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RELATORIO FINAL - TCC ELIANE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
 
 
 
ELIANE DA SILVA FERREIRA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
INCLUSÃO ESCOLAR, ENSINO E APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: ESTUDO 
DE CASO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAJEDO 
2019
 
ELIANE DA SILVA FERREIRA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
INCLUSÃO ESCOLAR, ENSINO E APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: ESTUDO 
DE CASO. 
 
 
 
 
Relatório de Estágio apresentado na 
disciplina de Trabalho de Conclusão de 
Curso: Relatório de Estágio do Curso de 
Especialização Lato Sensu em 
Psicopedagogia Institucional do Programa de 
Pós-Graduação Lato Sensu do Centro 
Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi. 
Orientador(a): ELESSANDRA DOS SANTOS 
SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAJEDO 
2019
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................3 
2. Direito de ensino-aprendizagem formal para crianças com PC...........................5 
2.1. Especialidades da Paralisia Cerebral............................................................6 
2.2. Inclusão escolar, ensino e aprendizagem de crianças com PC....................6 
3. OBSERVAÇÃO............................................................................................. ......7 
4. COLETA E ANALISE DOS DADOS OBSERVADOS.........................................8 
5. INTERVENÇÕES...............................................................................................10 
5.1. Registro e análise das intervenções............................................................10 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................12 
REFERÊNCIAS..................................................................................................13 
ANEXOS....................................................................................................... ......14 
ANEXO 1 – CARTA DE APRESENTAÇÃO........................................................15 
ANEXO 2 – TERMO DE COMPROMISSO.........................................................16 
ANEXO 3 – TERMO DE CONSENTIMENTO.....................................................17 
ANEXO 4 – DECLARAÇÃO DE ESTÁGIO........................................................18 
ANEXO 5 – AUTORIZAÇÃO DOS PAIS............................................................19 
ANEXO 6 – LAUDO DO ESTUDANTE..............................................................20 
ANEXO 7 – ROTEIRO DE INTERVENÇÃO......................................................21 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As teorias e iniciativas da política inclusiva são problemas que pedem análises 
e soluções urgentes. Nessa perspectiva a discussão sobre a inclusão de alunos com 
deficiência na escola regular assume um caráter peculiar. Embora, a esse respeito, o 
sistema escolar tente alinhar-se com a legislação e com posturas avançadas em 
relação aos direitos sociais, sua ação tem sido limitada no sentido de realizar 
concretamente à prática da educação inclusiva. 
A inclusão de alunos com deficiência no ensino regular é algo muito discutido 
nos dias atuais, as diferentes reformulações políticas, tal qual a Declaração de 
Salamanca, permitiu que esse fato (a educação inclusiva) pudesse tomar maiores 
proporções até chegar à realidade. 
 A educação inclusiva é uma realidade de nossa sociedade, embora ainda seja 
um tanto deficitária. Falar sobre essa temática é levar à reflexão de que os alunos com 
deficiência devem não só ter acesso à educação, mas também ser integrado nesse 
contexto. Pois só assim será extinta a existência de alunos segregados dentro do 
contexto de escola comum. 
 É essa segregação que diminui as chances do progresso formal tornando esse 
avanço mais limitado, principalmente ao se tratar de crianças com Paralisia Cerebral, 
PC. Tais indivíduos não devem ser apenas inseridos na escola através de adaptações 
estruturais, mas sim que acreditem que suas limitações não serão empecilhos para a 
aquisição de conhecimentos. 
Mesmo sendo uma doença incurável e com muitos comprometimentos, será 
visto a importância da estimulação a partir do seu desenvolvimento, visando a 
prevenção de complicações e sua inserção social. 
Nesse trabalho será abordado questões como: direito ao ensino formal, 
especificidades das crianças com PC e o processo de ensino aprendizagem através 
da inclusão escolar. A presente pesquisa objetivou verificar o modo como ocorre, na 
prática, o processo de inclusão escolar de uma criança com paralisia cerebral de uma 
instituição pública de ensino, da cidade de Lajedo-PE. Delineando as estratégias 
utilizadas no cotidiano da sala de aula, assim como descrever como é o atendimento, 
do mesmo, na sala de aula. 
 
4 
 
Como fundamento para a realização deste trabalho adotou-se o método 
qualitativo, o qual teve como principal ferramenta, o Estudo de Caso. Além disso, foi 
realizado o exame da literatura pertinente para o enriquecimento do trabalho. Esta 
pesquisa teve como principal sujeito o aluno a qual daremos o nome fictício de “João” 
que é um aluno portador de Paralisia Cerebral e está devidamente matriculado na 
turma do Pré I da Educação Infantil. 
O presente estudo foi realizado na escola a qual daremos o nome fictício de 
HD. A escola HD é uma unidade de ensino localizada na Zona Rural do município de 
Lajedo –PE. A escola possui em sua estrutura física: 01 (uma) sala de Vídeo, 01 (uma) 
biblioteca Lúdica, 01 (uma) sala de direção, 01 (uma) sala dos professores, 01 (uma) 
secretária, 01 (uma) sala de rádio, 01 (uma) cozinha, 02 (dois) banheiros para 
funcionários, 04 (quarto) banheiros femininos e 04 (quarto) banheiros masculinos. A 
escola HD atende um total de 415 alunos, sendo 152 alunos no turno da manhã que 
vai da creche ao 3º ano do Ensino Fundamental, no turno da tarde 183 alunos que vai 
do 4º ano ao 9ª Ano do Ensino Fundamental e no turno da noite possui o Ensino de 
Jovens e Adultos (EJA) com 80 alunos que vai da 1º fase à 4º fase. A escola possui 
07 (sete) salas de aulas utilizadas nesses três turnos. Em relação à Equipe 
Pedagógica, a escola é composta por uma gestora e uma vice, uma supervisora de 
ensino, um coordenador pedagógico e 14 professores que atuam da Creche ao 5º ano 
e 10 professores que atuam do 6º ao 9º ano e na EJA. 
Através da temática de Inclusão escolar de crianças com PC é possível 
perceber que, mesmo sendo proclamada a inclusão de alunos com deficiência nas 
escolas de ensino regular, em especial a paralisia cerebral, os pais ainda encontram 
muitas dificuldades para que seus filhos sejam aceitos e trabalhados de forma 
adequada nas classes comuns. Além disso, é importante ressaltar que o acesso à 
escola não só promove o desenvolvimento pessoal, mas também é uma ferramenta 
social importante para os relacionamentos interpessoais, uma vez que o ambiente 
escolar é um dos principais espaços nos quais as crianças têm a oportunidade de lidar 
e construir laços com pessoas de fora das suas famílias. 
Nos resultados foram apresentadas estratégias utilizadas para sustentar o 
processo de inclusão, que buscam valorizar o seu potencial e suas habilidades 
específicas, procurando efetivar as diretrizes do Ministério da Educação (MEC) quanto 
à Educação Especial e Educação Inclusiva. Evidencia-seo percurso e os percalços 
da legislação à prática da inclusão escolar de pessoas com deficiência física. Na 
5 
 
conclusão, mencionaram-se pressupostos para efetivar o processo de inclusão de 
todos os alunos na escola regular 
2. DIREITO DE ENSINO-APRENDIZAGEM FORMAL PARA CRIANÇAS COM 
PARALISIA CEREBRAL 
 
Ao se tratar de um processo de ensino aprendizagem formal- escola, a 
legislação vigente ampara todas as crianças e adolescentes, favorecendo o seu direito 
à educação. A Constituição Federal de 1988, em seu ART. 205, garante a educação 
a todas as pessoas e diz que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao 
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho”. 
Conforme a legislação vigente, nenhuma criança que apresente dificuldades de 
aprendizagem ou qualquer outra limitação, pode ficar aquém do aprendizado, 
devendo a escola, a família e o Estado acionar o poder público para que a Lei em 
vigor seja respeitada e que o educando tenha direito ao aprendizado dos conteúdos 
escolares. 
A Resolução CNE/CEB Nº 2, de11 de Fevereiro de 2011, que institui as 
Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, traz também 
determinações acerca das crianças e adolescentes com necessidades educativas 
especiais: 
Art. 4º Como modalidade da Educação Básica, a educação especial 
considera as situações singulares, os perfis dos estudantes, as 
características biopsicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautará 
em princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar: 
I – a dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar 
seus projetos de estudo, de trabalho e de inserção na vida social; 
É importante que a sociedade tome consciência de que a autonomia da pessoa 
com Paralisia Cerebral é fundamental, para que o processo torne-se verdadeiramente 
inclusivo, sendo assim eles terão maior participação na sociedade em que vivem, 
podendo contribuir ativamente no seu desenvolvimento. 
 
6 
 
 2.1 ESPECIALIDADES DA PARALISIA CEREBRAL 
 A Paralisia Cerebral (PC) é uma condição de alteração no desenvolvimento 
neurológico, caracterizada por uma série heterogênea de sinais clínicos causados 
por lesões não progressivas do cérebro em desenvolvimento, que inclui ações 
motoras e mecanismos posturais. 
 Conforme o Núcleo de Atendimento à Criança com Paralisia Cerebral, a 
incidência é de 2/1000 nascidos vivos. A Associação Brasileira de Paralisia Cerebral 
define PC como: 
Paralisia Cerebral (PC) é um termo geral que engloba manifestações clínicas 
muito variadas, que têm em comum a dificuldade motora em consequência a 
uma lesão cerebral. Para a criança com dificuldade motora tenha o 
diagnóstico de PC, é necessário: 
1. Que a lesão neurológica tenha acontecido durante a fase de 
desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC) (fase que vai desde 
o momento da concepção até os 2 anos de idade). 
2. Que a lesão neurológica não seja uma lesão progressiva. A criança vai 
apresentar mudanças decorrentes de seu crescimento e 
amadurecimento, mas a lesão em si é estacionária, ou seja, não vai piorar 
e também não vai desaparecer. 
 As crianças/adolescentes PC possuem algumas limitações sensório-
motoras que podem ser acrescidas de déficit cognitivo ou não. Elas podem ter 
deficiência visual, auditiva ou mental. O grau de comprometimento varia muito e as 
limitações não são progressivas, sendo que os movimentos do PC normalmente são 
descoordenados. 
2.2 Inclusão escolar, ensino e aprendizagem de crianças com PC 
 Considerando que as classificações de paralisia cerebral, tanto baseada 
nos princípios biomédicos quanto nos princípios biopsicossociais, são de fundamental 
importância para refletirmos sobre os processos de inclusão social de crianças com 
deficiência, particularmente crianças com PC. Ambas contribuem para que possamos 
compreender o diagnóstico e pensarmos estratégias inclusivas que considerem o 
sujeito, as suas particularidades, o seu contexto, a sua cultura, entre outros. 
 Se, para que a inclusão educacional de fato aconteça, é necessária à 
reorganização do pensamento e funcionamento social e escolar, podemos dizer que, 
7 
 
no caso da paralisia cerebral, conforme Rossi (1999), a concepção de educação de 
crianças em passado por importantes modificações conceituais nas últimas décadas. 
 Quando se fala em Paralisia Cerebral, deve-se ter em mente que o aluno 
pode ter sérias limitações motoras, com ou sem déficit cognitivo. Assim, cada criança 
deve ser vista como única quando o assunto é processo de ensino e aprendizagem. 
 O docente precisa procurar descobrir as aptidões da criança para, a 
partir delas, buscar um processo de ensino que leve à aprendizagem por meio de 
situações, técnicas, métodos e recursos para que o aluno possa desenvolver, apesar 
de suas limitações. Com o aluno com Paralisia Cerebral, serão usadas estratégias 
específicas, pois, como existem variedades de PC, o pedagogo precisa analisar caso 
a caso, para que sejam elaboradas estratégias e adaptações que promovam 
verdadeiramente a inclusão deste aluno. 
3. OBSERVAÇÃO 
Para a concretização deste estudo elaborou-se o seguinte fluxograma de 
planejamento das atividades a serem desenvolvidas: 
CRONOGRAMA DE OBSERVAÇÃO 
DATA ATIVIDADE DESENVOLVIDA 
05/11/2018 Visita à escola, a fim de conhecer suas dependências, bem como 
observar o comportamento de toda equipe com o aluno em estudo. 
Acesso ao laudo do aluno e observação em sala. 
06/11/2018 Observação em sala, entrevista com a genitor/professora e Gestora. 
 
Para a realização deste trabalho utilizou-se o método qualitativo, o qual teve 
como principal ferramenta, o Estudo de Caso. No dia 05 de Novembro de 2018, foi 
realizada a visita a Escola, localizada na zona rural do município de Lajedo. Observou-
se no primeiro momento a estrutura física da escola, o quadro de funcionários, bem 
como as salas de aulas e observação em sala. 
No segundo momento, foi analisado o laudo da criança, buscando entender 
melhor o caso. Em seguida, foi realizada a observação em sala verificando, como se 
da o ensino e aprendizagem do aluno em sala de aula, bem como a relação das 
professoras com o aluno a qual daremos o nome fictício de “João” e a relação de João 
com os demais alunos. Durante as observações, notou-se que o aluno enfrenta 
8 
 
algumas dificuldades tanto em relação à estrutura física da escola, mobiliário e 
também na falta de profissionais especializados em suas necessidades. Além disso, 
notou-se a dificuldade que as professoras têm em incluir João nas atividades coletivas. 
 
4. COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS 
 No dia 05 (cinco) de Novembro de 2018, foram realizadas as primeiras 
observações. Observou-se no primeiro momento a estrutura física da escola, o quadro 
funcional, bem como as dependências das salas de aula. Notou-se que a sala de aula 
a qual o aluno “João” está inserido para se ter acesso, é necessário subir uma 
pequena escada com 04 (quatro) degraus. A sala do aluno em estudo é a última sala 
da escola, é um ambiente bem amplo, arejado e organizado. 
A turma do Pré I da Educação Infantil é composta por 19 estudantes com faixa 
etária entre 04 e 05 anos de idade. A turma possui uma professora titular e uma 
auxiliar. O aluno “João” ao chegar à sala acompanhado de sua genitora foi colocado 
em uma cadeira normal igual a dos demais colegas de classe. Porém, diante das suas 
dificuldades locomotoras, as professoras colocam sua cadeira encostada na parede e 
colocam algumas almofadaspara lhe da mais estabilidade e equilíbrio evitando assim, 
uma queda. 
A professora titular a qual usaremos o nome fictício de “Professora Ana” 
mencionou que devido à falta de estrutura e cadeiras adaptadas para o pequeno, elas 
têm que improvisar para garantir melhor comodidade para o pequeno “João”. 
Diante destas dificuldades, podemos dizer que qualquer escola precisa estar 
preparada para atender os estudantes com Paralisia Cerebral, é necessário que essa 
escola possua mobiliária e estrutura adequada, que garantam a mobilidade de todos 
os que frequentam a escola. 
Durante toda a aula, foi perceptiva a dificuldade que a professora “A” e sua 
auxiliar têm em explicar a João e ao mesmo tempo os demais alunos, deixando sua 
auxiliar responsável por todas as tarefas com João. Notou-se que apesar de suas 
limitações, João mostra-se ser um aluno dedicado e muito inteligente. Durante o 
decorrer da aula, foi realizada uma atividade em grupo, a qual João ficou de fora. 
Enquanto os demais colegas jogavam bola, a sua professora auxiliar lhe deu blocos 
lógicos, João ficou muito animado olhando os colegas brincando de bola e foi notória 
a vontade de João participar. Deixou os blocos lógicos de lado e ficou só observando. 
9 
 
A professora “A”, falou que evita coloca-lo em atividades coletivas devido a sua 
dificuldade de locomoção e tem medo que as outras crianças o machuquem. 
Diante destas observações podemos dizer que cada criança é um ser único e 
o processo de aprendizagem deve partir dos estímulos do meio que são motivadores 
para elas. No caso da criança com paralisia cerebral, com dificuldade de se 
movimentar, explorar seu corpo ou explorar o meio em que vive, pode ser difícil o 
desenvolvimento da percepção corporal e o entendimento de sua ação no mundo, 
dado que os conceitos necessários para essa compreensão estão intrinsecamente 
ligados à experiência motora. 
No dia 06 de Novembro de 2018, foi utilizado como instrumento de coleta de 
dados, um questionário com 02 (duas) questões abertas e descritivas. Aplicadas para 
a mãe de João, a sua Professora “A” e para a gestão escolar. O questionário abordou 
em suas questões, aspectos relacionados à Paralisia Cerebral bem com o processo 
de inclusão escolar e desenvolvimento na aprendizagem. 
A busca de informações sobre as condições da inclusão escolar na Escola a 
qual daremos nome fictício de “H” ocorreu especialmente, no sentido de identificar em 
quais condições o aluno “João” está inserido e como é atendido na referida escola. 
Na pesquisa, ficou evidenciada a falta de profissionais qualificados e 
acompanhantes/monitores para alunos com necessidades educacionais especiais de 
uma maneira geral. Na entrevista, todas as entrevistadas citaram a falta de 
qualificação ou preparação profissional, pedagógica e psicológica. 
Para a professora; “a falta de qualificação profissional atrasa o processo de 
inclusão”, tendo em vista que a mesma está cursando o 6º período de pedagogia. 
 Assim, também diz a gestora, que “os professores não estão preparados nem 
psicologicamente nem pedagogicamente”. 
A mãe ao ser questionada sobre o que é inclusão escolar descrever que: 
“É quando a criança com alguma necessidade especial, como é o 
caso do meu filho, é inserida no ambiente escolar, participando das atividades 
escolares com os demais alunos de forma regular, possibilitando o convívio 
e o seu desenvolvimento na aprendizagem. Além disso, garantir também a 
acessibilidade destes alunos”. 
 Nota-se que a mãe do aluno possui uma visão bem clara do quanto é 
importante o processo de inclusão, a qual o filho deve ser inserido. 
10 
 
 Na tocante referente ao maior desafio que a escola enfrenta, em relação à 
inclusão de alunos portadores de necessidades educacionais especiais. Nota-se a 
falta de qualificação profissional e materiais lúdicos. Para a professora, o principal 
desafio é a falta de um acompanhamento ou monitores de sala especializados para 
colaborar gradativamente no aprendizado do aluno com necessidades especiais ou 
algum transtorno global. 
 Para a mãe, o principal desafio da escola é “garantir a acessibilidade, 
profissionais que busquem na ludicidade melhores formas de incluir o aluno com 
alguma necessidade nas atividades realizadas juntamente com os demais”. 
 Para a gestora adjunta da escola “H”, o principal desafio é “colocar a 
proposta de inclusão de fato como traz expressa no PPP escolar, com profissionais, 
espaços e recursos necessários e suficientes para de fato incluir esses alunos 
especiais”. 
 Para que esses desafios sejam superados é necessário que exista de fato 
uma contribuição para melhoria do ensino geral. Bem como, a formação destes 
profissionais da educação, já que atuam diretamente na aprendizagem destas 
crianças. 
5. INTERVENÇÕES 
As intervenções foram realizadas em dois dias, sendo uma de caráter 
individual, a fim de conhecer o nível de aprendizagem do aluno e a outra coletiva, a 
fim de mostrar que é possível introduzir os alunos com necessidades especiais de 
participarem de atividades juntamente com os demais alunos. Basta apenas, 
adaptação e integração da ludicidade. 
Para a realização das intervenções, foi utilizado o seguinte fluxograma: 
 Dia 08/11/2018 
OBJETIVO ATIVIDADES RECURSOS 
Identificar em qual nível de 
aprendizagem o aluno se 
encontrar. 
*Reconhecer as vogais e formar 
encontros vocálicos. 
*Identificar as cores primárias e 
números de 0 (zero) a 9 (nove). 
* Identificar alguns animais e locais 
onde eles vivem. 
*Baralho educativo com vogais de 
forma e cursivas. 
*Adaptação do Baralho de cartas 
“UNO”, aproveitando as cores e 
números correspondentes. 
*Animais feitos de E.V.A. 
 09/11/2018 
OBJETIVO ATIVIDADE RECURSOS 
11 
 
*Mostrar que é possível incluir 
alunos com necessidades 
especiais nas atividades coletivas, 
de forma que garanta sua 
aprendizagem e seu 
desenvolvimento. 
*Futebol em duplas. *Duas barras feitas em pvc e uma 
bola mais leve. 
 
5.1 REGRISTRO E ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES 
Diante das observações, foram planejadas intervenções voltadas para analise do nível 
de aprendizagem, e para mostrar que através das atividades lúdicas, o aluno com Paralisia 
Cerebral é capaz de aprender e desenvolver suas habilidades juntamente com os demais 
alunos. 
Desta maneira, foi realizada duas intervenções, uma de cunho individual a fim de 
verificar o nível de aprendizagem e outra para mostrar ao corpo docente que é possível e deve 
ser feitas atividades de cunho coletivo, garantindo assim, a participação efetiva de João e não 
a exclusão nas atividades desenvolvidas pela turma regular. 
Com o propósito de avaliar a aprendizagem de João, foram desenvolvidas três 
atividades referentes aos conteúdos escolares. A primeira atividade foi realizada com auxilio 
de cartas de baralho com vogais em forma e cursiva tornando a aprendizagem mais atraente. 
As cartas foram apresentadas ao aluno João, mostrando-as uma por uma. Em seguida, foram 
embaralhadas. Foi solicitado que João pegasse a carta a referente à letra mencionada. João 
conseguiu identificar todas as vogais e formou alguns encontros vocálicos. Em seguida, com 
auxilio das cartas do Jogo “UNO” verificamos o nível de reconhecimento dos números de 0 à 
9 bem como as cores correspondente a cada número solicitado no comando. Já na terceira 
atividade foi utilizado animais confeccionados em E.V.A, solicitando assim, que João pegasse 
o animal solicitado. João conseguiu identificar quase todos, apenas o desenho do caranguejo 
que ele não conseguir identificar. 
SegundoQueiroz (2006), o lúdico na escola auxilia tanto na definição de conceitos, 
como também, mediante desenvolvimento de atividades em sala de aula, o aluno desenvolve-
se em todos os aspectos cognitivos e afetivos. As atividades lúdicas favorecem o 
desenvolvimento do pensamento, levando o estudante a pensar lógica ou matematicamente, 
desenvolvendo nele a compreensão leitora. 
Na intervenção inclusiva foi realizada um jogo de futebol em duplas. Sendo que um de 
cada dupla ficaria na barra e os outros dois teriam que chuta a bola na barra do adversário. 
Com a ajudar da Professora “A”, dividimos os times e “João” ficou com sua dupla. Com ajuda 
da professora, a mesma ficou segurando “João” e aos poucos ele foi caminhando e conseguiu 
chutar a bola (claro que foi um jogo tranquilo o qual tinha apenas a finalidade de inserir João 
nas atividades realizadas com os demais colegas). João ficou muito feliz, pois estava 
12 
 
brincando de bola com seus colegas. Foi um momento muito importante para todos que 
estavam presentes. A emoção tomou conta de todos da escola, mostrando assim, que a 
escola tem um papel muito importante na inclusão e transformação na aprendizagem de cada 
criança, principalmente as que possuem alguma necessidade especial ou transtorno. 
Uma vez que, um dos principais objetivos da escola, segundo Bechtold e Weiss (2005) 
é proporcionar a socialização, por isso não se deve isolar as crianças em suas carteiras, deve-
se incentivar os trabalhos em grupos, a trocas de ideias, a cooperação que acontece por 
ocasião dos jogos, sempre cuidando para que ele não se torne mera competição. 
 
6 . CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Na abordagem da garantia dos direitos e inclusão de crianças com PC no contexto 
educativo não se pode perder de vista importância da família nesse processo. A relação 
positiva entre essas instituições sociais podem ter serias implicações no processo de ensino 
aprendizagem da criança, assim por outro lado se a família pode auxiliar a escola, a escola 
também tem possibilidade de funcionar como seu suporte. 
A partir das analises realizadas em relação à criança com PC, é possível sugerir que 
a interação com os pares no contexto educativo é relevante, assim como também um olhar 
sensível e um currículo que respeite as suas demandas. 
Uma vez que, mostrar que crianças com paralisia cerebral são capazes de aprender 
pode interferir quantitativa e qualitativamente em suas relações diárias, pois as mães e 
professoras podem começar a “olhar” para elas como crianças produtivas e melhorar a 
quantidade e a qualidade de suas interações. 
Durante o estudo foi evidenciado, que no brincar estão importantes oportunidades à 
socialização das crianças. Um dos pontos cruciais que o educador enfrenta, ao lidar com 
crianças “diferentes”, diz respeito ao isolamento imposto pela deficiência física. Não poder 
andar ou correr como as outras crianças, não conseguir participar de uma brincadeira com 
bola, representam uma enorme desvantagem em uma sociedade que espera que todos 
andem, falem, ouçam, vejam e se tornem independentes. 
Assim podemos dizer que oferecendo condições adequadas e oportunidades 
de “brincar” para crianças com paralisia cerebral, podemos facilitar seu 
desenvolvimento cognitivo e motor e, consequentemente, a sua inserção social, pois 
a dificuldade motora apresentada por estas crianças pode interferir na interação 
destas com o meio em que vivem e esconder aos olhos da sociedade suas reais 
potencialidades. Assim entendidas, as atividades lúdicas, essenciais para o 
13 
 
desenvolvimento da criança com paralisia cerebral, podem romper os fatores 
limitantes que as impedem de brincar. 
As crianças com Paralisia Cerebral têm condições de participar, de brincar e de 
aprender. Nós é que necessitamos descobrir como Ihes proporcionar um ambiente 
favorável em que elas possam demonstrar do quanto são capazes, desta forma, 
obteremos resultados significativos, só assim, romperemos com os paradigmas 
escolares em relação aluno com necessidades educacionais especiais uma 
participação ativa no processo político da sociedade e da escola. 
 
7. REFERÊNCIAS 
 
 
BECHTOLD, PatriciaBarthel. WEISS, Silvio Luiz Indruziak. A Inclusão de pessoas 
com necessidades educacionais especiais no mercado de trabalho. (2005) 
Disponível em <htpp://www.posuniasselvi.com.br/artigos/rev03-03.pdf , acesso em 
12/Nov/2018. 
______.Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº02/2001. Institui as 
Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica. Brasília: 
MEC/Seesp, 2001. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB201.pdf. Acesso em: 10 nov. 2018. 
QUEIROZ, Norma L. N. etal Brincadeira e Desenvolvimento Infantil: um olhar 
sociocultural construtivista. Brasília: Paidéia, 2006. 
NACPC. Núcleo de Atendimento à Criança com Paralisa Cerebral. Paralisia 
Cerebral. Disponível em: <htpp://nacpc.or.br/paralisia_cerebral.htm.>Acesso em: 10 
Nov. 2018. 
Rossi, L.S.P.A. Os caminhos e descaminhos da Educação da criança com 
paralisia cerebral: pais-crianças-professores. Dissertação de mestrado, Centro 
Sarah de Formação e Pesquisa da USCR, Brasília, 1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 1 - CARTA DE APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 2 - TERMO DE COMPROMISSO 
 
 
 
 
 
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ANEXO 3 - TERMO DE CONSENTIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 4 - DECLARAÇÃO DE ESTÁGIO 
 
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ANEXO 5 – AUTORIZAÇÃO DOS PAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 6 - LAUDO DO ESTUDANTE 
 
 
 
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ANEXO 7 - ROTEIRO DE INTERVENÇÃO 
 
Pretende-se mostrar que o processo de inclusão escolar é possível realizar, de 
forma que comtemple a aprendizagem de todos os alunos. Que através do 
desenvolvimento de atividade lúdicas as crianças com necessidades especiais aprendem 
com mais facilidade. O papel do professor é fundamental para mudar realidades dentro 
do espaço escolar, com atividades inclusivas com conteúdos adaptados, voltados para 
os alunos com deficiência possibilita o crescimento educacional desse discente, as 
metodologias preparadas para os objetivos educacionais fomentam o desenvolvimento 
das habilidades dos alunos e garantindo seu crescimento. 
Para a realização das intervenções será utilizado o seguinte fluxograma: 
 08/11/2018 
OBJETIVO ATIVIDADES RECURSOS 
Identificar em qual nível 
de aprendizagem o aluno 
se encontrar. 
*Reconhecer as vogais e 
formar encontros 
vocálicos. 
*Identificar as cores 
primárias e números de 
0 (zero) a 9 (nove). 
* Identificar alguns 
animais e locais onde 
eles vivem. 
*Baralho educativo com 
vogais de forma e 
cursivas. 
*Adaptação do Baralho 
de cartas “UNO”, 
aproveitando as cores e 
números 
correspondentes. 
*Animais feitos de E.V.A. 
 
 09/11/2018 
OBJETIVO ATIVIDADE RECURSOS 
*Mostrar que é possível 
incluir alunos com 
necessidades especiais 
nas atividades coletivas, 
de forma que garanta sua 
aprendizagem e seu 
desenvolvimento. 
*Futebol em duplas. *Duas barras feitas em 
pvc e uma bola mais 
leve. 
 
Com o propósito de avaliar a aprendizagem do aluno, serão desenvolvidas três 
atividades referentes aos conteúdos escolares. A primeira atividade será realizada 
com auxílio de cartasde baralho com vogais em forma e cursiva tornando a 
aprendizagem mais atraente. As cartas serão apresentadas ao aluno, mostrando-as 
uma por uma. Em seguida, serão embaralhadas. Será solicitado que o aluno pegue a 
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carta a referente a letra mencionada, identificando assim, as vogais. Em seguida, com 
o auxílio das cartas do Jogo “UNO” verificaremos o nível de reconhecimento dos 
números de 0 à 9 bem como as cores correspondente a cada número solicitado no 
comando. Exemplo: João pegue a carta de cor amarela de número um. Através desta 
atividade poderemos ver que o aluno consegue identificar os números e cores. Já na 
terceira atividade será utilizado animais confeccionados em E.V.A, solicitando assim, 
que o aluno pegue o animal solicitado. 
Na intervenção coletiva, será realizado um jogo adaptado “Futebol em duplas”, 
com a finalidade de desenvolver atividades inclusivas as quais por meio da adaptação 
o aluno com necessidades especiais possa ser inserido e ao mesmo tempo 
desenvolver suas habilidades. 
Para a realização destas atividades serão utilizados os recursos acima 
mencionados no fluxograma. 
A realização destas intervenções é de grande importância para o 
desenvolvimento da criança bem como, o processo de inclusão escolar a qual o 
mesmo está inserido. Além disso, servirá de ferramenta para o incentivo aos docentes 
na busca por atividades adaptadas voltadas para inclusão dessas crianças no ensino 
e aprendizagem da classe regular. Buscando desenvolver as habilidades de cada 
criança e mostrar que estás crianças aprendem de forma diferenciada das demais.

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