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dieta enteral e Parenteral

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SISTEMA EDUCACIONAL
Unidade de Apoio Presencial – Polo Tucuruí - PA 
CURSO: TÉCNICO DE ENFERMAGEM
DIFERENÇA ENTRE TERAPIA ALIMENTAR ENTERAL E PARENTERAL
NOME: Arlindo Rodrigues Silva Júnior
PROFESSOR(A): Daniele Lima
TUCURUÍ – PA
2019
SISTEMA EDUCACIONAL
Unidade de Apoio Presencial – Polo Tucuruí - PA 
CURSO: TÉCNICO DE ENFERMAGEM
NOME: Arlindo Rodrigues Silva Júnior
PROFESSOR(A): Daniele Lima
TUCURUÍ – PA
2019
INTRODUÇÃO
Pesquisas recentes apontam que pacientes que se encontram internados têm 30% de chance de tornarem-se desnutridos nas primeiras 48 horas de internação, e até o sétimo dia, essa porcentagem pode aumentar para até 45%. E esse quadro é ainda pior para pacientes com infecções graves, recém-operados ou com traumatismos.
Sabe-se que a desnutrição pode acarretar uma serie de problemas graves, como a perda de massa magra, a diminuição de cicatrizações, aumentando o risco de infecções e elevando o risco de óbito. Por esse e outros motivos que deve-se ter total cuidado e dedicação com a nutrição dos pacientes.
DESENVOLVIMENTO
A Nutrição enteral, ocorre quando o paciente encontra-se impossibilitado de alimentar-se por via oral, e nesse caso a ingestão dos alimentos pode ser feita via sonda (passagem naso/orogástrica) que pode ser implantada ou apenas posicionada no estômago, no jejuno ou no duodeno. Os alimentos desta dieta estão em pó ou na forma líquida contendo o mesmo valor nutricional de uma refeição considerada equilibrada.
Já na Nutrição parenteral a alimentação é administrada por via endovenosa e pode fornecer parte ou a totalidade das necessidades nutricionais de uma pessoa. A nutrição parenteral tem a finalidade de complementar ou, ainda, de substituir o fornecimento via oral ou enteral de nutrientes como: glicose, proteínas, sais minerais, eletrólitos, água e vitaminas, e possibilita, assim, a manutenção da homeostase, pelo suprimento de aminoácidos e calorias. 
Vale ressaltar que a escolha correta da dieta a ser usada pelo paciente, dependerá de alguns fatores como:
Será necessário saber qual vai ser a via, se sonda gástrica ou entérica;
Se a dieta será administrada no estômago, duodeno ou jejuno; 
Qual a necessidade calórica do paciente; 
Se existe desvio do trânsito intestinal; 
Qual indicação e provável tempo de permanência 
A formulação da dieta enteral ocorre de acordo com a complexidade dos nutrientes e apresentam formas, como a que apresenta os nutrientes elementares ou monoméricos, onde os macro nutrientes de apresentam na sua forma mais simples e hidrolisadas. As proteínas se apresentam principalmente na forma de aminoácidos livres, os hidratos de carbono na forma simples e os lipídios em forma de ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais.
Nas Oligoméricas ou peptídicas, as proteínas encontram-se hidrolisadas, os hidratos de carbono podem ser complexos ou simples, e os lipídios se estão na forma de Triglicerídeos de cadeia média e ácidos graxos essenciais.
Nas poliméricas, os macro nutrientes encontra-se na sua forma intacta, necessitando sofrer digestão prévia a sua absorção.
As dietas modulares usam módulos de macro e micro nutrientes, que podem ser usados para complementar uma dieta já formulada ou como complemento alimentar.
A dieta especial ou especializada é indicada para pacientes com tubo gastrintestinal funcionante, mas que requerem formulações especiais em virtude das doenças de base.
Outro ponto importante da dieta enteral, são as vias de acesso, pois demandam bastante cuidado por parte do profissional designado para com o paciente. A escolha correta é de fundamental importância para o bem estar do paciente.
As vias de acesso enteral podem ser:
SNG, SNE: geralmente através de sondas de alimentação de poliuretano, disponíveis em vários diâmetros.
Gastrostomias: geralmente através de sonda de alimentação de silicone, com diâmetro que variam de 14 a 26 french, com âncora ou balão de fixação interna e discos de fixação externa.
Jejunostomias: geralmente através de sondas de alimentação de poliuretano com diâmetro de 8 a 10 french, que podem ser colocadas pela técnica endoscópica percutânea (JEP), ou através de uma sonda de gastrostomia, ou por técnica cirúrgica aberta (Wtzel). Há ainda a possibilidade de aceso jejunal por cateter através de agulha. 
As vias de acesso no caso da nutrição parenteral divide-se em Periférica e Central.
A periférica é indicada para soluções com osmolaridade menor que 700 mOsm/L, enquanto a Central é indicada para soluções que tem osmolaridade maior que 700 mOsm/L. Utiliza-se veia central de grosso calibre e alto fluxo sanguíneo, tais como: veias subclávias e jugulares. Está contra-indicada a femoral pelo risco de infecção.
A terapia nutricional parenteral apresenta ainda três tipos de complicações que são definidas como:
Mecânicas - Relacionadas ao cateter: deslocamento em direção cefálica, perfuração do vaso, pneumotórax, hemotórax, desconexão do cateter com perda sanguínea ou embolia gasosa; 
Metabólicas - Sobrecarga hídrica, Hiperglicemia, Hipoglicemia, Hipertrigliceridemia, Hipercapnia, Deficiência de ácidos graxos essenciais, Síndrome de retroalimentação, Distúrbios eletrolíticos.
Infecciosas - Sepse relacionada ao cateter, tendo como agentes etiológicos mais freqüentes: Staphylococcus epidermidis, fungos, bacilos Gram-negativos (Escherichia coli, Serratia marcescens, Enterobacter cloacae) e Staphylococcus aureus. 
 
Ressalta-se a necessidade do acompanhamento do quadro clínico geral no caso das duas terapias alimentares citadas acima. Dentre os cuidados necessários, podemos destacar: 
Estado nutricional
Dados clínicos
Verificação da sonda ou cateter
Dados relativos à administração da fórmula nutricional
Funcionamento gastrointestinal
Exames laboratoriais
Segundo o Ministério da Saúde, existem alguns cuidados gerais a serem observados pelos profissionais de enfermagem, tais como:
A solução somente deverá ser misturada á beira do leito do paciente, ou seja, a selagem entre as câmaras da bolsa devem ser rompidas somente no momento da instalação da nutrição parenteral; 
O equipo deverá ser colocado na bolsa após acesso venoso instalado e verificado a permeabilidade do mesmo; 
Caso o equipo tenha sido colocado na bolsa, o sistema será considerado como violado e não poderá mais ser armazenado; deverá portanto ser desprezado; 
Caso a solução tenha sido misturada e equipo não colocado, mas não será mais utilizada pelo paciente, então poderá ser armazenada por 7 dias em refrigeração ou 48h em ar ambiente, devidamente etiquetada com data e hora do rompimento da selagem; 
CONCLUSÃO
Vimos ao longo das ideias discutidas acima, que a necessidade de uma terapia alimentar, dá-se pelo fato de os pacientes hospitalizados apresentarem grandes dificuldades para manter um estado nutricional adequado. 
Dessa forma, tanto a terapia nutricional enteral como a parenteral tem papel importantíssimo na evolução positiva do quadro clínico do paciente, devendo os profissionais avaliarem com todo cuidado sua interrupção, haja vista estar intimamente ligada ao restabelecimento da saúde do paciente
REFERÊNCIAS
CUPPARI, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. 3 ed. Editora: Manole. Barueri, 2005. GUIMARÃES, H. P., ORLANDO,J.M.C., FALCÃO,L.F.R. Guia prático de UTI da AMIB. vol 1. São Paulo: Ed. Atheneu, 2008 MIRANDA, A. F.; 
BRITO, S. In: CINTRA, E. A.; NISHIDE, V. M.; NUNES, W. A. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. 2 ed. Editora: Atheneu. São Paulo, 2005. 
Portarias GM/MS Nº 343, de 07 de março de 2005 e Nº 120, de 14 de abril de 2009. SHILS, M. E., et al. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9 ed. v. 2. Editora: Manole, São Paulo, 2003. 
SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner e Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. v. 2. 10 ed. Editora: Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006. 
TIRAPEGUI, J. Nutrição: fundamentos e aspectosatuais. Editora: Ateneu. São Paulo, 2002. 
WAITZBERG, D. L. Nutrição oral enteral e parenteral na prática clínica. 3 ed. Editora: Atheneu. São Paulo, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cuidados em terapia nutricional. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Manual de terapia nutricional na atençãespecializada hospitalar no âmbito do Sistema Único de Saúde –SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

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