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AS POLÍTICAS PÚBLICAS, A INSERÇÃO DA TEMÁTICA DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO BÁSICA, NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E NA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES E A DESIGUALDADE DE GÊNERO COMO UMA REPRODUÇÃO HISTÓRICO-C

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
AS POLÍTICAS PÚBLICAS, A INSERÇÃO DA TEMÁTICA DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO BÁSICA, NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E NA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES E A DESIGUALDADE DE GÊNERO COMO UMA REPRODUÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL
2019
AS POLÍTICAS PÚBLICAS, A INSERÇÃO DA TEMÁTICA DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO BÁSICA, NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E NA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES E A DESIGUALDADE DE GÊNERO COMO UMA REPRODUÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL
Produção Textual em Grupo (PTG) apresentada à Anhanguera Educacional, como requisito parcial para a obtenção de médias mestral nas disciplinas de Educação e Interpretação de Texto, Práticas Pedagógicas: Gestão de Aprendizagem, Psicologia da Educação e Aprendizagem, Políticas Públicas da Educação Básica, Metodologia Cientifica, Ética Política e Cidadania. 
Tutora Presencial: Maria do Carmo Catarino de Barros.
Tutora a Distância: Tatiane Pereira Alves Marigo.
2019
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
2- DESENVOLVIMENTO
2.1- AS POLÍTICAS PÚBLICAS E A INSERÇÃO DA TEMÁTICA DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO BÁSICA, NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E NA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES...................................................................................5
2.2- A DESIGUALDADE DE GÊNERO: UMA REPRODUÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL.............................................................................................................................6
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................8
4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................9
1- INTRODUÇÃO
O presente trabalho traz um texto síntese, resultado da análise e compreensão dos assuntos tratados em dois artigos. O primeiro artigo, “Gênero e Políticas Públicas de Educação”, autoria de Lúcia Sousa e Mareli Graupe, faz uma análise das políticas públicas e a contribuição destas para a inserção da temática de gênero na educação básica, bem como, na formação profissional e na formação continuada do professor. O segundo artigo “Diferentes, não Desiguais: a questão de gênero na escola”, autoria de Beatriz Lins, onde a autora aborda a desigualdade de gênero na sociedade e no espaço escolar como um produto histórico-cultural, onde os comportamentos que promovem a desigualdade de gênero são replicados pela sociedade que impõem o que é comportamento masculino e o que é comportamento feminino causando a valorização de um e a desvalorização do outro.
2- DESENVOLVIMENTO
2.1- AS POLÍTICAS PÚBLICAS E A INSERÇÃO DA TEMÁTICA DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO BÁSICA, NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E NA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES
Nas últimas três décadas houve uma nova direção em relação as tendências educacionais, pois a diversidade cultural está cada vez mais presente em nosso cotidiano. Novas leis e diretrizes sobre a temática de gênero e educação foram criadas ou melhoradas no âmbito da Educação Básica. Isto foi fruto de políticas públicas e ações governamentais pra construção de um país mais justo e igualitário.
Por política pública entende-se: mecanismo para efetivação de direitos, redução das desigualdades sociais (SOUSA E GRAUPE, 2014). A política pública fundamenta as principais politicas educacionais do Brasil, seja na questão do gênero ou da cidadania.
No final dos anos 80 o Brasil passou por um processo de redemocratização com a criação da Constituição Cidadã que garantiu, a partir de então, direitos sociais e individuais. Isto atendeu a luta dos movimentos sociais por cidadania e igualdade de direito das pessoas.
No início dos anos 90 aumentaram as preocupações no campo da educação e a ótica de gênero vem ao encontro com as mudanças que estavam ocorrendo no Brasil.
A compreensão do debate de igualdade de gênero propicia o entendimento de que a igualdade de direitos deve considerar as diferenças entre os sexos, mas não fazer destas diferenças um motivo para continuidade das desigualdades (SOUSA E GRAUPE, 2014). 
 A Constituição Cidadã de 1988, no artigo 205, define que a educação é um direito de todos, ou seja, não deve haver discriminação em relação ao gênero. Mesmo com a Constituição Federal de 1988, colocando a educação como um direito universal, foi necessário a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) onde foi colocada as condições de direitos e permanência na escola, porém o conceito de gênero é velado neste documento.
Na sequência, 1997, outro documento é publicado, os Parâmetros Curriculares Nacionais, onde a temática de gênero está nos temas ditos transversais. Traz também, em seus volumes, temáticas sociais com o objetivo de se incluir a equidade de gênero nos conteúdos curriculares.
O mesmo acontece no Plano Nacional de Educação de 2011 a 2020, o qual ainda não foi aprovado, onde indica a construção de uma nova ética (...) de modo a incluir, efetivamente os grupos historicamente excluídos (SOUSA E GRAUPE, 2014).
É possível observar que ao longo das últimas décadas o Governo Federal veio implementando ferramentas para inserir a temática de gênero tanto na Educação Básica como na formação profissional e na formação continuada dos professores.
O Governo Federal passou a empregar na formação continuada de professores temas com caráter social do gênero e da sexualidade para o desenvolvimento de uma prática pedagógica em torno da valorização da diversidade (SOUSA E GRAUPE, 2014).
O Projeto GDE – Gênero, Diversidade e Educação da ênfase na temática de gênero, orientação sexual e relações étnico-raciais, este projeto é baseado na ação de formação de profissionais da Educação Básica.
É de suma importância incutir o debate de gênero e diversidade tanto na formação profissional como também na formação continuada dos professores para que estes no espaço escolar possam promover a cultura do respeito e a equidade de gênero.
2.2- A DESIGUALDADE DE GÊNERO: UMA REPRODUÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL
Quando se associa um comportamento específico a um grupo de pessoas só porque são mulheres, homens, meninas ou meninos, reproduz-se estereótipos de gênero. Essas generalizações incorrem em graves erros. Não é da natureza nem das mulheres nem dos homens se comportarem da mesma maneira.
Os comportamentos estão atrelados àquilo que a sociedade reproduz, replica, ou seja, possuem laços culturais. A sociedade acaba impondo como homens e mulheres devem se comportar, o que acaba limitando suas possiblidades de existir no mundo (LINS, 2016).
As normas de gênero são também a base para muitas situações de desigualdade. A desigualdade de gênero refere-se a relações de poder, privilegio ou hierarquias sociais criadas a partir das diferenças percebidas entre homens e mulheres, ou entre masculinidades e feminilidades (LINS, 2016).
Os comportamentos esperados para homens e mulheres podem ser hierarquizados e construir polos de valorização e desvalorização. As diferenças de gênero serviram para a criação de desigualdades, a própria história do magistério e da pedagogia no Brasil demonstram isso, pois, apoiada na ideia de que “toda mulher quer ser mãe”, muitas mulheres encontram ali a oportunidade para entrar no mercado de trabalho. Aos poucos a docência passou a ser encarada como uma profissão que estendia as funções domésticas femininas. Dentro do âmbito da desigualdade de gênero, a feminilização do magistério provocou a desvalorização da profissão.
Isto demonstra o quanto há desigualdade entre as representações da feminilidade e da masculinidade, ou seja, a desvalorização das profissões ditas femininas.
No espaço escolar muitas outras desigualdades de gênero estão operacionalizadas em disciplinas e conteúdos, por exemplo quando se diz que os meninos são bons em exatas e meninas não, ou quando na aula de educaçãofísica as meninas são barradas da pratica de futebol por ser coisa de menino. 
Os estereótipos de gênero funcionam como um freio para todas as possibilidades de aprendizagem (LINS, 2016). 
As expectativas de gênero não atingem apenas as meninas. Atualmente, meninos, principalmente negros e de baixa renda, são afetados por isso. Por exemplo, o capricho com o caderno, o bom comportamento em sala é visto como coisa de menina, os meninos acabam apresentando posturas diferentes destas para demonstrar para os colegas que são indivíduos masculinos, o que leva estes a terem desempenho ruim nas aulas e assim evadirem da escola.
“Nesse sentido, quando pensamos em relações de gênero, nos referimos às maneiras como os sujeitos constroem a si mesmos a partir de estereótipos, normas de comportamento e expectativas sobre o que é “ser homem” ou “ser mulher””. (LINS, 2016).
Assim é possível observar a partir do que foi exposto até aqui que as diferenças de gênero são produtos da história e da educação em nossa sociedade. Para além dessas diferenças, as dicotomias entre feminilidade e masculinidade criam desigualdades: articulado com noções de hierarquias e poder, o gênero é também uma forma social de produzir posições de desigualdade entre pessoas, coisas, espaços ou emoções (LINS, 2016).
Porém, combater as hierarquias de gênero não deve ser entendido como apagar as diferenças, pois igualdade não significa anular as diferenças entre elas, mas garantir que estas diferenças não sejam utilizadas para produzir e estabelecer as relações de poder, hierarquia, violências e injustiças.
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, é possível concluir que houveram avanços significativos a partir das últimas três décadas em relação a inserção da temática de gênero nas legislações e diretrizes da Educação Básica, como também, na formação profissional e na formação continuada dos professores através de políticas públicas e ações governamentais. Além disso, evidencia-se a necessidade de a temática de gênero e outras categorias serem tratadas na perspectiva da equidade. Contudo, o Brasil está passando por uma onda conservadora que combate esta temática no âmbito escolar, argumentam que a questão do gênero deve ser tratada no meio familiar, porém, este é um pensamento retrogrado, uma vez que, este assunto deve ser tratado em todas as instituições e espaços da sociedade afim de reconhecer as diferenças e combater as desigualdades.
Também, é possível concluir que a diferença entre gêneros é produto histórico, replicado pela sociedade e pelo sistema educacional, o que gera hierarquias, relações de poder, violências e injustiças. As diferenças existem, mas não podem ser fator para promover a valorização de um e a desvalorização do outro.
4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRAUPE, Mareli Eliane. SOUSA, Lúcia Aulete. Gênero e Políticas Públicas de Educação. Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT6 – Questões de Gênero na Educação Científica - Coord. Maria Lúcia Corrêa.
LINS, Beatriz Accioly. Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola / Beatriz Accioly Lins, Bernardo Fonseca Machado e Michele Escoura, - 1ª ed. - São Paulo: Editora Reviravolta, 2016.