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Oficina Literária Aula 1 – Exercício 1. 1 – Quanto ao sentido podemos dizer que um texto: R = É construído na interação texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação. 2 – Leia o fragmento transcrito a seguir e depois escolha a alternativa correta: Diferentes períodos históricos construíram um Homero e um Shakespeare "diferentes", de acordo com seus interesses e preocupações próprios, encontrando-se em seus textos elementos a serem valorizados ou desvalorizados, embora não necessariamente os mesmos. Todas as obras literárias, em outras palavras, são "reescritas", mesmo que inconscientemente, pelas sociedades que as leem; na verdade, não há releitura de uma obra que não seja também uma "reescritura". (EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2006. pp.15 e 17) R = a leitura de um texto literário por uma dada sociedade e cultura em uma dada época implica uma nova construção de sentido para esse texto, a ponto dessa releitura poder ser igualmente considerada uma reescritura. 3 – Considere o fragmento a seguir, retirado do livro Oficina Literária de Alessandra Fávero (Rio de Janeiro, SESES, 2014, p. 29) e depois escolha a alternativa correta: "Por que é impossível dar uma "definição definitiva" de literatura? O problema parece girar em torno de duas posições teóricas distintas: uma que defende a especificidade da literatura, especificidade que estaria localizada exclusivamente na forma, ou seja, no tipo especial de linguagem que a literatura parece representar quando comparada aos outros tipos de textos, cuja linguagem é simples, comum, habitual, trivial. A outra posição é aquela que não enxerga a literatura como uma dimensão isolada das outras esferas da vida humana. Para essa segunda posição, é preciso levar em conta o conteúdo dos textos literários para se definir o que é literatura. Avaliar o conteúdo significa abandonar a ideia de que somente a forma é relevante para caracterizar o literário." R = posições teóricas distintas levam a considerar o fenômeno literário de diferentes perspectivas. 4 – A estrofe abaixo foi retirada de um dos sonetos camonianos mais conhecidos. Leia com atenção e responda ao questionamento proposto. Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. Podemos perceber que o texto acima é um texto literário, pois: R = É composto por uma linguagem poética. 5 – Qual das alternativas é a definição efetiva de DENOTAÇÃO? R = Uso da palavra em seu sentido literal, real. Tal como se apresenta no dicionário. 6 – O poema abaixo faz parte do livro Rosácea (1986), da escritora Orides Fontela. Leia-o atentamente: Lembretes "É importante acordar a tempo é importante penetrar o tempo é importante vigiar o desabrochar do destino." (FONTELA, Orides. Trevo (1969-1988). São Paulo: Duas Cidades, 1988.) A sequência dos "lembrete" torna-se complexa ao longo do poema por meio de metáforas cada vez mais abstratas. Aponte qual o possível significado metafórico da expressão "vigiar/o desabrochar do destino", na última estrofe: R = Conscientizar-se da vida como um todo. 7 – Quanto ao sentido, podemos dizer que um texto: R = É construído na interação texto-sujeitos, e não algo que preexista a essa interação. 8 – Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos. "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário: R = A linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores. Exercício 2 – Aula 1. 1 – É próprio do literário: R = A linguagem subjetiva. 2 – Como exemplo de texto literário temos: R = o romance. 3 – Considerando-se que a literatura constitui-se com parte de um processo histórico, podemos afirmar que a história do livro confunde-se, em muitos aspectos, com a história da humanidade. R = A afirmativa é verdadeira, pois ao escolherem frases e temas, os autores estão elegendo o que consideram significativo no momento histórico e cultural em que vivem. 4 – Leia o verso extraído de uma canção do repertório popular: "A tua saudade corta como aço de navaia... O coração fica aflito. Bate uma, a outra faia... E os óio se enche d'água Que até a vista se atrapaia, ai, ai..." Fragmento de Cutelinho, canção folclórica As palavra "navaia", "óio" e "atrapaia" revelam: R = A representação literal da fala do indivíduo comum. Revelando a riqueza de representações do real de que a Literatura dispõe. No caso, revelado na letra da música. 5 – Um texto nunca é neutro, pois o autor expõe as opções assumidas em sua composição e encobre as rejeitadas por meio de duas operações essenciais à construção de um texto verbal. São elas: R = Seleção e combinação de palavras. 6 – Todo leitor produz sentidos possíveis para um texto a partir do seu acervo simbólico e de suas experiências de mundo. Quanto maior for esse acervo: R = Mais relações de sentido o leitor será capaz de realizar. 7 – Leia o fragmento do texto que se segue: "A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante das dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas." In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998. pp. 69-70. A afirmação feita acima é: R = Verdadeira, pois expõe de modo coerente a relação empreendida no ato de ler. 8 – Ao considerar que o verbo grego Poïen é a essência da arte poética clássica, da qual deriva a Poïesis grega, marque a alternativa que não pertence ao seu contexto semântico: R = É o ato de imitar a realidade por meio da palavra. Exercício 3 – Aula 1. 1 – Leia atentamente a estrofe que se segue e responda a questão proposta. Carnavália Repique tocou O surdo escutou E o meu corasamborim Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mimANTUNES, A; BROWN, C; MONTE, C. Tribalistas, 2002 (fragmento). No terceiro verso, o vocábulo corasamborim, que é a junção coração+samba+tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e à situação emocional em que se encontra o autor da mensagem, com o coração no ritmo da percussão. Essa palavra corresponde a um: R = neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos mecanismos que o sistema da língua disponibiliza. 2 – Literatura: Significado de Literatura s.f. Arte de escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso. Conjunto das produções literárias de um país, de uma época. Profissão de homem de letras: dedicar-se à literatura. Conjunto de obras sobre um determinadoassunto; bibliografia: literatura sobre o câncer. Literatura de cordel, literatura popular, de pouco ou nenhum valor literário, geralmente em brochuras ou folhetos pendurados em cordel de bancas de jornaleiros ou vendidos em feiras do Nordeste. Literatura de ficção, o romance, a novela, o conto. Podemos perceber que o texto acima é um texto não-literário, pois: R = Não permite várias leituras. 3 – Escolha a opção que completa corretamente as lacunas da sentença. Enquanto o termo _____________ aponta para uma relação direta entre uma palavra e um elemento do real, relação essa comumente referida como significado literal, o termo ______________ aponta para alterações e ampliações de sentido que uma palavra acrescenta ao seu sentido original, sugerindo outros significados. R = denotação / conotação. 4 – Assinale a alternativa que contenha o termo que melhor preencha a lacuna do texto que se segue: "_________ é invenção, criação, imaginação, fingimento, é o cerne da literatura feita com palavras." R = ficção. 5 – Leia o poema abaixo, pensando na relação texto/ autor e responda. O último pajé Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar.( A morte do pajé. 1978.) Com base na leitura de todo o poema, o sentido que a expressão "Na sua dor, tragicamente muda" refere-se a: R = A opressão e o abandono sofridos pelo índio. 6 – O poema a seguir, de Raimundo Correia, é a base para a questão que se segue. Leia com atenção e responda. As pombas Vai-se a primeira pomba despertada ... Vai-se outra mais ... mais outra ... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada ... E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais... " Fonte: www.mundocultural.com.br Os dois últimos versos do poema revelam: R = Uma visão pessimista da condição humana em relação à vida e ao tempo. 7 – A conotação e a denotação são dois níveis de concretização dos sentidos num texto. No caso do texto literário, predomina: R = a conotação. 8 – Marque a alternativa em que se defina corretamente o conceito de "ficção"? R = É invenção, criação, imaginação, fingimento, é o cerne da literatura feita com palavras. Exercício 4 – Aula 1. 1 – Leia atentamente o poema abaixo de Raimundo Correia e responda o que se pede. As pombas "Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sangüínea e fresca a madrugada... E à tarde, quando a rígida noitada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais..." Considerando-se que a linguagem literária é caracterizada pela subjetividade e pela pluralidade de significado, notamos que, numa relação de equivalência entre os dois quartetos e os dois tercetos do poema, é correto afirmar que pombas, metaforicamente, representa: R = os sonhos. 2 – "Denotação é a linguagem informativa, comum a todos. Tem por objetivo expressar um conhecimento prático, científico. Nesse tipo de linguagem, as palavras são sempre empregadas em estado real." Qual das frases deixa de atender o conceito de DENOTAÇÃO: R = A frieza do mar não se esconde. 3 – Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. Nas duas estrofes extraídas do poema Autopsicografia, Fernando Pessoa: R = Revela a relação que existe entre ficção e realidade no processo criativo do autor e o seu efeito no leitor. 4 – Leia a declaração João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos: "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Marque a alternativa em que ocorra a identificação do processo também constituído pelo discurso literário, mencionado pelo autor: R = Processo histórico e ideológico de criação. 5 – Leia o fragmento abaixo e depois assinale a alternativa correta. "O que se pretende evidenciar é que a literatura não é um fenômeno independente, ela é criada dentro de um contexto; numa determinada língua, num determinado país, numa determinada época, onde se pensa de uma determinada maneira, carregando em si marcas desse determinado contexto. Nesse sentido, o discurso literário pode não ser apenas ligado aos procedimentos adotados pelo autor, mas também, e talvez mais diretamente do que se pensa, ligado ao contexto sociocultural no qual está inserido, evidenciando-se, nem sempre claramente, uma influência das instituições que o cercam na escolha de determinados procedimentos de linguagem. " (DALLA PALMA, M. apud FÁVERO. A. Oficina Literária, Rio de Janeiro, SESES, 2014, p. 42) R = O discurso literário é produzido pelos procedimentos adotados pelo autor, mas este sofre influência do contexto sociocultural no qual está inserido. 6 – No processo de construção literária, o autor vale-se do exercício diferenciado com a linguagem. A linguagem literária - aquela que sustenta o exercício da Literatura - se diferencia das demais porque: R = É conotativa, abrindo muitas possibilidades de entendimento e interpretação. 7 – "A saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que ela provou e aprovou. [...] A saudade é o rosto da eternidade refletido no rio do tempo". (Rubem Alves). Esta definição de saudade revela: R = O uso conotativo da linguagem, pois a definição de saudade é poética. 8 – O texto pode ser classificado como: R = um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de ideias, as quais são costuradas através das palavras. Exercício 5 – Aula 1. 1 – Leia o fragmento extraído da Constituição Federal Brasileira. TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguémserá obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; (...) Podemos perceber que o referido artigo se trata de um texto não- literário, pois: R = Não permite várias leituras. 2 – Leia a declaração João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos: "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." De acordo com as palavras do autor, percebe-se a profunda e enriquecedora relação entre: R = O autor, a realidade e o leitor. 3 – Tomemos o seguinte terceto do Poema Pombas, de Raimundo Correa: "Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um céleres voam, Como voam as pombas dos pombais". Assinale a alternativa em que ocorra a relação entre os vocábulos "pombas" e "sonhos" de acordo com o contexto da poesia: R = Uma metáfora. 4 – O texto literário distingue-se notadamente pelo fato de: R = transformar a realidade, servindo-se dela como modelo. 5 – O poema abaixo faz parte do livro Rosácea (1986), da escritora Orides Fontela. Leia-o atentamente. Lembretes, "É importante acordar a tempo +++++ é importante penetrar o tempo ++++ é importante vigiar o desabrochar do destino." FONTELA, Orides. Trevo (1969-1988). São Paulo: Duas Cidades, 1988. Em cada estrofe, a escritora nos lembra de algo importante acerca da vida humana. Explique a que atitudes, comportamentos ou momentos da existência a escritora se refere em cada uma das três estrofes do poema, na ordem em que aparecem. R = Enxergar a realidade / dominar o tempo / perceber o decorrer da vida. 6 – Leia com atenção trecho proposto: "Fundamentamo-nos, pois, em uma concepção sociocognitivo- interacional de língua que privilegia os sujeitos e seus conhecimentos em processos de interação. O lugar mesmo de interação -como já dissemos - é o texto cujo sentido "não está lá", mas é construído, considerando-se, para tanto, as "sinalizações" textuais dadas pelo autor e os conhecimentos do leitor, que, durante todo o processo de leitura, deve assumir uma atitude "responsiva ativa". (BAKHTIN, 1992:290). Assinale a alternativa em se observe a proposta de Bakhtin: R = Que o leitor, concorde ou não com as ideias do autor, complete- as, adapte-as etc., uma vez que "toda compreensão é prenhe de respostas e, de uma forma ou de outra, forçosamente” 7 – Leia com atenção trecho proposto. ¿Fundamentamo-nos, pois, em uma concepção sociocognitivo-interacional de língua que privilegia os sujeitos e seus conhecimentos em processos de interação. O lugar mesmo de interação -como já dissemos - é o texto cujo sentido "não está lá", mas é construído, considerando-se, para tanto, as "sinalizações" textuais dadas pelo autor e os conhecimentos do leitor, que, durante todo o processo de leitura, deve assumir uma atitude "responsiva ativa". (BAKHTIN, 1992:290). Podemos afirmar que Bakhtin propõe: R = Que o leitor, concordando ou não com as ideias do autor, complete-as, adapte-as, assumindo com isso, no processo da leitura, uma postura interativa com o texto. 8 – Leia o poema Isto do poeta português Fernando Pessoa, abaixo transcrito, e depois escolha a alternativa correta. ISTO "Dizem que finjo ou minto / Tudo que escrevo. Não. / Eu simplesmente sinto / Com a imaginação. / Não uso o coração. / Tudo o que sonho ou passo, / O que me falha ou finda, / É como que um terraço / Sobre outra coisa ainda. / Essa coisa é que é linda. / Por isso escrevo em meio / Do que não está ao pé, / Livre do meu enleio, / Sério do que não é. / Sentir? Sinta quem lê!" Fernando Pessoa. No poema acima, o termo terraço encontra-se empregado em seu sentido: R = conotativo. Exercício 1 – Aula 2. 1 – O que é cultura? R = Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos e imagens validado na aceitação e adoção por parte de um grupo. 2 – Leia o verso extraído de uma canção do repertório popular. "A tua saudade corta como aço de navaia... O coração fica aflito Bate uma, a outra faia... E os óio se enche d'água Que até a vista se atrapaia, ai, ai..." Fragmento de Cutelinho, canção folclórica. As palavra "navaia", "óio" e "atrapaia" revelam: R = A representação literal da fala do indivíduo comum.revelando a riqueza de representações do real de que a Literatura dispõe. No caso, revelada na letra da música 3 – Leia o trecho do poema que se segue: Autopsicografia "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. Assinale a alternativa que sintetize a atitude do autor nas duas estrofes extraídas do poema Autopsicografia de Fernando Pessoa: R = Revela a relação que existe entre ficção e realidade no processo criativo do autor e o seu efeito no leito. 4 – Numa narrativa, percebermos as personagens se relacionando umas com as outras, bem como suas características físicas e psicológicas e relações de amizade e antagonismo. Percebemos também: R = A dimensão social e econômica da realidade à qual o autor pertencia. 5 – O processo mimético é capaz de estabelecer diferentes interpretações do texto. Em relação ao que foi dito, podemos afirmar que: R = Isso acontece pois a linguagem do texto literário é ambígua e sofre constante atualização. 6 – Leia o poema abaixo, intitulado "Poema tirado de uma notícia de jornal", do poeta Manuel Bandeira e depois escolha a opção correta. "João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. / Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro / Bebeu / Cantou / Dançou / Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado." R = O poema traz para o universo lírico e para a reflexão do leitor aspectos do real concreto. 7 – A Literatura e a vida real se confundem na medida em que fatos do dia a dia são reconhecíveis nas linhas dos romances e versos de poemas. Conflitos e tensões que atingem as pessoas são os mesmos que, através dos tempos, fazem parte da construção literária. O que foi dito, basicamente tem a ver com o conceito de: R = mimeses. 8 – Carta XIII ¿ Ao Rei D. João IV ¿ 4 de abril de 1654 "(...) Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V.M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem. Primeiramente nenhum destes índios vai senão violentado e por força, e o trabalho é excessivo, e em que todos os anos morrem muitos, por ser venenosíssimo o vapor do tabaco: o rigor com que são tratados é mais que de escravos; os nomes que lhes chamam e que eles muito sentem, feiíssimos; o comer é quase nenhum; a paga tão limitada que não satisfaz a menor parte do tempo nem do trabalho; e como os tabacos se lavram sempre em terras fortes e novas, e muito distante das aldeias, estão os índios ausentes de suas mulheres, e ordinariamente eles e elas em mau estado, e os filhos sem quem os sustente,porque não têm os pais tempo para fazer suas roças, com que as aldeias estão sempre em grandíssima fome e miséria. Também assim ausentes e divididos não podem os índios ser doutrinados, e vivem sem conhecimento da fé, nem ouvem missa nem a têm para a ouvir, nem se confessam pela Quaresma, nem recebem nenhum outro sacramento, ainda na morte; e assim morrem e se vão ao Inferno, sem haver quem tenha cuidado de seus corpos nem de suas almas, sendo juntamente causa estas crueldades de que muitos índios já cristãos se ausentam de suas povoações, e se vão para a gentilidade, e de que os gentios do sertão não queiram vir para nós, temendo-se do trabalho a que os obrigam, a que eles de nenhum modo são costumados, e assim se vêm a perder as conversões e os já convertidos; e os que governam são os primeiros que se perdem, e os segundos serão os que os consentem; e isto é o que cá se faz hoje e o que se fez até agora.¿ Padre Antonio Vieira. Carta XIII. 1949 A partir desse fragmento, podemos perceber que Padre Antonio Vieira: R = Baseia-se na realidade que vive e tece um discurso de denúncia. Exercício 2 – Aula 2. 1 – É por meio da mimese que as realidades ficcionais tomam forma e ganham existência. Em O cortiço, romance naturalista de Aluísio Azevedo, por exemplo, há um universo de representação muito detalhado. Pensando nisso, assinale a alternativa que apresenta o único elemento que não é um produto da mimese: R = O autor. 2 – Podemos definir catharsis como: R = a libertação promovida pela criação artística. 3 – A mimese para Aristóteles, filósofo grego discípulo de Platão, era: R = A representação das essências, uma forma de conhecimento, por meio do qual o real se revelava. 4 – Considere o fragmento a seguir em relação ao conceito de mimese e escolha a alternativa correta. "A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social. O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades factuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta." (COUTINHO, A. Notas de teoria literária. 2.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.) R = a rigor, a mimese não deve ser entendida como mera cópia ou imitação da realidade, uma vez que no texto literário a realidade encontra-se transformada, recriada pelo artista. 5 – A literatura, quando finge o particular, atinge a universalidade. A afirmativa é: R = É correta, pois essa particularização nos leva ao reconhecimento de dados semelhantes na realidade. 6 – A mimese é um conceito filosófico que busca explicar o processo por meio do qual as artes se realizam. A mimese literária se dá por meio das palavras e nem sempre foi concebida de modo positivo. Platão e Aristóteles, por exemplo, divergiam, pois para Platão, a mimese era: R = Uma forma de distanciamento da verdade por se tratar de uma cópia da cópia. 7 – É possível dizer que existe uma relação viável entre literatura e cultura? R = Sim, pois a matéria literária é a cultura, sendo essa o fator determinante para a existência daquela. 8 – Machado de Assis confirmou-se como acurado crítico do caráter humano, extraída da sua capacidade de dialogar com a realidade. Na poesia O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, ele faz uma crítica a um dos seus alvos favoritos ¿ a mulher. Leia o poema com atenção e responda à questão proposta. O casamento do diabo Satan teve um dia a idéa De casar. Que original: Queria mulher não feia Virgem corpo, alma leal. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Cortou unhas, cortou rabo, Cortou as pontas, depois Sahio o nosso diabo, Como o heroe dos heroes. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Casar era a sua dita; Correo por terra e por mar, Encontrou mulher bonita E tratou de a sequestrar Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Elle quis, ella queria Poseram mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Passou-se um anno, e ao diabo Não se cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim... Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Machado de Assis Nesse caso, a crítica à figura feminina reside nas entrelinhas da: R = No refrão, quando o poeta alerta para o fato de que a mulher é mais fina que o demônio. Exercício 3 – Aula 2. 1 – Aristóteles contesta a condenação moral da arte mimética empreendida por Platão na República, apresentando uma concepção inteiramente nova da catarse proporcionada pelas obras de arte ao público, segundo a qual: R = a catarse liberta os homens das paixões, permintindo-lhes compreendê-las e dominá-las. 2 – A mimese é um processo pelo qual a literatura e as artes se realizam. Na literatura, a mimese se realiza por meio das palavras que dão forma a personagens, a ações e a todas as demais realidades ficcionais. Na literatura, a mimese deve ser entendida como a capacidade de: R = Representar qualquer universo ficcional imaginado pelo autor por meio de formas verbais. 3 – O último pajé ¿Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé. 1978. Após a leitura do poema acima, podemos dizer que: R = Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion não desfigura a realidade em que se baseia. 4 – Leia o poema Meninos Carvoeiros de Manuel Bandeira, abaixo transcrito, e depois escolha a opção correta. "Os meninos carvoeiros / Passam a caminho da cidade. / - Eh, carvoero! / E vão tocando os animais com um relho enorme. / Os burros são magrinhos e velhos. / Cada um leva seis sacos de carvão de lenha. / A aniagem é toda remendada. / Os carvões caem. / (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.) / - Eh, carvoero! / Só mesmo estas crianças raquíticas / Vão bem com estes burrinhos descadeirados. / A madrugada ingênua parece feita para eles... / Pequenina, ingênua miséria! / Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! / -Eh, carvoero! / Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado, / Encarapitados nas alimárias, / Apostando corrida, / Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados." R = A natureza estética da literatura,não apenas não a impede de abordar os problemas da realidade, mas na verdade lhe permite abordá-los de forma mais contundente e eloquente. 5 – No caso da literatura, qual o material que preserva a visão que o autor propõe da realidade - mimeses? R = O contexto histórico, com suas estratificações sociais e conflitos. 6 – Podemos dizer que ao imitar a realidade em suas obras literárias o autor sempre exerce um processo revelador porque: R = No processo de imitação, o autor revela a realidade e a transforma em bem cultural. 7 – A mimesis acontece quando: R = um determinado elemento social se revela no texto. 8 – A partir do fragmento abaixo, extraído da Poética de Aristóteles, podemos afirmar que: "Como o poeta é um imitador, assim como o pintor ou qualquer artista que modele imagens, ele tem sempre que adotar uma dessas três maneiras de imitar: ele deve representar as coisas ou exatamente como elas foram ou são na realidade; ou então como elas parecem, ou se diz serem; ou ainda como elas deveriam ser." (Aristóteles, Poética, 1460 b 7.) R = Aristóteles distinguiu três diferentes modalidades ou possibilidades para a mimese ser realizada, de acordo com a proposta da obra ou a intenção visada pelo autor. Exercício 4 – Aula 2. 1 – Da relação de Machado de Assis com a realidade que o cercava resultou um fino espírito crítico, cuja acidez incide sobre a figura humana e a sociedade como um todo. O casamento do diabo Satan teve um dia a idéa De casar. Que original: Queria mulher não feia Virgem corpo, alma leal. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Cortou unhas, cortou rabo, Cortou as pontas, depois Sahio o nosso diabo, Como o heroe dos heroes. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Casar era a sua dita; Correo por terra e por mar, Encontrou mulher bonita E tratou de a sequestrar Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Elle quis, ella queria Poseram mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Passou-se um anno, e ao diabo Não se cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim... Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Machado de Assis Em O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, Machado dialoga com a realidade sob a forma de: R = ironia. 2 – A literatura, assim como a língua, constitui um modo de expressão cultural de um grupo, de uma comunidade, de uma nação. Podemos definir o que é cultura de vários modos, exceto: R = Como algo reduzido a algumas comunidades, pois nem todas produzem modos de pensar e de se expressar. 3 – Leia o poema que se segue e responda à questão, tendo em vista o que se estudou sobre literatura e ideologia. O último pajé Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé. 1978. Algumas palavras usadas pelo autor revelam a sua ótica em relação à situação do indígena numa terra colonizada. Qual seria essa ótica? R = Simpatia à causa indígena, marcada por termos de conotação negativa. 4 – Em relação à obra literária, podemos afirmar que: R = Ela funciona como o espelho da sociedade, fornecendo dados para a sua análise e compreensão. 5 – "A literatura é um tipo de discurso que representa o real". Dentro do universo das representações temos conceitos básicos como a mímesis e catársis. Assinale a alternativa que representa o conceito básico de mímesis. R = Termo grego que significa imitação. Não é um conceito literário, mas filosófico que serve para explicar a arte. 6 – A mimese e a catarse na literatura: R = estão interligadas, pois o efeito da catarse advém de uma boa mimese. 7 – Numa narrativa, percebermos as personagens se relacionando umas com as outras, bem como suas características físicas e psicológicas e relações de amizade e antagonismo. Percebemos também: R = A dimensão social e econômica da realidade à qual o autor pertencia. Exercício 1 – Aula 3. 1 – Qual das afirmações abaixo NÃO diz respeito à Epopeia? R = É uma obra satírica. 2 – Assinale a opção que apresenta uma característica fundamental do texto épico. R = o texto épico é o espaço de representação da coletividade. 3 – Assinale a opção que caracteriza acertadamente a epopeia. R = A epopeia é uma narrativa de caráter heroico e grandioso, que expressa os valores e a visão de mundo da classe aristocrática e guerreira. 4 – O tempo na epopeia antiga é: R = totalmente isolado da contemporaneidade, pois ela se situa num passado absoluto de mitos e lendas. 5 – A palavra gênero deriva do latim genus, -eris. Ela significa tempo de nascimento ou de origem. A partir desta definição como podemos entender o conceito de gênero literário? R = Conjunto formado por obras literárias que possuem o mesmo tempo ou a mesma origem de nascimento. 6 – É correto dizer que a Epopeia é: R = uma narrativa longa de caráter heroico e grandioso. 7 – Em relação à epopéia, podemos dizer que a sua força criadora está na memória e que a sua fonte é a lenda, já que: R = A epopéia reabilita o passado ao resgatá-lo, lançando mão da memória. Não importa a experiência pessoal. O que vale é a lenda nacional. 8 – Qual das afirmações abaixo diz respeito à Epopéia? R = É um poema épico ou lírico. Exercício 2 – Aula 3. 1 – O tempo, como um dos elementos que forma a estrutura da epopéia, revela: R = Um total afastamento cronológico entre a ação e o a narração, já que não há como chegar a o passado heróico nacional de um povo. 2 – Assinale a alternativa incorreta acerca da epopeia: R = As ações épicas limitam-se ao presente. 3 – Assinale a alternativa que identifica corretamente a modalidade de passado que é representada na epopeia. R = O passado heroico distante, dos ancestrais fundadores da nação, em que se encontram os primórdios da história da nação. 4 – Qual das características abaixo NÃO se relaciona ao texto épico? R = subjetividade das personagens. 5 – Qual das afirmativas abaixo NÃO se aplica à epopéia? R = O humor é um elemento inquestionável na composição da epopeia. 6 – Quem é o narrador da epopéia? R = Um representante da aristocracia. 7 – Sobre o herói épico, NÃO podemos afirmar que: R = Seja proveniente da classe escrava ou mais pobre da sociedade 8 – Considere a seguinte afirmação: " ____________é uma narrativa literária de grande extensão e caráter heróico que atinge interesses sociais e nacionais onde se movimentam deuses e heróis." Marque a alternativa em que se encontre o termo que melhor completaria a lacuna: R = epopeia. Exercício 3 – Aula 3. 1 – Qual das características abaixo NÃO se relaciona ao texto épico? R = Narrativa em prosa. 2 – Escolha a alternativa que conceitua incorretamente gêneros literários.R = Os gêneros literários são categorias atemporais e universais, permanecendo imutáveis desde os primórdios da literatura. 3 – Qual das características abaixo relaciona-se ao gênero épico? R = a existência do herói. 4 – Leia as afirmações sobre a epopeia e assinale a alternativa correta: I. Trata-se de uma composição narrativa extensa, de tom heroico, organizada em cantos dentro dos quais há inúmeros episódios. II. Quanto à matéria narrada, trata-se de fatos grandiosos que enaltecem a história de povos e civilizações, centrados na figura de um herói e de suas façanhas guerreiras, com misturas de elementos históricos, lendários e mitológicos. III. A epopeia, embora trate de temas sobre uma coletividade, centra-se no indivíduo e em seus interesses. R = Apenas as afirmações I e II estão corretas. 5 – "No universo narrativo da epopeia, o homem não tem espaço como ser único, ou seja, como portador de uma individualidade, pois o texto épico é o espaço de representação da coletividade.". Podemos afirmar sobre esse gênero literário que: R = Os acontecimentos narrados, na epopeia, são históricos e situados em um passado muito distante. 6 – O mundo épico está, totalmente, distante da contemporaneidade. Sendo assim, como os aêdos desenvolvem suas narrativas? R = A partir de mitos e lendas. 7 – Os heróis(...) jamais avançam sozinhos, são sempre conduzidos. Daí a profunda certeza de sua marcha:abandonados por todos, podem eles chorar de tristeza em ilhas desertas, podem cambalear até os portais do inferno no mais profundo descaminho da cegueira ¿ sempre os envolve essa atmosfera de segurança, do deus que traça os caminho do herói e toma-lhe a frente na caminhada¿. (LUKÁCS, G. A teoria do romance. Editora 34. 2009. p.88). Ao lermos a citação mencionada, percebemos que o autor refere-se ao R = herói épico. 8 – Os principais gêneros literários são: R = épico, dramático e lírico. Exercício 4 – Aula 3. 1 – Leia a afirmação: As epopéias primitivas apresentam as aventuras de um herói representante de um povo. Marque a alternativa em se encontre a razão para a afirmação acima: R = não está ainda definida a noção de Estado. 2 – O gênero épico não tem por característica: R = isolar o herói num mundo privado. 3 – Leia atentamente a afirmação abaixo: A epopéia eterniza lendas seculares e tradições ancestrais, preservada ao longo dos tempos pela tradição oral ou escrita. Marque a alternativa que analisa corretamente a afirmação acima: R = Verdadeira, pois propõe uma definição apropriada do gênero em questão. 4 – Marque a alternativa em que se caracterize devidamente o herói: R = Ele inspira seu povo devido à natureza de seus feitos. 5 – Na literatura, as temáticas da luta, do povo em guerra, da coletividade e do herói à frente de um povo traduzem bem o universo: R = épico. 6 – A epopéia é um gênero que apresenta valores de uma única classe social que os cede. Essas classes envolvidas nessa troca grandiosa e histórica são: R = aristocracia e o povo. 7 – Assinale a alternativa que aponta a classe social cujos valores e visão de mundo são representados na epopeia. R = a aristocracia. 8 – Proposição, invocação, dedicatória, narração e desfecho ou epílogo são partes constituintes de uma: R = epopeia. Exercício 5 – Aula 3. 1 – O ____________deve apresentar originalidade: Ele deve ser um modelo, suscitar a admiração ou o desgosto, o amor ou o ódio. É preciso provocar uma reação forte no íntimo do leitor(...). O personagem deve ter certa proximidade com o leitor. Para que o leitor se identifique com o personagem, deve haver características comuns e gerais, próprias de todo ser humano (amor, sensibilidade, etc.). Marque a alternativa que contenha o vocábulo que preencha corretamente a lacuna: R = herói. 2 – Marque a alternativa que apresente os elementos da epopéia: R = ação, personagens, maravilhoso, forma. 3 – É correto dizer que a Epopéia é: R = uma narrativa longa de caráter heróico e grandioso. 4 – O que é gênero literário? R = Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma classe, espécie, origem ou tempo de nascimento 5 – Sobre as marcas do gênero Épico clássico tradicional. É INCORRETO afirmar que: R = O herói questiona e critica os valores que exaltam a nação. 6 – Acerca do narrador do texto épico, assinale a alternativa incorreta: R = O narrador épico adota uma postura crítica sobre os valores e a visão de mundo expressos em sua narrativa. 7 – Existe uma conexão mais profunda entre o narrador da epopéia e a classe social da qual ele provém. Em outras palavras, há uma intenção por trás do fato do narrador ter suas raízes na nobreza. Essa intenção é: R = perpetuar, na memória, os valores da tradição, ou seja, aqueles valores que atravessam gerações. 8 – Quanto ao gênero épico, não podemos dizer que: R = Neste universo narrativo, o homem só tem espaço como ser único, ou seja, como portador de uma individualidade. Exercício 1 – Aula 4. 1 – Herdeiro da_______ , o romance moderno é tipicamente um gênero____ , assim como a______ e o_____ . No romance, uma________ pode surgir em meio a história e desaparecer depois de cumprir sua função. Outra distinção importante é que no romance o final é um enfraquecimento de uma combinação e ligação de elementos heterogêneos. R = epopéia, narrativo, novela, conto, personagem 2 – Enquanto a epopeia encontra-se presa ao passado e vive da memória, nutrindo-se de mitos e lendas que o resgatam, o romance: R = representa o presente, os fatos atuais constituindo sua principal fonte de criação. 3 – TEXTO I Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. RIO, J. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento) TEXTO II A rua dava-lhe uma força de fisionomia, mais consciência dela. Como se sentia estar no seu reino, na região em que era rainha e imperatriz. O olhar cobiçoso dos homens e o de inveja das mulheres acabavam o sentimento de sua personalidade, exaltavam- no até. Dirigiu-se para a rua do Catete com o seu passo miúdo e sólido. [...] No caminho trocou cumprimento com as raparigas pobres, ela continuou o seu caminho arrepanhando as saias que nem uma duquesa atravessando os seus domínios. BARRETO, L. Um e outro. In: Clara dos anjos. Rio de Janeiro: Ed Mérito(fragmento) A experiência urbana é um tema recorrente em crônicas, contos e romances do século XIX e do XX muitos dos quais elegem a rua para explorar essa experiência. Nos fragmentos I e II, a rua é vista, respectivamente, como lugar que: R = propicia o sentido de comunidade e a exibição pessoal. 4 – ___________é uma manifestação literária que procura mostrar o desenvolvimento de uma ação no tempo e no espaço por meio da movimentação de personagens, conjunto este transmitido ao leitor por um narrador que adota um determinado ponto de vista(foco narrativo). O termo que melhor preencheria a lacuna é: R = narrativa. 5 – Leia o texto a seguir: Capitães d' areia,Jorge Amado - Crianças ladronas As aventuras sinistras dos "Capitães da Areia" - A cidade infestada por crianças que vivem do furto - urge uma providência do Juiz de Menores e do chefe de polícia - ontem houve mais um assalto Já por várias vezes o nosso jornal, que é sem dúvida o órgão das mais legítimas aspirações da população baiana, tem trazido noticias sobre a atividade criminosa dos "Capitães da Areia", nome pelo qual é conhecido o grupo de meninos assaltantes e ladrões que infestam a nossa urbe. Essas crianças que tão cedo se dedicaram à tenebrosa carreira do crime não têm moradia certa ou pelo menos a sua moradia ainda não foi localizada. Como também ainda não foi localizado o local onde escondem o produto dos seus assaltos, que se tornam diários, fazendo Jus a unia Imediata providência do Juiz de Menores e do dr. Chefe de Polícia. http://www.culturabrasil.org/zip/capitaesdeareia.pdf O fragmento apresentado faz parte da obra Capitães d'areia, de Jorge Amado. Após a leitura, que característica do romance, enquanto gênero literário, predomina no texto? R = A representação dos diversos segmentos sociais. Dentre eles, o submundo dos ladrões. 6 – Qual das características abaixo NÃO diz respeito ao romance. R = O romance tem a sua temática baseada nas lendas e na memória do povo. 7 – Vale ressaltar algumas características do romance: *os personagens e os acontecimentos podem ser vários, interligados ao conflito central; *pode ser verossímil ou totalmente fictício; *geralmente narrado na 3ª pessoa; *os personagens antagonistas surgem e desaparecem à deriva dos acontecimentos; *é composto por: ação, espaço, tempo, personagem e foco narrativo;*pode ser de natureza: histórica, de cavalaria, policial, psicológico. As informações acerca do romance presentes no parágrafo acima são: R = Verdadeiras, pois referem-se ao conto com precisão. 8 – Leia o texto abaixo: O verso trágico é duro e cortante, isola e cria distâncias. Ele reveste os heróis com toda a profundidade de sua solidão oriunda da forma, não permite surgir entre eles outras relações que não as de luta e aniquilação; em sua lírica podem ressoar o desespero a e embriaguez do caminho e do fim (...) jamais irromperá como por vezes a prosa o permite um trato puramente humano e puramente psicológico entre os personagens, jamais o desespero se tornará elegia e a embriaguez, aspiração por suas próprias alturas (...) (Lukács, G. A teoria do romance. Editora 34. 2009) No trecho acima citado, Lukács aponta para uma diferenciação entre: R = epopéia e romance. Exercício 2 – Aula 4. 1 – Se compararmos o romance e a epopéia veremos que a grande diferença entre os dois gêneros diz respeito: R = À questão do tempo, já que a epopéia desenrola-se no passado e o romance, no presente. 2 – Qual é a estrutura básica do romance? Marque a alternativa que contenha os elementos dessa estrutura: R = Ação, tempo, espaço, narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do narrador. 3 – Leia as afirmações que seguem: I. O romance é uma das expressões do gênero narrativo. Trata- se de uma narrativa longa, em prosa e dividida geralmente em capítulos. II. Podemos dizer que o romance é uma espécie de fechadura dada ao leitor, na qual ele poderá mirar a vida cotidiana das personagens, os seus conflitos íntimos e os seus pequenos dramas pessoais, familiares e amorosos. O romance também acolhe temas sociais, políticos e históricos. III. A estrutura do romance é concisa. Tende a não apresentar conflitos secundários, mas a ser configurada em torno de um só conflito. Assinale a alternativa que traz as afirmações corretas: R = Apenas I e II estão corretas. 4 – Leia as afirmativas e escolha uma das opções apresentadas. I – No romance, o narrador é peça fundamental. II – O narrador fala de seu tempo, revelando a ideologia de sua época. R = A afirmativa I está correta e a II justifica a primeira. 5 – O romance, em sua estrutura, apresenta uma série de elementos, exceto: R = eu lírico. 6 – O romance é um gênero que expressa os valores: R = de diversos segmentos sociais: da burguesia às classes mais populares. 7 – Quais são as partes da história de uma narrativa? R = Apresentação – Complicação – Clímax. 8 – O romance surge no séc. XVIII, com a ascensão da burguesia.Surge substituindo a epopéia. De acordo com essa informação, concluímos que: R = a relação existente entre a epopéia e o romance é de decorrência e continuidade. Exercício 3 – Aula 4. 1 – "O romance é a epopéia do mundo abandonado por Deus; a psicologia do herói romanesco é a demoníaca: a objetividade do romance, a percepção virilmente madura de que o sentido jamais é capaz de penetrar inteiramente a realidade(...) tudo isso redunda numa única e mesma coisa , que define os limites produtivos(...) ao mesmo tempo que remete ao momento histórico-filosófico em que os grandes romances são possíveis" (LUKÁCS, G. A teoria do romance. Editora 34. 2009. p.90). De acordo com a leitura do fragmento oferecido, percebemos: R = que a obra literária acompanha a evolução histórico-filosófica pela qual passa a humanidade e se adapta a novos padrões sociais e de comportamento. 2 – Leia os fragmentos abaixo. Fragmento I : Acompanha os personagens a todos os lugares, entra-lhes na mais recôndita intimidade, como um agudíssimo olho secreto devassa-lhes o mundo psicológico [...] (Massaud Moises, A Criação Literária) Fragmento II: Aurélia concentra-se de todo dentro de si; ninguém ao ver essa gentil menina, na aparência tão calma e tranquila, acreditaria que nesse momento ela agita e resolve o problema de sua existência; e prepara-se para sacrificar irremediavelmente todo o seu futuro. (José de Alencar, Senhora) Contrapondo o que dizem os autores em relação à teoria apresentada e o trecho do romance em questão, podemos dizer que o narrador presente no fragmento de José de Alencar é: R = É externo ou Onisciente, pois o narrador apresenta total conhecimento das coisas. 3 – Ambos, romance e epopeia, são composições narrativas de certa extensão e complexidade, mas se diferenciam em inúmeros aspectos. Assinale a alternativa incorreta: R = O herói do romance representa exclusivamente a classe da aristocracia e se empenha em preservar a sua tradição. 4 – O enredo constitui um dos elementos básicos do romance e pode ser definido da seguinte forma: R = também conhecido como trama ou intriga, designa a forma como os acontecimentos encontram-se organizados e articulados uns aos outros ao longo da narrativa. 5 – Quais das características abaixo não se identificam com Romance Romântico? R = Enorme quantidade de referências à cultura clássica e extrema preocupação com a questão política e social que interferem na sua composição. 6 – Leia o texto abaixo: O romance é a epopéia de uma era para a qual a totalidade extensiva da vida não é mais dada de modo evidente, para a qual a imanência do sentido à vida tornou-se problemática, mas que ainda assim tem por intenção a realidade. (LUKÁCS,G. A teoria do romance. Editora 34.2009) O trecho extraído da obra de Georg Lukács confirma-se quando percebemos que: R = o romance pode ser visto com uma decorrência da epopéia em função do tempo, do espaço e do público. 7 – Leia atentamente o texto que se segue: Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir(...) Napassagem retirada do conto Missa do Galo, de Machado de Assis, podemos perceber que o foco narrativo: R = É Interno ou de Primeira Pessoa devido à ocorrência dos verbos pude, tive e contava, flexionado na 1ª pessoa do singular. 8 – O ingrediente essencial da trama romanesca é: R = a aventura. Exercício 4 – Aula 4. 1 – Leia atentamente o texto abaixo: Apresentação - nesta parte, o ficcionista mostra ao leitor os primeiros dados do mundo construído, personagens e suas características, espaço em que se movimentam, as relações entre si, e as referências temporais. Complicação - é o momento em que se rompe o equilíbrio do estado inicial, surgem conflitos e ocorrem transformações, onde o encadeamento dos episódios conduz a narrativa a um ponto de tensão. Clímax - é o ponto máximo de tensão. Desfecho ou desenlace - situação final, ou seja, o equilíbrio que se restabelece depois do clímax. Os elementos acima mencionados ¿ apresentação, complicação, clímax e desfecho ou desenlace ¿ compõem o gênero: R = narrativa. 2 – Ao contrário do romance, o conto é uma narrativa curta. Não há espaço para o crescimento da personagem. Sendo assim, que perfil tem a personagem do conto? R = Ela é vista pelo leitor em, apenas, um momento de sua existência, por isso não apresenta variação psicológica. 3 – __________é a forma narrativa em que ocorre um desenvolvimento minucioso da ação dos personagens, proporcionando ao leitor uma visão da totalidade do universo representado. Apresenta uma estrutura complexa capaz de análises, detalhes e pormenores com a finalidade de construir um universo narrativo coerente e organizado. O termo que melhor preencheria a lacuna é: R = romance. 4 – Enquanto a epopeia é o espaço da representação da coletividade, o romance é o espaço de representação: R = da individualidade. 5 – "Romance é o espaço em que se entrecruzam protótipos da vida real com toda a sua subjetividade. Trata-se de um tipo de discurso que revela o indivíduo em seus variados aspectos.". Podemos afirmar que o OBJETO e a FONTE do romance são: R = O momento presente e os fatos atuais. 6 – O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Nesse sentido, podemos dizer que: R = a força do romance está no fato de sua estrutura estar baseada no real e no modo como ele é visto e reproduzido pelo autor. 7 – O trecho que se segue foi extraído da obra O cortiço, de Aluísio Azevedo: Ninguém ali sabia ao certo se a Machona era viúva ou desquitada, os filhos não se pareciam um com os outros. A Das Dores sim afirmavam que fora casada e que largara o marido para meter-se com um homem do comércio[...] Na passagem retirada da obra, podemos perceber que o foco narrativo: R = É externo ou Onisciente, pois o narrador apresenta total conhecimento das coisas. 8 – Leia o fragmento abaixo de Monteiro Lobato. Negrinha Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fosca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma, dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral, dizia o reverendo. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva (...). A excelente Dona Inácia era mestre na arte de judiar das crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos, e daquelas ferozes, amigas de aquelas de ouvir cantar o bolo e fazer estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao novo regime, essa indecência de negro igual. A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa condição infere-se no contexto, pela: R = resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto. Exercício 5 – Aula 4. 1 – O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Análise, pressupõe auto-análise, na qual se deve interrogar- se sobre seus próprios sentimentos, sua maneira de viver, de sentir as coisas. É necessário analisar sua relação pessoal com o mundo e com os outros (no passado, no presente e no futuro). Qual é a evolução individual dos personagens no que se refere a sexo, idade, sociedade, lugares onde vive, etc. Análise objetiva da existência: viver, amar, sofrer, morrer. Interrogar-se sobre o sentido da existência humana (fora de todo contexto de sexo ou idade). Analise dos fatos históricos, sociais, etc., segundo a época e o lugar escolhido: é indispensável respeitar um mínimo de autenticidade (não hesitar na utilização de documentos caso necessário, os quais podem ser encontrados numa biblioteca ou em revistas especializadas). A partir da leitura do texto acima, marque a alternativa que define corretamente romance: R = é um gênero em formação constante, atualizando-se a cada experiência de redação e leitura. 2 – Ao lermos um romance: I. Identificamos nele, tal como na epopeia, a representação de um passado absoluto, inquestionável e distante. II. Verificamos uma multiplicidade temática, um gênero que incorpora temas contemporâneos e socialmente variados. III. Encontramos um herói mais humanizado, problemático, sujeito a falhas, sem o compromisso de ser modelar. Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas: R = Apenas II e III estão corretas. 3 – Enquanto a epopeia restringe-se à representação dos valores da aristocracia, o romance: R = representa e problematiza os valores de diferentes segmentos sociais. 4 – Leia os fragmentos de textos abaixo. Texto I Logo depois transferiram para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o trapiche. Nãomais estranhas, porém, que aqueles meninos, moleques de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os nove aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à chuva que muitas vezes os lavava, mas com os olhos puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos presos às canções que vinham das embarcações...AMADO, J. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento). Texto II À margem esquerda do Rio Belém, nos fundos do mercado do peixe, ergue-se o velho ingazeiro, ali os bêbados são felizes. Curitiba os considera animais sagrados, provê as suas necessidades de cachaça e pirão. No trivial contentavam-se com as sobras do mercado. TREVISAN, L. 35 noites de paixão: contos escolhidos.Rio de Janeiro: BestBolso, 2009 (fragmento). Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são exemplos de uma abordagem literária recorrente na Literatura Brasileira do século XIX. Podemos afirmar que em ambos os textos: R = o espaço onde vivemos personagens é uma das marcas de sua exclusão. 5 – Leia os fragmentos abaixo: Texto 1 Acompanha os personagens a todos os lugares, entra-lhes na mais recôndita intimidade, como um agudíssimo olho secreto devassa- lhes o mundo psicológico [...] (Massaud Moises, A Criação Literária) Texto 2 Aurélia concentra-se de toda dentro de si, ninguém ao ver essa gentil menina, na aparência tão calma e tranquila, acreditaria eu nesse momento ela agita e resolve o problema de sua existência, e prepara-se para irremediavelmente para sacrificar todo o seu futuro [...] (José de Alencar, Senhora) Contrapondo o que dizem os autores em relação à teoria apresentada e o trecho do romance em questão, podemos dizer que o narrador presente no fragmento de José de Alencar é: R = É externo ou Onisciente, pois o narrador apresenta total conhecimento das coisas. 6 – No desenrolar dos fatos num romance, cada personagem expõe a sua visão de mundo. Por isso, o romance é um gênero que comporta: R = várias ideologias. 7 – "Deve-se escolher traços fora do comum com originalidade. É preciso desenvolver a personalidade do personagem ao máximo. Preocupar-se com realismo, para o qual se devem pesquisar detalhes e fatos de acordo com a época e o lugar escolhido." O parágrafo acima trata: R = do processo de composição do personagem que integra o romance. 8 – Assim, ________deve sempre oscilar entre a ficção e a realidade. Deve não apenas fazer o leitor sonhar, mas também fazê-lo refletir. Ficção-realidade, mas fazendo sonhar, criar um mundo fora deste mundo. (Baudelaire). Deve-se prender a atenção do leitor através de elementos verdadeiros e autênticos, não o deixando perder-se dentro de um labirinto louco. O termo que melhor preencheria a lacuna acima é: R = O romance. Exercício 1 – Aula 5. 1 – Acerca do conto literário, todas as afirmações abaixo estão corretas, exceto: R = Ao contrário do romance, o conto não possui regras. Trata-se de um gênero que pode tanto ser concentrado quanto disperso. 2 – O ______ é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total ¿ da qual falava Poe (1809-1849) e Tchekhov (1860-1904): o ______precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. Os termos que melhor preencheriam os espaços acima são: R = conto – conto. 3 – Sobre o conto, pode-se afirmar que: R = O conto despreza tudo o que foge ao núcleo da narrativa e centra-se em torno de uma só ideia. 4 – Pensando no conto em comparação com a crônica, podemos dizer que: R = são tipos de textos extremamente semelhantes, ficando difícil estabelecer os limites entre eles. 5 – Ao contrário do romance, cujo enredo pode desdobrar-se por uma pluralidade de ambientes, no conto, constatamos: R = uma limitação de espaço e à unidade de ação corresponde a unidade de espaço. 6 – Sobre o estudo do conto feito em nossas aulas, qual a única das assertivas abaixo que atende ao que foi apresentado sobre este tema? R = O conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. 7 – O que garante ao conto a unidade de ação é o fato dele: R = gravitar em volta de um só conflito, não falando de várias situações. 8 – Qual das características abaixo não diz respeito ao Conto? R = O conto tem uma estrutura que só se desenvolve satisfatoriamente num elevado número de páginas. Exercício 2 – Aula 5. 1 – Qual das afirmativas abaixo NÃO se refere ao conto? R = Como todos os textos de ficcção, o conto é longo. Sua extensão deve-se à complexidade de seus temas 2 – Sabemos que os diferente modos de narrar indicam diferentes relações com o tempo em que o enredo se desenvolve. No conto, como funciona o tempo em relação ao desenvolvimento da narrativa? R = Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas, algumas horas ou dias. 3 – Ao ler um conto, a compreensão do leitor deve ser imediata. Sendo assim, escolha a alternativa que conceitue a linguagem utilizada nessa forma de narrar. R = A linguagem deve ser clara, objetiva. Não há muitas metáforas. 4 – O que garante ao conto uma unidade de ação? R = O embate entre os personagens. 5 – Ao contrário do romance, cujo enredo pode desenrolar-se ao longo de um vasto período de tempo, no conto: R = a trama, via de regra simples, atinge o seu desfecho em curto espaço de tempo. 6 – Com relação ao tempo, da mesma forma que o romance, o conto interessa-se: R = pelo momento presente. 7 – Qual das afirmativas abaixo se refere ao conto? R = Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. 8 – Qual é o foco do conto? R = o leitor. Exercício 3 – Aula 5. 1 – Qual é o foco do conto? R = Levar o leitor ao desfecho, o clímax da narrativa. 2 – Sobre o conto, é correto afirmar que: R = A chave para se entender o conto, enquanto gênero, está na concentração de sua trama. 3 – O autor, no conto, intenta conduzir o leitor ao desfecho, o qual pode ser definido como: R = situado no final do texto, corresponde ao clímax da história, seu momento máximo de tensão. 4 – "As unidades requeridas de ação, tempo, lugar e tom só podem estabelecer-se com poucas personagens. Só não existe o conto com uma única personagem. Se uma só aparecer, outra figura deve estar atuando para a formulação do conflito. Por fim, as personagens tendem a ser estáticas, imóveis no tempo, no espaço e na personalidade. Figura-se uma tela em que se fixa plasticamente o apogeu de uma situação humana." (Moisés, p.127). MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.127. O que garante ao conto uma unidade de ação? R = O embate entre os personagens. 5 – Podemos definir o conto como: R = narrativa curta que apresenta uma trama concentrada, permitindo apenas que uma situação seja desenvolvida sem pausas e sem recuos. 6 – Joaquim Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de Junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se deica ao menino dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentou o auto didata Machado de Assis. Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de: R = apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva. 7 – O que é o conto? R = uma narrativa que, geralmente, trata de uma situação que se desenrola diretamente. Sem pausas 8 – Sabemos que o conto é uma narrativa que é elaborada a partir do trabalho peculiar em relação ao tempo, ao espaço e aos personagens. Assim sendo, como podemos definir a temporalidade trabalhada no conto? R = Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas, algumas horas ou dias. Exercício 4 – Aula 5. 1 – Os personagens de um conto necessariamente possuem: R = um conflito que os moverá a alguma direção. 2 – Sobre o conto, assinale a afirmação incorreta: R = Quanto ao sentido, o conto é o canto da totalidade da vida de um povo em determinado estágio da sua civilização. O conto estádiretamente relacionado com o surgimento ou o progresso de uma nacionalidade. 3 – O conto deve ser simples, sem grandes complicações ou jogos psicológicos profundos e complexos. Essa afirmativa é: R = Correta. O conto é um momento textual sem muitas peripécias ou relações psicológicas mais profundas 4 – O conto apresenta alguns traços que o identificam como um gênero literário específico. Dentre eles: R = a contração do enredo. 5 – Sobre o conto, é possível afirmarmos que se trata de: R = uma narrativa concisa, em torno de uma única célula de conflito. 6 – Sobre o conto, pode-se afirmar que: R = O conto despreza tudo o que foge ao núcleo da narrativa e centra-se em torno de uma só ideia. 7 – Pensando no conto em comparação com a crônica, podemos dizer que: R = são tipos de textos extremamente semelhantes, ficando difícil estabelecer os limites entre eles Exercício 1 – Aula 6. 1 – A estrutura da crônica é eminentemente: R = narrativa. 2 – Vamos Acabar Com Esta Folga Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo. De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pela provocação e logo um turco, tão forte como o alemão, levantou-se de lá e perguntou: -Isso é comigo? - Pode ser com você também - respondeu o alemão. Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos. O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o que dizia era certo. Não havia homem para ele ali naquele café. Levantou-se então um inglês troncudo pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a vez de um francês, depois de um norueguês etc. etc. Até que, lá do canto do café levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de picardia para perguntar, como os outros: - Isso é comigo? O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e... pimba! O alemão deu- lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro. Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros. "O Melhor da Crônica Brasileira - 1", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1997. http://www.releituras.com/spontepreta_folga.asp Observe que, no texto apresentado, as personagens não têm nomes. Sabemos que se trata de um alemão, de um turco, de um francês, de um inglês, de um norueguês e de um brasileiro. Este fato não caracteriza uma regra, mas um aspecto recorrente na crônica. Sendo assim, escolha a alternativa que indica o que isto significa. R = Não importa o nome das personagens, pois o destaque do texto é a trivialidade. 3 – Leia o texto apresentado e identifique as características da crônica: Chatear e encher Um amigo meu me ensina a diferença entre chatear e encher Chatear é assim: você telefona para um escritório qualquer na cidade. - Alô, quer me chamar por favor o Valdemar? - Aqui não tem nenhum Valdemar. Daí a alguns minutos você liga de novo. -O Valdemar, por obséquio. - Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar. - Mas não é do número tal? - É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar. Mais cinco minutos, você liga o mesmo número: - Por favor, o Valdemar já chegou? -Vê se te manca palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou aqui? - Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí. - Não chateia. Daí a dez minutos, ligue de novo. - Escute uma coisa: o Valdemar não deixou pelo menos um recado? O outro dessa vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis. Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação: - Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar! Alguém telefonou para mim? Paulo Mendes Campos, in Para gostar de ler - Crônicas R = Linguagem coloquial, humor, trivialidade. 4 – Ligada ao tempo (chrónos), ou melhor, ao seu tempo, a crônica o atravessa por ser um registro poético e muitas vezes irônico, através do que se capta o imaginário coletivo em suas manifestações cotidianas. (Angélica Soares) Entre as afirmativas abaixo, marque a única que não corresponde à crônica. R = Não se afasta reprodução rigorosa dos fatos. 5 – Tanto a crônica quanto o conto são formas curtas de narrar. Sendo assim, qual das alternativas abaixo apontam a principal diferença entre esses dois gêneros literários? R = A crônica se diferencia do conto por dar destaque à trivialidade. 6 – Em termos de extensão do texto, a crônica caracteriza-se por ser uma narrativa: R = breve. 7 – Sobre a crônica, é correto afirmar que: R = Há elementos como novidade, surpresa e assuntos variados do dia a dia das pessoas. 8 – A crônica é uma forma de narrar que utiliza o jornal como veículo de divulgação. No entanto, por que não podemos considerá- la como um texto, exclusivamente, jornalístico? R = Porque se trata de um texto que seleciona os fatos do cotidiano e os reveste de imaginação. Exercício 2 – Aula 6. 1 – A falta de determinados detalhes na composição das crônicas, como a falta de nomes, por exemplo, revela: R = A trivialidade característica desse gênero que pretende uma narrativa simples e leve. 2 – A relação entre a crônica e a realidade baseia-se em: R = uma captação de fatos do cotidiano que é revestido de fantasia e imaginação. 3 – Especialmente no Brasil, o gênero crônica foi cultivado pelos melhores poetas (Carlos Drummond de Andrade) e prosadores (Machado de Assis). Há, inclusive, escritores que se especializaram nessa forma sucinta de narratividade, sendo conhecidos principalmente como cronistas: Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Raquel de Queirós e tantos outros. (D' ONOFRIO, S. Teoria do Texto 1: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1999, p. 123). Cabe ao cronista literário: R = superar os limites da transitoriedade própria da notícia, tratando do universal dentro do particular. 4 – A crônica literária é produzida por poetas e ficcionistas que: R = Transformam temas do dia-a-dia pela força criadora da fantasia. 5 – Um das características abaixo não diz respeito à crônica. Selecione-a. R = A crônica tem uma estrutura complexa, baseada num preciosista. 6 – A respeito da crônica podemos afirmar que: R = apesar de trabalhar com fatos e situações do cotidiano, nela a realidade é recriada pelo olhar singular do autor. 7 – Qual das alternativas apresenta uma característica da crônica que a aproxima do gênero lírico? R = A subjetividade. 8 – São considerados ingredientes básicos do enredo da crônica: R = assuntos variados do cotidiano de pessoas comuns e a surpresa no desfecho. Exercício 3 – Aula 6. 1 – O Padeiro Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento, mas não encontro o pão
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