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VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA EM PACIENTES CRÍTICOS Profa. Dra. Juliana Duarte Leandro DEFINIÇÃO ü Entende-se por ventilação não-invasiva todo suporte ventilatório fornecido ao paciente sem a presença de cânula na via aérea, ou seja, sem intubação traqueal ou traqueostomia. ü As interfaces mais usadas para a oferta do suporte ventilatório são as máscaras, que podem ser nasais, oronasais ou faciais, existindo ainda capacetes e peças bocais e nasais DEFINIÇÕES TIPOS DE INTERFACES TIPOS DE INTERFACES Nasal: Utilizadas em pacientes mais conscientes e colaborativos, posicionada sobre a base do nariz e acima do lábio superior. Oronasal: Utilizadas em pacientes que não se adaptam à máscara nasal; abrange nariz e boca, contornando a base do nariz até região entre queixo e lábio inferior. ü Facial Total ( Full Face ): Utilizada nos casos de escaras faciais ou quando não há uma boa adaptação dos outros tipos de interface JULIANA DUARTE helmet: Mais nova no mercado, ainda com poucos trabalhos que comprovem a sua eficácia, muito confortável para o paciente FIXADORES FIXADORES INSTALAÇÃO INSTALAÇÃO INTERFACES - MÁSCARAS ü Vazamento é diretamente proporcional a pressão positiva ü Inversamente proporcional fixação ü Quanto > a pressão de fixação < a tolerância ü Aumento da chance de ocorrer lesões traumáticas ü Ressecamento da córnea ü Incômodo INTERFACES - MÁSCARAS OBJETIVO ü Aumentar a ventilação alveolar ü Melhorar as trocas gasosas pulmonares ü Diminuir o trabalho respiratório ü Repouso parcial da musculatura respiratória ü Manutenção e melhora dos volumes pulmonares ü Diminuição da dispnéia OBJETIVO INDICAÇÃO ü Dispnéia moderada ou grave ü FR acima de 24 ipm ( > 30 a 35 ipm ) ü Uso de músculos acessórios da respiração ü Incapacidade de manter a ventilação espontânea ü PaCO < 50 mmHg e pH > 7,25. INDICAÇÕES Iniciar com 2 níveis pressóricos ICAÇÕES PATOLOGICAS INDICAÇÕES PATOLÓGICAS DESVANTAGENS: ü Exige experiência e dedicação da equipe ü Consumo maior de tempo junto ao paciente ü Risco de vômito e aspiração ü Risco de distensão abdominal JULIANA DUARTE Nível 1 – recomendação baseada em estudos clínicos randomizados e em revisões sistemáticas • Exacerbação de DPOC; • Edema agudo de pulmão cardiogênico; • Desmame e extubação de pacientes com DPOC; • Insuficiência respiratória hipoxêmica em imunodeprimidos. Nível 2 – recomendação baseada em revisões sistemáticas de estudos de coorte • Pacientes que recusam intubação, em estado terminal e sob cuidados paliativos; • Prevenção de falência de extubação em pacientes com DPOC ou edema agudo de pulmão cardiogênico; • Pneumonia adquirida na comunidade em pacientes com DPOC; • Asma; • Insuficiência respiratória em pós-operatório (prevenção e tratamento. Nível 3 – revisão sistemática de estudos caso-controle • Doença neuromuscular e cifoescoliose; • Obstrução parcial de vias aéreas superiores; • Trauma torácico. Nível 4 – série de casos (estudo de coorte e caso-controle de qualidade ruim) • Fibrose cística; • Hipoventilação por obesidade. CONTRA INDICAÇÕES CONTRA INDICAÇÕES MODOS VENTILATORIOS Os ventiladores específicos para VNIPP podem fornecê-la em duas modalidades: ü CPAP (do inglês, “continuous positive airway pressure”): o mesmo nível de pressão positiva é aplicado nas vias aéreas durante a inspiração e a expiração. ü Todos os ciclos são espontâneos, não havendo ajuste de frequência respiratória; MODOS VENTILATÓRIOS CPAP (Gerador de fluxo) CPAP (Gerador de Fluxo) ü CPAP (continuous positive airway pressure) ü Pressão positiva constante nas vias aéreas tanto na inspiração quanto na expiração. ü Na válvula expiratória é conectado uma válvula de PEEP. CPAP (Gerador de fluxo) Ajustes do Gerador de Fluxo: ü Fluxo – 40 a 60 l/min ü Peep – 5 a 10 cm H2O CPAP (Gerador de Fluxo) 1. Equipamentos de CPAP: Os equipamentos de CPAP se dividem basicamente em 2 linhas: a) CPAP Automático – Também conhecido como Auto-ajustável. b) CPAP de Pressão Fixa – Os equipamentos de CPAP de Pressão Fixa são regulados de acordo com a pressão indicada. Os equipamentos de Pressão Fixa se sub-dividem em 2 tipos: b.1) CPAP de Pressão Fixa Básico; e b.2) CPAP de Pressão Fixa com Alívio de Pressão Expiratório. CPAP (Aparelho) CPAP - automático CPAP (Automático) CPAP - pressão fixa CPAP (Pressão fixa básica) CPAP (Pressão fixa com alivio da pressão expiratória) MODOS VENTILATORIOS BiPAP (do inglês “bilevel positive airway pressure”): ü Dois níveis de pressão positiva são fornecidos nas vias aéreas, um maior na inspiração (IPAP), outro menor na expiração (EPAP). ü disparo do ciclo (mudança de EPAP para IPAP) é dado por esforço do paciente e/ou por ajuste prévio da frequência respiratória (como se fossem ciclos espontâneos e assistidos, respectivamente). ü A ciclagem (mudança de IPAP para EPAP) é dada, na maioria dos aparelhos, pela redução do fluxo inspiratório ou após um tempo pré- determinado. MODOS VENTILATÓRIOS BINIVEL APARELHO BINIVEL (Aparelho) BINIVEL (espontâneo) BINIVEL (espontâneo/temporizado) BINIVEL (espontâneo/temporizado) PRESSÃO DE SUPORTE/PEEP Gráficos INTERFACES - MÁSCARAS Redução da frequência respiratória Redução do uso de musculatura acessória Aumento da pressão parcial de O2 e Sat Melhora do nível de consciência SUCESSO INSTALAÇÃO ü Explicar procedimento e orientar paciente ü Cabeceira elevada a 45º ü Permanecer ao lado do paciente segurando a máscara ü Iniciar a terapia com baixas pressões aumentando conforme a necessidade do doente ü Proteger a base do nariz com “pele artificial” INSTALAÇÃO INSTALAÇÃO ü Fixar a máscara com cuidado ü Ajustar PI ( IPAP ) afim de se obter VC = 6 - 8 ml/kg ü Ajustar Peep ( EPAP ) e FIO2 para SatO2 ü Ligar alarmes do ventilador e monitorar o paciente ü Reavaliar o paciente periodicamente INSTALAÇÃO FALÊNCIA DA VMNI JULIANA DUARTE ü Incapacidade de melhorar as trocas gasosas e a dispnéia ü Desconforto respiratório ü Incapacidade de melhorar o nível de consciência após 30 min de VNI ü Intolerância ao uso da máscara ü Presença de distensão abdominal ü Instabilidade hemodinâmica e/ou arritmias ü Piora das trocas gasosas ü Não correção dos gases em até 30- 40 min de terapia FALÊNCIA DA VMNI COMPLICAÇÕES VMNI Complicações relacionadas à máscara: ü desconforto; ü claustrofobia; ü eritema ou edema; ü ulceração na base do nariz. Complicações relacionadas ao fluxo de ar ou à pressão gerada: ü congestão nasal; ü dor local; ü ressecamento nasal e/ou oral; ü conjuntivite; ü distensão gástrica; ü vazamentos. COMPLICAÇÕES DA VMNI JULIANA DUARTE TRATAMENTO APNEIA BIPAP: IPAP = 12 a 18 cmH2O. EPAP = 5 a 8 cmH2O. DPOC na tentativa de manter a frequência respiratória entre 20 e 30 irpm e o volume corrente ao redor de 8 ml/kg TRATAMENTO APNEIA BIPAP = Ipap 15 e Epap 5 a 10 cm H20 CPAP = 5 a 10 cmH2O. Edema Agudo Pulmão 2 estudos multicêntricos não mostraram superioridade do CPAP ou do BiPAP sobre o tratamento clínico em relação à mortalidade ou necessidade de intubação. APNÉIA DO SONO A apneia dosono é um distúrbio do sono potencialmente grave em que a respiração para e começa repetidamente. Pessoas com apneia obstrutiva do sono podem, inclusive, não estar cientes de que têm o problema. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 50% da população brasileira se queixa de qualidade de sono ruim e 33% sofre de apneia do sono APNÉIA DO SONO SONO SONO Aparelho CPAP Caso Clínico Paciente com quadro clinico de dispneia moderada, uso de musculatura acessória, secreção rósea em grande quantidade. Vamos tentar reverter este quadro com VMNI? Caso Clínico Paciente fumante 30 anos, deu entrada no hospital com forte dispneia, uso de musculatura acessória, tosse persistente com secreção em grande quantidade esverdeada, saturando 84% Vamos tentar reverter este quadro com VMNI?
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