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A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL – 100% ONLINE
 PEDAGOGIA – 3º SEMESTRE
MATEUS PEREIRA DA SILVA
 A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização
BRAGANÇA - PA
2019
MATEUS PEREIRA DA SILVA
 A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Metodologia Científica, Educação de Jovens e Adultos, Fundamentos da Educação, Educação Formal e não Formal, Didática: Planejamento e Avaliação, Práticas Pedagógicas: Gestão da sala de aula
 Professores: Maria Luzia Silva Mariano
 Vilze Vidotte Costa
 Mari Clair Moro Nascimento
 Natalia Gomes dos Santos
 Alexandre Lourenco Ferreira
 Maria Eliza Correa Pacheco
 Andressa Aparecida Lopes
Tutora eletrônica: Adriane Regina Scaranti Pires
BRAGANÇA – PA
2019
Sumário
1 INTRODUÇÃO	4
2 DESENVOLVIMENTO	5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 9
4 REFERÊNCIAS	10
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é sobre escolarização de Jovens e Adultos, mais concretamente sobre os fatores sociais e históricos que perpassam a Educação Jovens e Adultos na educação brasileira, a função social da escola diante do processo de escolarização desse público e as contribuições de Paulo Freire com sua ideologia de ensino libertador. O objetivo desta produção textual é verificar os pressupostos de aprendizagem empregados através da educação libertadora para auxiliar aos professores em seus planejamentos com vistas a alcançar êxito no trabalho em sala de aula.
A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino complexa porque envolve dimensões que transcendem a questão educacional, porém, para compreendê-las será necessário olhar para o passado, ou seja, apreciar a história da educação e suas facetas.
A História é um progresso dinâmico, coerente, total e múltiplo. Conceber a História como o estudo do desenvolvimento constante do homem e sua natureza e seus meios, pressupõe o conhecimento de como os homens em suas conexões com outros indivíduos se apoderaram da natureza, como convivem e como se organizam em uma sociedade estabelecendo seus princípios éticos e morais. A educação, consequentemente, como produto histórico desta organização, não pode ser considerada sem que se dê a sua verdadeira importância no andamento da sociedade como um todo.
A sua relevância na formação do educador pode ser percebida através do aprofundamento do conhecimento da evolução econômica, social, política e cultural da sociedade, ofertando possibilidades, conjecturas para analisar de forma inteligente o processo histórico e suas alíneas de um sistema educacional em sala de aula como também, proporcionando uma exploração conceitual da contradição social e suas práticas pedagógicas.
Assim, a história da educação apresenta muitas mudanças ao longo do tempo, evidenciando a ligação às transformações sociais, econômicas e políticas que retratam os diferentes momentos históricos do país.
DESENVOLVIMENTO
Por muitos anos os alunos que não possuíam a oportunidade de estudar e desenvolver o intelecto dentro da escola, em idade considerada "normal", acabavam não possuindo oportunidade de trabalho e de uma boa colocação no mercado. Na verdade, eram delegados aos campos profissionais de menor remuneração. Mas, com a evolução educacional tornou-se possível a escolarização daqueles que não puderam ou não tiveram a oportunidade de um ensino regular. Apesar de ser uma luta antiga na sociedade, a conquista pelo ensino do jovens e adultos, foi o Professor e estudioso Paulo Freire o percussor pela luta de ensino de qualidade para os jovens e adultos. Paulo Freire defendia a ideia de que a única forma de educar e proporcionar o conhecimento a esse público era atrelar a educação ao dia a dia, a fim de facilitar a percepção dos educandos, diante dos assuntos abordados na sala de aula. No decorrer do tempo, foi sendo aperfeiçoada o ensino conhecido como EJA, sendo que muitos desses alunos, tiveram a oportunidade de se formar em nível superior, galgando outras oportunidades no mercado de trabalho. 
A função social da escola é a formação de indivíduos críticos e criativos que possam exercer plenamente a cidadania, participando dos processos de transformação e construção da realidade. Ter clareza da função social da escola e do homem que se pretende formar é essencial para que a prática pedagógica seja competente e socialmente comprometida, assim mais claramente as funções do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), mostram para a sociedade atual seu valor e necessidade de existir.
O Brasil ingressou na década de 90 com 35 milhões de brasileiros em condição de pobreza absoluta, 30 milhões de analfabetos e 22 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho por absoluta desqualificação profissional. Diante dessa realidade pretendeu-se instituir o que convém chamar de “escola-cidadã”, que expressa uma política educacional fortemente marcada pelo empenho em criar novos laços entre ensino e sociedade, abrangendo ideias do que se quer ensinar, como se quer ensinar e para quem se quer ensinar e, sobretudo, indica uma escola onde se aprenda mais e melhor, combatendo assim, a crise de baixa qualidade de ensino. Essa transformação equivale a pôr em prática os princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N. º 9394/96, que sustenta o compromisso por excelência da escola brasileira com a construção da cidadania, onde o educando não é só cidadão do futuro, mas é cidadão hoje. Com essa visão, o que se pretende é fortalecer as manifestações do espírito democrático, participativo e valorizador da autonomia que deve caracterizar a educação de base em nosso país. Os longos anos de autoritarismo que marcaram nossa história restabelece o compromisso com a consolidação da democracia, fornecendo acesso a informações necessárias para uma opção política consciente. Isso vai além das atitudes durante as eleições, implica também em possibilitar maior participação e responsabilidade em todas as dimensões da vida pública, consolidando a identidade da nossa nação e tendo consciência de direitos e deveres, disposição para participação, para o debate de ideias e reconhecimento de posições diferentes das suas.
O acesso à Educação é fundamental para que todos possam intervir de modo consciente na esfera pública, participar plenamente da vida cultural e contribuir com seu trabalho para a satisfação das necessidades básicas e a melhoria das condições de vida da sociedade. Entretanto, em pleno século 21, o Brasil ainda possui um enorme contingente de cidadãos privados do mais elementar direito à Educação. O Censo Demográfico de 2010 contabilizou 13,9 milhões de jovens e adultos com idade superior a 15 anos que declararam não saber ler ou escrever. Esse mesmo levantamento indicou que 54,4 milhões de pessoas com 25 anos ou mais tinham escolaridade inferior ao Ensino Fundamental e outras 16,2 milhões haviam concluído o Ensino Fundamental, porém não o Ensino Médio. 
Ao longo das últimas décadas, o Brasil consolidou uma consciência social do direito à Educação na infância, mas ainda não construiu uma cultura do direito à Educação ao longo de toda a vida. Assim, não é incomum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade, semreivindicar para si mesmos o direito que tiveram violado. Tampouco é raro que pessoas com escolaridade elevada permaneçam alheias ao fato de que estão cercadas por adultos que a pobreza e o trabalho precoce afastaram da escola, ou que têm precário manejo da leitura, da escrita e do cálculo matemático.
Empregados domésticos e trabalhadores da agricultura, da construção civil, da segurança e outras funções que requerem pouca qualificação compõem esse imenso contingente que enfrentam toda sorte de preconceitos e dificuldades para prover sua subsistência, educar os filhos e participar de modo mais efetivo na sociedade letrada.
Portanto, o professor deve aproveitar os conhecimentos prévios de seus alunos na elaboração de suas aulas, ou seja, o educador precisar adequar-se à realidade dos estudantes utilizando uma linguagem simples e clara para que eles possam assimilar bem os conteúdos e para que aconteça aprendizagem para toda a vida, mas para que isto aconteça deve ofertada ele uma educação de qualidade que os ajude e encontrar soluções para os problemas que possam surgir em seu dia a dia, conhecendo e lutando por seus direitos, mas ao mesmo tempo cumprindo com seus deveres, ou seja, mostra-lo que o conhecimento é fundamental para o crescimento.
Assim, se faz necessário pensar no currículo e na construção de conhecimentos que serão relevantes na vida desses alunos. Conhecimento esse baseado no respeito as diferenças, valorizando as distintas experiências.
Desse modo na EJA os conhecimentos que os alunos trazem para a sala de aula, construídos no seu cotidiano ou integrantes desse cotidiano, precisam ser valorizados e aproveitados. Isso porque alfabetizar é um fenômeno de características sociais, políticas, pedagógicas, antropológicas, históricas e linguísticas.
Temos conhecimento de que toda pessoa é capaz de aprender, mas há necessidade de oferecer condições adequadas para que essa aprendizagem ocorra. Na Educação de Jovens e Adultos devemos lançar mão de ensinamentos para facilitar o ensino. Esses ensinamentos podem ser resgatados do cotidiano do aluno, pois ditados e contos acumulativos permitem contato com algo já conhecido.
A avaliação na EJA deve ser orientada pelas habilidades, valores e competências, estabelecidos no plano didático. Ela vai considerar a construção do conhecimento de cada aluno.
O professor deve avaliar constantemente, propiciando atividades diferenciadas como reforço ao desenvolvimento das habilidades dos alunos em defasagem. O professor não deve enfatizar apenas os erros ou os desconhecimentos dos alunos, mas levar em conta tudo o que já conseguiram aprender.
A avaliação final deve basear-se nas aprendizagens significativas que os alunos tenham tido condições de desenvolver.
É fundamental a participação dos próprios alunos na avaliação contínua de sua aprendizagem. Essa modalidade de avaliação permite organizar e reorganizar quando necessário, o percurso do ensino e da aprendizagem.
Na EJA a avaliação deve ocorrer de forma continua, pois, o aluno deve ser avaliado diariamente durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
Outro método de avaliação na EJA é a Avaliação diagnóstica, que é uma sondagem inicial que pode ser aplicada na segunda semana de aula e depois ao final de cada bimestre (ou semestre na EJA fase I). Ao termino da sondagem, registrar a forma como o aluno leu (global e/ou silabicamente), preenchendo na tabela de sondagens a fase da escrita de cada aluno para que possa acompanhar os avanços. A sondagem visa observar a presença ou ausência de conhecimento e habilidades. Para fazer a sondagem é necessário que o professor utilize palavras que fazem parte do mundo do aluno e venha de acordo com as necessidades dos mesmos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sob a ótica que pudemos observar a escola para a EJA apresenta uma função social burocrática, com fins políticos bem definidos, distantes das práticas emancipadoras e transformadoras de consciências e realidades, não feita ainda palco de reflexão, discussão e ação transformadora. 
Através dos os resultados obtidos no presente estudo, confirmamos nossa hipótese inicial de que a escola atual (pós Lei 9394/96) se propõe a formar para a cidadania e para o mercado de trabalho, mas resume seu fazeres as práticas de alfabetização. Encontramos contradições claras, grandes distanciamentos entre o proposto e o vivenciado pela EJA. Há certa conformidade nas práticas, um clima que acolhe a EJA como permanentes excluídos que agora têm uma pequena chance de amenizar os fatos. 
As práticas perpetuam a ideia de que a escola oferece oportunidade para os que nunca a tiveram e agora a tem. A evolução conquistada no acesso à escolarização ainda não alcançou igual proporção na conscientização dos alunos sobre as causas que os fez não poder estudar antes, não ter antes oportunidades merecidas e direitos garantidos e efetivados. Há muita força de vontade em adultos que trabalham muito e vão à escola à noite, mas é preciso ampliar a percepção, para que não enxerguemos apenas isso, a oportunidade de estudo e ponto. A conscientização passa pelo fato de que a exclusão social atinge a escola e faz com que a educação fundamental, com seus processos deficientes produza um público que irá engrossar o número de matrículas da EJA mais cedo ou mais tarde. É isso que a formação de cidadãos evita. A educação para a reflexão e ação de sujeitos autônomos, emancipados, conscientes de seu papel na sociedade é que irá evitar a repetição de tantos casos de falta de oportunidade de estudar, de abandono dos estudos para trabalhar e ajudar no sustento da família, como os relatados neste trabalho.
REFERÊNCIAS
Galvão, A. M.; Di Pierro, M. C. Preconceito contra o Analfabeto, 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2013 (Coleção Preconceitos, vol. 2).
FREIRE, Paulo. Conscientização- teoria e prática da libertação- uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. Editora Centauro - São Paulo-SP, 1980.
 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.
CENSO DEMOGRÁFICO 2010. Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Acompanha 1 CD-ROM. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Cen-so_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Reli-giao_Deficiencia/caracteristicas_religiao_deficiencia.pdf>. Acesso em: mar. 2013.

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