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Recurso Ordinário Indústria Metalúrgica Ribeiro S A

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 100ª VARA DO TRABALHO DE VT/MG
Processo nº 
VERÔNICA SILVA, já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista que move em face de INDÚSTRIA METALÚRGICA RIBEIRO S.A., igualmente qualificado, vem, tempestivamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve, inconformada com a respeitável sentença proferida, interpor, com fulcro no artigo (art.) 895, I da CLT o presente RECURSO ORDINÁRIO, pelo que requer o recebimento do presente recurso e posteriormente sua remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ... Região para reapreciação e consequente provimento.
Ainda, requer, que seja a Reclamada notificada para que querendo apresente as contrarrazões que julgar necessárias.
Por fim, informa que deixa de recolher às custas processuais tendo em vista que a sentença proferida foi julgada de forma parcial, nos termos do art. 789, §1º da CLT.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB nº...
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: VERÔNICA SILVA
Recorrido: INDÚSTRIA METALÚRGICA RIBEIRO S.A.
Origem: 100ª Vara do Trabalho de VT/MG
Processo nº: 
Egrégio Tribunal,
Nobres Julgadores,
Colenda Turma,
I – DOS PRESSUPOSTOS RECURSAIS
O presente RECURSO ORDINÁRIO preenche todos os seus requisitos de admissibilidade recursal extrínsecos e intrínsecos. Dessa forma, deve o mesmo ser CONHECIDO e ter o seu mérito APRECIADO.
II – DO RESUMO DA DEMANDA
VERÔNICA SILVA, ingressou com Reclamação Trabalhista em face de sua ex empregadora INDÚSTRIA METALÚRGICA RIBEIRO S.A., tendo como resultado de sua demanda a condenação por crime contra a organização do trabalho, duas horas extras diárias, complementação de aposentadoria custeada pela empresa através da norma vigente no momento do requerimento da aposentadoria, 10 horas em regime de prontidão, 1:30h por dia como hora in itinere por local de difícil acesso e devolução em dobro do 13º salário do ano de 2012.
III – PRELIMINARMENTE
1 - DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
O juiz condenou a Reclamante a 6 (seis) meses de detenção por crime contra a organização do trabalho.
Ocorre que o juiz do Trabalho não possui competência material (art. 114, CLT) para decretar pena, incorrendo a respectiva sentença em incompetência material absoluta, cabendo aos juízes federais processar e julgar os crimes praticados contra a organização do trabalho, nos termos do art. 109, VI da CF/88.
Sendo assim, requer-se que seja declarada a incompetência absoluta do juízo trabalhista, uma vez que não possui competência para processar e julgar crimes contra a organização do Trabalho.
IV – DA DEFESA DIRETA DO MÉRITO
1 - DAS HORAS EXTRAS
O juízo "a quo" reconheceu o pagamento de somente 2 (duas) horas por dia com adicional de 50%, fundamentado no art. 59 da CLT, no entanto a Recorrente excedia sua jornada em 3 (três) horas diárias.
A sentença não merece ser mantida, pois errou o juiz ao proferir sua sentença contrariando o disposto na Súmula 376, I do TST em que informa que devem ser pagas todas as horas excedentes trabalhadas.
Desta forma, requer a reforma da sentença proferida.
2 - DA COMPLEMENTAÇÃO DA APOSENTADORIA
O juízo "a quo" julgou procedente a norma de complementação de aposentadoria custeada pela empresa que estava em vigor no momento do requerimento da aposentadoria.
A sentença não merece ser mantida, pois no entendimento da Súmula 288, I do TST, a complementação da aposentadoria é regida pelas normas em vigor na data de admissão do empregado, salvo as alterações que forem mais benéficas ao empregado, reforçando os termos do art. 468 da CLT.
Desta forma, requer a reforma da sentença proferida.
3 - DO REGIME DE PRONTIDÃO
O juízo "a quo" deferiu o pagamento de 1/3 do salário-hora normal para pagamento das horas trabalhadas em prontidão (valor equivalente ao pagamento de sobreaviso – art. 244, §2 da CLT).
A sentença não merece ser mantida, pois de acordo com o art. 244, §3º da CLT o pagamento da hora de prontidão para todos os efeitos será de 2/3 do salário-hora normal.
Desta forma, requer a reforma da sentença proferida.
4 - DAS HORAS IN ITINERE
O juízo "a quo" reconheceu que o local de trabalho da Recorrente era de difícil acesso em que ela gastava 2 horas diárias de deslocamento, porém baseado no art. 58, §3º da CLT fixou 1:30h de pagamento por existir acordo coletivo fixando a média desse tempo, com transporte cedido pelo empregador.
A sentença não merece ser mantida, pois o art. 58, §3º da CLT aplica-se apenas a microempresas e empresas de pequeno porte, o que não ocorre no caso em tela, desta forma, deve-se ser pago em sua totalidade o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho, obedecendo a norma contida no art. 58, §2º da CLT e Súmula 90, I do TST.
Desta forma, requer-se a reforma da sentença proferida.
5 - DA DEVOLUÇÃO DO 13º SALÁRIO
O juízo "a quo" determinou a devolução em dobro do 13º salário do ano de 2012, tendo a Recorrente postulado integralmente, sem ressalva informando que já havia recebido a 1ª parcela, com base no art. 940 do CC/02.
A sentença não merece ser mantida, pois tal previsão não se aplica ao Processo do Trabalho tendo em vista a incompatibilidade do princípio da proteção do trabalhador, nesse sentido, art. 8º, parágrafo único da CLT.
Desta forma, requer-se a reforma da sentença proferida.
V – CONCLUSÃO
Pelo exposto, requer o acolhimento da preliminar de incompetência absoluta material da justiça do trabalho, requerendo ainda, o conhecimento e provimento do presente recurso.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB nº...

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