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Contestação e Reconvenção em Processo Trabalhista

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EXCELENTISSIMO DOUTOR JUIZ DE TRABALHO DA 50ª VARA
DO TRABALHO DE JOÃO PESSOA – PB
Processo nº: 98.765
FLORICULTURA FLORES BELAS LTDA, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ ..., com sede na ..., nº ..., bairro ..., na
cidade de ..., CEP ..., endereço eletrônico, por seu advogado que está
subscreve, procuração anexa, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, com fundamento no artigo 847, parágrafo único, da
Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, cumulado com o artigo 335
e 343, ambos do Código de Processo Civil - CPC, apresentar:
CONTESTAÇÃO CUMULADA COM RECONVENÇÃO
Nos autos da presente reclamação trabalhista que lhe move ESTELA,
já devidamente qualificada nos autos, pelos motivos de fato e de
direito a seguir expostos.
I - PRELIMINAR DE MÉRITO
I.I - Da Incompetência Absoluta Da Justiça Do Trabalho
A reclamante requer a aplicação da penalidade prevista no artigo 49
da CLT contra os sócios da Reclamada. Relata que foi obrigada a
assinar um documento autorizando a subtração mensal, contra a sua
vontade, para aderir ao desconto para plano de saúde.
Ocorre que, nos termos do artigo 114, IX, da CF/88, compete à
Justiça do Trabalho processar e julgar controvérsias decorrentes da
relação de trabalho, não abrangendo penalidade criminal, sendo esta
incompetente para tal. Ademais, segundo o Artigo 337, II, do CPC,
cabe ao réu, antes de discutir o mérito alegar a incompetência
absoluta ou relativa.
Posto isto, o pedido de aplicação de penalidade criminal contra os
sócios da Reclamada não pode ser pleiteado, em razão da
incompetência absoluta da Justiça do Trabalho.
II - PREJUDICIAL DE MÉRITO
II.I - Da Prescrição Quinquenal
A reclamante laborou de 25.10.2012 à 29.12.2017 na reclamada e
ajuizou a reclamação trabalhista em 27.02.2018.
De acordo com o artigo 7º, XXIX, da CF e artigo 11, da CLT, a
pretensão quanto a créditos trabalhistas prescreve em cinco anos
após a extinção do contrato de trabalho e a Súmula 308, I, do TST
dispõe que respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a
prescrição quinquenal conta-se da data do ajuizamento da
reclamação trabalhista.
Sendo assim, suscita-se a prescrição em relação às pretensões
anteriores a 27.02.2013, tendo em vista que o ajuizamento da ação
foi em 27.02.2018.
III - DOS FATOS
A Reclamante laborou na empresa Reclamada no período de
25.10.2012 à 29.12.2017, exercia a função de floricultora e perfazia
a jornada de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, com 2h de
intervalo, e aos sábados, das 16h às 20h e ganhava mensalmente o
valor correspondente a dois salários mínimos, foi dispensada sem
justa causa.
IV - MÉRITO
IV.I - Do Plano de Saúde
A Reclamante afirma que foi obrigada a aderir ao desconto do plano
de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um
documento autorizando a subtração mensal.
Ocorre que, no ato da admissão, a Reclamante assinou o documento
autorizando o desconto de plano de saúde, conforme documento
Anexo.
Prevê a OJ 160 da SBDI-1 que é inválida a presunção de vício de
consentimento resultante do fato de ter o empregado anuído
expressamente com descontos salariais na oportunidade da
admissão. Vale ressaltar que é de se exigir demonstração concreta do
vício de vontade.
Nesta situação, a Súmula 342 do TST dispõe que são válidos os
descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização
prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de
assistência médico-hospitalar, o que não afronta o disposto no artigo
462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de
outro defeito que vicie o ato jurídico, não sendo este o caso.
Ademais, o artigo 818, I da CLT e o artigo 373, I, do CPC/15
estabelecem que o ônus da prova incumbe ao reclamante, quanto ao
fato constitutivo de seu direito.
Sendo assim, o desconto a título de plano de saúde ocorreu dentro da
legalidade, sem qualquer vício de vontade em relação à assinatura, já
que é válida a autorização de desconto feita no momento da
admissão, cabendo a Reclamante o ônus de provar qualquer
ilegalidade nesse sentido, não devendo prosperar a sua alegação.
IV.II - Do Adicional De Penosidade
A Reclamante pleiteia o recebimento de adicional de penosidade, na
razão de 30% sobre o salário-base, porque, no exercício da sua
atividade, era constantemente furada pelos espinhos das flores que
manuseava.
Embora previsto no artigo 7º, XXIII, da CF/88 o adicional de
remuneração para as atividades penosas, o mesmo não foi
regulamentado.
Sendo assim, o pedido de pagamento de adicional de penosidade na
proporção de 30% sobre o salário-base não deve prosperar, uma vez
que não consta previsão na CLT e não foi regulamentado em lei
especial.
IV.III - Das Horas Extras
A Reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras com
adição de 50%, em razão da jornada de trabalho, laborava de
segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, com intervalo de 2 horas para
refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, sem intervalo, totalizando
44h semanais.
O Artigo 58 da CLT dispõe que a duração normal do trabalho, para os
empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8h
diárias e o artigo 7º, XIII da CF/88 assegura que a duração do
trabalho normal não será superior às 8h diárias e 44h semanais. Vale
destacar que o artigo 71, § 2º da CLT prevê que os intervalos não
serão computados na duração do trabalho.
Portanto, a Reclamante não faz jus ao recebimento das horas extras
pleiteadas, pois o módulo constitucional de 8h diárias e 44h semanais
não foi ultrapassado.
IV.IV - Da Multa Do Artigo 477, § 8º Da CLT
A Reclamante verbera que o pagamento das verbas rescisórias
ultrapassou o prazo legal, que somente foi creditada na sua conta 20
dias após a comunicação do aviso prévio.
Conforme estabelece o artigo 477, § 6º da CLT, o pagamento dos
valores constantes do instrumento de rescisão ou recebido de
quitação deverá ser efetuado até 10 (dez) dias contados a partir do
término do contrato de trabalho.
Sendo assim, é infundado o pedido de pagamento da multa prevista
no Artigo 477, § 8, da CLT, vez que o pagamento das verbas devidas
foi dentro do prazo legal.
V - DA RECONVENÇÃO
Conforme disposição expressa do artigo 343 do CPC/15, na
contestação, é lícito ao Réu propor reconvenção, para manifestar
pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento
da defesa, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir.
A Reclamante ao ser cientificada do aviso prévio teve uma reação
violenta, gritando e dizendo-se injustiçada, sendo necessário que a
segurança a contivesse e acompanhasse até a porta de saída.
Quando deixava o prédio, a Reclamante correu e pegou uma pedra
que arremessou violentamente contra o prédio da Reclamada, vindo a
quebrar uma das vidraças. A empresa gastou R$ 300,00 na
recolocação do vidro danificado, conforme nota fiscal em Anexo.
Conforme disposto no artigo 186 do CC, aquele que por ação, violar o
direito e causar dano a outrem, comete ato ilícito, já o artigo 927 do
mesmo diploma legal, assegura que, aquele que, por ato ilícito,
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Sendo assim, requer o valor de R$ 300,00, relativo ao vidro quebrado
pela Reclamante.
V.I - Dos Honorários Advocatícios
Conforme disciplinado no artigo 791-A, da CLT, ao advogado serão
devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% e
o máximo de 15% sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Outrossim, a teor do §
5º, do artigo 791-A da CLT, são devidos honorários de sucumbência
na reconvenção.
Desse modo, requer honorários de sucumbência na ação principal e
na reconvenção, nos termos supra.
VI - CONCLUSÃO
De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, em sede
de Contestação, requer a Vossa Excelência:
1) O acolhimento da preliminar de incompetência absoluta da Justiçado Trabalho para apreciação e condenação criminal, conforme o
artigo 337, II, do CPC cumulado com o artigo 114, IX, da CF/88;
2) O acolhimento da prejudicial de mérito, quanto à prescrição
quinquenal das pretensões anteriores a 27.02.2013, data do
ajuizamento da ação, nos termos da Súmula 308, I, do TST;
3) Requer que as pretensões apresentados na exordial sejam
julgadas totalmente improcedentes, com a consequente condenação
da Reclamante em custas processuais e demais cominações legais;
Com base na RECONVENÇÃO, requer:
4) O recebimento das razões da reconvenção com seu devido
processamento, de acordo com o artigo 343, do CPC, e a procedência
da reconvenção para receber o valor de R$ 300,00, relativo ao vidro
quebrado pela Reclamante, nos termos do artigo 186 e artigo 927,
ambos do CC;
a) A intimação da Reclamante para apresentar resposta, nos termos
do artigo 341, § 1º, do CPC;
b) Honorários de sucumbência na ação principal e na reconvenção,
nos termos do Artigo 791-A, § 5º da CLT;
5) Protestaf provar o alegado por todos os meios de prova em
direitos admitidos, em especial, a testemunhal, documental e
depoimento da reclamada, e o que mais for necessário à elucidação
dos fatos;
Dá-se à causa, na Reconvenção, o valor de R$ 300,00 (trezentos
reais)
Termos em que,
pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB/UF nº

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