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DEFICIENCIA VISUAL APRESENTAÇÃO

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DEFICIENCIA VISUAL 
Diego Rosa 
Leandro Marques
 Leonardo Xavier 
Matheus Camilo
 Ronaldo Alex
Percepção do mundo físico
A interação da criança com o mundo físico é um longo processo que se inicia na primeira infância e leva muito tempo para se completar. O contato da criança com o mundo físico se faz por meio dos sentidos, e a qualidade de sua capacidade perceptiva está diretamente ligada à aquisição de habilidades motoras que permitem a interação com o ambiente. 
Desenvolvimento perceptivo na primeira infância 
 A responsividade da pessoa com deficiência visual aos estímulos sonoros e táteis pode se dar em três diferentes níveis, levando-se em consideração as reações possíveis de acordo com seu repertório motor:
Reação simples
Reação discriminativa
Comportamento ou reação interativa
Permite compreender que o sistema sensorial da criança é capaz de detectar estímulos.
É possível compreender que a criança é capaz de diferenciar um estimulo do outro.
Há uma interação com o estimulo, a criança procura se envolver com ele ou evita-lo. É possível compreender que esse estimulo possui um significado especial para a criança, podendo ser negativo ou positivo.
A partir dos primeiros dias de vida.
Ex: Sorrir, aquietar-se, virar a cabeça e movimentar os braços.
Nos primeiros meses de vida, a criança é capaz de distinguira voz dos pais e a de estranhos, bem como discriminar outros tipos de sons.
Desenvolve-se de uma forma um pouco mais lenta que as percepções básicas.
Respostas afetivas, de atenção e manuais.
Desenvolvimento perceptivo na segunda infância 
Discriminação de sons: 
É melhorada entre a faixa etária dos seis e onze anos de idade. Foi observado que crianças com baixa visão possuem mais dificuldade que crianças cegas neste aspecto. 
Em relação a localização do som, foi observado que crianças com alguma experiência visual no início da vida possuem mais facilidade para localizar fontes sonoras do que aquelas que nunca enxergaram.
A percepção tátil :
Interação motora e locomotora com o mundo físico
Além de utilizar habilidades perceptivas, a criança com deficiência visual precisa adquirir habilidades motoras, tanto de manipulação quanto de locomoção, para poder interagir com o mundo físico.
Primeira Infância 
A criança procura alcançar e preender objetos, embora tais atividades dependam claramente do controle muscular, são mediadas pela informação perceptiva proveniente dos estímulos emanados pelo objeto. E m crianças videntes, o marco no desenvolvimento destas ações ocorre por volta dos cinco meses de idade, quando a criança começa a procurar alcançar objetos interessantes vistos por ela. A tentativa de alcançar objetos que podem ser percebidos apenas auditivamente aparece mais forte, entre 9 e 12 meses de vida. 
Uma característica muito observada em crianças cegas, que esta relacionada ao referido atraso na tentativa de alcançar estímulos sonoros, é a resistência em aceitar a posição prona, pois a força e a coordenação motora advindas desta postura são pré-requisitos necessários para o ato de alcançar objetos. 
A posição supina deixa o braço livre para mover-se e alcançar objetos, mas a atividade não rigorosa deixa de exigir o fortalecimento fundamental da musculatura do pescoço, do peito, dos ombros e dos braços. 
Engatinhar e Andar
A aquisição destes comportamentos depende, no mínimo de prontidão da musculatura. Sem a capacidade física de suportar o peso do corpo nas mãos e nos joelhos, o engatinhar não pode ocorrer; da mesma forma, se as pernas não forem capazes de suportar e equilibrar o tronco, o andar também será possível.
A criança engatinha não pelo prazer da atividade, mas para atingir um objetivo, como aproximar-se de um objeto fora do alcance. Mandar também não possui um fim em si mesmo: a criança caminha para se aproximar e atingir objetos disposto No meio físico ponto portanto, a percepção de estímulos significativos no meio ambiente é fundamental para que a criança atinja a prontidão física para engatinhar e andar.
É comum referências bibliográficas indicando um atraso na locomoção de crianças com deficiência visual a maioria das crianças engatinha antes de andar; os estudos indicam que as crianças cegas só começam a engatinhar perto do final do primeiro ano de vida. Da mesma forma, enquanto crianças que enxergam começam a andar por volta de um ano de idade, há muitas evidências relatando que as crianças com deficiência visual começam a andar bem mais tarde embora não tenham dificuldade na habilidade de “ficar em pé”.
Segunda Infância
Os fatores determinantes sobre a capacidade locomotora das crianças com deficiência visual parece recair novamente sobre as oportunidades que elas possuem de se engajar em atividades físicas, todavia é a qualidade da oferta deste tipo de atividade que desencadeará nos familiares reações de tolerância, encorajamento ou receio, conforme as condições de segurança e adequação envolvidas. Há uma tendência em discutir as características do ambiente onde acontecem as aulas de educação física atribuindo as condições físicas da criança com deficiência visual ao tipo de treinamento tratamento oferecido em escolas regulares inclusivas em escolas ou instituições especializadas. O autor concluiu que não é o tipo de escola mas a natureza das oportunidades e o incentivo à sua realização que demonstraram a diferença. 
Implicações no programa de atividades físicas
Os programas de atividade motora adaptada estão fundamentados basicamente na compreensão do processo de desenvolvimento do ser humano em questão, na identificação das necessidades e potencialidades de cada indivíduo, na seleção de objetivos e conteúdos que levem em consideração os interesses dos educandos e no uso de estratégias e recursos adequados para desenvolvê-los. 
Mecanismo de Informação
Auditivas
Verbal
Indicações explicativas por meio de palavras.
Sinalética
Qualquer sinalização não verbal, incluindo o vocal.
Táteis
Direta
Movimento é sugerido (demonstrado) anterior ou simultaneamente.
Indireta
Sinal a ser interpretado conforme o contato com material/instrumento/local.
Adaptações no Espaço Físico
Deficiência Visual no Esporte 
Em âmbito nacional, o esporte competitivo, ou de alto rendimento, entre outras iniciativas, é fomentado pela Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC). Como entidade que congrega clubes e associações regionais de todos os estados do país, a CBDC possui status de confederação , sendo integrada ao Sistema Desportivo Nacional. O Brasil é um dos mais de noventa países filiados à Iternational Blind Sports Federation (IBISA), órgão responsável por organizar, dirigir, executar, regulamentar e supervisionar o desporto em nível internacional.
O esporte para pessoas com deficiência visual, como um dos conteúdos da Educação Física, deve estar alicerçado em uma proposta pedagógica que considere, além dos aspectos técnicos relativos à modalidade envolvida, a importância de intervir junto ao educando quanto a aspectos a valores e modos de comportamento. Dessa forma, a prática do esporte deve transcendera questão da metodologia, considerando também sua função educacional. 
Principais Esportes Paralímpicos
Judô
Este esporte foi introduzido no programa paralímpico em 1988 (Seul), mas apenas para homens, só em Atenas 2004 é que foi introduzida a variante feminina.
O Brasil acumulou até à data 18 medalhas nesta modalidade, tendo normalmente sempre alguns dos principais candidatos ás medalhas.
As regras são muito semelhantes em relação ao judô tradicional, tendo o mesmo sistema de pontos e vestimenta. Existem no entanto alguns diferenças, tais como:
Os judocas começarem já a agarrar o kimono um do outro;
Quando perdem contato total um com o outro o árbitro interrompe o combate;
Os atletas não são punidos por saírem fora da zona de combate;
Os judocas que são totalmente cegos são identificados com uma faixa de 7 cm vermelha nas mangas do seu kimono.
Natação
A nataçãoparaolímpica é um dos esportes que está presente nos Jogos Paraolímpicos desde a sua criação, em Roma (1960).
As provas são classificadas por grau e tipo de deficiência, de forma a separar um pouco as competições e a torná-las mais justas.
As categorias de 1 a 10 classificam os nadadores com deficiência motora, de 11 a 13 nadadores com deficiência visual,  e a categoria 14, a qual foi restituída de novo em 2012, é para classificar nadadores com deficiência intelectual.
Os nadadores não podem usar nada que os possa beneficiar como o uso de próteses por exemplo, sendo só usados os tappers, que servem para avisar os nadadores invisuais que estão a chegar perto do fim da piscina, dando um toque ao de leve nas costas.
Existem também algumas pequenas diferenças em relação á forma como eles iniciam a prova ou fazem a sua viragem, dependendo do seu tipo de deficiência, o que é bastante normal.
Atletismo
Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino.Cada uma, conta com suas disputas específicas.
Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional. Os que disputam provas de pista e de rua (velocidade, meio fundo, fundo e maratona) e salto em distância, levam a letra T (de track) em sua classe.
T11 a T13 - Deficiências visuais
Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos, lançamentos e saltos em altura) são identificados com a letra F(field) na classificição.
F11 a F13 - Deficiências visuais
Para os atletas deficientes visuais, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo com a classe funcional. Nas provas de 5000m, de 10.000m e na maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o percurso (a troca é feita durante a disputa). No caso de pódio, o atleta-guia que terminar a prova recebe medalha. O outro, não. Há, também, situações específicas em que um guia que não estava inscrito inicialmente em determinada prova tenha de correr. Neste cenário, ele não recebe medalha, caso suba ao pódio.
Goalball
Como a grande maioria dos esportes paralímpicos, este também surgiu com o objetivo de integrar melhor as pessoas com falta de visão, especialmente os soldados que tinham voltado sem visão da 2ª Guerra Mundial.
O goalball foi desenvolvido em 1946 pelo austríaco Hanz Lorenzen e o alemão Sep Reindle, no qual o jogo consistia em lançar uma bola pelo chão e marcar um gol na baliza adversária.
As regras deste esporte pouco mudaram com o passar do tempo, existindo apenas pequenas alterações.
Em 1976 teve a sua primeira aparição nos Jogos Paralímpicos, aqui ainda como esporte de exibição (sem medalhas) e a partir daí tornou-se oficialmente uma modalidade paralímpica até aos dias de hoje.
O jogo de goalball divide-se em 2 partes, cada uma com 10 minutos de duração, tendo um intervalo de 3 minutos pelo meio.
Ganha quem no final desse período de tempo tiver marcado mais golos. Se tiverem empatados joga-se um prolongamento de 6 minutos divididos em 3 minutos cada parte, vencendo quem marcar primeiro.
Se ainda assim o jogo não tiver ficado decidido então vai para a decisão nos lances livres
Ciclismo
Este esporte começou apenas para os ciclistas invisuais que utilizavam uma tandem bike para ter um guia com eles a indicar-lhes o caminho, isto na década de 1980.
Mas rapidamente começaram a surgir diferentes categorias consoante o nível de deficiência dos praticantes e também seguindo duas rotas: ciclismo de estrada e ciclismo de pista.
Tandem: ciclistas com deficiência visual
Tandem Sprint
Esta foi a primeira variante a aparecer, sendo ela a origem do ciclismo paralímpico. Tem como objetivo fazer um percurso de estrada no mínimo de tempo possível e é para ciclistas invisuais, os quais utilizam um guia para os orientar.
Sprint
Aqui consiste numa disputa entre dois ciclistas e é o vencedor o que fizer primeiro o circuito estabelecido. Em vez de ir sempre a velocidade máxima, aqui os ciclistas estudam-se um bocado e escolhem a melhor altura para atacar, já que o ciclista que fica atrás consegue se poupar um pouco porque vai no vácuo do da frente.
Futebol de Cinco
O futebol de 5 é exclusivo para cegos ou deficientes visuais. As partidas, normalmente, são em uma quadra de futsal adaptada, mas, desde os Jogos Paralímpicos de Atenas 2004, também têm sido praticadas em campos de grama sintética. O goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos.
Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo. Cada time é formado por cinco jogadores – um goleiro e quatro na linha. Diferentemente de um estádio convencional de futebol, as partidas de futebol de 5 são silenciosas, em locais sem eco. O jogo tem dois tempos de 25 minutos e intervalo de 10.
A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localizá-la.
A participação do futebol de 5 nos Jogos Paralímpicos aconteceu, pela primeira vez, em Atenas 2004. Também neste evento, o Brasil foi o campeão, ao superar, nos pênaltis, os argentinos por 3 a 2. A Seleção Brasileira possui mais três títulos paralímpicos: Pequim 2008, Londres 2012 e, recentemente, no Rio 2016, quando sagrou-se tetracampeão. Além dos títulos, a equipe verde e amarela foi a primeira a marcar um gol em Jogos Paralímpicos. O autor do feito foi o atleta Nilson Silva, falecido em 2012.
Obrigado!
 
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