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Comportamentos sexuais de risco são todos aqueles que podem afetar o bem estar ou causar problemas de saúde graves. Decorre da atividade sexual com múltiplos parceiros, utilização inconsistente do preservativo, ou por ter um parceiro consumidor de drogas endovenosas. DSTs ou IST são infeções contagiosas, cuja forma de transmissão mais frequente é o contato sexual (vaginal, oral ou anal). A prática de sexo seguro (uso do preservativo) é a forma mais eficaz de prevenir as IST. VIH (HIV) - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) - Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV1 e HIV2), grupo dos Retrovírus. Via de Transmissão •Sexual (Sexo Desprotegido)•Contato com Sangue Infetado• Gravidez e Parto (Transmissão Vertical)• Amamentação Período de incubação é desconhecido: Inicialmente Assintomática Sintomas • Febre •Mal-estar Generalizado • Linfodenopatias • Erupção Macular Cutânea Infeções oportunistas como: Tuberculose, Pneumonia, Candidíase, Citomegalovírus e Toxoplasmose. Cerca de metade dos infetados vai apresentar quadro clínico no espaço de 10 anos. Ausência de terapêutica anti-retroviral. Prevenção: evitar comportamentos de risco. Riscos na gravidez: Transmissão Vertical • A probabilidade de transmissão é entre 15 a 25% (mães sem tratamento) • Não há tratamento específico eficaz • A utilização combinada de zidovudina (AZT) com outros fármacos anti-retrovirais, prolonga a vida materna e pode reduzir a transmissão perinatal para valores inferiores aos 2%. Consequências para o Feto • Rotura Prematura de Membranas • Parto Pré Termo • Atraso de Crescimento Intra Uterino Parto • Recomenda-se o uso do AZT via endovenosa, antes do nascimento e até à clampagem do cordão umbilical • Cesariana eletiva (às 38 semanas, como via de parto mais adequada para reduzir a transmissão vertical) Amamentação • Não é recomendada No aleitamento materno o VIH está presente nos linfócitos do leite materno de mulheres infectadas (que podem apresentar ou não sintomas). Segundo as orientações da Organização Mundial da Saúde sobre o VIH e a alimentação dos lactentes, sempre que a substituição do leite materno por uma fórmula para lactentes seja aceitável, exequível, acessível, sustentável e segura, durante todo o tempo que a criança dela necessitar, é recomendável que as mulheres portadoras do VIH evitem completamente a amamentação. Prevenção da Contaminação na Gravidez • A prevenção da transmissão do VIH durante a gravidez é baseada na educação e informação dos pais • A pesquisa de anticorpos deve ser feita (idealmente) durante a pré-concepção, precocemente na gravidez (1º Trimestre) e repetida cerca das 32 semanas de gravidez. • O aconselhamento pré e pós teste são elementos essenciais na conduta clínica. Hepatite B (vírus VHB) – doença de declaração obrigatória Via de Transmissão • Sexual (Sexo Desprotegido) • Contato com Sangue Infetado • Gravidez (5%) • Parto (95%) – A grávida pode transmitir a infeção ao feto quer se encontre em fase aguda, quer seja portadora crónica Periodo de incubação: 30 a 60 dias 25% indivíduos apresenta quadro de Hepatite aguda após contato com o vírus, restantes são assintomáticos. Tanto a Hepatite aguda, como a assintomática pode evoluir para Hepatite Crónica A evolução para Hepatite Crónica é mais elevada em idades precoces (70-90% dos recém-nascidos) do que em adultos (5-10%). 10% dos portadores crónicos evoluem para Hepatite crónica ativa, cirrose, ou carcinoma hepatocelular. Prevenção • Vacinação conforme Plano Nacional de Vacinação • Evitar Comportamentos de Risco Doença Inflamatória Pélvica (DIP): • Infeção bacteriana dos órgãos reprodutores femininos Via de Transmissão • Sexual (Sexo Desprotegido) • Via Linfática (Pós Parto, Pós Aborto, Colocação de DIU) Período de incubação: depende do tipo de infecção Apresenta uma maior frequência em mulheres jovens Sintomatologia é inespecífica: Dor pélvica, Corrimento vaginal, Disúria, Náuseas e/ou Vómitos, Febre, Metrorragias, Astenia, etc. Durante a Gravidez • Aumenta o Risco de Rotura Prematura de Membranas • Gravidez Ectópica • Parto Pré-Termo • Atraso de Crescimento Intra Uterino Durante o Parto • Transmissão da Infeção ao Feto por Via Vaginal (conjuntivite, pneumopatia, infeção nasofaríngea) Gonorreia ou Blenorragia: Infeção Bacteriana - Neisseria gonorrhoeae Doença de Declaração Obrigatória Via de Transmissão • Sexual (Via genital-genital; oral-genital e anal-genital) • Gravidez • Parto Período de Incubação: 2 a 7 Dias e o de manifestação da Doença é entre 3 a 30 Dias após o contato É assintomática e mais frequente nas mulheres (25%-80%) Idades jovens (entre os 15 e os 30 anos) Mulheres • Infertilidade • Gravidez Ectópica • Dor Pélvica Homem • Polaquiúria • Testículos Dolorosos e Edemaciados • Secreção Purulenta Recém-Nascidos (1/3 é Infetado no Parto por Via Vaginal) • Conjuntivite Purulenta Aguda (Cegueira) • Artrite Gonocócica Neonatal • Pneumonia • Septicemia • Meningite • Abcesso do Escalpe • Endocardite • Estomatite Chlamydia Trachomati Infeção Bacteriana - Chlamydia Trachomatis Via de Transmissão • Sexual (Vaginal, Anal, Oral) • Parto Período de Incubação: 7 a 21 Dias Em 75% das mulheres e 50% dos homens é assintomática Idades jovens (entre os 16 e os 25 anos) Mulheres • Infertilidade • Gravidez Ectópica • Doença Inflamatória Pélvica Homem • Doenças pulmonares • Infertilidade Recém-Nascidos • Conjuntivite • Pneumonia • Infeção Nasofaríngea Doença Inflamatória Pélvica/Gonorreia ou Blenorragia/Chlamydia Trachomatis • Tratamento do Casal • Evitar Comportamentos de Risco Herpes Genital: Vírus Herpes Simplex (VHS) tipo 2 (mais raramente tipo 1) Via de Transmissão • Sexual (Vaginal, Anal, Oral) • Contato com as lesões ou secreções das zonas afetadas Período de Incubação: 5 a 8 Dias Após infeção primária o vírus permanece nos gânglios dorsais da região sagrada de forma latente. Episódios recorrentes por reativação periódica. Não há Cura para o Herpes Genital Sintomas de Infeção • Prurido e Formigueiro • Placa avermelhada seguida de bolhas pequenas e dolorosas com fluído transparente ou amarelado • Febre e mal-estar geral • Dores musculares (parte inferior das coxas, nádegas, coxas ou joelhos) • Gânglios linfáticos aumentados • Disúria Mulher: Lábios externos da vagina, vagina, colo do útero, redor do ânus, coxas, nádegas, etc. Homem: Pénis, escroto, redor do ânus, coxas, nádegas, etc. Gravidez • A infeção in utero é rara e geralmente só ocorre durante a infeção primária (causa morte fetal) • O tratamento deve ser ponderado (sobretudo no 1º Trimestre de Gravidez) • Durante o último mês de gestação pode fazer tratamento anti-herpético, para diminuir o risco de surto no momento do Parto • Mulheres infetadas têm indicação para Parto por Cesariana Riscos para o Bebé • Infeção cerebral (meningite, encefalite) • Infeção crónica da pele • Atrasos graves de desenvolvimento • Morte O Recém-Nascido deve ser observado até 14 dias após o parto e se confirmado o diagnóstico de Herpes Genital deverá fazer Acyclovir. • A infeção herpética no Recém-Nascido é aguda e sistémica • Taxa letal é de 50% • Sequelas Neurológicas Graves Sífilis: infeção Bacteriana – Treponema Pallidum Via de Transmissão • Sexual (Sexo Desprotegido) • Transmissão vertical (Sífilis Congénita) Período de Incubação: Em média 3 meses Caraterizada por 4 estadios: primário, secundário, latente, terciário Sífilis Primária • Pápula nos órgãos genitais, dá origem a úlcera (não é dolorosa) • Mulheres: Vagina, Colo do Útero, Reto ou Ânus • Homens: Pénis, Reto ou Ânus A úlcera da Sífilis denomina-se cancro duro e após 3 a 6 semanas desaparece mesmo sem tratamento. O desaparecimento do cancro duro não significa cura. Sífilis Secundária • Sintomas comuns a várias doenças que provocam erupções cutâneas (normalmente mãos e pés) • Febre • Mal-estar • Perda de apetite • Dor articular • Queda de cabelo • Aumento dos gânglios linfáticosCerca de 20% dos infetados com sífilis secundária não consideram os sintomas suficientemente incómodos para procurarem um profissional de saúde. Fase latente • Não há sintomas • Testes laboratoriais são positivos • Pode ficar latente por vários anos (décadas) Fase Terciária • É a forma mais grave • Formação de tumorações amolecidas (pele e mucosas) Sífilis Congénita Malformações Graves • Petéquias • Anemia • Icterícia • Lesões muco-cutâneas • Malformações dentárias • Surdez neurossensorial (congénita) • Défice intelectual Tratamento • Tratamento com Antibiótico (na fase inicial) • Evitar Comportamentos de Risco Verrugas Genitais HPV: Vírus do papiloma Humano (conhecem-se mais de 90 subtipos) Via de Transmissão • Sexual (Vaginal, Anal, Oral) • Contato com a pele ou mucosa infetada • Parto Período de Incubação: em média 3 meses • Normalmente assintomática até ao aparecimento das verrugas • Verrugas múltiplas ou únicas (quando não tratadas podem crescer em tamanho e número) • O homem não apresenta lesões visíveis em cerca de 80% dos casos, mesmo sendo portador Mulher: vagina, colo do útero e vulva Homem: glande, região anal HPV é detectado em praticamente todos os casos de cancro cervical. Também pode estar associado a outros casos de cancro como o da vulva, pénis, ânus. Não existe terapêutica que elimine o vírus. Nas verrugas o tratamento consiste emeliminar a lesão: • Crioterapia • Laser • Conização Parto • Cesariana O recém-nascido exposto ao HPV durante o parto pode desenvolver verrugas na laringe. Prevenção • Vacinação conforme Plano Nacional de Vacinação (Muito Eficaz, principalmente se administrada antes do início da vida sexual) • Preservativo não é 100% eficaz na prevenção do HPV
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