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DIREITO CIVIL 1 resumo

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DIREITO CIVIL I – Professora Rosângela 
 
 
Jurisprudência – Resultado das decisões dos Tribunais – STJ, STF, TJRJ, TJ... 
 
Ou seja, entrar no site dos Tribunais e procurar a Jurisprudência 
 
AULA 1 – Princípios Gerais (Boa-fé objetiva, etc.) 
 
1 – Parte Geral 
 
 Capacidade 
 Personalidade 
 Domicílio 
 Bens 
 Atos e Fatos jurídicos 
 Negócio Jurídico 
 Prescrição e Decadência 
 
2 – Bibliografia: 
 
Doutrinadores: 
 
 Luiz Roberto Barroso 
 Cristiano Alves de Farias 
 Maria Berenice 
 Caio Mario 
 
Maria Helena Diniz 
Silvio da Silva Venosa 
Carlos Roberto Gonçalves 
Nelson Rosenvald 
 
3 – Casos Concretos – No dia da AV1 será sorteado um caso dentre as semanas de aula 
ministradas. O caso deve estar acompanhado da DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 
relativos à ementa das aulas. 
 
4 – Avaliação – Av1 – professor – 9 pontos + 1 caso concreto  6 questões objetivas e 
3 discursivas 
- Av2 – 6 objetivas e 4 discursivas 
 
5 – Avaliando Aprendizado  Obrigatório 
 
 Código Civil 
 
- Direito civil como ramo do Direito Privado 
- O fenômeno da codificação 
- A codificação civil brasileira 
 Ordenações Filipinas – Brasil Colônia 
 Constituição Império – 1824 – recepcionou as Ordenações Filipinas 
 Segundo Reinado – 1850 – Código comercial 1855 – Consolidação Leis Civis 
Teixeira de Freitas 
 República – 1916 – 1º código civil brasileiro 
 Código Bevilacqua - inspirado no modelo italiano de 1942 
 2002 – Atual Código Civil 
 Unificou o Direito Civil e Comercial (Empresarial 
 
- Direito Cívil e Constituição de 1988 
- Princípios do Código Civil 2002 
 
 Eticidade – Ética 
 Socialidade – Tenta fazer com que haja respeito 
 Operalidade – Para produzir efeitos 
 
- Justiniano  Teve a ideia de codificar Civil Law ocidental (origem romano-
germânica) – Lex-Justiniana 
 
- O Brasil só tem seu primeiro Código Civil em 1916 
- Direito Civil é ramo do Direito Privado – atrelado a ideia de propriedade 
- A ideia de codificação surge para facilitar a aplicação  Portugal adota e leva ao 
Brasil Ordenações Filipinas 
- A Revolução Francesa leva a codificação aos países ocidentais  Fruto do 
Iluminismo 
- O Código Comercial de 1850 foi tão a frente de sua época (trouxe igualdade de gênero 
pela primeira vez) que durou até 2002, quando houve unificação do Código Civil e 
Empresarial. 
- A consolidação das leis civis de Teixeira de Freitas foi a noção do Civil no Brasil até 
1916 – depois da Proclamação da República 
- A igualdade total de gênero só vem com a Constituição de 1988 
 
 
Estrutura: 
 
 Parte Geral 
 
 Livro I das Pessoas 
 Livro II dos Bens 
 Livro III dos Fatos Jurídicos 
 
 Partes Especiais 
 
 Dos Direitos das Obrigações 
 Dos Direitos das Empresas 
 Livro III – Do Direito das Coisas 
 Livro IV – Do Direito da Família 
 Livro V – Do Direito da Sucessão 
 
Livro Complementar – Disposições Finais e transitórios 
 
OBS: Bem Público não cabe Usucapião 
 
Usucapião  Posse + Lapso Temporal (apropriar-se de algo como se fosse primeiro 
dono) 
 
 Eticidade – analisar a boa-fé e guarda-la sob pena de imunidade do contrato jurídico 
primar a ética 
 Socialidade – perpetuar o poder. Fazer com que haja o mínimo de respeito ao social, 
ao coletivo. 
 Operabilidade – Necessidade de uma norma efetiva no mundo real 
 
 
 
AULA 2 – 
 
 Personalidade Jurídica – Art. 1 e 2 – CC/02 
 
 Nceito e Aquisição 
 
- Teoria Natalista/do nascimento 
- Teoria conceptualista 
- Teoria Personalidade Condicional 
 
 Tutela Jurídica do Nascituro 
 
 Personalidade e Capacidade – Art. 2 e 1 do CC, respectivamente 
 
 Capacidade de Direito e de Fato 
 
 Incapacidade – Art. 3 do CC 
 
 Suprimento e cessação da incapacidade 
 
 
 
 
 
OBS: Foi solicitada a leitura dos seguintes artigos: 1;2;3;4;5 do C.C 
 
1 – Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
 
 
2º - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe 
a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 
3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 16 anos. 
 
4º - São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer 
 
I – os maiores de 16 e menores de 18 anos; 
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; 
IV – os pródigos 
 
5º - A menoridade cessa aos 18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada à 
prática de todos os atos da vida civil 
 
Parágrafo único – Cessará, para os menores, a incapacidade: 
 
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, 
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II – pelo casamento; 
III – pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria 
 
TÍTULO IV – DA TUTELA, DA CURATELA E DA TOMADA DE DECISÃO 
APOIADA 
 
Capítulo I – Da Tutela 
 
Seção I – Dos Tutores 
 
Art. 1.728 até 1.734 
 
Seção II – Dos Incapazes de Exercer a Tutela 
 
Art. 1.735 
 
Seção III – Da Escusa dos Tutores 
 
Art. 1.736 até 1.739 
Seção IV – Do Exercício da Tutela 
 
Art. 1.740 até 1.752 
 
 
 
AULA 3 – 
 
Relembrando: 
 
- Personalidade Civil – art. 2º CC 
- Capacidade Civil – art. 1º CC 
* Incapacidade 
 - Absoluta – art. 3º CC 
 - Relativa – art. 4º CC 
 
Capacidade Civil 
– De Fato 
– De Direito 
 
Suprimento e Cessação da incapacidade 
- Incapacidade Absoluta – Representação – cessa quando se completa 18 anos, por ex. 
- Incapacidade Relativa – Assistência – incapacidade relativa cessa desde que a causa 
seja transitória, e passando aquele momento ela volta a ser absolutamente capaz. 
 
Lei 13.146/15 – Estatuto Pessoa com deficiência – alterou CC/02 
1 – O deficiente mental terá sua capacidade aferida caso a caso em consonância 
com o ato a ser praticado 
 
2 – Obrigação de indenizar – art. 928 CC/02 – incapaz responde subsidiariamente  
Lei 13.146/15 – diretamente – ou seja, o sujeito incapaz (relativamente agora) responde 
DIRETAMENTE pelo dano ocasionado por ele, com seu patrimônio próprio 
 
3 – Curatela – só em caráter excepcional – apenas ao portador de deficiência que tenha 
sua incapacidade relativa reconhecida 
 
4 – Interdição – art. 1.768 CC + próprio deficiente – ação necessária para que se 
reconheça incapacidade e dê tutor ou curador para os casos que não seja simplesmente a 
idade o fator preponderante para a incapacidade. O Estatuto acrescentou, dizendo que o 
próprio deficiente (inciso IV 1.768) pode requerer sua interdição para que seja nomeado 
tutor ou curador. 
 
5 – Possibilidade de prestar testemunho (em juízo) – Parágrafo II do Art. 228 do 
Estatuto – tal testemunho será balizado de acordo com o grau de deficiência do sujeito 
(e sua incapacidade) 
 
6 – Contrair matrimônio – art. 1.548, I, CC/02 nulo – Art. 6 VI – estatuto modificou e 
permitiu que em alguns casos possa ser contraído o matrimônio 
 
7 – Sufrágio – art. 76 Estatuto – ideia de permitir que todos os grupos sociais tenham 
seu interesse discutido dentro do legislativo 
 
Professora: 
 
Personalidade é a aptidão de integrar uma sociedade e travar relações interpessoais 
dentro dessa sociedade.Também podemos criar PJ – a qual confere direitos e obrigações a sujeitos criados de 
forma fictícia pelo próprio legislador. 
 
No entanto, não basta ter personalidade para exercer os direitos ou cumprir obrigações, 
tem de ter CAPACIDADE. 
 
Apesar de ser um sujeito relacional dentro da estrutura jurídica, para a prática dos atos 
da vida civil, o sujeito precisa de um acompanhamento quando FOR INCAPAZ, tanto 
absoluta quanto relativamente. 
 
Capacidade de DIREITO é expressa no Art. 1º., no entanto, tem-se também a 
capacidade DE FATO, ou seja, se o sujeito pode praticar os atos da vida civil – 
relacionar-se de forma independente, respondendo aos direitos e obrigações. 
 
Dessa maneira, deve-se ter 18 anos ou mais e não ter comprometimento mental que o 
impeça de praticar os atos da vida civil. 
 
O art. 3º foi expressamente modificado pelo Estatuto da pessoa com deficiência – 
atualmente só se fala de capacidade absoluta para aquele menor de 16 anos. Qualquer 
outro caso, encaixa-se no art. 4º - relativa. 
 
 Suprimento da Incapacidade 
 
 Emancipação – Art. 5º do CC/02 – 3 TIPOS DE EMANCIPAÇÃO: 
 
- Voluntária – art. 5º, p.ú, I, CC – Concessão dos pais em comum acordo 
 
- Judicial – concedida pelo juiz (ope ? – por determinação de juiz) – em caso de: 1 – 
Discordância dos pais; 2 – Menor encontra-se sob tutela 
 
- Legal – Independe da concessão dos pais ou do juiz 
 
Opera-se ope legis (ou seja, por força de lei): 
 
a) Casamento 
b) Emprego Público Efetivo 
c) Colação grau ensino superior 
d) Empresa ou emprego que sustente o menor 
 
 Suprimento 
 Tutela – Representação 
 Curatela – Assistência 
 
 Cessação 
 + de 18 anos 
 Término causa transitória 
 Emancipação 
 
 
 
CASO CONCRETO 2 
 
2º - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe 
a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 
Nascituro tem personalidade formal e nascendo com vida, tem-se então personalidade 
material. 
 
 
Direito patrimonial depende do nascimento com vida – uma vez que sua personalidade 
civil começa dessa forma. 
 
A criança herda, em conjunto com a mãe Renata (cônjuge do pai), 50% do patrimônio 
do pai. 
 
Se caso Mariza fosse natimorta, toda a herança seria destinada à Renata (mãe). 
OBS: Ver Art. 1.828 depois 
 
 
Questão Objetiva  Letra A 
 
 
AGORA SIM – PLANO DE ENSINO AULA 3: 
 
Pessoa Natural – Elementos Individualizadores: 
 
1 – Nome Civil 
 Elementos que integram o nome – Pré nome e Sobrenome – a pessoa natural 
nasce juridicamente através do registro – Lei 6.015 (institui o sistema registral – 
seja de imóveis, etc.) 
 Princípio da Imutabilidade do nome – Exceções – 1 – Correção de registro feito 
erroneamente; 2 – Nomes que exponham o portador ao ridículo 
(constrangimento); 3 – Nome de registro não é o reconhecido pela sociedade; 4 
– Inclusão de apelido público e notório; 5 – Proteção de vítimas e testemunhas; 
6 – No caso de cônjuge (alteração do sobrenome); 7 – Inclusão de descendentes; 
8 – Inclusão de padrasto ou madrasta; 9 – Em caso de adoção, podem ser 
mudados ambos os nomes (pré e sobrenome) 
Incluir nome do cônjuge após data do casamento, apenas judicialmente. 
 
2 – Estado Civil 
Conceito: é a posição jurídica que alguém ocupa, em determinado momento, dentro do 
ordenamento jurídico. 
 
 Classificação 
 Familiar (Direito Família) 
- Filho 
 
Estado Civis Reconhecidos: 
- Solteiro 
- Casado 
- Viúvo 
- Divorciado – não se consegue reverter a condição para novamente casado (com 
a mesma pessoa) 
- Separado – juridicamente não se rompe o vínculo matrimonial 
Quando há separação DE FATO – A lei diz que passados no mínimo 2 anos, a esposa 
(juridicamente) não tem mais direito. 
 
União Estável  Para que se reconheça a União Estável é necessário que não haja 
nenhum impeditivo para casamento. Por isso, não entra como Estado Civil 
Reconhecido. 
 
 Político (Direito Constitucional) 
- Brasileiro – brasileiro nato pode exercer todos os direitos em território 
nacional. Pode prestar qualquer concurso público, se candidatar para quaisquer 
cargos políticos, etc. OBS: Brasileiro Naturalizado – Possui algumas restrições 
- Estrangeiro 
 
 Pessoal ou Individual – este último, objeto de estudo no Direito Civil (atributos 
da Personalidade) 
 
- Maior idade – Plenos direitos para exercício da vida civil, ou motiva esses 
direitos. O plenamente capaz pode realizar todos os casos da vida civil, sem 
restrição. O relativamente incapaz em alguns casos precisa de acompanhamento. 
E o totalmente incapaz necessita sempre de acompanhamento. 
 
- Menor idade – Há restrição absoluta ou relativa. Até os 16 anos o individuo é 
absolutamente incapaz (sujeito de direito, mas não sujeito de fato). Dessa forma, 
é necessário que essa capacidade seja complementada pela figura do tutor, ou 
aquele que fala em seu nome. Dos 16 anos aos 18, o individuo é relativamente 
incapaz. 
 
- Emancipação – Estado jurídico que permite aquele que tinha capacidade 
diminuída (relativamente incapaz) torne-se plenamente capaz para os atos da 
vida civil, ressalvadas as leis especiais que exijam capacidade absoluta por conta 
de idade (código de trânsito) 
 
- Interdição – É o contrário da emancipação. Retira-se capacidade plena do 
indivíduo – procedimento jurisdicional voluntário. O individuo que recebeu 
intervenção receberá a Curatela. 
 
- Ausência – Declaração de ausência visa administrar o patrimônio do individuo 
ausente. Há sucessão provisória. Após 10 anos, pode haver morte presumida  
ou seja, PERDA DA PERSONALIDADE = Morte 
 
- Sexo – Masculino e Feminino 
 
 
OBS: No Brasil  Aquisição de Direitos Sucessórios – Através de testamento é 
possível deixar patrimônio para a prole que ainda não foi concebida 
 
OBS2  Constituição de 88 iguala homens e mulheres no seu art. 5º. O CC também 
não impõe nenhuma diferença 
 
 
Teoria Clássica – Ciência Política 
 
Estado Democrático de Direito fica no lugar do Estado Absolutista  Separação dos 
poderes em: 
 Executivo – Compete a Administração do Estado (povo, território e governo) 
 Legislativo – Cria as leis 
 Judiciário – Julga – lesão ou ameaça de lesão ao direito. Art. 5º da CRFB – Ideia de 
se trazer segurança jurídica, dessa forma, exerce a função JURISDICIONAL 
(Jurisdição) 
- Quando há LIDE (conflito), Legislação Contenciosa (Contenda = Briga) 
- Jurisdição Voluntária (Acordo entre as Partes) 
 
São independentes, autônomos, mas se complementam 
 
 
3 – Domicílio (outro item utilizado para individualizar a Pessoa Natural e fixa a base 
territorial para fins das relações jurídicas travadas) 
 
 No CC/02 – Art. 70/71: 
Requisitos para Determinação 
 Residência: elemento externo e visível, palpável, que constitua o objeto do 
conceito. Ex.: Apto, casa, loft – local material onde o sujeito se encontra. 
 Ânimo definitivo: elemento interno, subjetivo do conceito. Evidencia-se pelo 
interesse do indivíduo em permanecer em tal domicílio. 
OBS: Dessa forma, mesmo que haja diversas residências, o local onde existe o 
ânimo definitivo em se estabelecer (fixar), passa a ser o domicílio 
 
 Toda pessoa natural ou jurídica, tem domicílio que representa a fixação do lugar 
onde o sujeito, ativo ou passivo, será encontrado juridicamente. 
 
 Domicílio é uma garantia jurídica, uma vez que define o âmbito territorial das 
relações jurídicas, de onde se irradiam interesses juridicamente relevantes. 
 
 Legislador não admite pessoa sem domicilio. Caso a pessoa natural não o tenha, este 
será considerado levando em conta o lugar em que foi encontrada. 
 
 O CódigoCivil prevê: 
 Domicílio da Pessoa Natural – art.70 CC/02 (junção de residência e ânimo 
definitivo) 
 Domicílio da Pessoa Jurídica– art. 75 CC/02 (De direito público) 
 Domicílio Necessário – art. 76 CC/02 - 
 Domicílio Legal – art. 72 CC/02 / 243 CPC 
 Domicílio Eleito – art. 78 CC/02 
 
 Pluralidade de domicílios 
 
 
 
 
 
AULA 4 
 
 Fim da Personalidade da Pessoa Natural (deixa de existir no âmbito jurídico) 
 
1 – Fim da Personalidade Civil - art. 6º CC/02 
 Efeitos da Morte – Extinção da personalidade da pessoa natural e início do 
processo de sucessão. 
 
Morte  Para fins jurídicos – Cessão da atividade cerebral. 
 
Caso exista dívida, o patrimônio do morto é utilizado para pagamento, antes do 
processo de sucessão 
 
 
2 – Comoriência – art. 8º, CC/02 
 
 Caracterização – 2 ou mais mortos, não sendo possível determinar ordem 
(Importante apenas para fins sucessórios) 
 Efeitos – sucessórios – não herdam entre si – ou seja, não há sucessão entre os 
comorientes. 
 
Instituto jurídico que é aplicado no caso da morte de duas ou mais pessoas que possuem 
vínculo sucessório, onde não se consegue definir a ordem da morte, influenciando 
diretamente para fins de sucessão – não há sucessão entre eles. 
 
 
3 – Morte Presumida – art. 7º CC/02 (novo, não havia antes) – Há direito à alteração 
do registro civil 
 Caracterização: Quando houver indício veemente: 
Inciso I (do art. 7º) – Extremamente provável + Perigo vida 
Inciso II – Desaparecido ou prisioneiro de guerra + 2 anos após fim dessa 
guerra, não encontrado 
 
 Efeitos Jurídicos –  Declaração morte 
 
 Alteração registro civil 
 Sucessão definitiva 
 
Ou mesmo, pode-se presumir a morte de uma pessoa natural como consequência de 
um processo de declaração de ausência. 
 
4 – Ausência – art. 22 CC/02 
Caracterização – Pessoa natural que deixa seu domicílio, sem notícias ou representante 
ou administrador. Dessa forma, as relações jurídicas e os bens que esta pessoa deixou 
necessitam de cuidados e administração. Para garantir a continuidade das relações 
jurídicas e manter a segurança jurídica, o Estado permite a aplicação da morte 
presumida pela ausência da pessoa, que se pleiteia em três fases: Declaração de 
Ausência, Sucessão Provisória e Sucessão Definitiva 
 
 Procedimento 
- Nomeação Curador – Quando não deixa ninguém ou quando deixa um 
administrador, mas ele não quer ou é limitado. 
 
- Limites de atuação art. 24 CC/02 – Ocorrem no interesse do ausente 
 
- Ordem preferência curadoria – art. 25 – Cônjuge; pais; descendentes – desde 
que não haja impedimento de exercer; nessa respectiva ordem 
 
- Sucessão provisória – art. 26 
I – 1 Ano – os interessados podem requerer que haja ausência após 1 ano 
(cônjuge, filhos ou pais do indivíduo ausente). Pode-se pleitear a sucessão 
provisória também qualquer credor, qualquer interessado na verdade. 
O que se faz: Define existência de bens, dívidas e possíveis herdeiros 
 
II – 2 Anos 
 
Só com autorização judicial o bem pode ser vendido, quando em sucessão 
provisória. 
 
Espólio – figura jurídica que responde em juízo ativa ou passivamente; o 
inventariante fica no lugar. 
 
 Sucessão definitiva – art. 37 
- 10 Anos depois de passado e julgada a sentença que concede sucessão provisória 
- + 80 anos – art. 38 – ausente tem 80 anos de idade e no mínimo há 5 anos 
desaparecido. – Pode-se fazer a declaração de ausência definitiva após esse período 
de 5 anos, caso o ausente tenha 80 anos ou mais. 
 
“Quase definitiva” – art. 39 – 10 anos a contar do transito em julgado 
Efeitos – 
 
Feita a Ausência Provisória, caso o sujeito retorne durante o prazo de 10 anos APÓS 
A AUSÊNCIA DEFINITIVA, o sujeito pode requerer de volta os bens que POR 
VENTURA SOBRAREM, da forma como estiverem. 
 
 
LEITURA DOS ARTIGOS  22 ATÉ 39 – CC/02 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 4: 
 
a) Trata-se da COMORIÊNCIA prevista no art. 8 ° do CC., que é a presunção de 
morte simultânea de herdeiros recíprocos, ou seja, herdeiros que se sucedem entre 
si, um é herdeiro do outro reciprocamente, quando não se pode, por pericia 
médica, precisar quem morreu primeiro. Desta forma a regra da comoriência só 
interessa a herdeiros diretos e não para quaisquer pessoas que venham a falecer sem se 
precisar quem faleceu primeiro, uma vez que não são herdeiras uma das outras. 
 
b) A comoriência possui grande relevância no Direito Sucessório, uma vez que não há 
transmissão de bens entre comorientes. Os bens serão transmitidos aos herdeiros 
sobreviventes diretamente. 
 
Questão Objetiva  Letra D  Art. 7º - Inciso I 
 
 
OBS: 
 
ORDEM DE SUCESSÃO: 
 
1 – Descendente – + Cônjuge 
2 – Ascendente - + Cônjuge 
3 – Cônjuge 
4 – Colaterais – até 3º grau 
 
 
AULINHA BOLADA: 
 
CÓDIGO CIVIL 
 
 PARTE GERAL 
 
Estrutura: 
 
 Parte Geral 
 
 Livro I das Pessoas (Naturais e Jurídicas) 
 Livro II dos Bens 
 Livro III dos Fatos Jurídicos 
 
 Partes Especiais 
 
 Dos Direitos das Obrigações 
 Dos Direitos das Empresas 
 Livro III – Do Direito das Coisas 
 Livro IV – Do Direito da Família 
 Livro V – Do Direito da Sucessão 
 
Art. 1 ao 39 
 
Art. 1 – caput = cabeça  Sempre em algarismo arábico 
Art. 4 – São incapazes, relativamente... 
 
Incisos – sempre em algarismo romano – normalmente enumera. 
 
Parágrafos – complementam não só o núcleo, como as hipóteses as quais o núcleo faz 
menção. Ao contrário do Inciso, explica. 
 
Alíneas – Não bastando incisos para enumerar, entram as alíneas 
 
 
JURISPRUDÊNCIA – Quando se tem positiva e negativa, não é legal, por não ter ponto 
pacífico. Deve ser universalizada, pelo STF e STJ 
 
SÚMULA – Resumo do resumo de inúmeras decisões – Extrato da decisão – Diretriz 
do pensamento do Tribunal sobre determinado tema 
 
 
No Direito Penal – Tribunal do Júri ocorre em apenas 4 casos – Art. 121, 122, 123, 124 
do Código Penal 
 
 
PLANO DE ENSINO – AULA 5 
 
Direitos da Personalidade 
 
Teoria Geral 
 
- Características 
 
 Intransmissíveis – são personalíssimos 
 Irrenunciáveis – não se pode renunciar nenhum direito destes 
 Indisponíveis – não são disponíveis para comercialização 
 Imprescritíveis – verificar o art. que discorre sobre 
 Extrapatrimoniais – As exceções são: criações intelectuais, direito de imagem, 
etc. 
 Inatos – nasce com o sujeito 
 Absolutos – oponíveis erga omnes 
 Vitalícios – permanecem até a morte com o sujeito 
 
- Limitações (a professora prefere o termo Flexibilização) 
 
 Enunciado nº 4, I Jornada Direito Civil – flexibilização da liberdade, por 
exemplo, com internação voluntaria. 
 
 Enunciado nº 139, III Jornada Direito Civil – possíveis 
 
 Direitos da Personalidade e Constituição 1988 c/c Código Civil – 2002 
 
- Classificação 
 
 Vida e Integridade física 
- Corpo vivo, cadáver, voz 
 
 Integridade Psíquica e criações intelectuais 
- Liberdade, criações intelectuais, privacidade, segredo 
 
 Integridade Moral 
- Honra, imagem, identidade pessoal 
 
 
Professora: 
 
Art. 4 – Inciso II – Prevalência dos Direitos Humanos – envolvem os direitos da 
personalidade; Nossa Constituição se preocupou em vários momentos de tratar dos 
Direitos da personalidade. 
 
Art. 5 – Direitos e deveres individuais e coletivos – Dentro dele, há inúmeros direitos da 
personalidade. Inciso X por ex.: Inviolável.... 
 
Entre Artigos 11 e 21 – garantias inerentes aos direitos da personalidade 
 
Os direitos da personalidade são intransmissíveis – e portanto, personalíssimosCONTINUAÇÃO – AULA 5 
 
Art. 60 – fala da possibilidade de se modificar a Constituição. 
No parágrafo 4 diz que não se pode modificar a Constituição para retirar a forma 
federativa do Estado; o voto secreto, universal e periódico; a separação dos poderes; os 
Direitos e garantias individuais 
 
Ex.: Lei 6830/80, anterior a nossa Constituição e continua; Lei de ação popular de 64, e 
ainda existe e é válida... diversas leis anteriores à nova Constituição de 1988 e ainda são 
válidas. 
 
PCO – Poder Constituinte Originário – pode alterar a Constituição; porém, com limites 
 
PCD - ... Derivado – O Congresso tem força para alterar a Constituição, mas só quem 
pode 
 
Via de regra, uma nova Constituição vem de uma nova ordem social, a partir de 
conflitos; “revoluções”, etc. 
 
Nossa Constituição é dita RÍGIDA (existe semi rígida e flexível, como a americana, por 
exemplo. 
 
Os Direitos da Personalidade vem sendo protegido pelas ordens constitucionais, e são 
tão importantes que entram como Cláusulas Pétreas na Constituição. 
 
Constituição – Título 2 – Direitos e garantias fundamentais. 
 
Direitos sociais são mais facilmente modificados. 
 
 
Existem 3 tipos de Direitos: 
- Direitos Individuais (negativos) – teoricamente são os Direitos da Personalidade, ou 
seja, o Estado não pode suprimir e tem de respeitar 
- Direitos Sociais (positivos) – educação, transporte, saúde, etc., os quais o Estado deve 
prover. 
- Direitos Coletivos – proteção à direitos coletivos. Direitos para a própria sociedade 
 
Art. 5º - O direito nasce para resguardar o Direito à Propriedade – embora não seja da 
personalidade, é um direito do cidadão e premissa máxima do Direito Civil – tutelar a 
propriedade. 
 
A partir da Constituição de 1988 esses Direitos da Personalidade começaram a ganhar 
uma proporção muito maior. Desde 1824 havia disposição na Constituição sobre os 
direitos da personalidade, mas de maneira bem resumida. 
 
Dessa forma, os Direitos da Personalidade foram elevados à condição de Cláusula 
Pétrea, e devem ser resguardados. Nem o Congresso por emenda constitucional 
pode modificar. 
 
Crime contra a honra – processos por danos morais que atingem a honra subjetiva, 
devem ter critérios objetivos para serem julgados. Dessa forma, o juiz deve se basear 
nos costumes daquela sociedade, na moral. 
 
Antigamente, o adultério era crime, mas apenas se cometido por mulheres. Era da 
natureza do homem, e, portanto, não era considerado crime. Caso o homem matasse, era 
para resguardar sua própria honra. 
 
Mudança do centro do universo jurídico do Direito Civil para o Constitucional – Direito 
à honra, liberdade, à vida – da Personalidade. 
 
Possibilidade de patrimonializar o Direito à Imagem – devem ser respeitadas algumas 
questões, ponderando outros direitos constitucionais. 
 
 
OBS: Súmula 403 do STJ – Já existiram diversos processos de pessoas que tiveram suas 
imagens utilizadas, com fins econômicos, sem autorização. Não necessita que tenha 
havido prejuízo nenhum, apenas não pode utilizar para fins comerciais sem autorização. 
 
Art. 13 – Disposição do próprio corpo – verificar 
Art. 14 – depois da morte, é livre. 
Art. 15 – 
 
OBS: Natureza jurídica do defunto – COISA 
 
 
 Disposição do Corpo 
 
 Cirurgias de transgenitalização 
 Não contrariar os bons costumes 
A cessão gratuita de direitos de uso de material biológico para fins de pesquisa 
 
 Enunciado 277, IV Jornada de Direito 
 
Civil – O art. 14 CC/02, disposição gratuita do próprio corpo para depois da morte. 
Havendo manifestação expressa do doador em vida, esta prevalece sobre a vontade dos 
familiares. 
 
 
 Saúde 
 
 Enunciado 403, V Jornada de Direito Civil. O direito à individualidade de 
consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, CRFB, aplica-se a pessoa que se 
nega a tratamento médico, inclusive negativa ocorra pelo próprio, com 
capacidade plena e manifestação consciente da vontade. 
 
 Imagem 
 A proteção da imagem deve ser ponderada com outros interesses constitucionais, 
especialmente em face do direito de acesso à informação e da liberdade de 
imprensa. 
 Independe de prova de prejuízo a indenização por publicação não autorizada de 
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais. 
 Ainda que se trate de pessoa pública, o uso não autorizado de sua imagem para 
fins econômicos e publicitários, gera danos morais. 
 
 Vida Privada 
 As informações genéticas são parte da vida privada e não podem ser utilizadas 
para fins diversos daqueles que ensejaram seu armazenamento. 
 A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o 
direito ao esquecimento 
 Resp. 1334153/RJ – Min Luís Felipe Salomão julgado em 28/05/2013 – STJ 
 Legitimidade para requerer medidas protetivas aos Direitos da Personalidade. – 
Condição analisada para o Direito Processual – (Prof.:) quem pode bater na porta do 
judiciário para requerer esses direitos. 
 Diante da lesão a direito de personalidade podem ser invocadas, isoladas (apenas 
direito da personalidade) ou cumulativamente, medidas relativas à cessação imediata da 
agressão, restabelecimento, se possível, da situação anterior, e reparação do dano 
material e ou moral. – Além de cessar imediatamente, reestabelecer o status quo, a 
situação estabelecida antes do dano ao direito a personalidade. 
 
 arts. 12, 20 e 21 do CC/02  Quem pode buscar a reparação ? 
 O próprio ofendido 
 Representante legal – em caso de incapaz 
 Em caso de morto ou ausente: 
- Cônjuge, ascendentes, descendentes e companheiro – Constituição art. 226 
(companheiro também, pois união estável deve se comparar ao casamento.) 
 
 PROVA  BAIXAR RESP. (Recurso Especial) 1335153/RJ – MINISTRO 
LUIS FELIPE SALOMÃO, JULGADO EM 28/05/2013  JURISPRUDÊNCIA 
DO STJ - Recurso Especial  DIREITO AO ESQUECIMENTO NA PROVA 
 
 
CASO CONCRETO 5 
 
a) Lei 9434/97 – dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo 
humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providencias 
Art. 1 – a disposição gratuita de tecidos, órgãos, em vida, para fins de transplante e 
tratamento é permitida na forma dessa lei. 
 
Art. 9 – disposição de tecidos, órgãos, partes do corpo humano vivo, para fins de 
transplante ou tratamento  é permitida a pessoa juridicamente capaz de dispor 
gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins 
terapêuticos ou para transplantes em cônjuges ou parentes, consanguíneos ate o 4 
grau, inclusive na forma do paragrafo 4 deste artigo, ou qualquer pessoa...... 
 
Parágrafo 3  só é permitida a doação quando se tratar de órgãos duplos, de partes 
de órgãos, tecidos ou partes do corpo não impeça o doador a viver.... (verificar) 
 
Se for juridicamente incapaz, ambos os pais e o judiciário devem autorizar, para 
poder doar (medula óssea) 
 
Em todas as hipóteses previstas na Lei 9.434/97 o transplante deve ser gratuito. 
Portanto, não, Roberto não pode efetuar a venda, uma vez que fere a dignidade da 
pessoa humana e integridade física. 
 
b) Indisponibilidade (Direitos da Personalidade) é absoluta ? 
Resposta: Não, essa indisponibilidade é formalmente absoluta, mas existem 
situações em que possa ser relativizada e pode ser feita a disponibilidade, por 
exemplo, do Direito de Imagem. 
 
Questão Objetiva: 
 
Resposta: Letra B 
 
 
PLANO DE ENSINO – AULA 6 
 
ARTIGO 40  PESSOA JURÍDICA 
 
 Conceito – Entidade ou instituição que, por força das normas jurídicas criadas, 
tem personalidade e capacidade jurídica para adquirir direitos e contrair obrigações. 
Nasce do instrumento formal, e escrito que a constitui (art. 45,CC/02) ou 
diretamente, pela lei que a institui 
 Natureza Jurídica – sujeito de direito personalizado (personalidade jurídica) 
 
 Requisitos para constituição: 
 Vontade humana, concretizada pelos estatutos ou contratos sociais; 
 Observância dos critérios legais; - Coletividade de Pessoas ou Bens (ou, em 
caráter excepcional, EIRELI – individual de responsabilidade limitada 
 Fim lícito 
 
- Reunidos estes requisitos, antes de efetiva-se o registro, a PJ tem existência 
latente. São as chamadas sociedades irregulares ou de fato, que só adquirem 
personalidade jurídica a partir do registro – dessa forma, o registro é como se fosse a 
certidão de nascimento da PJ, onde ela adquire personalidade jurídica. 
 
 Categorias 
 Universitates Personarum – Universidade de pessoas – sociedades e 
associações 
 Universitates Rerum – Universidade de bens – fundações 
 
 Personalidade e Capacidade 
PJ adquire personalidade e capacidade plena ao mesmo tempo, a partir da inscrição 
de seus atos constitutivos no registro respectivo. 
 
 
 
 
AULA REPOSIÇÃO 
 
Continuação da Aula 6 
 
 Pessoa Jurídica 
 
 CONCEITO 
 
PJ é uma ficção – cria-se no papel um ente e atribui direitos e deveres. 
 
História: 
 
Resumo brevíssimo: 
Desde o princípio, quando o ser humano deixa de ser nômade e se fixa e produz, 
constitui sociedades através da integração. 
Posteriormente, adotou-se o método do escambo para realizar transações comerciais. 
Com a valorização de alguns produtos, criou-se moeda de troca (a primeira foi o 
SAL – salgar comida e conservação) – após esse acúmulo de riquezas, criam-se as 
máquinas para facilitar a produção. Depois é criado o papel moeda, deixando-se de 
utilizar os metais preciosos – mas o lastro continua sendo o ouro. 
 
1693 – Código aurífero – primeira legislação tratando da extração de ouro e 1/5 era 
da Coroa Portuguesa. 
 
Precisou-se fazer uma divisão entre empresa e pessoa física, separando o que é de 
trabalho e o que é de família. 
 
Cria-se um ente jurídico que seja responsável pela separação do patrimônio 
pessoal e patrimônio empresarial. 
 
O capital social que for integralizado na PJ é o que a constitui 
 
 
 PJ é Ente jurídico dotado de direitos e obrigações com personalidade e 
capacidade e patrimônio próprio 
 
Para empresa publica é necessária uma lei regulamentadora – ente federativo – não é 
registrada na Junta Comercial; 
 
Existe desconsideração da personalidade jurídica quando há má fé (operação 
fraudulenta) – cria-se PJ com capital social de 1 real para aplicar golpes e não 
responder com patrimônio da empresa (porque só tem 1 real). 
 
 
 REQUISITOS PARA CONSTITUIÇÃO 
 
 Vontade humana, concretizada pelos estatutos ou contratos sociais; 
 Observância dos critérios legais; - pode-se exercer atividade empresarial de fato, 
sem que seja legal – quando se monta um negócio na porta de casa irregular. 
 Fim lícito 
 
 
 CATEGORIAS 
 
 Universitates Personarum – Universidade de pessoas – sociedades e associações 
– Ideia é de que haja um agrupamento de pessoas, com personalidades distintas, 
reunindo seu patrimônio para criar uma empresa, para desenvolver seu objetivo 
 
 
 Universitates Rerum – Universidade de bens – fundações – Nasce uma PJ, que 
atua na finalidade específica na qual os bens foram destinados. 
 
 Personalidade e Capacidade 
PJ adquire personalidade e capacidade plena ao mesmo tempo, a partir da inscrição 
de seus atos constitutivos no registro respectivo. 
 
 Formalidades do Registro – art.46 CC/02 – 
 
 PJ começa a ser trabalhada no art. 40 do CC/02 – São PJ de direito público e de 
direito privado. 
 
 Direito Público (interno e externo [internacional]) – compreende administração 
direta e indireta 
- Administração Direta  União; Estado/DF; Municípios 
- Administração Indireta  Empresas públicas; Sociedades de Economia Mista; 
Autarquias; Fundações Autárquicas. 
 
Externo – Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas por direito 
internacional publico. 
 
Interno – União; Estado/DF; Municípios; Autarquias, Associações publicas 
 
Ideia de que haja descentralização – pode ter 
 
 Direito Privado – art. 44, CC/02 
- Sociedades Empresárias – LTDA, SA, etc.; EIRELI...empresa individual de 
responsabilidade limitada – diferente de MEI 
- Não Empresárias (sem fins econômicos) – Fundações; Associações 
- Organizações Religiosas 
- Partidos Políticos 
 
art. 45 – Remissão – assuntos que podem estar no CC ou em outras leis que dizem 
respeito a questão de como fazer a existência da PJ. 
 
Art. 46 CC – Ato constitutivo se torna a certidão de nascimento da PJ – deve ser 
modificado casa haja mudança de fato 
 
- Deve se ter denominação, fins, sede, tempo de duração (exceção), fundos sociais 
quando houver; 
 
- Inciso IV Tem de ver a forma da empresa – se é SA, LTDA, etc. 
 
- Inciso V – se os membros respondem ou não, subsidiariamente, pelas obrigações 
sociais – Ou seja, primeiro responde a PJ e depois responde sócio. 
 
- Inciso VI – Como é a desconstituição da empresa (PJ) 
 
Ocorre muito no Brasil a desconstituição de fato, mas não se dá baixa. Dessa forma, as 
obrigações continuam. 
 
Art. 47 CC – o que o administrador pode fazer – ele fala pela empresa sem restrição? 
Pode contratar? 
 
Quando o administrador extrapola suas atribuições, responde com seu próprio 
patrimônio, e não a PJ. 
 
Art. 48 – Administração coletiva – 
p.ú – após 3 anos, decai o direito de reclamar fraude, dolo, etc. – ou seja, irá se 
convalidar. 
 
Art 49 – Pode-se nomear um novo administrador 
 
 Art 50 CC – Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica – Em caso de 
abuso da personalidade jurídica – caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial (fraude) – pode o juiz decidir, a requerimento da parte ou do MP 
quando lhe couber, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da PJ. 
 
Esse artigo chegou em 2002 ao CC – essa teoria nasce nos EUA, que falam que será 
rasgado o véu da PJ para enxergar quem realmente está praticando os atos, quem é o 
verdadeiro autor. 
 
Quem traz essa teoria para o Brasil é o professor Rubens Requião – atuando no 
Congresso no sentido de incluir esse artigo 50 no CC. 
 
Em 2015 o CPC fala sobre o art. 50, pois ocorre de maneira demasiada a utilização da 
PJ apenas como fachada. 
 
 
Art. 51 – Dissolução da PJ ou cassada a autorização para funcionamento – ela continua 
subsistindo para fins de liquidação – ou seja, pagar as dívidas. Após toda a quitação, 
ocorre a baixa. 
 
Parágrafo I – 
 
 
Art. 52 – PJ pode sofrer dano moral, tem direito à imagem, direito à dignidade da PJ, 
etc. Uma vez que a PJ tem personalidade e, consequentemente, tem acesso aos direitos 
da personalidade 
 
 
Caso Citado pela Professora  Pai e filha formavam a família. O pai doou o único 
apartamento que constituía seu patrimônio ainda em vida. Após morte, foi reconhecida a 
paternidade do filho da empregada e, o mesmo, teria direito também àquele apartamento 
doado para a filha, uma vez que teria que ter a AUTORIZAÇÃO do outro filho (que ele 
nem sabia que tinha). 
 
OUTRO EXEMPLO DE SALA: 
 
Regime de CUMUNHÃO UNIVERSAL  Meação – e depois Irene NÃO TEM 
DIREITO A HERANÇA 
 
Regime de SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA  Também NÃO TEM DIREITO A 
HERANÇA 
 
OBS: Pode existir separação 
 
Regime de COMUNHÃO PARCIAL  Irena só herda dos 25mil que vieram antes, não 
dos 50 mil totais, uma vez que 25mil dos 50 totais foi construído durante o casamento ejá entrou na conta da MEAÇÃO 
 
DIVISÃO  25 / 6 
25 / 5 
 
 
 NO REGIME SUCESSÓRIO CÔNJUGE É TRATATO DE MANEIRA 
DIFERENTE DE COMPANHEIRO (CASAMENTO X UNIÃO ESTÁVEL) 
 
União Estável – HERDA DO QUE CONSTRUIU JUNTO E NÃO DO CASAMENTO 
ANTERIOR  Diferentemente do exemplo anterior, caso João tivesse chegado com 20 
mil e construído 80 mil juntamente com Irena EM UNIÃO ESTÁVEL, ela fica com 50 
mil da MEAÇÃO e depois divide os 30 MIL RESTANTES QUE CONSTRUÍRAM 
JUNTOS 
 
 
AULA 6 – CONTINUAÇÃO (de novo) 
 
Pessoa Jurídica – PJ 
 
 Representação Pessoa Jurídica 
 Administradores 
 Maioria dos votos 
 Ausência de administrador 
- Suprimento Judicial – art. 49 CC/02 
 
 “Domicílio” da PJ 
 De Direito Público Interno 
- Da união – Distrito Federal 
- Dos municípios – local onde se instalou a administração municipal 
 
 Demais PJs 
- Sejam estas de Direito Púbico ou Privado, considera-se seu “domicílio”. 
a) lugar onde funcionar as respectivas diretorias ou administrações (regra básica do 
Direito Civil) - Ex.: Casas Bahia tem no Brasil todo. Caso se queira entrar contra, o 
CDC facilita a vida do consumidor, permitindo que ele entre com o processo na 
cidade de seu domicílio. 
b) lugar designado no estatuto ou contrato-social 
 
 Responsabilidade da PJ – (Se a obrigação não for cumprida nasce responsabilidade) 
 Art. 43 CC/02 – respondem com seu próprio patrimônio, pelos atos praticados 
por seus agentes, dentro de suas atribuições 
 Pessoas Jurídicas de Direito Privado 
o Teoria subjetiva da responsabilidade necessário comprovação de: dano, 
culpa e nexo de causalidade. 
 Pessoas Jurídicas de Direito Público 
o Teoria objetiva da responsabilidade art. 37 CRFB – basta comprovação 
do dano e demonstração do nexo de causalidade dispensando-se a 
aferição de culpa. 
 
OBS: Esta teoria é aplicável às PJs de Direito Privado prestadoras de serviço 
OBS 1: Lei 9605/98 – art. 3º responsabilidade criminal das PJs – Dano 
ambiental 
 
PROFESSORA: 
 
Administradores são responsabilizados quando a PJ não tem administração coletiva. 
 
Na falta de administrador, responde alguém através do Suprimento Judicial (art. 49 
CC/02) – nomeado pelo juiz. 
 
Domicílio – ideia de estar fixado em determinado local – principalmente para 
responsabilizar o sujeito (seja Pessoa Natural ou PJ). Local onde se pretende 
permanecer – local onde a pessoa possa ser encontrada para se exigir o cumprimento de 
suas obrigações. 
 
 Domicílio de PJ de Direito Público Interno – Quando precisa exigir cumprimento de 
obrigação, vai no judiciário, na qualidade de autor. Dessa forma, o réu sendo a PJ de 
direito PRIVADO o processo ocorreria no DOMICÍLIO DO RÉU. 
No entanto, quando o réu é PJ DE DIREITO PÚBLICO INERNO DA UNIÃO (Distrito 
Federal é o domicílio) – aí a ação é proposta no domicílio do AUTOR. 
 
 
 Responsabilidade de PJ – Não cumpriu com a obrigação, responde com seu 
patrimônio. 
OBS: PJ feita para não confundir patrimônio. 
OBS 2: Papa do Direito Civil no Brasil - Sérgio Cavalieri Filho – prof. Da Estácio; 
Desembargador 
 
Dano  Necessário que a obrigação não cumprida gere PREJUÍZO 
Culpa  Imperícia, imprudência (assume um risco calculado) ou negligência (falta dos 
devidos cuidados) 
Nexo de Causalidade  A imprudência ou negligência causou prejuízo ? Consegue 
ligar a conduta ao dano 
3 ELEMENTOS PARA EFERIÇÃO DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA 
 
PJ DE DIREITO PÚBLICO e PJ DE DIREITO PRIVADO PRESTADORA DE 
SERVIÇO PÚBLICO 
 Responsabilidade OBJETIVA  Requisito CULPA não é analisado, não é 
necessário. SE A CONDUTA CAUSOU O DANO, há responsabilidade. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL – Esfera patrimonial 
 
RESPONSABILIDADE CRIMINAL – Vinculada ao direito ambiental, de acordo com 
Lei 9.605/98 – art. 3º 
 
VOLTANDO À AULA: 
 
 PJ e Direitos da Personalidade 
 Art. 52 CC/02 – no que couber 
Súmula 227 do STJ – reconhece dano moral à PJ 
 
Divergência doutrinária 
Para uma 1º Corrente – só PJ sem fins lucrativos pode ter Direito da personalidade 
 
Para uma 2º Corrente – qualquer PJ tem direito – predominante em nosso ordenamento 
Reconhece-se: Dano moral, imagem, nome, etc. 
Pode receber dano de natureza extrapatrimonial. O que se discute muito é a 
terminologia MORAL. 
 
 Desconsideração da Personalidade Jurídica – art. 50 CC/02 
Antecedentes legislativos 
Art. 28, 5º, CDC 
Lei 9605/98, art. 4º 
 
- Afastar personalidade jurídica com a finalidade de alcançar bens dos sócios. 
Evidencia-se quando: 
 Desvio de finalidade (abuso de direito da PJ) 
 Confusão Patrimonial (critério objetivo do abuso de direito) 
 Fraude à lei 
 Fraude ao contrato 
 
Ou seja, quando há desvio de finalidade, ou confusão patrimonial (fraude); fraude à lei 
ou fraude ao contrato, pode-se afastar a personalidade jurídica com finalidade de 
alcançar os bens dos sócios, os quais visavam burlar a lei (alcança personalidade 
natural) 
 
Teorias sobre a desconsideração da PJ 
 
- Teoria menor (restritiva): prevista em nosso ordenamento exclusivamente pelas 
normas consumeristas e ambientais. Te como requisito a mera prova de insolvência da 
PJ, independente de desvio de finalidade. – Explicação  Basta que a PJ não consiga 
adimplir suas obrigações para que se pense em desconsideração da PJ (nem precisa 
haver desvio de finalidade, etc.) 
 
- Teoria Maior: adotada pelo CC/02. Necessária a comprovação de fraude ou do abuso 
de direito para que ocorra desconsideração da PJ 
 
 Abuso de Direito Objetivo – confusão patrimonial 
 Abuso de Direito Subjetivo – desvio de finalidade 
 
 Associações e Fundações 
 
 Art. 53 CC/02 – Associações 
União de pessoas organizadas para fins não econômicos, sem finalidade lucrativa. 
 Enunciado 534, VI Jornada Direito Civil 
 Podem desenvolver atividade econômica desde que sem fins lucrativos. 
 
Art. 54 CC/02 – requisitos obrigatórios do Estatuto Social – para fazer valer a PJ 
 
- Direito dos Associados 
 
a) Isonomia – art. 55 CC/02 – Igual como igual e desiguais na medida de suas 
desigualdades 
b) Convocação de Assembleia Geral por 1/5 dos associados – art. 60 CC/02; E o 
art. 59 CC/02 diz que compete destituir administradores e alterar estatuto. 
c) Garantia de ampla defesa e recuso em caso de exclusão – art. 57 CC/02 
d) Exercer direitos ou função legítima – art. 58 CC/02 
 
OBS 1 – Direito ao voto – Direito Fundamental 
OBS 2 – Via de regra, a qualidade de associado é intransmissível – art. 56 CC /02 
 
- Competência da Assembleia Geral – art. 59 CC/02 
I – Destituiu a administradores 
II – Alterar estatuto 
 
- Extinção da Associação – art. 61 – CC/02 – Os bens são divididos e doados – ou está 
previsto no Estatuto ou é decidido em Assembleia. 
Podem pegar de volta os investimentos feitos anteriormente (não é lucro, apenas 
restituição do valor investido) 
 
OBS: Dentro das PJ de Direito Privado – podem se organizar na qualidade de 
Associações/Fundações ; Sociedades (possuem Lei própria e Direito Empresarial tratará 
– Ltda; SA, etc) ; Empresas individuais de Responsabilidade Limitada (também é 
trabalhada pelo Direito Empresarial) ; Organizações Religiosas (Regulamentação 
Própria) e Partidos Políticos (Lei 9096 de 95 – Lei orgânica – tem Código Eleitoral que 
disciplina a constituição dos Partidos) 
 
Desse modo, apenas estudaremos as ASSOCIAÇÕES e FUNDAÇÕES 
 
 Fundações – art. 62 CC/02 – é criada através de escritura pública ou testamento 
(com a morte, parte do patrimônio é destinada para criar uma Fundação) 
 
Composta por universalidade de BENS, que recebe PJ para alcançar uma finalidade não 
lucrativa, 
 Finalidade – religiosas, morais,culturais ou assistenciais, científicos, 
educacionais, proteção do meio ambiente, etc. – art. 62, p.ú CC/02 
 
 Criação e Organização 
a) Dotação Patrimonial – a partir do momento que ocorre dotação patrimonial, 
tem-se 180 dias para elaborar o Estatuto 
b) Instituição (instrumento público ou testamento) 
c) Elaboração do Estatuto (180 dias) 
d) Aprovação Ministério Público – será o responsável pela fiscalização das 
fundações 
e) Registro 
 
- Alteração das Fundações – art. 67 
- Extinção – art. 69 CC/02 – tornando ilícita, inútil ou ... expirado o prazo de sua 
existência, o órgão do MP ou interessado, providenciará sua extinção, podendo 
incorporar o patrimônio para outra Fundação com a mesma finalidade (quem decide é o 
juiz) 
 
CASO CONCRETO 6 
 
a) Desconsideração da PJ caracteriza-se como a transferência da responsabilidade 
da pessoa jurídica para as pessoas naturais, na figura dos sócios (ou diretor, 
pessoa definida pelo Estatuto). Quando se cria a PJ é com objetivo de dividir as 
responsabilidades, mas em casos de desvio de finalidade, ou confusão 
patrimonial (fraude); fraude à lei ou fraude ao contrato, pode-se desconsiderar a 
Personalidade Jurídica 
 
b) Não. Nesse caso não é cabível a desconsideração, uma vez que o caso expõe que 
não houve fraude ou nenhuma das opções supracitadas. 
 
 
 
 
Objetiva: Letra E – Incorreta – Partido Político é de DIREITO PÚBLICO. 
 
 
 
 
AULA 7 – BENS 
 
 COISAS são diferentes de BENS 
 
- COISA = tudo que tem existência material, seja possível valorar e permita 
apropriação 
 
 Coisas inapropriáveis = Conhecidas juridicamente como “res communes” 
 - Ar, luz, estrelas, mar, etc. 
 
 Coisas apropriáveis = “res derelictae” – coisas que existem na natureza tais 
quais se pode fazer proprietário 
 
- Caça, peixes, coisas abandonadas 
 
 
- BEM – Tudo que tem valor e, portanto, adentra no universo jurídico como objeto de 
direito. 
 
 Bem no sentido de valor, é tudo aquilo que é protegido pelo Direito, tendo ou não 
valoração econômica. Tal valor configura-se pelo interesse ou utilidade de natureza 
material, econômica ou moral. 
 
 Juridicamente, bem = res (direito romano) no entanto, nem sempre haverá 
singularidade na terminologia. 
Juridicamente, bens podem ser compreendidos como as coisas que tenham “dono”, isto 
é, coisas apropriáveis. As coisas sem dono (res nullius), não integram o sentido de bem 
 
Conclui-se que, toda coisa, todo direito, toda obrigação, qualquer elemento material ou 
imaterial, representando uma utilidade ou riqueza, integrado no patrimônio de alguém e 
passível de apreciação monetária, pode ser designado como BEM. 
 BEM – é necessário que se vincule COISA ao SUJEITO 
Direito ao nome  Bem jurídico de ordem moral 
Vento  Enquanto apenas vento, é coisa apropriável. No entanto, quando se empreende 
esforço para valorar esse bem, vinculando à distribuição de energia, por exemplo torna-
se um bem. 
 
 
OBS: Patrimônio  Conjunto de bens de que alguém é titular, abrangendo direitos e 
deveres, ativo e passivo – restringe-se aos bens avaliáveis – projeção econômica da 
personalidade 
 
Há proteção jurídica mesmo que não possa se vincular a coisa a um sujeito, mas a uma 
coletividade (meio ambiente) 
 
OBS 2: Bem público de forma geral é inapropriável 
 
 
 Classificação 
 
- Bens corpóreos e incorpóreos 
 
 Corpóreo – Coisas físicas que são objeto de relações jurídicas (tangível) 
 Incorpóreos – Não tem existência tangível e são relativos aos direitos que as 
pessoas tem sobre coisas, produtos de seu intelecto ou com outra pessoa, 
apresentando valor econômico, tais como: direitos reais, obrigacionais e 
autorais. 
 
Outros exemplos – art. 5º, IV, VI, IX e X, CRFB. 
 
- Segundo o CC/02, os bens são classificados em: 
 
a) Bens considerados em si mesmo (cap 1) – art. 79 – bens imóveis 
b) Bens reciprocamente considerados (cap 2) 
c) Bens Públicos e Particulares (cap 3 – bens públicos) 
 
 Bens considerados em si mesmo (instrinsecamente considerados) 
 
1 – Móveis e Imóveis – art. 79 CC/02 
 
- Imóveis  SÃO BENS IMÓVEIS O SOLO E TUDO QUE LHE INCORPORAR, 
SEJA NATURAL OU ARTIFICIALMENTE 
 
 Natural – solo  Bem imóvel natural  A rigor só o SOLO, SUBSOLO, 
ESPAÇO AEREO 
 Artificial – casa, plantação  Bem imóvel artificial 
 Ficcional ou legal – Direitos reais (art. 1225 CC); Direito à sucessão aberta  
 
 Não perdem a característica de imóveis 
 
a) Edificação quando separadas do solo conserva sua unidade e sejam transferidas 
para outro lugar 
b) Materiais separados de um prédio, para nele serem reempregados 
 
- Bens Móveis - aqueles que não se fixam ao solo 
 Semoventes  Suscetíveis de movimento próprio 
 Móveis propriamente ditos  Suscetíveis de remoção por força alheia. 
 
- Também se consideram bens móveis, as energias que tenham valor econômico 
e os direitos pessoais de caráter patrimonial. 
 
 
- Transmissão de bens móveis e imóveis 
 
1 – Art. 1267 CC/02 – Bens Móveis tem a transferência da propriedade por tradição 
(ou seja, pega a coisa e entrega – não existe solenidade maior para esse tipo de 
transferência – compra e venda de um quadro, por exemplo). 
 
- Art. 1245 CC/02 – Bens Imóveis só tem sua propriedade transferida pelo registro 
público (inter vivos ou causa mortis – a qual depende de um inventário) 
 
2 – Bens móveis podem ser alienados livremente. Já os imóveis requerem autorização 
do cônjuge (ou companheiro), salvo se casados no regime de separação total. 
 
 
 
2 – Bens Fungíveis e Infungíveis 
 
 Fungível – substituível 
 Pode ser substituído por outro de mesma espécie, qualidade e qualidade – art. 85 
CC/02. Ex.: Dinheiro – Todo bem móvel é fungível ? 
 
Se a utilização de um bem fungível implica em sua destruição ou transformação em 
outra substância, este bem é denominado consumível. 
 
 Infungível – insubstituível – não há outro de mesma espécie, qualidade e 
quantidade. Ex.: Obra de arte; Bens Personalizados (objetos raros, colecionáveis) 
- Todo bem imóvel é infungível e todo bem móvel único, também o é – uma vez que só 
a natureza cria aquele solo específico no qual estará inserido o bem imóvel e, portanto, 
ele é considerado infungível (insubstituível) 
 
 
3 – Bens consumíveis e não consumíveis (de acordo com sua utilização) 
 Consumíveis – aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância. A legislação emprestou caráter consumível; a todo bem destinado a 
alienação – ou seja, a todo bem emprestado para criar outro bem distinto – 
 Dessa forma, além do consumo imediato, são considerados consumíveis os 
bens MÓVEIS 
 Não Consumíveis – proporcionam reiterada utilização pelo homem, sem 
destruição de substância. Ex.: Roupa; Bens Imóveis em geral 
 
 
 
 
4 – Bens Divisíveis e Indivisíveis 
 Indivisível – não comporta fracionamento perdendo, no caso, sua utilidade. Ex. 
Carro. 
 Divisíveis – Consegue-se separar porções (fracionar) e continua enxergando o 
bem como um todo, ou seja, não perde sua característica ou sua finalidade. Ex.: 
Terreno – Bem imóvel e divisível. O imóvel residencial (ou comercial) pode ser 
divisível ou indivisível a depender de sua característica de construção, pois pode 
perder ou não sua utilidade com o fracionamento. 
 
Quando se fala em divisível ou indivisível tem de analisar NATURAL ou 
LEGAL/JURÍDICA 
 
Natural  Própria natureza permite sua divisão – terreno, por exemplo 
Legal/Jurídica  Divisibilidade reconhecida de forma jurídica, mesmo que o aspecto 
físico possa ser entendido como indivisível. Desde que não perca sua 
substância/alteração que importe em perdade sua característica ou se houver 
diminuição considerável de seu valor.  Dessa forma, mesmo que se consiga 
desmembrar naturalmente, caso haja perda de substancia, característica ou diminuição 
considerável de valor, o bem é entendido como indivisível juridicamente. 
 
 
5 – Singulares e Coletivos 
 
OBS (Carlos Roberto Gonçalves)  São singulares os bens que, embora reunidos, 
se consideram de per si, independentemente dos demais. Portanto, são singulares 
quando considerados na sua individualidade, como um cavalo, uma árvore, uma 
caneta, um papel ou um crédito. 
 
 Singulares  Onde se consegue enxergar o bem em uma única unidade. Ex.: 
Livro 
 Coletivos  Consegue-se trabalhar o bem em sua coletividade. Ex.: Biblioteca – 
conjunto de livros. Ex.: Herança – conjunto; tem caráter universal, não é 
enxergada pelos bens singulares que a compõe, mas apenas o conjunto desses 
bens 
Juridicamente – Direitos Coletivos – Ex.: Meio ambiente, pois só existe quando 
todas as partes são aglomeradas, 
 
 
 Bens Reciprocamente Considerados 
 
1 – Principais e Acessórios – Principal é o bem sobre o qual irá se considerar outro. 
Acessório considera-se levando em conta o principal. 
 
 Bens Principais – Aqueles que existem sobre si, independente de outro, art. 92 
CC/02. 
 
 Bens Acessórios – Art. 92 CC/02, aqueles cuja existência supõe a do principal, sem 
o quaL não subsiste. 
 
Classificações dos Acessórios: 
 Frutos – Acessório de um principal do qual resultam sem dizimá-los. 
Classificam-se conforme: 
a Origem – natural, industrial e civil. 
b A natureza – vegetal, animal ou artificial 
c O estado em que se encontram – pendentes, percipiendos, percebidos, existentes 
e consumidos. 
 
Os frutos naturais e animais derivam de bens gerados pela natureza. Já os frutos 
civis, também chamados de artificiais, decorrem de uma relação jurídica da qual 
se auferem resultados econômicos/financeiros. 
Por fim, os industriais surgem do trabalho, engenhosidade do homem ao manejar 
recursos econômicos e financeiros produzindo rendimentos 
 
Diferença entre Frutos civis  decorre apenas de relação jurídica da qual se 
aufere lucro – da atividade humana (ALUGUEL – contrato de locação) 
Frutos Industriais Surgem por força do trabalho humano. 
 
Frutos pendentes: aqueles ainda presos ao bem principal cuja colheita é 
desaconselhável uma vez que ainda em estado precoce (não estão aptos a serem 
separados do principal) 
 
Frutos Percebidos: colhidos, com resultado útil 
 
Frutos Percipiendos: Aptos a serem colhidos, porém ainda não foram (restaram 
no pé) 
 
Frutos Existentes: separados do principal, já colhidos e aguardam seu consumo. 
 
Frutos Consumidos: Desaparecidos pelo uso ou consumo. 
 
 Produtos – Acessórios, que dependem do principal. Surge da atuação humana 
no manejo dos recursos naturais ou industriais. Uma de suas características é 
que, à medida que é explorado, provoca a atrofia ou redução do bem principal, 
capaz de levá-lo à exaustão total ou parcial. Recursos Naturais Exaurívels são 
produtos 
 
 Distingue-se portanto, dos frutos, pois levam a deterioração do principal 
enquanto que os frutos não Enquanto os frutos garantem a continuidade do 
principal sem descaracterizá-lo, os produtos, a medida que são consumidos, 
paulatinamente também se consome o bem principal, podendo leva-lo à exaustão 
 
 Rendimentos – São frutos civis 
 
 Acessões – Fenômeno natural ou artificial, do qual decorre um acréscimo ao 
bem principal, incorporando-se a este, formando um todo jurídico. Ex.: Ilhas, 
acréscimo de terra às margens de rios. 
Forma um todo com o principal, de forma que não mais se consegue distinguir o 
principal do acessório 
Dessa forma, acessão é algo que fica fora do bem principal, mas passa a integrá-lo, 
aumentando este bem. Via de regra, é apenas para BEM IMÓVEL. 
 
OBS: Fenômeno amplamente analisado no direito das coisas (Posse e Propriedade) – 
Civil IV – forma de aquisição por acessão. 
 Benfeitorias – Tudo que se emprega em um bem, móvel ou imóvel, com a 
finalidade de resguardá-lo ou embelezá-lo. 
 A Benfeitoria acrescenta ao bem uma facilidade de uso, uma conservação (evita a 
deterioração) ou, ainda, gera mais comodidade (uma volúpia) em seu titular. 
Classificam-se em: Voluptuárias, uteis ou necessárias. 
 
Voluptuária – As de mero recreio que não aumentam o uso eventual do bem, 
ex.: Construir piscina ou salão de jogos – não gera indenização e nem direito 
de retenção. 
As úteis – Aumentam ou facilitam o uso do bem e a indenização depende do 
acordo entre as partes. 
As necessárias – são sempre indenizáveis e de fundamental importância para 
que se possa utilizar aquele bem, ou seja, visa conservar ou evitar a deterioração 
do bem principal. 
 
 Pertenças – Podem ser mantidas independente do principal. Serve para agregar 
uma utilidade ou questão estética ao principal e difere das benfeitorias. 
 
 Bens que se empregam num bem móvel ou imóvel, sem o objetivo de lhe 
alterar a substancia, nem de incorporar. Ambos conservarão suas características 
e atributos particulares. 
As pertenças não são consideradas como parte integrante do bem principal, no 
entanto vinculam-se a ele de modo duradouro, para seu uso, serviço ou 
aformoseamento. 
Agregam-se ao principal com caráter utilitário ou estético. 
Diferente dos demais acessórios, as pertenças não seguem, necessariamente, o 
mesmo destino do bem principal. 
 
Exemplos: Trator em uma fazenda; ar condicionado de uma loja; armários de 
uma casa, etc. Em regra, são bens móveis que servem a um imóvel, mas em caráter 
excepcional um bem imóvel pode ser pertença. 
 
 Bens Particulares ou Públicos 
 
 - Bens Públicos – 
 
Titulares – PJ de Direito Público Interno 
 
Espécies: 
 Público de Uso comum do povo. Ex.: Mares, rios, estradas, ruas, praças, etc. 
 Público de De uso especial; 
 Públicos Dominicais 
Características – inalienáveis, imprescritíveis, impenhoráveis 
 
Bens cuja titularidade é de toda sociedade e a tutela se dá através do Estado 
(Federal, Estadual ou Municipal) – Dessa forma, integra o patrimônio publico e 
são tutelados pelo Estado – O titular do bem deve ser PJ de direito publico interno 
– todos os outros são particulares – Ou seja, rios, mares, estradas, ruas, praças; 
 
Uso Especial – Edificios ou terrenos destinados a administração publica interna; 
Dominicais – constituem o patrimônio de PJ de direito publico e tem possibilidade 
mais simplificada de alienação. 
A princípio, o bem publico é inalienável, salvo algumas exigências da lei e não 
estão previstos para usucapião, pois são imprescritíveis 
 
- Particulares – titulares pessoas naturais ou jurídicas de direito privado 
 
 
 
 
PREPARA AV1: 
 
AV1  Analise dos elementos individualizadores da pessoa natural – nome, estado 
e domicilio – conceito de nome, para que serve q a priori é imutável, mas existem 
situações q pode ser modificado e quais elementos do nome (prenome, sobrenome, 
agnome) da pessoa natural, pra que servem esses elementos; 
 
Domicilio – conceito de domicilio – pessoa natural estabelece animo definitivo da 
residência 
Real; presumido, dentre outros domicílios  A partir dai pode ser feito um estudo 
mais aprofundado das pessoas naturais 
 
PJ  classificação das PJs, quanto a nacionalidade, quanto a estrutura interna e 
quanto a função ou orbita de atuação; nesse sentido focar na classificação entre 
corporações e fundações  a primeira conjunto de pessoas (pode ser objetivo 
lucrativo ou não – diferenciar associações de sociedades); a segunda conjunto de 
bens (sem objetivo de partilha de lucro e que visam colocarem pratica os objetivos 
da pessoa do seu instituidor) 
 
PJ de Direito Publico e Privado – a primeira Interno e Externo; PRIVADO  
(SOFA;Partido;E) 
 
Por fim, existência legal da PJ – ato constitutivo – formalizando a afectius 
societatis, necessitando o registro no órgão competente 
 
 
 
PLANO DE AULA 9 
 
Fatos e Negócios Jurídicos 
 
1 – Fato Jurídico é DIFERENTE de Fato Natural 
 
2 – Conceito de Fato Jurídico (Ou Fato Gerador, Jurígeno) 
 “Acontecimentos em virtude dos quais nascem, subsistem e se extinguem relações 
jurídicas.”. – Washington de Barros 
 
 Ou seja, é aquele fato que tem importância para o mundo social, gera influência em 
outro sujeito. Dessa forma, no nosso Estado de Civil Law, é um fato relacionado à 
norma, a qual atribui aquele fato uma consequência. 
 
3 – Distinção entre fato, ato e negócio jurídico  Os fatos jurídicos podem decorrer 
de vontade humana, quando então serão considerados atos jurídicos ou ainda, serem 
alheios à vontade humana (fatos naturais) 
 
 Assim sendo, entende-se por ato jurídico toda ação humana que provoca efeitos 
jurídicos. 
 
O ato jurídico pode ser lícito ou ilícito (Tudo o que causar prejuízo na esfera cível), 
dividindo-se o ATO LÍCITO em ato jurídico stricto sensu e negócio jurídico. 
 
 Será negócio jurídico se o agente tiver autonomia para definir o conteúdo e os 
efeitos do ato. Ex.: Contrato de Comodato; Contrato de Locação – os agentes têm 
liberdade para criar as consequências do negócio 
 
 Será ato jurídico se o agente tiver autonomia para a prática do ato, porém, os efeitos 
estão definidos em lei. – Ex.: Contrato de compra e venda de imóvel – porque os efeitos 
estão previstos em lei. Ex.: Reconhecimento de paternidade 
 
4 – Classificação do Fato Jurídico 
 
Para Orlando Secco, os Fatos Jurídicos classificam-se em fatos jurídicos em sentido 
amplo e em sentido restrito 
 
 Fato Jurídico em Sentido Amplo – todo acontecimento, dependente ou não da 
vontade humana, a que a lei atribui efeitos jurídicos. 
 
 Fato Jurídico em Sentido Estrito – independe da vontade humana, são os fatos 
naturais. Classificam-se em ordinários (nascimento, morte, maioridade) e 
extraordinários (caso fortuito e força maior). 
 
 
PROFESSORA: VER ARTIGO 185 DO CC/02 
 
O Negócio Jurídico embasa toda e qualquer ação do dia a dia. 
 
ATO E FATO está na atuação do ser humano ou não. 
 
O FATO INDEPENDE DA ATUAÇÃO HUMANA. 
 
O ATO JURÍDICO DEPENDE DIRETAMENTE DA AÇÃO HUMANA 
 
 
5 – Caso Fortuito e Força Maior 
 
Ambos se caracterizam pela presença de dois requisitos, sendo o primeiro de caráter 
objetivo e o segundo subjetivo. 
 
1 – Inevitabilidade do evento 
2 – Ausência de culpa ou imprevisibilidade do evento 
 Na força maior conhecemos a causa que origina o evento, pois trata-se de um fato 
da natureza, como por exemplo o raio, a inundação. 
 
 No caso fortuito o acidente que gera o dano advém de causa desconhecida, como 
por exemplo: cabo elétrico que cai e causa incêndio. A imprevisibilidade integra o 
conceito de caso furtuito. Nesta esteira, o STJ dividiu o caso fortuito em interno e 
externo. 
 
6 – Negócio Jurídico – ART. 104 E SEGUINTES CC/02 
 
6.1 – Origem  Advém da doutrina alemã, sendo posteriormente internalizada pela 
Itália. 
 
6.2 – Conceito  Declaração de vontade que é mais que um ato, aqui o declarante 
procura uma relação jurídica entre as várias possibilidades que se encontram no 
Universo Jurídico. 
 
É no negócio jurídico que se encontra a base da autonomia da vontade, fundamento do 
direito privado. 
 
 
7 – Classificação do Negócio Jurídico 
 
a) Quanto a formação: 
 
- Unilaterais, bilaterais, plurilaterais 
 
b) Quanto as vantagens para as partes: 
 
- Onerosos ou gratuitos 
 
c) Quanto ao momento de produção dos efeitos: 
 
- Inter Vivos ou Causa Mortis 
 
d) Quanto à forma: 
 
- Solenes e Não Solenes 
 
e) Quanto as condições pessoais do agente: 
 
- Pessoais e Interpessoais 
 
f) Quanto à causa: 
 
- Causais e Abstratos 
 
g) Quanto à eficácia 
 
- Consensuais e Reais 
 
h) Quanto à extensão dos efeitos: 
 
- Constitutivos e Declarativos 
 
 
 
 
CORREÇÃO DA PROVA A AV1 – CIVIL: 
 
1 – a – Comoriência 
b – Direito Sucessório 
 
2 – Falar principalmente do direito sucessório, uma vez que, nascendo com vida, a 
criança tem direito à herança do pai, em conjunto com a mãe. No entanto, em caso de 
nascer morta, a criança não tem direito à herança. E nascer RESPIRANDO – para poder 
nascer com vida. 
 
 
 
PROVA B: 
 
1 – a – Bem imóvel e indivisível – por força de lei - 
b – indivisível por força de lei e, portanto, o oficial não poderia fazer o registro. 
 
 
2 – Não, pois há o princípio da imutabilidade do nome, uma vez que, em regra, o nome 
é imutável – salvo algumas exceções. 
 
 
3 – Lambda é PJ de Direito Privado; Domiciliada na capital – uma vez que exerce suas 
atividades ali e pode sim sofrer danos na personalidade, uma vez que há personalidade 
jurídica e ela pode ser ferida, através do ferimento à sua imagem (honra). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARA A PRÓXIMA AULA  CASO FORTUITO INTERNO E EXTERNO – 
JURISPRUDÊNCIA DO STJ 
 
 
 
CASO FORTUITO INTERNO – 
Jurisprudência: 
Processo  REsp 1.662.551-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, por maioria, julgado em 
15/05/2018, DJe 25/06/2018 
 
Ramo do Direito  Direito Civil 
 
Tema  Responsabilidade civil da transportadora. Ato libidinoso praticado contra 
passageira no interior de trem. Dano moral configurado. Fortuito 
interno. Conexidade com a atividade de transporte de pessoas. 
 
DESTAQUE: 
A concessionária de transporte ferroviário pode responder por dano moral sofrido 
por passageira, vítima de assédio sexual, praticado por outro usuário no interior do 
trem. 
 
INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR: 
De início, registre-se que o Supremo Tribunal Federal, em julgamento de recurso 
extraordinário representativo da controvérsia, determinou que a pessoa jurídica de 
direito privado, prestadora de serviço público, ostenta responsabilidade objetiva em 
relação a terceiros usuários ou não usuários do serviço público, nos termos do 
artigo 37, § 6º, da Constituição da República de 1988 (RE 591.874/MS, publicado 
no DJe de 21/11/2008). Em reforço à responsabilidade objetiva do transportador, 
não se pode olvidar que a legislação consumerista receitua que o fornecedor de 
serviços responde pela reparação dos danos causados, independentemente da 
existência de culpa, decorrente dos defeitos relativos à prestação destes serviços, 
nos termos do art. 14, §§ 1º e 3º, do CDC. Ademais, a cláusula de incolumidade é 
ínsita ao contrato de transporte, implicando obrigação de resultado do 
transportador, consistente em levar o passageiro com conforto e segurança ao seu 
destino, salvo se demonstrada causa de exclusão do nexo de causalidade, 
notadamente o caso fortuito, a força maior ou a culpa exclusiva da vítima ou de 
terceiro. O fato de terceiro, conforme se apresente, pode ou não romper o nexo de 
causalidade. Exclui-se a responsabilidade do transportador quando a conduta 
praticada por terceiro, sendo causa única do evento danoso, não guarda relação 
com a organização do negócio e os riscos da atividade de transporte, equiparando-
se a fortuito externo. De outro turno, a culpa de terceiro não é apta a romper o 
nexo causal quando se mostra conexa à atividade econômica e aos riscos inerentes 
à sua exploração, caracterizando fortuito interno. Por envolver, necessariamente, 
uma grande aglomeração de pessoas em um mesmo espaço físico, aliados à baixaqualidade do serviço prestado, incluído a pouca quantidade de vagões ou ônibus 
postos à disposição do público, a prestação do serviço de transporte de passageiros 
vem propiciando a ocorrência de eventos de assédio sexual. Em outros termos, 
mais que um simples cenário ou ocasião, o transporte público tem concorrido para 
a causa dos eventos de assédio sexual. Em tal contexto, a ocorrência desses fatos 
acaba sendo arrastada para o bojo da prestação do serviço de transporte público, 
tornando-se assim mais um risco da atividade, a qual todos os passageiros, mas 
especialmente as mulheres, tornam-se vítimas. Conclui-se que, se a ocorrência do 
assédio sexual guardar conexidade com os serviços prestados pela concessionária 
e, tratando-se de fortuito interno, a transportadora de passageiros permanece 
objetivamente responsável pelos danos causados. 
 
 
 
 
 
CASO FORTUITO EXTERNO 
 
Processo  REsp 1.728.068-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, por unanimidade, 
julgado em 05/06/2018, DJe 08/06/2018 
 
Ramo do Direito  Direito Civil 
 
Tema  Responsabilidade civil. Cancelamento de voo. Substituição por transporte 
via terrestre (ônibus). Roubo de passageiros durante o trajeto. Fortuito 
externo. Ausência. Culpa concorrente da transportadora. Alteração substancial e 
unilateral do contrato. 
 
DESTAQUE: 
 
A alteração substancial e unilateral do contrato firmado de transporte aéreo para 
terrestre impede a utilização da excludente de fortuito externo para eximir a 
empresa de transporte aéreo da responsabilidade civil por danos causados por 
roubo ao ônibus. 
 
 
INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR: 
 
Discute-se, no caso em tela, a responsabilidade civil de empresa de transporte 
aéreo que cancelou o voo contratado, não sendo disponibilizado, ainda, a 
possibilidade de realocação dos passageiros em outro voo, mas, sim, apenas em via 
terrestre, mediante ônibus fretado, cujo percurso durou mais de 14h (quatorze 
horas), ocasião em que o passageiro foi roubado e agredido por meliantes. No que 
concerne ao transporte de pessoas, o art. 734 do Código Civil estabelece a 
responsabilidade civil objetiva do transportador, o qual deverá responder pelos 
danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo a existência de 
alguma excludente de responsabilidade, como motivo de força maior, caso 
fortuito, culpa exclusiva da vítima ou de terceiro. Em relação ao fato de terceiro, 
todavia, a teor do que dispõe o art. 735 do Código Civil, a responsabilidade só será 
excluída se ficar comprovado que a conduta danosa era completamente 
independente em relação à atividade de transporte e aos riscos inerentes à sua 
exploração, caracterizando-se, nesse caso, como fortuito externo. Nessa linha de 
entendimento, a jurisprudência do STJ reconhece que o roubo dentro de ônibus 
configura hipótese de fortuito externo, por se tratar de fato de terceiro 
inteiramente independente ao transporte em si, afastando-se, com isso, a 
responsabilidade da empresa transportadora por danos causados aos passageiros. 
Não obstante essa seja a regra, o caso em análise guarda peculiaridade que 
comporta solução diversa. Com efeito, a alteração substancial e unilateral do 
contrato firmado – de transporte aéreo para terrestre –, acabou criando uma 
situação favorável à ação de terceiros (roubo), pois o transporte rodoviário é 
sabidamente muito mais suscetível de ocorrer crimes dessa natureza, ao contrário 
do transporte aéreo. Dessa forma, a conduta da transportadora concorreu para o 
evento danoso, pois ampliou significativamente o risco de ocorrência desse tipo de 
situação, não podendo, agora, se valer da excludente do fortuito externo para se 
eximir da responsabilidade. 
 
 
 
 
 
AULA NOVA: 
 
Atos Jurídicos – Continuação 
 
 Caso Fortuito 
 Força Maior 
 
Via de regra, ambos isentam de responsabilidade. 
 
Para o STJ e o Código – não há distinção entre ambos, apenas a Doutrina faz essa 
distinção. 
 
Fortuito Interno – Incide durante o Processo de elaboração do produto ou serviço – 
NÃO exime de responsabilidade o fornecedor 
 
Fortuito Externo – Alheio ou estranho ao processo de elaboração do produto ou 
serviço. Exclui a responsabilidade do fornecedor. 
 
 
7 – Classificação do Negócio Jurídico 
 
a) Quanto a formação: 
 
- Unilaterais, bilaterais, plurilaterais 
 
 Unilateral – Vontade manifestada por apenas 1 das partes. Ex.: Testamento; Doação 
Pura, etc. 
 Bilateral – Vontade manifestada por duas partes – Ex.: Compra e Venda, etc. 
 Plurilaterais – Envolve mais de 2 partes com interesses coincidentes – Ou seja, 2 tem 
que querer comprar ou vender. 
 
b) Quanto as vantagens para as partes: 
 
- Onerosos ou gratuitos 
 
 Onerosos – Ambas as partes têm sacrifício patrimonial – Ex.: Compra e venda 
 Gratuitos – Apenas uma das partes tem sacrifício patrimonial – Ex.: Doação Pura 
 
c) Quanto ao momento de produção dos efeitos: 
 
- Inter Vivos ou Causa Mortis 
 
 Inter Vivos – Entre os vivos – Ex.: Compra e Venda, Doação, etc. 
 Causa Mortis – Após a morte de uma das partes – Ex.: Testamento 
 
d) Quanto à forma: 
 
- Solenes (formais) e Não Solenes (informais) 
 
 Solenes – Ex.: Venda de imóvel, testamento. 
 Não Solene – Tem forma livre – a validade da declaração de vontade não depende de 
forma especial. Ex.: Compra de pão na padaria, etc. 
 
e) Quando à independência ou autonomia 
 
- Principais e Acessórios 
 
 Principais – Negócios jurídicos que tem existência própria, não depende de qualquer 
outro para ter validade ou eficácia. Ex.: Locação. 
 Acessórios – Existência está subordinada a outro negócio jurídico. Ex.: Contrato de 
corretagem; fiança, hipoteca, etc. 
 
f) Quanto as condições pessoais do agente: 
 
- Pessoais e Impessoais 
 
 Pessoais – Conhecidos também como personalíssimos – dependem da condição 
pessoal dos negociantes, havendo obrigação infungível (insubstituível) – ou seja, só se 
alcança o objeto do negócio com um sujeito específico. 
 Impessoais – Pode-se alcançar o objeto do negócio com qualquer sujeito e não 
alguém específico. 
 
g) Quanto à causa: 
 
- Causais e Abstratos 
 
 Causal – Aquele onde se tem um objeto pré-definido, material. 
 Abstratos – Aquele onde se pode negociar direitos ou obrigações. Ex.: Negociar 
Direitos Autorais de um livro 
 
h) Quanto à eficácia 
 
- Consensuais e Reais 
 
 Consensuais – Efeitos são gerados a partir do momento em que as partes negociam 
(fecham o acordo) 
 Reais – São os negócios que somente se aperfeiçoam após entrega do objeto. Ex.: 
Contrato de comodato; contrato de compra e venda de bem infungível. 
 
i) Quanto à extensão dos efeitos: 
 
- Constitutivos e Declarativos 
 
 Constitutivos – São os negócios jurídicos que geram efeitos ex nunc (Não 
Retroativos), a partir de sua celebração para o futuro. É a regra. 
 Declarativos – São os negócios jurídicos que geram efeitos ex tunc (Retroativos) a 
partir do momento em que ocorreu o fato que constitui seu objeto. Ex.: Partilha de Bens 
– volta-se até o momento do testamento (se houver testamento) ou retroage ao momento 
da morte. Outro exemplo: Sentença em que uma lei é dita como inconstitucional – ex 
tunc, porque retroage ao momento de criação daquela lei. 
CASO CONCRETO 9 
 
Ato Jurídico strictu sensu, ele não tem como alterar os efeitos que já estão previstos em 
lei. 
 
Objetiva: Resposta: Letra B – art. 112 CC/02 
 
 
OBS: RESERVA MENTAL – tem a ver com a declaração de vontade 
 
Para que o negócio jurídico se estabeleça é necessária vontade manifestada (deve ser 
livre e não pode sofrer nenhum vício de consentimento).

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