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Saponinas ➢ metabólitos que atuam no sistema de defesa da planta ➢ Fúngico ➢ Bacteriano ➢ Predatório insetos ➢ Fitoanticipinas ➢ Fitoprotetoras ➢ alta massa molecular (600‒2.000) ➢ distribuídas plantas superiores ➢ organismos marinhos Ocorrem em misturas complexas devido à presença concomitante de estruturas com números variados de açúcares. ➢ esteroides glicosídicos ➢ terpenos policíclicos ➢ estrutura anfipática formada por agliconas ➢ porção lipofílica ligada a resíduos hidrofílicos de açúcares ➢ quando em solução aquosa, formam espuma persistente e abundante ➢ ação detergente e emulsificante → obtida pela parte lipofílica → aglicona / sapogenina → pela parte hidrofílica ➢ cadeia de açúcares pode ser → linear → ramificada Podem ser classificadas conforme o núcleo fundamental da aglicona, caráter ácido, básico ou neutro. Divididas → Esteroides → monocotiledôneas angiospermas → Triterpênicas → angiospermas dicotiledôneas caráter ácido, pode ocorrer a presença de um grupo carbonila na aglicona ou na cadeia de açúcares. Ex.: ácidos glicurônico / galacturônico Monossacarídeos ligados à aglicona → D-glicose, D-galactose, L-ramnose, L- arabinose, D-xilose, D-fucose e os ácidos D-glicurônicos e D-galacturônicos. As ligações interglicosídicas podem ser α e β e os monossacarídeos ocorrem na forma de piranose ou furanose. Têm elevada solubilidade em água e em solventes polares, como metanol e etanol. São insolúveis em solventes de baixa polaridade, como éter, clorofórmio ou éter de petróleo. Saponinas esteroides neutras Encontradas → aveia, pimentas, berinjela, semente de tomate, aspargos, inhame, feno-grego e ginseng. yucca schidigera → fonte comercial mais comum São formadas a partir do pirofosfato de isopentila, que leva à formação do óxido de esqualeno, por meio de ciclazição em conformação cadeira-barco- cadeira-barco, gerando o cicloartenol ou lanosterol. aglicona esteroide → formada por um esqueleto de 27 carbonos dispostos em um sistema tetracíclico estruturas básicas comuns → Espirostano → Furostano Saponinas do tipo espirostano possuem um núcleo espirocetal em C-22 e podem ser divididas nas séries 25R (metila em posição α) ou 25S (metila em posição β). Saponinas do núcleo furostano apresentam cadeia lateral com um açúcar ligado à hidroxila C-26. Saponinas esteroides básica ➔ pertencem ao grupo de alcaloides esteroides → possuem um anel F. ➔ Estruturas → espirossolano em que o nitrogênio é secundário → solanidano em que o nitrogênio é terciário ➔ Configurações → 22R, 25R ou 22S, 25S Nos compostos do núcleo solanidano, o nitrogênio pertence aos dois anéis E e F. Estes compostos têm a configuração 22R e 25S, a metila é do carbono 25, em posição equatoria. Saponinas triterpênicas Encontradas → chás, soja, feijão, ervilha, espinafre, beterrabas, castanhas, aveia, semente de girassol, entre outras fontes vegetais. Exemplo de uma espécie com alto teor de saponinas triterpênicas é a Quillaja saponária, uma árvore nativa da região dos Andes. Entre os tipos de saponinas há as triterpênicas, com núcleo da mesma origem do esqueleto esteroidal, até a formação do esqualeno. Entretanto, o esqualeno, ao ciclizar em conformação cadeira-cadeira-cadeira-barco, pode originar os triterpenos tetracíclicos e pentacíclicos. triterpenos tetracíclicos (grupos principais) → β-amirina, α-amirina e lupeol. Saponinas triterpênicas do tipo damarano que são encontradas em quantidades significativas nas raízes da espécie Ampelozizyphus amazonicus, pertencente à família Rhamnaceae, uma planta nativa da região amazônica, conhecida como cerveja-de-índio, cervejeira ou saracura-mirá, popularmente empregada na prevenção à malária. O teor das saponinas é maior em plantas imaturas e menor em plantas mais velhas Métodos de detecção, identificação, extração e purificação São, facilmente, detectadas em material vegetal, seja pela redução da tensão superficial da água ou pela propriedade hemolítica. Pode-se, ainda, determinar sua presença, por meio de teste hemolítico, com o uso de uma solução de eritrócitos tamponada, em que a presença de hemólise é avaliada pela liberação da hemoglobina, que gera uma coloração avermelhada no sobrenadante, após a centrifugação. Cromatografia de Camada Delgada (CCD), é contemplada a presença de halos esbranquiçados sobre o fundo avermelhado homogêneo, que indica a hemólise. Identificação → CCD, CLAE, CLUE A sua extração torna-se vantajosa pelo baixo custo, menor teor de lipídeos e clorofila. o etanol, o metanol e, também, misturas hidroalcoólicas são muito utilizados para maceração, decocção, percolação ou extração exaustiva sob refluxo. maceração assistida por ultrassom → alta eficiência na interação solvente‒ amostra, alta reprodutibilidade, rapidez no processamento da amostra e baixo custo. Períodos de extração muito longos, ocasionam transformações químicas não desejáveis e, até mesmo, perda do composto bioativo. purificação desses compostos → extração alcoólica, o extrato é, então, submetido à evaporação do solvente e particionado com solventes de baixa polaridade, como diclorometano e clorofórmio, em que é obtida uma fração apolar. Pode-se, também, utilizar a técnica de precipitação fracionada pela adição do extrato concentrado de saponinas e solventes de menor polaridade, como éter de etílico ou acetonaode-se, também, utilizar a técnica de precipitação fracionada pela adição do extrato concentrado de saponinas e solventes de menor polaridade, como éter de etílico ou acetona Algumas saponinas com oligossacarídeo são extraídas com a fase butanólica. A elucidação estrutural das saponinas é realizada por métodos espectroscópicos, como Espectroscopia de Infravermelho (IV), Espectro de Massas (EM) e Espectroscopia de Ressonância magnética nuclear (RMN). Propriedades biológicas e farmacológicas das saponinas ➔ anti-inflamatória, analgésica, expectorante, antioxidante, redutora de colesterol, antiviral, antimicrobiana e antifúngica; ➔ indústria farmacêutica → hormônios, contraceptivos, diuréticos, entre outros; ➔ possuem caráter anfifílico, determinando a sua capacidade em formar complexos com esteroides, proteínas e fosfolipídios de membrana; ➔ Atuam sobre as membranas celulares, alterando a permeabilidade e destruição, além de gerar ações hemolítica, ictiotóxica e molusquicida. Mecanismos de ação foram propostos, como a estimulação do Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH), o aumento da secreção associada à biossíntese de glicocorticoides no córtex adrenal ou, ainda, a inibição de enzimas responsáveis pela degradação de cortisol no fígado, no caso do ácido glicirrético. As atividades antivirais têm sido, fortemente, estudadas, sendo algumas verificadas isoladas em plantas → Glycyrrbiza glabra, Gymnema sylvestre, Anagallis arvensis, Calendula arvensia, Bupleurum falcatum, Guettarda platypoda, entre outras. O efeito imunoadjuvante das saponinas é influenciado pela propriedade polar de seus componentes ligados ao núcleo aglicona. A atividade imunoadjuvante das saponinas é favorecida pela presença de hidroxila em C-21, um grupo metila em C-17, além dos açúcares ligados à aglicona. Devido à propriedade surfactante das saponinas, elas podem ter ação antiprotozoária,formando complexos com o colesterol das membranas celulares dos próprios protozoários, levando à lise celular. Nem sempre as saponinas, com propriedades citotóxicas, podem ser utilizadas como agentes antitumorais, por causa de sua toxicidade. As saponinas têm sido utilizadas como aditivos em rações, a fim de melhorar a redução da produção de amônia e odor de fezes dos animais domésticos. As fontes mais utilizadas para esta finalidade são a Yucca schidigera e a Quillaja saponária.
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