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CAPÍTULO 8- MOORE EMBRIOLOGIA BÁSICA PLACENTA E MEMBRANAS FETAIS A parte fetal da placenta e membranas fetais separa o embrião do endométrio Pela placenta ocorre um intercâmbio de substâncias entre o sangue materno e fetal Os vasos do cordão umbilical conectam a circulação placentária com a fetal PLACENTA Órgão fetomaternal com dois componentes: -porção fetal: se desenvolve de uma parte do saco coriônico -porção maternal: derivada do endométrio A placenta e cordão umbilical funcionam como um sistema de transporte para substância que passam entre mãe e feto. Nutrientes e oxigênio passam da mãe para o feto. Excretas e dióxido de carbono passam do sangue fetal pela placenta para o sangue materno. A placenta e membranas fetais desempenam as funções de proteção, nutrição, respiração, excreção e produção hormonal. As membranas fetais da placenta são expelidas do útero como o recém-nascido. DECÍDUA Camada funcional do endométrio da grávida que é separada do resto do útero após o parto Três regiões denominadas de acordo com a relação com o local de implantação: -basal: abaixo do concepto, constitui a parte materna da placenta -capsular: parte superficial, cobre o concepto -parietal: partes restantes Com o aumento de progesterona no sangue materno, células de tecido conjuntivo da decídua aumentam para formar as células deciduais, essas ampliam a medida que glicogênio e lipídios acumulam em seu citoplasma. Reação decidual são as alterações celulares e vasculares que ocorrem na decídua durante a gravidez Células deicudais são degeneradas próximo do saco coriônico na região do sinciciotrofoblasto e com o sangue materno e secreções uterinas, são fonte de nutrição ao embrião Regiões deciduais são importantes para diagnosticar gravidez precoce DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA Precocemente caracteriza-se pela rápida proliferação do trofoblasto e desenvolvimento das vilosidades coriônicas e saco coriônico. Os arranjos anatômicos para trocas entre mãe e bebê estão estabelecidos até o final da terceira semana Até o final da quarta semana desenvolve-se uma complexa rede vascular se desenvolve na placenta, viabilizando troca de gases, nutrientes e resíduos de metabólitos entre mãe e embrião. As vilosidades coriônicas cobrem o saco coriônico até o início da 8ª semana. Esse saco cresce, as vilosidades associadas com a decídua capsular são comprimidas, reduzindo seu suprimento sanguíneo. As vilosidades se degeneram e produzem uma área nua praticamente avascular, o córion liso. Conforme as microvilosidades desaparecem, as associadas com a decídua basal aumentam em número, ramificam-se e aumentam. Essa parte do saco coriônico é o córion viloso **o tamanho do saco coriônico é útil para determinar a idade gestacional** JUNÇÃO FETOMATERNAL A parte fetal(córion viloso) é fixada a parte materana placentária(decídua basal) pela capa citotrofoblástica (camada externa de células trofoblásticas na superfície materna da placenta) Vilosidades coriônicas são presas à decídua basal pela capa citotrofoblástica ancoram o saco coriônico à decídua basal. Artérias e veias endometriais passam pelas aberturas na capa citotrofoblástica e abrem-se no interior do espaço interviloso A forma da placenta e determinada pela forma da área de vilosidades coriônicas persistentes. As vilosidades coriônicas invadem a decídua basal na formação da placenta, o tecido decidual é erodido pra ampliar o espaço interviloso. Essa erosão produz septos placentários que se projetam para a placa coriônica. Septos placentários dividem a parte fetal da placenta em áreas convexas, os cotilédones. Cada cotilédone é duas ou mais vilosidades-tronco e vilosidades ramificadas A decídua capsular camada superposta no saco coriônico implantado forma uma cápsula na superfície externa do saco. Com o crescimento do concepto, a decídua capsular salienta-se pra dentro da cavidade uterina e torna-se delgada. Com o desenvolvimento, partes da decídua capsular fazem contato e se fundem com a parietal, obliterando a cavidade uterina. Com 22 a 24 semanas, a redução do suprimento sanguíneo para a decídua capsular faz ela se degenerar e desapareça ESPAÇO INTERVILOSO Contém sangue materno derivado das lacunas do sinciciotrofoblasto na segunda semana de desenvolvimento. Esse espaço cheio de sangue se forma pela coalescência e alargamento das redes lacunares. O espaço interviloso da placenta é dividido por septos placentários, as a comunicação entre os compartimentos é livre pois os septos não atingem a placa coriônica. O sangue materno entra no espaço interviloso pelas artérias espiraladas da decídua basal, elas passam por aberturas na capa citotrofoblástica e lançam sangue no espaço interviloso. Esse espaço é drenado pelas veias endometriais que penetram a capa citotrofoblástica. As vilosidades oriundas das vilosidades-tronco são banhadas com sangue materno que circula pelo espaço interviloso. O sangue desse espaço transporta O2 e nutriente, necessários para o desenvolvimento fetal. O sangue materno contém resíduos de produtos fetais MEMBRANA AMNIOCORIÔNICA O saco amniótico aumenta mais rápido que o coriônico. Isso resulta na fusão do âmnio e do córion liso para formar a membrana amniocoriônico. Esse composto funde-se com a decídua capsular e após o desaparecimento dessa parte, adere a decídua parietal. A membrana amniocoriônica se rompe durante o trabalho de parto. Sua ruptura é o evento mais comum que leva ao parto prematuro. Quando a membrana amniocoriônica se rompe, o líquido amniótico escapa pelo colo do útero e vagina CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA As vilosidades coriônicas fornecem grande área de superfície onde materiais podem ser trocados pela membrana placentária muito fina interposta entre o feto e circulação materna Pelas vilosidades ocorre a principal troca de material entre mãe e feto A membrana placentária consiste em tecidos extrafetais CIRCULAÇÃO FETOPLACENTÁRIA O sangue pobre em oxigênio deixa o feto pelas artérias umbilicais. Onde o cordão umbilical se fixa a placenta, as artérias dividem-se em artérias coriônicas radiais que se ramificam livremente na placa coriônica antes de entrar nas vilosidades coriônicas. Os vasos sanguíneos formam um sistema arteriocapilar venoso nas vilosidades coriônicas, que mantém o sangue fetal próximo ao materno Esse sistema proporciona grande área de superfície para a troca de metabólitos e gases Normalmente não há mistura entre sangue materno e fetal O sangue fetal oxigenado no capilar fetal passa pelas paredes das veias que seguem as artérias coriônicas para o local de fixação ao cordão umbilical, onde elas convergem para formar a veia umbilical(grande vaso que carrega sangue oxigenado para o feto) CIRCULAÇÃO MATERNOPLACENTÁRIA O sangue materno entra no espaço interviloso por 80 a 100 artérias espiraladas na decídua basal. O sangue que entra possui maior pressão que o espaço interviloso, por isso jorra para a placa coriônica. A medida que a pressão dissipa, o sangue flui lentamente pelas vilosidades, permitindo troca de metabólitos e gases com o sangue fetal O sangue retorna a circulação materna pelas veias endometriais Reduções na circulação uteroplacentária diminuem o nível de oxigênio do feto e restringe o crescimento intrauterino O espaço interviloso da placenta madura possui +-150Ml de sangue, reposto três vezes por minuto MEMBRANA PLACENTÁRIA Tecidos extrafetais que separam o sangue materno e o fetal Até +-20 semanas, é constituída por: sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos vasos capilares fetais Após 20 semanas alterações resultam no adelgaçamento do citotrofoblasto em vilosidades As células citotrofoblásticas desaparecem das grandes áreas das vilosidades, deixando delgados pedaços de sinciciotrofoblasto A membrana placentária passa a ser formada por apenas três camadas. Em algumas áreas ela se torna muito delgada, ali o sinciciotrofoblasto entra em contato direto com o endotélio dos vasos capilares fetais para formar amembrana placentária vasculossincial Poucas substâncias são incapazes de passar pela membrana placentária. A membrana atua como barreira verdadeira quando a molécula ou organismo tem determinado, configuração e carga. A maioria dos fármacos e substâncias do plasma materno passam pela membrana placentária e são encontradas no plasma fetal No 3º trimestre, núcleos do sinciciotrofoblasto das vilosidades se agregam para formar nós sinciciais. Esses nós se desprendem e são transportados pelo espaço interviloso, caindo na circulação materna; alguns podem se alojar nos capilares dos pulmões maternos onde são destruídos por enzimas Ao final da gravidez o material fibrinoide se forma também nas superfícies da vilosidades A placenta possui três funções principais - metabolismo -transporte de gases e nutrientes -secreção endócrina METABOLISMO PLACENTÁRIO A placenta sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos, que são fontes de nutrientes e energia para o embrião ou feto Muitas atividades metabólicas da placenta são essenciais para suas outras atividades principais: transporte e secreção endócrina TRANSPORTE PLACENTÁRIO É facilitado pela grande área de superfície da membrana placentária. Quase todos os matérias são transportados por: difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose. *pinocitose é uma forma de Endocitose em que o material a ser englobado é uma pequena quantia de líquido extracelular TRANSFERÊNCIA DE GASES Gases como O2, CO e CO2 atravessam a membrana placentária por difusão simples. A interrupção do transporte de oxigênio por minutos poe em risco a sobrevivência do feto A eficiência da membrana placentária aproxima-se da dos pulmões para as trocas gasosas. A quantia de O2 que chega ao feto é geralmente fluxo-limitada, e não difusão-limimtada. A hipóxia fetal ocorre principalmente por fatores que diminuem o fluxo sanguíneo uterino ou fluxo de sangue fetal pela placenta. O óxido nitroso, analgésico e anestésico por inalação também atravessa facilmente a placenta SUBSTÂNCIAS NUTRITIVAS A água é trocada por difusão simples e de modo crescente com o avanço da gravidez. A glicose produzida pela mãe e placenta é transferida ao feto por difusão facilitada. Quantias pequenas de colesterol materno, triglicerídeos e fosfolipídios são transferidas. Mesmo que os ácidos graxos livres sejam transportados, é em pequena quantia. Os aminoácidos atravessam a placenta para o feto em altas concentrações por transporte ativo. A transferrina transporta ferro para o embrião, a superfície placentária contém receptores especiais para essa proteína. HORMÔNIOS Os proteicos não atingem o e/f em quantias significativas. Esteroides não conjugados atravessam a membrana placentária de forma livre Testosterona e algumas progestinas sintéticas também atravessam a placenta ELETRÓLITOS Livremente trocados em quantias significativas Quando a mãe recebe fluidos intravenosos com eletrólitos, eles também passam para o feto e afetam o teor de água e estado eletrolítico ANTICORPOS MATERNOS O feto produz pequena quantia de anticorpos devido a imaturidade do seu sistema imunológico, essa é conferida passivamente pela transferência placentária de anticorpos maternos A imunoglobulina G é transferida pela placenta Os anticorpos maternos conferem imunidades fetal para varíola, difteria e sarampo PRODUTOS RESIDUAIS A ureia e ácido úrico passam pela membrana placentária por difusão simples A bilirrubina conjugada (lipossolúvel) é facilmente transportada pela placenta e rapidamente depurada FÁRMACOS E METABÓLITOS A maioria atravessa a placenta por difusão simples. Medicamentos tomados pela mãe podem afetar o e/f interferindo no metabolismo materno ou placentário. A dependência fetal de drogas podem ocorrer com o uso materno dessa, e recém-nascidos podem apresentar sintomas de abstinência A maioria dos fármacos para a gestão do parto atravessam facilmente a membrana placentária, dependendo da dose e momento de administração, podem causar depressão respiratória no recém-nascido Agentes bloqueadores neuromusculares atravessam a placenta em quantia muito pequena Todos os sedativos e analgésicos afetam o feto em algum grau AGENTES INFECCIOSOS Muitos vírus podem atravessar a membrana placentária e causar infecção fetal Em alguns casos podem resultar em uma grave anomalia congênita SÍNTESE E SECREÇÃO ENDÓCRINA DA PLACENTA Com precursores do feto e mãe, o sinciciotrofoblasto da placenta sintetiza hormônios proteicos e esteroides Hormônios proteicos sintetizados pela placenta incluem: -gonadotrofina coriônica humana (hCG) -somatotrofina coriônica humana ou lactogênio placentário humano -tireotrofina coriônica humana -corticotrofina coriônica humana A hCG mantém o corpo lúteo, impedindo os períodos menstruais. Sua concentração no sangue e urina aumeta até a 8ª semana e depois diminui. Exemplos de hormônios esteroides produzidos pela placenta são progesterona e estrogênio, aquela é essencial para a manutenção da gravidez. CRESCIMENTO UTERINO DURANTE A GRAVIDEZ O útero da mulher não grávida está na pelve. Ele aumenta na gravidez para acomodar o feto. Conforme cresce, aumenta em peso e as paredes ficam mais delgadas. PARTO Processo em que as membranas fetais, placenta e feto são expelidos da mãe Trabalho de parto são as contrações uterinas que dilatam o colo uterino e resultam na saída do feto e placenta Hormônios se relacionam com o início das contrações uterinas O hipotálamo fetal secreta hormônio liberador de corticotrofina, que estimula a hipófise a produzir hormônio adrenocorticotrófico, esse faz o córtex da glândula suprarrenal secretar cortisol (envolvido na síntese de estrogênio) As contrações do músculo liso uterino são induzidas pela ocitocina, liberada pela neurohipófise materna. O hormônio é administrado clinicamente na indução do parto. Também estimula a liberação de prostaglandinas, as quais estimulam acontratilidade do miométrio por sensibilizar as células desse à ocitocina O estrogênio aumenta a contratilidade do miométrio e estimula a liberação de ocitocina e prostaglandinas ETAPAS DO TRABALHO DE PARTO Dilatação: começa com a dilatação progressiva do colo do útero e termina quando ela está completa. As contrações uterinas são regulares e em menos de 10 minutos de intervalo. Duração média de 7 a 12h Expulsão: começa com a dilatação total do colo do útero e termina com a saída da criança. O feto desce pelo colo do útero e vagina. Duração média de 20 a 50min Separação da placenta: começa com o nascimento do bebê e termina com a expulsão da placenta e membranas fetais, e elas são expelidas. As contrações uterinas constringem as artérias espiraladas, evitando sangramento excessivo. Dura +-15 minutos. A placenta não expelida em 1h após o nascimento, causa hemorragia pós-parto PLACENTA E MEMBRANAS FETAIS APÓS O NASCIMENTO A placenta é discoide com diâmetro de 15 a 20cm e espessura de 2 a 3cm. As margens são contínuas com as bolsas amniótica e coriônica rompidas. VARIAÇÕES NA FORMA DA PLACENTA A medida que ela se desenvolve, as vilosidades coriônicas persistem apenas onde o córion viloso está em contato com a decídua basal. Quando elas persistem em outros locais, há variações na forma placentária. A retenção de cotilédones ou uma placenta acessória pode causar hemorragia uterina pós-parto ANORMALIDADES DA PLACENTA Placenta acreta: aderência anormal das vilosidades coriônicas ao miométrio da parede uterina Placenta percreta: as vilosidades coriônicas penetram toda profundidade no miométrio para o perimétrio Sangramento no 3° trimestre é o sinal mais comum do surgimento dessas anomalias Após o nascimento a placenta não separa da parede uterina e tentativas de removê-la podem causar grave hemorragia Placenta prévia: quando o blastocisto se implanta próximo ao orifício interno do útero ou sobre ele Sangramento tardio na gravidez pode resultar dessa anomalia O feto deve ser retirado por cesariana quando a placenta obstrui o canalcervical SUPERFÍCIE MATERNA DA PLACENTA Aspecto de pedras de calçamento produzido pelo abaulamento das áreas vilosas (cotilédones) que são separadas por sulcos anteriormente ocupados por septos placentários SUPERFÍCIE FETAL DA PLACENTA O cordão umbilical fica próximo ao centro da superfície fetal e seu epitélio é contínuo com o âmnio aderido a placa coriônica da placenta Os vasos coriônicos que irradiam do e para o cordão umbilical são visíveis pelo âmnio liso e transparente. Os vasos umbilicais ramificam na superfície fetal, formando os vasos coriônicos que penetram nas vilosidades coriônicas AUSÊNCIA DE UMA ARTÉRIA UMBILICAL 1/200 recém nascidos possuem apenas uma artéria umbilical, isso pode ser associado a anomalias cromossômicas e fetais. Condição acompanhada por uma incidência de 15 a 20% de anomalias cardiovasculares no feto. Resulta de agenesia ou degeneração desse vaso no início do desenvolvimento CORDÃO UMBILICAL Cordões longos possuem tendência ao prolapso pelo colo do útero ou enrolar-se no feto. O reconhecimento do prolapso do cordão é importante pois, no parto ele pode ser comprimido entre o corpo do feto e a pelve óssea da mãe, causando anóxia fetal. Se a deficiência de oxigenação durar mais de 5 minutos, o encéfalo do bebê pode ser danificado O cordão umbilical tem duas artérias e uma veia rodeados por geleia de Wharton. Pelos vasos umbilicais serem mais longos que o cordão, a torção e flexão do cordão são comuns. O cordão pode formam laços produzindo falsos nós, que em geral são insignificantes. Em +-1% das gestações, nós verdadeiros se formam, podendo apertar e causar morte fetal após a anóxia. Na maioria doa casos os nós se formam no parto, pela passagem do feto por uma das alças do cordão. +-1/5 dos partos, o cordão é enrolado frouxamente no pescoço, sem causar aumento de risco fetal ÂMNIO E LÍQUIDO AMNIÓTICO O forma um saco membranoso cheio de líquido que envolve o e/f. Com o aumento do âmnio, ele oblitera a cavidade coriônica e forma o revestimento epitelial do cordão umbilical. O líquido amniótico é importante no crescimento e desenvolvimento fetal, inicialmente ele deriva do líquido tecidual materno por difusão pela membrana da amniocoriônica da decídua parietal. Líquido é secretado pelas células amnióticas, mais tarde há difusão dele pela placa coriônica a partir do sangue no espaço interviloso da placenta Antes da queratinização da pele, ela é a principal via para passagem de água e solutos do líquido tecidual do feto para a cavidade amniótica. O líquido é secretado pelas tratos respiratório e gastrointestinal fetal e entra na cavidade amniótica, aqui o feto expele urina na 11ª semana Grandes quantias de água passam pela membrana amniocoriônica para o líquido tecidual materno e capilares uterinos. Há troca de líquido com o sangue fetal pelo cordão umbilical e onde o âmnio adere a placa coriônica na superfície fetal da placenta. Logo, o líquido amniótico está em equilíbrio com a circulação fetal O líquido amniótico é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos respiratório e digestório fetais, passa para a corrente sanguínea e os produtos residuais entram no sangue materno no espaço interviloso Nas fases finais da gravidez, o feto deglute até 400mL desse líquido por dia O excesso de água no sangue fetal é excretado pelos rins fetais e retorna para o saco amniótico Quase todo o líquido na cavidade amniótica é água, em que o material não dissolvido está suspenso. O líquido contém porções +- iguais de compostos orgânicos dissolvidos e sais orgânicos. Metade dos constituintes orgânicos são proteínas e a outra são carboidratos, gorduras, enzimas, hormônios e pigmentos. A composição do líquido amniótico muda com o avanço da gravidez pelo acréscimo da urina fetal SIGNIFICÂNCIA DO LÍQUIDO AMNIÓTICO -permite crescimento externo uniforme do embrião -barreira contra infecção -permite o desenvolvimento do pulmão fetal -evita aderência do âmnio ao embrião -protege o embrião contra lesões recebidas pela mãe -mantém constante a temperatura do corpo embrionário -permite que o feto se mova livremente -auxilia na manutenção da homeostasia de líquido e eletrólitos VESÍCULA UMBILICAL É grande aos 32 dias Com 10 semanas, diminui para um resquício em forma de pera de +-5 mm de diâmetro Em 20 semanas é muito pequena SIGNIFICÂNCIA DA VESÍCULA UMBILICAL - importante na transferência de nutrientes para o embrião da 2 e 3ª semanas antes do estabelecimento da circulação uteroplacentária -o sangue desenvolve-se inicialmente no mesoderma extraembrionário bem vascularizado, que cobre a parede da vesícula umbilical no início da 3ª semana, e continua até que a atividade hematopoiética inicie no fígado na 6ª sem. -na 4ª semana sua parte dorsal é incorporada no embrião como intestino primitivo. Seu endoderma, derivado do epiblasto, origina o epitélio da traqueia, brônquios, pulmões e aparelho digestório -na 3ª semana células germinativas primordiais aparecem no revestimento endodérmico da parede da vesícula umbilical e subsequentemente migram para as gônadas em desenvolvimento. Se diferenciam em espermatogônias nos homens e ovogônias nas mulheres RUPTURA PREMATURA DAS MEMBRANAS FETAIS Evento mais comum que leva ao trabalho de parto prematuro. A perda do líquido amniótico remove a principal proteção do feto contra infecção. A ruptura da membrana pode causar diversas anomalias fetais, variando de constrição dos dedos até defeitos do couro cabeludo, craniofaciais e viscerais. A causa delas está provavelmente relacionada à compressão causada pelas faixas amnióticas. ALANTOIDE Embora não seja funcional em embriões humanos, é importantes pois: -a formação do sangue ocorre em sua parede -seus vasos sanguíneos tornam-se a veia e artérias umbilicais -sua porção intraembrionária vai do umbigo a bexiga urinária, com a qual é contínua. Com o crescimento da bexiga, o alantoide involui para formar um tubo espesse, o úraco, esse se torna um cordão fibroso após o nascimento (o ligamento umbilical mediano, que se estende do ápice da bexiga urinária ao umbigo) MEMBRANAS FETAIS EM GESTAÇÕES MÚLTIPLAS Gestações múltiplas estão associadas com maiores riscos de morbidade e mortalidade fetal. Os riscos aumentam com o maior número de fetos GÊMEOS E AS MEMBRANAS FETAIS Gêmeos dizigoticosse originam de dois zigotos Gêmeos monozigóticosse originam de um único zigoto(são idênticos) +-2/3 dos gêmeos são dizigoticos, essa taxa aumenta com a idade materna As membranas e placentas fetais variam de acordo com a origem dos gêmeos GÊMEOS DIZIGÓTICOS Resultam da fertilização de dois ovócitos por dois espermatozoides Podem ser do mesmo sexo ou de sexos diferentes Dois âmnios e dois córions, esses e a placenta podem estar fundidos Não são mais iguais geneticamente do que em irmãos nascidos em épocas diferentes GÊMEOS MONOZIGÓTICOS Resultam da fecundação de um óvulo e desenvolvem-se a partir de um zigoto São do mesmo sexo, geneticamente idênticos e similares na aparência física Diferenças físicas entre eles são induzidas pelo ambiente Dois embriões em seu próprio saco amniótico, partilham a placenta em comum Iniciam-se no blastocisto e resultam da divisão do embrioblasto em dois primórdios embrionários GÊMEOS SIAMESES se o disco embrionário não se divide completamente, podem se formar gêmeos monozigóticos conjugados são nomeados de acordo com a região do corpo em que estão ligados ligados somente por pele ou também outros tecidos Alguns podem ser separados cirurgicamente OUTROS TIPOS DE NASCIMENTOS MÚLTIPLOS Trigêmeos podem ser derivados de: -um zigoto e serem idênticos -dois zigotos, dois gêmeos idênticos e um diferente -três zigotos de sexo igual ou diferente, não são mais semelhantes do que crianças de gestações separadas
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