Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FÍSICA EXPERIMENTAL I ENGENHARIA CIVIL ANA CLARA PEDRAS BUENO SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS CURVELO 2017 OBJETIVO: A prática teve por objetivo determinar a disposição das superfícies equipotenciais para diferentes distribuição de carga: distribuição de cargas com simetria esférica e distribuição de cargas em planos paralelos. Além de verificar experimentalmente, e explicar fisicamente o fato do interior de um condutor, contido em um campo elétrico uniforme, apresentar potencial constante, e consequentemente um campo elétrico nulo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para execução da primeira parte do experimento, colocou-se em uma cuba sobre uma escala projetável cerca de 400 ml de água. Em seguida, posicionou os eletrodos retos dentro da cuba com água, de maneira que ficassem paralelos, e então efetuou-se as conexões elétricas com garras jacaré nos parafusos de contato elétrico. A fonte de alimentação foi ligada e ajustada para 3,0 ± 0,1 𝑉 CC, posicionou-se então a ponteira ligada ao multímetro em um ponto aleatório entre os eletrodos e anotou-se o potencial fornecido. Em seguida, procurou-se por mais 4 pontos com mesmo valor de potencial e tentou-se estabelecer uma linha equipotencial em toda a extensão do papel. O procedimento foi repetido mais duas vezes, e o resultado obtido é apresentado a seguir: Observando o resultado apresentado, verifica-se que as linhas equipotenciais, demarcadas pelas cores azul e vermelho, apresentaram uma inclinação positiva. Enquanto, a linha equipotencial demarcada pela cor preta apresentou uma leve inclinação negativa. Para uma distribuição de cargas em planos paralelos, as linhas de campo são horizontais e saem da placa positiva em direção a placa negativa, onde o potencial é nulo. As linhas equipotenciais neste caso, formam ângulos de 90° com as linhas de campo. Como as linhas equipotenciais obtidas experimentalmente apresentaram inclinações, é possível que os eletrodos não estavam posicionados paralelamente como foi representado. Este equívoco no posicionamente dos eletrodos pode ter sido gerado pela refração da luz na água, que propiciou diferentes interpretações de posicionamente para diferentes pontos de vista. Ainda que os eletrodos não estivessem devidamente posicionados, esperava-se pelo menos que todas as linhas equipotenciais obtidas apresentassem uma mesma inclinação, ou mesmo sentido de inclinação, o que também não foi verificado já que a linha equipotencial demarcada pela cor preta apresentou uma inclinação diferente das obtidas pelas linhas demarcadas pelas cores azul e vermelha. Esta falha, no entanto, possivelmente foi originada por um erro experimental, visto que durante a execução do experimento um dos experimentadores esbarrou na cuba com água, fazendo com que os eletrodos se movimentassem, saindo da posição inicial. Observa-se ainda que, alguns pontos obtidos apresentaram desvios em relação a linha equipotencial traçada, desvios de no máximo 5 𝑚𝑚. Estes desvios podem ser resultantes de alguns fatores, além daqueles já anteriormente citados, como: um traçado equivocado da linha equipotencial, da interpretação da leitura do posicionamento de cada um dos pontos obtidos, do posicionamento da ponteira na água e até mesmo da precisão do instrumento utilizado nas medições. Por fim, foi possível constatar que as linhas de campo mais próximas ao eletrodo de carga positiva apresentaram maior potencial, e a linha de campo mais próxima ao eletrodo de carga negativa apresentou um menor potencial. Ou seja, partindo do eletrodo positivo o potencial descresce até se tornar nulo, no eletrodo negativo. Para execução da segunda parte do experimento, substituiu os eletrodos paralelos por dois eletrodos cilíndricos, que foram conectados a uma fonte de alimentação, ajustada para 2,9 ± 0,1 𝑉 CC. Então posicionou-se a ponteira ligada ao multímetro em um ponto aleatório próximo a um dos eletrodos e anotou-se o potencial fornecido. Em seguida, procurou-se por mais 4 pontos com mesmo valor de potencial e tentou-se estabelecer um semi circulo equipotencial. O procedimento foi repetido para o segundo eletrodo, e o resultado obtido é apresentado a seguir: Observando o resultado apresentado verifica-se que, mesmo com os desvios de alguns pontos obtidos experimentalmente, de fato as cargas geram superfícieis equipotenciais, que neste caso são círculos centrados na carga que formam ângulos de 90° com as linhas de campo. Os desvios neste caso, parecem superar os desvios observados no primeiro procedimento experimental, ou seja, desvios de mais de 5 𝑚𝑚, possivelmente gerados por erros experimentais, como: interpretação da leitura do posicionamento de cada um dos pontos obtidos, do posicionamento da ponteira na água, da precisão do instrumento utilizado para as medições e até mesmo pelos efeitos de interferência de uma carga sob a outra. Verifica-se ainda que, ao tentar localizar uma linha central equipotencial aos dois eletrodos cilíndricos, encontrou-se na verdade um possível círculo equipotencial pertencente ao eletrodo de carga positiva. E que provavelmente a linha equipotencial que se objetivava traçar se encontra além da linha horizontal simétrica aos dois eletrodos. Semelhante ao que foi constatado no procedimento anterior, espera-se que os círculos equipotenciais gerados pela carga positiva apresentem, para um mesmo raio, um maior potencial, quando comparado aos círculos equipotenciais gerados pela carga negativa. E ainda que, quanto mais próximos da carga negativa estiverem os círculos equipotencial, estes tendem ao potencial nulo. Ainda como parte do objetivo da prática, substituiu novamente os eletrodos cilíndricos por eletrodos paralelos e retornou à configuração da montagem como no primeiro procedimento experimental. Em seguida, colocou-se entre os dois eletrodos paralelos, um “anel” condutor e a partir da ponteira ligada ao multímetro foi constatado que o potencial medido dentro do condutor varia minimamente, para uma mesma distância, quando comparado ao potencial medido fora do condutor. Logo, foi verificado que o potencial dentro de um condutor em um campo elétrico uniforme é considerado constante, como consequência o seu campo elétrico é nulo. Assim, para um melhor entendimento físico da verificação experimental feita é necessário inicialmente destacar que, um condutor é um sólido que possui muitos elétrons livres, estes elétrons podem se deslocar no interior da matéria mas não deixar a superfície e que as cargas ficam localizadas na superfície do condutor. Tem-se então que, desde que o condutor esteja em equilíbrio eletrostático, quando colocado na presença de um campo externo as cargas dentro do condutor tenderão a se distribuir de forma que o campo no interior do condutor cancele o campo externo, por consequência o campo elétrico dentro do condutor torna-se nulo (�⃗� = 0). (Figura 1: Esquema do campo elétrico gerado dentro do condutor.) |𝐸1⃗⃗⃗⃗ | = |𝐸0⃗⃗⃗⃗ |, dentro do condutor 𝐸𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = �⃗� = 0 Por conseguinte, se �⃗� = 0 dentro do condutor, então �⃗� = −∇⃗⃗ 𝑉, ou seja, o condutor é uma equipotencial. Justificando a razão de um potêncial constante, e um campo elétrico nulo dentro de um condutor em equilíbrio eletrostático. CONCLUSÃO: Finalizado a prática foi possíveldeterminar a disposição das superfícies equipotenciais para diferentes distribuições de carga. Além possibilitar a verificação experimental do potêncial no interior de um condutor em equilíbrio eletrostático, que resultou da constatação de um campo elétrico nulo dentro do condutor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Roteiro Física Experimental I. ITA. Capítulo 6: Condutores. Disponível em: <http://www.fis.ita.br/fis32/notas/cap6_notas.pdf> . Acesso em: 15 de outubro de 2017.
Compartilhar