; SÁ, N.G. Nutrição
conceitos e aplicações. São Paulo: M. Books, 2008.
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao
envelhecimento. São Paulo: Rubio, 2008.
Toral, N; Conti, M.A; Slater, B. A alimentação saudável na
ótica dos adolescentes: percepções e barreiras à sua
implementação e características. Cad. Saúde Pública, Rio
de Janeiro, 25(11):2386-2394, nov, 2009
Plano alimentar
• Caracterização do indivíduo:
Nome: PHBS
Idade: 16 anos
Sexo: masculino
Altura: 1,68 m
Peso: 65kg
Atividade física: leve (1,13)
Obs: realiza 5 refeições ao dia, consome fast food 01x/semana,
nega restrições alimentares, classe econômica média.
Classifique o estado nutricional pelas curvas da OMS.
Cálculo:
Carboidratos % kcal g g/kg
Proteínas % Kcal g g/kg
Lipídeos % Kcal g g/kg
Planejamento: _______________ Kcal
Refeição VET (%)
PTN (g) LIP (g) CHO (g)
_______ g _______ g _______ g
Desjejum 20
Colação 5
Almoço 30
Lanche 15
Jantar 25
Ceia 5
Lista de Substituição
❖ Fazer ao menos 03 substituições para cada alimento.