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Slides de Aula Unidade II PSICOLOGIA DOS GRUPOS E SUBJETIVIDADES

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UNIDADE II
PSICOLOGIA DOS GRUPOS E 
SUBJETIVIDADE
Profa. Rita Maciel
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Unidade I
1. Materialismo dialético
2. Ideologia
3. A realidade histórica e social dos países latino-americanos
4. Novos temas para o pensamento crítico em grupos: 
linguagem e imaginário
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Unidade II
5. Grupos e subjetividade
6. Processos grupais
7. Psicologia social e mudança
8. Psicologia nas políticas públicas de saúde e 
desenvolvimento social
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Grupos e subjetividade
Conceituação
 No século XVIII: a palavra grupo designa ajuntamento 
de pessoas.
 No período contemporâneo: grupos definidos a partir da 
metáfora biológica (grupo organismo) ou mecânica (grupo 
máquina) ou simplesmente pelo ajuntamento de pessoasmáquina), ou simplesmente pelo ajuntamento de pessoas, 
nas multidões, nos bandos, nas aglomerações.
Fonte: www.tribunadonorte.com.br
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 A ideia de grupo também está presente em grupos nos quais 
os indivíduos se encontram face a face, os pequenos grupos 
sociais o nas organi ações das q ais todos participamos esociais, ou nas organizações das quais todos participamos e, 
por meio das quais, temos um papel no jogo social.
 Quando falamos em grupo pensamos nos pequenos grupos Quando falamos em grupo, pensamos nos pequenos grupos, 
aqueles dentro dos quais seus membros têm contato face a 
face, grupos que são estruturados, organizados por regras 
com objetivos definidos, cuja ação está delimitada no espaço 
– por uma sala, um campo, uma instituição.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Não é comum chamarmos de grupo os agregados mais ou 
menos numerosos de indivíduos que não têm propriamente 
nenh m contato entre si os amontoados percebidos pornenhum contato entre si, os amontoados, percebidos por 
Sartre, numa fila à espera de ônibus que não estão sujeitos 
a normas claras de comportamento comum.p
 As maneiras de entender um grupo como uma unidade 
estruturada ou como uma categoria são bastante conhecidas 
Ée utilizadas pelos cientistas sociais (HARRÉ, 1984).
 De modo geral, tanto as pessoas quanto os cientistas sociais 
tendem a tratá los como se fossem a mesma coisatendem a tratá-los como se fossem a mesma coisa.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 A concepção de que nos grupos estruturados determinadas 
regras dirigem a disposição dos indivíduos (como num jogo) 
é e trapolada para ma sit ação em q e tais regras nãoé extrapolada para uma situação em que tais regras não 
existem senão implicitamente na imagem que acompanha 
aquela categoria.q g
 Seja o grupo estruturado ou a categoria social, desde que 
tenham um nome, sua imagem estática, congelada, será a 
figura que o identifica; um “nome” cuja presença-imagem
participará da mediação entre os grupos, naquilo que regula
e orienta seus movimentos uns em relação aos outros.e orienta seus movimentos uns em relação aos outros.
 O nome do grupo é sua bandeira, e é algo cujo único 
movimento possível é proporcionado pelo vento – por mais 
arrasador, não pode redesenhar o brasão.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Uma história das ideias sobre os grupos
 Um dos principais organizadores da história das ideias sobre 
grupos pode ser identificado no entendimento sobre presença 
e importância do imaginário.
A t i b t t iAs teorias sobre grupos tratam, com maior ou menor 
intensidade, da presença do imaginário nos grupos como um 
problema, um resto que precisa ser excluído: p , q p
 ora ele é privilegiado, deixando de lado tudo o que seria 
contextual, ora ele é descartado, quer pela sua pouca 
importância (na Psicologia Social americana), quer pela 
impossibilidade de manipulá-lo (como na Psicologia 
Institucional francesa)Institucional francesa)
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
A Psicologia Social dos pequenos grupos
 Aquilo que é social nessa Psicologia diz respeito à sua função 
e utilidade, assim como sua localização fora do contexto e do 
tempo, no limite do tempo do “eu-grupo”, isto é, o social 
entendido como coisa naturalizadoentendido como coisa, naturalizado.
 O pequeno grupo, necessariamente estruturado, é o grupo 
típico dos setores administrativos dos empreendimentos p p
capitalistas, alvo dos profissionais de Recursos Humanos.
 De maneira geral, no pequeno grupo, o sujeito é, ou procura 
ser, sujeito.
 Os grupos apresentam-se como unidades nas quais seus 
membros buscam a satisfação de suas necessidadesmembros buscam a satisfação de suas necessidades 
individuais.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
A dinâmica de grupo de Kurt Lewin
 Criador da expressão dinâmica de grupo, Kurt Lewin tem 
como uma das principais contribuições de sua Psicologia 
Social as investigações sobre a solução de conflitos 
nos pequenos gruposnos pequenos grupos.
 Lewin propôs-se a estabelecer os conceitos e a metodologia
de forma que, ao dar conta das dinâmicas nos pequenos q , p q
grupos, fossem também abrangentes o suficiente quanto ao 
entendimento e a intervenção nos grupos sociais.
 Lewin foi inovador ao abordar aspectos da personalidade 
como referidos ao contexto cultural e, mais do que isso, 
político ao tratar da presença da democracia dandopolítico, ao tratar da presença da democracia, dando 
status científico a estas considerações.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 É importante considerar o contexto em que são feitas suas 
pesquisas: em meio às Grandes Guerras, num ambiente em 
q e parecia ser preciso marcar a diferença entre o “po oque parecia ser preciso marcar a diferença entre o “povo 
alemão” e o “povo americano” – de sua nova pátria.
 Mesmo reconhecendo os aspectos históricos dos fenômenos Mesmo reconhecendo os aspectos históricos dos fenômenos 
grupais, herança de sua formação científica europeia, Lewin
elabora nessa mesma tradição um entendimento sobre grupos 
tratando daquilo que é “visível”, ainda que seja seu efeito, 
como as forças de atração e de repulsão interindividuais.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
As psicoterapias de grupo
 Assim como os estudados por Kurt Lewin (operários, 
estudantes, soldados), pequenos grupos podem ser 
encontrados no âmbito das psicoterapias de grupo, 
consideradas como modalidade da Psicologia Clínica queconsideradas como modalidade da Psicologia Clínica, que 
vem sendo desenvolvida concomitantemente com os avanços 
das psicoterapias individuais desde o início do século XX e 
como prática que se encontra no âmbito da Psicologia Social.
Fonte: www.tippps.com.mx
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Nessas práticas terapêuticas, será possível apreender uma 
ideia de grupo que ocupa uma posição central no conjunto 
dos conceitos q e as definem e q e lhes oferecem sentidodos conceitos que as definem e que lhes oferecem sentido.
 As soluções oferecidas aos indivíduos que se submetem à 
terapia grupal seja ela estritamente clínica tenha ela um viésterapia grupal, seja ela estritamente clínica, tenha ela um viés 
político ou instrumental, dependem da concepção do que seja 
um grupo. 
 A quantidade e diversidade de orientações, princípios 
e objetivos que sustentam as práticas de terapeutas 
fundamentadas em Bion e Moreno entre outros respondemfundamentadas em Bion e Moreno, entre outros, respondemas diferentes histórias que congregam os vários grupos 
de teóricos e profissionais que se associaram a um ou 
a outro desses nomes.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Quando percorremos no contexto das psicoterapias de grupo, 
assim como as ideias sobre grupos que elas comportam, e 
disc timos a presença do elemento “pert rbador” odiscutimos a presença do elemento “perturbador” – o 
imaginário –, deparamo-nos com um cenário no qual 
há mais semelhanças do que diferenças.ç q ç
 O imaginário será visto, muitas vezes, como componente 
causador de perturbação, justamente quando é mais visível, 
sensual, perceptível, banhado do afeto envolvido nos 
relacionamentos face a face.
 Para Lancetti (1994) a ilusão (o imaginário) é compreendida Para Lancetti (1994), a ilusão (o imaginário) é compreendida 
como um problema que precisa, de alguma forma, ser 
controlado e extraído.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Dos grupos diagnósticos a Psicanálise: 
as críticas de Pontalis e Guattari
 Produzidas durante a década de 1950 e o início dos anos 1960, 
as considerações de Pontalis (1972) sobre a Psicoterapia de 
Grupo comportam referências importantes sobre a questão doGrupo comportam referências importantes sobre a questão do 
contexto e da história no entendimento dos grupos sociais.
 Para Pontalis, o que assegura a existência de um grupo , q g g p
humano é sua função institucional, isto é, o seu lugar num 
universo simbólico.
 O pequeno grupo deve ser pensado não como absolutamente 
independente, mas sempre como inserido no contexto social.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Segundo Pontalis (1972), desde o grupo diagnóstico ou 
terapêutico (T-group), inventado em 1947 nos EUA por 
discíp los de K rt Le in os gr pos são necessariamentediscípulos de Kurt Lewin, os grupos são necessariamente 
artificiais. 
 O T-group seria um grupo sem passado e sem futuro que O T-group seria um grupo sem passado e sem futuro, que 
comporta uma realidade falseada, em que se amplificam 
situações que, na realidade, não teriam a mesma intensidade. 
 A partir daí, a história das intenções e práticas comportadas 
nos trabalhos com grupos inicia-se pelo interesse numa 
Pedagogia comunicativa (é preciso que haja comunicaçãoPedagogia comunicativa (é preciso que haja comunicação 
no grupo), passando pela ênfase no autoconhecimento do 
próprio grupo, de como ele “funciona”, até bastar-se como 
espaço para a experiência, sem nenhuma outra finalidade.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Quando o grupo é entendido como em desenvolvimento, tal 
qual um organismo, isso se dá como tentativa de isolar os 
significados possí eis da e periência gr pal e a Psicoterapiasignificados possíveis da experiência grupal, e a Psicoterapia 
de Grupo continua descaracterizada quanto à sua 
possibilidade de intervenção social – e clínica.p ç
 A contribuição da Psicanálise para a Teoria dos Grupos, 
segundo Pontalis (1972), está inicialmente nas tentativas 
de encontrar, nos grupos, similares das instâncias da 
personalidade da segunda tópica freudiana (ego, superego, 
ideal do ego).ideal do ego).
InteratividadeInteratividade
Kurt Lewin, autor, criador da expressão “dinâmica de grupos”, 
suas pesquisas foram feitas em meio as Grandes Guerras. Foi 
ino ador ao abordar aspectos da personalidadeinovador ao abordar aspectos da personalidade:
a) no contexto cultural e político. 
b) d d éb) nas grandes empresas da época.
c) nas vilas e pequenos vilarejos.
d) d hd) em grupos de recursos humanos.
e) nos grupos de jogadores.
RespostaResposta
a) no contexto cultural e político. 
b) nas grandes empresas da época.
c) nas vilas e pequenos vilarejos.
d) em grupos de recursos humanos.
e) nos grupos de jogadores.
Justificativa: Lewin foi inovador ao abordar aspectos da 
personalidade como referidos ao contexto cultural e, mais do 
i líti t t d d d i d dque isso, político, ao tratar da presença da democracia, dando 
status científico a essas considerações.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Dos grupos diagnósticos a Psicanálise: 
as críticas de Pontalis e Guattari
É É com Bion que a Psicanálise virá a oferecer uma nova 
dimensão para a Psicoterapia de Grupo, com as diferenças 
entre os grupos de base e os grupos de trabalho assim comoentre os grupos de base e os grupos de trabalho, assim como 
o conceito de hipótese de base. 
 Enquanto os grupos de trabalho são aqueles organizados q g p q g
para uma tarefa, os grupos de base caracterizam-se por 
não estarem presos a normas de funcionamento, mas a 
circunstâncias como o horário da sessão de psicoterapiacircunstâncias, como o horário da sessão de psicoterapia.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
De acordo com Bion, citado por Pontalis (1972), o grupo seria um 
agregado de indivíduos, e mais, possuiria um fantasma, isto é:
 “[...] uma realidade estruturada, que age, capaz de informar não 
apenas imagens e sonhos, mas todo o campo do 
comportamento humano” (ididem p 218)comportamento humano . (ididem, p. 218)
 É isso que o grupo provoca nos indivíduos, o efeito desse 
fantasma. 
 Quando o indivíduo se vê face a face com um grupo, isso 
lhe provoca efeitos fantasmáticos, quanto a se o grupo 
é um “bom” objeto – com o qual pode aliar-se –, ou um “mau” 
objeto – um grupo persecutório, que o ameaça de destruição.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Apesar da importância dada a Bion por Pontalis (1972) no que 
diz respeito às ideias sobre grupos contidas no âmbito das 
psicoterapias gr pais é com G attari (2005) q e em tomarpsicoterapias grupais, é com Guattari (2005) que vem tomar 
corpo, mais efetivamente, também por meio da Psicanálise, 
uma dimensão crítica e transformadora.
 Guattari (2005) visa dar sustentação a um projeto político e 
revolucionário de intervenção social, que toma os grupos 
como capazes de movimentos de transformação, desde que 
se leve em conta não só seus aspectos históricos, como 
pretenderia uma concepção marxista, mas também ospretenderia uma concepção marxista, mas também os 
aspectos imaginários dos grupos (o “fantasma” do grupo), 
razão pela qual foi violentamente criticado pelas instituições 
d d f dé d d 1960de esquerda francesas na década de 1960.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 O imaginário, antes de ser uma marca permanente do grupo, 
apresenta-se para Guattari como uma função que não pode 
ser e cl ída da e periência gr pal e assim de e serser excluída da experiência grupal, e assim deve ser 
interpretado.
 Guattari (2005) procura definir mais precisamente as duas Guattari (2005) procura definir mais precisamente as duas 
funções que explicariam os movimentos gerais dos grupos.
 Citando Freud, ele afirma que existe uma série contínua entre , q
o estado amoroso, a hipnose e a formação coletiva – no qual 
estaria a alienação – e que o neurótico acaba por substituir 
suas formações sintomáticas pelas grandes formaçõessuas formações sintomáticas pelas grandes formações 
coletivas (as instituições da humanidade), criando 
seu próprio mundo imaginário.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Da mesma forma, Guattari (2005) acabaria por encontrar algo 
equivalente também nos indivíduos que pertencem a grupos 
sociais mesmo os tidos como re ol cionários como partidossociais, mesmo os tidos como revolucionários, como partidos 
de esquerdaou grupos de jovens, e que poria por terra 
a distinção fácil entre grupos “revolucionários” e “não ç g p
revolucionários” quanto sua potência de transformação social.
 Haveria grupos-sujeito, que se deixam embalar por seus 
fantasmas, e grupos-objeto, nos quais se apresentam 
momentos de subjetividade do grupo.
 Para que um grupo se confirme ou se mantenha como Para que um grupo se confirme ou se mantenha como 
grupo-sujeito, é necessário que haja uma articulação entre a 
criatividade do grupo, sua expressão organizativa e sua 
elaboração teórica.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
A Psicologia Social das categorias sociais
 Reconhecida como tradição e campo de pesquisa científica 
a partir do final da Segunda Grande Guerra, a Psicologia 
Social europeia constitui-se influenciada pela Sociologia de 
Durkheim e em oposição à hegemonia da Psicologia SocialDurkheim e em oposição à hegemonia da Psicologia Social 
americana, situando suas preocupações nos grandes grupos 
sociais e em sua dinâmica (FARR, 2006).
 Ao lado dos esforços para sistematizar métodos e 
procedimentos de pesquisa, os psicólogos sociais europeus 
irão dar especial importância à história e ao contexto istoirão dar especial importância à história e ao contexto, isto 
é, ao tempo, no desenvolvimento de seus trabalhos.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Estarão marcados pela presença de discussões ideológicas, 
por teorias que garantem a prevalência do social, como o 
mar ismo e pelos processos q e e plicam os relacionamentosmarxismo, e pelos processos que explicam os relacionamentos 
intergrupos, como a categorização social, base para se pensar 
a instituição e o pertencimento a grupos.ç p g p
 A importância oferecida aos contextos social e político no 
pós-Guerra e um indicativo dos parâmetros que viriam a 
orientar os pesquisadores na tentativa de explicar, entre 
outros, o comportamento intergrupos, seja na preparação 
para a guerra, seja durante o seu desenrolar.para a guerra, seja durante o seu desenrolar.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Os grupos-alvo dessas pesquisas serão predominantemente 
aqueles das categorias sociais, isto é, grupos caracterizados 
como sem estr t ra e sem leis de f ncionamentocomo sem estrutura e sem leis de funcionamento 
predefinidas, com objetivos circunstanciais, que têm 
membros cuja relação não será necessariamente face a face. j ç
 Nessa tradição, encontram-se os estudos sobre grupos 
desenvolvidos pelas escolas de Bristol e de Genebra, assim 
como os trabalhos realizados a partir da Teoria das 
Representações Sociais de Serge Moscovici.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 A Teoria das Representações Sociais (TRS) de Serge Moscovici
O pensamento do senso comum: os grupos pensam?
 Moscovici tem como ponto de partida a ideia de representações 
coletivas, antes proposta pelo sociólogo francês Émile 
D kh iDurkheim.
 Durkheim (1989, p.513) trata das representações coletivas 
como uma forma de conhecimento próprio da sociedadecomo uma forma de conhecimento, próprio da sociedade, 
que é concebida como um “ser” que pensa: 
 as representações coletivas “correspondem a maneira pela p ç p p
qual esse ser especial, que é a sociedade, pensa as coisas 
de sua própria experiência”.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 A ideia original de Durkheim, que irá sustentar a proposta de 
um objeto próprio para a Sociologia, “um pensamento social”, 
contraria o senso com m e a concepção do pensamentocontraria o senso comum e a concepção do pensamento 
como atributo do indivíduo e abre a porta para considerar-se 
sociedade (e grupos) como entes para os quais cabe ( g p ) p q
reconhecer e, então, estudar os processos que sustentam 
as representações.
 Moscovici subverte, no entanto, a concepção durkheimiana e 
indica que a representação dos objetos e das teorias sobre 
os quais as sociedades humanas têm interesse sãoos quais as sociedades humanas têm interesse são 
reconstruídos por essas sociedades num processo contínuo 
apoiado, fundamentalmente, nas relações entre as pessoas 
i ie os grupos sociais.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Sinteticamente, a TRS apresenta uma concepção que pretende 
atender a um problema crônico nas Ciências Sociais: 
 a relação entre o pensamento científico e aquele que se 
refere ao senso comum, o pensamento do grupo, propondo, 
nesse sentido outro problema: os grupos pensam?nesse sentido, outro problema: os grupos pensam?
 A resposta a essa pergunta não é simples, porque propõe 
a superação de um entendimento bem-estabelecido: o p ç
pensamento, para todos os efeitos, é um fenômeno individual. 
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Como falar de um grupo que pensa? 
 Como entender algo como uma cognição social? 
 Moscovici (2003) vai, assim, construir uma teoria que pretende 
instituir uma maneira diferenciada de conceber a realidade 
d t d ê idos grupos, o seu pensamento e, como decorrência, 
o comportamento e o devir dos grupos humanos.
 Na passagem das teorias científicas para o senso comum Na passagem das teorias científicas para o senso comum, 
num processo mediado pelo diálogo entre os indivíduos, a 
Teoria das Representações Sociais redescobre nos grupos 
sociais uma explicação para o mundo que orienta 
o comportamento dos indivíduos no grupo.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Objetivação e ancoragem
 Moscovici irá considerar que o processo de elaboração de 
uma representação social, que ele caracteriza como âmbito 
da cognição social, pode ser compreendido em razão de dois 
momentos: a objetivação e a ancoragemmomentos: a objetivação e a ancoragem.
 Objetivação: processo pelo qual se tenta reabsorver um 
excesso de significações, materializando-as. g ç ,
 Aqui, Moscovici entende estar a dimensão imagética da 
representação social, que tem importância direta no seu 
processo de disseminação.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Ancoragem: é o outro lado da moeda em relação à objetivação. 
Ajusta o objeto representado à realidade da qual este foi 
sacado promo endo a constit ição de ma rede desacado, promovendo a constituição de uma rede de 
significações em torno dele e orientando as conexões entre 
ele e o meio social.
 É possível verificar o processo de ancoragem na associação 
que podemos fazer entre a prática religiosa católica da 
confissão e a Psicanálise: 
 ambas ocorrendo num espaço reservado, com garantia de 
sigilo possibilidade de se tratar de questões íntimas quesigilo, possibilidade de se tratar de questões íntimas que 
o sujeito não traria para o espaço público. A prática 
psicanalítica como conceito viria ancorar-se, assim, 
no conceito já conhecido de confissão.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Teoria das Representações Sociais e grupos
 De acordo com Moscovici, as representações sociais são 
função dos grupos, de sua experiência e daquilo que os 
identifica, sua identidade.
P d id i d d Pode-se considerar que variam de acordo com 
determinado grupo.
 Moscovici e outros estudiosos da TRS têm recolhido Moscovici e outros estudiosos da TRS têm recolhido 
exemplos de como, em um mesmo grupo, podem conviver 
diferentes representações sociais, o que foi chamado 
de polifasia cognitiva (MOSCOVICI, 1986).
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Moscovici propõe o entendimento nocontexto de debates 
ligados a diversidade do saber e da sua sobreposição, 
e igindo ma e plicação q e desse conta da con i ênciaexigindo uma explicação que desse conta da convivência, 
no cotidiano, de diferentes abordagens do conhecimento, 
que vão da ciência a outras formas embebidas em outras q
racionalidades, como as crenças, as RS etc.
 As RS são definidas no contexto das relações, são entidades 
dinâmicas, mudando de acordo com o contexto social 
em que se apresentam. 
 São relativas assim ao grupo que delas se apropria e mais São relativas, assim, ao grupo que delas se apropria e, mais 
ainda, são função também da linguagem desse grupo, 
e, ainda, de como esse grupo usa a linguagem.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Outro aspecto diz respeito às relações entre as 
representações sociais e o comportamento do grupo.
 Segundo Moscovici (1986), a RS é compreendida também 
como comportando a preparação para a ação.
O t t d i di íd d á O comportamento de um indivíduo ou grupo poderá 
ser entendido como referente ao universo de RS que os 
caracteriza, e o estudo de certa representação social refere-se , p ç
a esse universo em relação ao qual o grupo se orienta.
 A RS apresenta-se e reproduz-se nas conversas do dia a dia, 
nas esquinas, nas praças e nos bares, instalando-se de 
maneira que subverta as normas e a rigidez habituais 
de aprendizagemde aprendizagem. 
InteratividadeInteratividade
Moscovici tomou como ponto de partida a ideia de ___________ 
_____________, antes proposta pelo sociólogo francês Émile 
D rkheimDurkheim.
Preencha a frase assinalando a alternativa que 
a completa corretamente:a completa corretamente:
a) buscas coletivas.
b) representações sociaisb) representações sociais.
c) tradição científica.
d) representações coletivasd) representações coletivas.
e) senso comum.
RespostaResposta
a) buscas coletivas.
b) representações sociais.
c) tradição científica.
d) representações coletivas.
e) senso comum.
Justificativa: Durkheim, considerado um dos fundadores 
da Sociologia como ciência, tem seu trabalho sobre 
t õ l ti d M i irepresentações coletivas usado por Moscovici que se 
apoia nos debates deste autor para iniciar seus estudos.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Teoria das Representações Sociais, imaginário e grupos
 Discutindo as ideias sobre grupos presentes na TRS, autores 
importantes como Jorge Vala e Rom Harre irão afirmar que 
estas classificam os grupos como categoriais. 
A ti d í t t ê i d A partir daí, os autores apontam as consequências dessa 
caracterização para o estabelecimento da TRS como uma 
genuína teoria dos grupos sociais e, mais ainda, para sua g g p , , p
filiação a corrente sociológica de Psicologia Social.
 Em tais considerações, abrem caminho para a introdução 
do imaginário nessa concepção de grupo social.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Segundo Vala (2004), fundamentados no processo de 
categorização, os psicólogos sociais teriam produzido 
pelo menos d as maneiras relati amente distintaspelo menos duas maneiras relativamente distintas 
de considerar um grupo.
 Na perspectiva cognitiva como a de Tajfel e Turner “um Na perspectiva cognitiva, como a de Tajfel e Turner, um 
grupo só existe quando os indivíduos integram na sua 
autodefinição a inclusão numa categoria de pessoas 
produzida pelo processo de categorização” (ibidem, p.381).
 Na perspectiva sóciocognitiva de Doise, “um grupo existe 
quando os indivíduos integram na sua autodefinição aquando os indivíduos integram na sua autodefinição a 
pertença a uma categoria social, sendo que esse processo é 
regulado pela interdependência dos grupos sociais” (ibidem, 
p.381).
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Os indivíduos constroem representações sobre as estruturas 
sociais; estas, por sua vez, organizam a instituição dessas 
representações sociais de forma q e no esforço para orepresentações sociais de forma que, no esforço para o 
estabelecimento dos limites dos grupos, a pergunta “quem 
sou eu” englobe “o que significa ser membro desse grupo”. g q g g p
 Isso quer dizer que a constituição de uma identidade grupal 
é função do universo simbólico (e imaginário) no qual os 
membros desse grupo estão imersos.
 Em oposição a esse entendimento do grupo como uma 
categoria autores que representam uma Psicologia Socialcategoria, autores que representam uma Psicologia Social 
psicológica indicariam, segundo Vala (2004, p.382),
(cont )(cont.)
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 que “um grupo social deve ser considerado como uma 
totalidade dinâmica, caracterizada pela interdependência 
entre os se s membros enq anto ma categoria socialentre os seus membros, enquanto uma categoria social 
corresponde apenas a uma simples coleção de indivíduos
que compartilham, pelo menos, um atributo comum”.q p , p ,
 Assim, só haveria grupo quando houvesse interdependência 
e objetivos comuns, diferentemente do que se encontra numa 
categoria social.
 Mediando essa disputa, o autor sugere que, em vez de se 
pensar uma diferença absoluta entre grupos e categorias sepensar uma diferença absoluta entre grupos e categorias, se 
deve considerar a organização social como um continuum, 
com grupos pré-estruturados (categorias) e grupos 
estruturados (os “grupos” propriamente ditos).
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 Identidade
Identidade-metamorfose
 A ideia de identidade, que provém do senso comum, 
contém o princípio da permanência, da essência, de algo 
t d lti ó i dque pretendemos cultivar como próprio de quem somos: 
sempre os mesmos. 
 Nesse caso a identidade é um objeto que podemos “ter” Nesse caso, a identidade é um objeto que podemos ter , 
que pode ser “nosso”. 
 Se nossa identidade se caracteriza pela mudança permanente p ç p
(processo de transformação), é preciso reconhecer que a 
própria palavra “identidade” não dá conta do que ela 
representa quando significa “aquilo que é idênticorepresenta quando significa “aquilo que é idêntico 
a si mesmo”.
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Identidade e ideologia –
 De acordo com Ciampa (1983), a ideia de identidade diz 
respeito a certa existência que caracteriza cada um de nós 
e refere-se também a um lugar social pela nossa vinculação 
a um determinado grupoa um determinado grupo.
 A identidade corresponde a uma construção social e é, 
portanto, histórica.p ,
 Forjada nas relações entre os indivíduos e nos grupos, 
dependente dos outros, ela se faz e se refaz nas relações, de 
tal modo que podemos dizer que somos nas relações e, assim, 
como sugere Ciampa (1983), metamorfoses ambulantes.
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Identidade e grupos
 A identidade que se presta a marcar uma existência particular 
tem a dimensão de uma coisa, de um bem, quando os grupos 
deixam de carregar sua dimensão imaginária.
R lt d d i tâ i hi tó i ô i líti Resultado de circunstâncias históricas, econômicas, políticas 
e, em última instância, sociais, essa identidade tende a ser 
algo que possuímos, por herança ou por esforço próprio, g q p , p ç p ç p p ,
mas esforço de empresário, não de autor.
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Processos grupais
 Lane (2006) insiste em tratar o grupo como processo ao 
caracterizá-lo como uma unidade que não se faz como 
permanente, que se constitui fundamentalmente de pessoas 
e relações e que está inserida num determinado contextoerelações e que está inserida num determinado contexto 
histórico e social. 
 Ora, tudo isso que irá compor a concepção e a materialidade , q p pç
dos grupos é sujeito à passagem do tempo, muda, 
transforma-se por conta dessa passagem. 
É É por isso que se poderá, assim, falar em processo, porque 
o grupo só existe sendo; não é coisa que possa ser abstraída 
de sua condição históricade sua condição histórica.
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 No debate sobre a Psicologia dos Grupos, a literatura 
psicológica e sociológica trata dos grandes conjuntos 
h manos nas sociedades contemporâneas como “massa”humanos nas sociedades contemporâneas como “massa”:
 um agregado informe de indivíduos que não se conhecem 
pessoalmente sem vínculos sem objetivos comuns entrepessoalmente, sem vínculos, sem objetivos comuns, entre 
os quais não se pode reconhecer autonomia, mas apenas 
a sujeição a ideias e opiniões produzidas em outros lugares 
e impostas a esses conjuntos, usualmente, pela mídia.
 Seu comportamento, segundo cientistas sociais como Le Bon 
(2008) pode ser entendido como o de uma “manada” sujeita a(2008), pode ser entendido como o de uma “manada”, sujeita a 
interferências sem a mediação da razão.
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Classificando os grupos sociais
 Microgrupos, ou grupos primários, como a família, são 
importantes para a produção da subjetividade e para a 
manutenção de ideias e ideais sociais. Sua presença é 
praticamente universal os indivíduos têm experiências de sipraticamente universal, os indivíduos têm experiências de si 
simultaneamente vinculadas à presença de outras pessoas.
 Macrogrupos, ou grupos secundários, são grupos de outra g p , g p , g p
ordem e não se diferenciam dos microgrupos necessariamente 
pelo tamanho. Do ponto de vista dinâmico, substituem 
progressivamente os grupos primários contribuindo paraprogressivamente os grupos primários, contribuindo para 
que a socialização se faça com mais intensidade a partir 
dos macrogrupos.
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Os grupos operativos
 Pensada como teoria e técnica que se presta à formação de 
equipes (grupos), por meio da Teoria dos Grupos Operativos, 
Enrique Pichon-Rivière procurava responder basicamente a 
algumas questões:algumas questões:
 O que e preciso para trabalhar em grupo? 
 Como contribuir para a elaboração de uma tarefa em grupo? Como contribuir para a elaboração de uma tarefa em grupo?
 Para tentar respondê-las, propôs a prática dos grupos 
operativos, instituída inicialmente no horizonte do seu p ,
trabalho como professor e educador.
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 Tendo como ponto de partida uma definição mínima do 
que é um grupo social, ou seja, conjunto de pessoas com 
m objeti o com m q e proc ra trabalhar em eq ipeum objetivo comum que procura trabalhar em equipe, 
o grupo operativo pode ser assim compreendido como 
um treinamento para trabalhar como equipe, incluída p q p ,
aqui a retificação das posições estereotipadas que 
sustentam esse grupo.
 Uma ideia importante para a compreensão do trabalho grupal 
é o Esquema conceitual, referencial e operativo (Ecro) grupal. 
Os participantes do grupo trazem para o encontro umOs participantes do grupo trazem para o encontro um 
esquema, uma série de saberes, de conhecimentos e 
entendimentos do mundo que, no grupo, irão se atualizar, 
f t d d tconfrontando os esquemas uns dos outros.
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 Outro aspecto importante nas relações construídas no grupo 
operativo e a subversão dos papéis estereotipados e das 
relações entre esses papéis como professor al norelações entre esses papéis, como professor-aluno, 
profissional-cliente, autoridade-sujeito.
 A “aprendizagem” do grupo deve ser compreendida como um A aprendizagem do grupo deve ser compreendida como um 
processo contínuo e com oscilações – momentos de ensinar 
e de aprender.
 Nesse sentido, em vez do uso das expressões “ensino” e 
“aprendizagem”, vai-se construir um neologismo, isto é, 
inventar uma palavra que contemple uma relação horizontalinventar uma palavra que contemple uma relação horizontal 
entre esses dois polos sem suprimir diferentes funções; 
a palavra “ensinagem” irá apontar essa novidade.
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 As funções exercidas num grupo, de acordo com Pichon-
Riviere, contam das maneiras de, no grupo, lidar com os 
temores en ol idos na s a instit ição e man tenção Essastemores envolvidos na sua instituição e manutenção. Essas 
funções, que não são fixas e podem circular no grupo, entre 
os participantes e de um encontro para outro, têm diferentes p p p ,
formulações, mas podem ser resumidas nas seguintes: 
porta-voz, bode expiatório, líder, líder da resistência, detentor 
do silênciodo silêncio.
 Dentro do grupo, os participantes eventualmente ocupam 
esses lugares durante o embate para a elaboração dasesses lugares durante o embate para a elaboração das 
ansiedades básicas que acompanham a instituição do grupo 
e seu direcionamento para um projeto comum: a ansiedade 
id i d d d i i dparanoide e a ansiedade depressiva, apoiadas na 
Teoria Psicanalítica de Melanie Klein.
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 Psicologia Social e mudança
Grupos e transformação social
 O enfrentamento de questões típicas dos indivíduos envolvidos 
em grupos e instituições sociais tem sido alvo constante da 
P i l i d á t b lh d ãPsicologia, encampando áreas como o trabalho, a educação, 
a saúde e a assistência social.
 Experiências de ação com grupos sociais indicam que as Experiências de ação com grupos sociais, indicam que as 
ações que promovem mudanças se dão tanto nos espaços 
macro, do formato e da organização do grupo, quanto nos 
micro, da dinâmica dos relacionamentos e afetos nos grupos.
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 A literatura sobre as ações com grupos sociais preconiza 
diferentes momentos.
 O primeiro deles diz respeito à caracterização, o que vai 
acontecer, de fato, durante todo o processo da intervenção. 
C i t l li i ã b l Consiste em localizar quais são seus membros e os lugares 
por eles ocupados, o mapeamento das posições relativas 
empregadas pelos atores institucionais, a localização das p g p , ç
forças de coesão e afastamento envolvidas nesses 
relacionamentos e a identificação das fantasias associadas 
a esses lugaresa esses lugares.
 Tal reconhecimento implica conhecer e analisar a própria 
história do grupo como parte daquilo que determina suahistória do grupo como parte daquilo que determina sua 
dinâmica de lugares e afetos.
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 De acordo com Neiva (2010), as intervenções psicossociais 
como práticas de transformação e de pesquisa têm uma 
presença recente no âmbito da Psicologia embora apresença recente no âmbito da Psicologia, embora a 
preocupação com o bem-estar de indivíduos e grupos tenha 
estado sempre no horizonte dos interesses dos psicólogos.p p g
 Características básicas das intervenções psicossociais: seu 
caráter científico, unindo a pesquisa à ação; preocupação 
em gerar mudança e desenvolvimento; foco em grupos, 
instituições e comunidades; ação sobre os problemas atuais 
da sociedade e as necessidades psicossociais de grupos,da sociedade e as necessidades psicossociais de grupos, 
instituições e/ou comunidades; intervenção focada; caráter 
predominantementepreventivo; levar em conta o contexto 
i l lt l i l i di id d dsocial e cultural; e incluir a diversidade do grupo, 
da instituição e/ou da comunidade
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 É importante fazer a distinção entre processos psicossociais 
e ações psicossociais. 
 Esse constructo, o processo psicossocial, tem sido utilizado 
na literatura psicológica, nem sempre com a devida acuidade, 
muitas vezes indicando um campo impreciso entre o individualmuitas vezes indicando um campo impreciso entre o individual 
e o social, ou apenas referindo certa prática (“intervenção 
psicossocial”). 
 A preocupação com os grupos sociais face a face, como numa 
família, vai constituir o primeiro objeto daqueles interessados 
em tratar da dinâmica dos (pequenos) grupos no caminho daem tratar da dinâmica dos (pequenos) grupos no caminho da 
mudança e do combate a exclusão. 
InteratividadeInteratividade
De acordo com Ciampa (1983), a ideia de identidade diz respeito 
a certa existência que caracteriza cada um de nós e refere-se 
também m l gar social pela nossa inc lação a mtambém um lugar social pela nossa vinculação a um 
determinado grupo. Assim, podemos afirmar que a identidade:
a) é uma invenção sociala) é uma invenção social.
b) surge das expectativas do sujeito.
c) corresponde a uma construção social e históricac) corresponde a uma construção social e histórica.
d) nasce da convivência da pessoa com o seu grupo.
e) parte do imaginário do grupo familiare) parte do imaginário do grupo familiar.
RespostaResposta
a) é uma invenção social.
b) surge das expectativas do sujeito.
c) corresponde a uma construção social e histórica.
d) nasce da convivência da pessoa com o seu grupo.
e) parte do imaginário do grupo familiar.
Justificativa: a identidade corresponde a uma construção social p ç
e é, portanto, histórica. Forjada nas relações entre os indivíduos 
e nos grupos, dependente dos outros, ela se faz e se refaz nas 
relaçõesrelações.
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A comunidade 
 Associada à vida comum e solidária, a comunidade está em 
oposição à vida típica do mundo globalizado, individualista 
e competitiva, entendimento que guarda um saudosismo 
de volta às origensde volta às origens. 
 Em contrapartida, deve-se considerar que, na história desse 
entendimento, a ideia de comunidade também foi combatida ,
quando, desde o iluminismo, a comunidade e a tradição foram 
tomadas como inimigas das mudanças sociais e do progresso. 
 Tais utopias comunitárias seriam reativas ao individualismo 
e à modernidade.
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 Em meados do século XX, especialmente na Psicologia, 
o termo “comunidade” foi associado com grande ênfase 
a m modelo de inter enção social de origem americanaa um modelo de intervenção social de origem americana, 
cujo mote era a melhora das condições de vida por meio 
da “modernização” cultural e econômica. ç
 A fragilidade desse entendimento estava tanto na sua 
definição espacial – comunidade associada a bairros pobres 
e proletários – quanto na ideia de normatização, como forma 
de integração.
 Guareschi (1996) afirma que é preciso buscar a presença Guareschi (1996) afirma que é preciso buscar a presença 
da comunidade nos grupos. A comunidade não é uma 
decorrência necessária do fenômeno grupal, nem sempre 
havendo grupo, há comunidade.
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 Essa presença depende, assim, de um tipo especial de relação 
entre os participantes daquele grupo, uma relação na qual, 
como s gere o a tor seg indo m mote mar ista todos oscomo sugere o autor seguindo um mote marxista, todos os 
indivíduos daquele grupo possam ser reconhecidos pelo 
nome, todos possam falar e ser ouvidos, um grupo – uma , p , g p
relação – em que as pessoas se conhecem e se estimam.
 Esse processo de construção da comunidade não ocorre, 
evidentemente, somente no âmbito da miséria e do abandono 
social – embora nesses grupos a “função” comunidade possa 
ser especialmente importante para potencializar açõesser especialmente importante para potencializar ações 
reivindicatórias e de transformação social.
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 Psicologia Social Comunitária
Histórico da Psicologia Social Comunitária
 De acordo com Sawaia (1999), a Psicologia Comunitária é a 
ciência que tem por objeto a exclusão, numa perspectiva que 
t lid d i tífi t d ãnega a neutralidade científica e que pretende não apenas 
interpretar o mundo teoricamente, mas transformá-lo.
 Os primeiros trabalhos que lidaram com as práticas Os primeiros trabalhos que lidaram com as práticas 
comunitárias no Brasil foram realizados no meio rural, 
e seus propositores eram, na sua maioria, cientistas sociais 
preocupados com a organização de grupos que pudessem 
gestar práticas assistenciais, especialmente na educação 
(LANE 2002)(LANE, 2002).
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 Contando com o apoio da Igreja Católica, essas iniciativas da 
década de 1940 originaram os primeiros centros comunitários. 
 Logo após, no contexto do pós-Guerra, com o apoio do 
governo americano, são instituídos, com o mesmo nome 
de centros comunitários grupos voltados para ode centros comunitários, grupos voltados para o 
“desenvolvimento” das comunidades, numa perspectiva que 
abolia a crítica e, fora das discussões ideológicas, localizava 
nos próprios sujeitos pobres e excluídos as condições 
de sua exclusão.
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 O modelo assistencialista continua existindo em várias 
localidades brasileiras, com base na “doação” de bens e 
ser iços para com nidades carentes com o apoio dosserviços para comunidades carentes, com o apoio dos 
governos e da sociedade civil, e é, de certa forma, 
hegemônico. g
 Essas ações caracterizam-se pelo apelo ao trabalho voluntário, 
a ação localizada, pontual, descontextualizada e acrítica. 
 A ação do psicólogo restringe-se à clínica e está distanciada 
de uma posição profissional engajada e comprometida 
com o combate efetivo a exclusão (SAWAIA 2002)com o combate efetivo a exclusão (SAWAIA, 2002).
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Segundo Freitas (2002), nos primeiros anos da década 
de 1960, ocorrem, no Brasil, significativas tentativas de 
transformação projetos q e b scam o desen ol imentotransformação, projetos que buscam o desenvolvimento 
de uma consciência crítica na população. Profissionais da 
Psicologia e das Ciências Humanas em geral participaram g g p p
do movimento da educação popular. 
 Há uma grande mobilização em direção a ações voltadas 
para a alfabetização de adultos, vista como instrumento 
fundamental de libertação e conscientização. 
 Tais trabalhos baseados na metodologia de Paulo Freire Tais trabalhos, baseados na metodologia de Paulo Freire, 
levaram os psicólogos a iniciar, na década de 1970, atividades 
de educação popular em comunidades carentes, “tendo como 
meta a conscientização da população” (LANE, 2002, p.18).
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Em março de 1964, instaura-se o Regime Militar no país, 
que contribui para um recrudescimento dessas condições, 
assim como para instalar m regime de terror na sociedadeassim como para instalar um regime de terror na sociedade.
 O Brasil é obrigado a conviver com um sistema de governo 
que põe fim a vários direitos civis enquanto as contradiçõesque põe fim avários direitos civis, enquanto as contradições 
existentes na realidade social vão criando situações concretas 
na vida das pessoas, sobre as quais vários profissionais 
passam a atuar (IGLESIAS apud FREITAS, 2002, p.58-9).
 De acordo com Lane (2002), a Psicologia Comunitária no 
Brasil é uma prática que se iniciou por volta da década deBrasil é uma prática que se iniciou por volta da década de 
1960, a partir de uma aproximação dos profissionais 
e das populações carentes.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 A Psicologia Social Comunitária precisa ser pensada, 
segundo Lane (2002), como uma prática inserida na 
conj nt ra econômico política da America Latina e do Brasilconjuntura econômico-política da America Latina e do Brasil 
daquela época. 
 Durante as décadas de 1960 e 1970 o país particularmente Durante as décadas de 1960 e 1970, o país particularmente 
passou por um momento político bastante conturbado, no 
qual, sob o domínio dos militares, a violência e a repressão 
eram praticadas de forma institucionalizada, “quando uma 
reunião de cinco pessoas já era considerada subversão” 
(LANE, 2002, p.17).(LANE, 2002, p.17).
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Historicamente, surgida em meio à crise da Psicologia Social, 
em meados dos anos 1970, a Psicologia Social Comunitária 
apresento se como ma abordagem diferenciada dosapresentou-se como uma abordagem diferenciada dos 
modelos assistencialistas e voltada para outra inserção 
profissional e política do psicólogo.p p p g
 As práticas em Psicologia Comunitária sofreram duramente 
em suas primeiras investidas. 
 Isso ocorria, de um lado, pelas dificuldades metodológicas e 
teóricas que as ações de campo representavam – o psicólogo 
sai do conforto do consultório da sala de aula e dossai do conforto do consultório, da sala de aula e dos 
gabinetes acadêmicos, literalmente, para a rua, solicitando 
um grande desafio em sua nova inserção.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
O papel da formação profissional para a ação comunitária
 O contexto histórico pode ser caracterizado, ao longo da 
década de 1960, por confrontos entre o Estado e as forças 
capitalistas, de um lado, e a sociedade civil e suas 
reivindicações em prol de suas necessidades básicasreivindicações em prol de suas necessidades básicas, 
de outro.
 As greves espalham-se por vários setores da produção e dos g p p p ç
serviços, o desemprego atinge números assustadores e a 
inflação e o custo de vida são insuportáveis para as classes 
trabalhadoras e para a população em geraltrabalhadoras e para a população em geral.
 A profissão de psicólogo encontrava-se em seu processo de 
regulamentação e sua atuação na sociedade vinha crescendoregulamentação, e sua atuação na sociedade vinha crescendo 
em diversos segmentos do mercado de trabalho.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
As práticas da Psicologia em comunidades 
 Os primeiros trabalhos chamados de comunitários foram 
realizados por cientistas sociais em comunidades da zona 
rural, por volta da década de 1940, na América Latina. 
F i d é h d “ t i i ” Foram criados, na época, os chamados “centros sociais”, 
precursores dos centros comunitários atuais, mas que 
duravam pouco tempo e: “[...] contavam com o apoio da Igreja p p [ ] p g j
Católica, de assistentes sociais e órgãos governamentais, 
criando equipes itinerantes interdisciplinares (médicos, 
agrônomos assistentes sociais e outros) que procuravamagrônomos, assistentes sociais e outros) que procuravam 
organizar grupos locais que dessem continuidade aos 
trabalhos propostos – basicamente educativos” (LANE, 
2002, p.26).
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Essencialmente, as atividades desenvolvidas nesses centros 
apresentavam pouco ou nenhum engajamento critico ou político. 
 Visavam desenvolver as potencialidades dos indivíduos por 
meio da ação comunitária e, de forma indireta, também 
a sociedadea sociedade.
 Seu primeiro foco de trabalho foi a busca pela erradicação do 
analfabetismo, seguido “do ensino de tecnologias agrícolas” , g g g
(LANE, 2002, p.27)
 Num segundo momento, o trabalho era voltado para a criação 
de instituições que promovessem maior integração social na 
região.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 Em 1969, na cidade de Amparo, interior do Estado de São 
Paulo, foi criado um centro comunitário que buscava “atuar na 
saúde pre enti a e c rati a e na ed cação formal e informalsaúde preventiva e curativa e na educação formal e informal, 
tendo por finalidade promover o homem, integrando-o no 
meio em que vive” (LANR, 2002, p.27-28). q ( , , p )
 Freitas (2002, p.61-62) também aponta outros trabalhos 
desenvolvidos durante a década de 1960 na Paraíba, 
contando com psicólogos formados em São Paulo.
 Os trabalhos eram realizados pelos psicólogos de maneira 
voluntária ligados à consciência de seu papel de agentesvoluntária, ligados à consciência de seu papel de agentes 
políticos transformadores junto a essas populações.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Os fundamentos da Psicologia Social Comunitária–
 A Psicologia Comunitária dedica-se a estudar e compreender 
o cenário de questões psicossociais que caracterizam uma 
comunidade, assim como intervir nele. Salienta-se por sua 
praticidade e pela diversidade das opções teóricas epraticidade e pela diversidade das opções teóricas e 
intencionalidades que estruturam seus fazeres (SCARPARO; 
GUARESCHI, 2007).
A Psicologia Social Comunitária e o Serviço Social 
no mundo globalizado
 As mudanças de ordem global têm consequências muito 
importantes também no âmbito cultural, porque são capazes 
de promover transformações intensas na vivência maisde promover transformações intensas na vivência mais 
direta das pessoas.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 É fundamental que o AS conheça com maior profundidade 
os trabalhos da Psicologia Comunitária, como forma de auxiliar 
na dil ição dos preconceitos e fantasias do senso com mna diluição dos preconceitos e fantasias do senso comum 
acerca do trabalho do psicólogo e dos métodos que utiliza em 
sua prática, para que, a partir disso, possa aproveitar e p , p q , p , p p
assimilar contribuições que ele é capaz de oferecer.
 Psicologia nas políticas públicas de saúde e desenvolvimento 
social.
Psicologia e políticas públicas 
 A questão social, é tratada por meio de políticas sociais 
setorizadas (saúde, educação, desenvolvimento social, 
segurança etc ) que procuram tratar das suas sequelassegurança etc.) que procuram tratar das suas sequelas, 
cenário no qual virão atuar as profissões do setor de...
(cont.)
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 ... bem-estar, como a Psicologia, para lidar com a importância 
e os limites dessa atuação.
É É preciso elaborar políticas públicas que levem em conta a 
historicidade das experiências subjetivas e que não podem 
ser construídas para sujeitos universais – ou únicos – sobser construídas para sujeitos universais – ou únicos –, sob 
o perigo de estas contribuírem para a manutenção 
da desigualdade.
Subjetividade e práticas de prevenção em saúde coletiva
 As ações de saúde desenvolvidas sob o espírito pioneiro e 
transformador do SUS, presentes nos programas de atenção 
a saúde, como o Programa de Atenção Integral à Saúde da 
Mulher (Paism) ou na Estratégia Saúde da Família (PSF)Mulher (Paism) ou na Estratégia Saúde da Família (PSF), ...
(cont.)Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
 ... são exemplos de como o profissional de Psicologia pode 
ser solicitado a sair de seu invólucro teórico-técnico.
A contribuição da Psicologia para as ações no Sistema Cras/Suas
 O objetivo das políticas públicas, compreendido como ir ao 
t d j it h i t t d f lencontro do sujeito e acompanhar o importante quando se fala 
das políticas públicas de assistência e desenvolvimento social.
 A participação dos psicólogos nas políticas públicas A participação dos psicólogos nas políticas públicas, 
indicados como os profissionais que atuariam com os AS, 
reflete o reconhecimento das contribuições técnicas e políticas 
que esses profissionais poderiam trazer para a associação 
na consolidação da Pnas.
Psicologia dos Grupos e SubjetividadePsicologia dos Grupos e Subjetividade
Formação profissional do psicólogo social
 O lugar e a contribuição da Psicologia para as políticas 
públicas e a questão social devem ser considerados a partir 
tanto da sua inserção profissional quanto da produção de 
conhecimento – e das escolhas envolvidas nessa produçãoconhecimento – e das escolhas envolvidas nessa produção. 
 A formação de profissionais é elemento fundante desse 
embate, ensejando a discussão sobre a partir de que , j p q
referenciais os futuros profissionais devem ser capacitados 
e inseridos, isso tanto na Psicologia quanto nas outras 
carreiras que fazem interface com as políticas decarreiras que fazem interface com as políticas de 
bem-estar – na saúde, na educação e na assistência social.
InteratividadeInteratividade
Os primeiros trabalhos que lidaram com as práticas comunitárias 
no Brasil foram realizados:
a) nas grandes cidades.
b) no meio rural.
c) nas escolas públicas.
d) nas cidades de pequeno porte.
e) nos centros universitários.
RespostaResposta
a) nas grandes cidades.
b) no meio rural.
c) nas escolas públicas.
d) nas cidades de pequeno porte.
e) nos centros universitários.
Justificativa: foi no meio rural que os primeiros trabalhos q p
comunitários foram realizados, contavam com o apoio 
da Igreja Católica, dando início, na década de 1940,
aos centros comunitáriosaos centros comunitários.
ATÉ A PRÓXIMA!ATÉ A PRÓXIMA!

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