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Todos os direitos de cópia reservados. Não é permitida a distribuição física ou eletrônica deste material sem a permissão expressa do autor. PPAP – 4ª. Edição (Processo de Aprovação de Peças de Produção) Objetivos do curso � Este curso vai conduzir você ao conhecimento aprofundado da metodologia do PPAP, em sua 4ª. Edição (2006). � Queremos habilitá-lo a atuar na melhoria contínua de seus produtos e processos, tornando sua empresa mais competitiva no mercado. Atualizado com essa ferramenta da qualidade, você aumentará a capacidade de gerenciar com sucesso seus processos de trabalho. Durante este curso você irá: � Reconhecer as respostas que as empresas estão dando, às crescentes demandas dos mercados consumidores. � Identificar os princípios da metodologia, reconhecendo suas ligações com outras ferramentas indicadas pela ISO/TS 16949. � Entender suas aplicabilidades e se habilitar no seu uso. � Identificar as mudanças propostas pela 4ª. Edição. Conteúdo programático MÓDULO 1 MÓDULO 2 MÓDULO 3 MÓDULO 4 Conceitos de PPAP (princípios, objetivos, aplicações, benefícios, mudanças) e seus vínculos com a evolução da qualidade nas empresas (ISO 9001, TS 16949 e APQP). MÓDULO 5 Identificação dos requisitos do PPAP e reconhecimento de suas aplicações práticas (Seções 3, 4, 5 e 6 do Manual da 4ª. Edição). Interpretação dos conceitos e das aplicações do Global Phased PPAP (Ford). Módulo complementar (planilhas, tabelas, exercícios). Identificação dos requisitos do PPAP e reconhecimento de suas aplicações práticas (Seções 1 e 2 do Manual da 4ª. Edição). Módulo 1 Conceitos de PPAP (princípios, objetivos, aplicações, benefícios, mudanças) e seus vínculos com a evolução da qualidade nas empresas (ISO 9001, TS 16949 e APQP). Qualidade e mudanças � Inicialmente, vamos entender por que as questões ligadas à qualidade estão sendo tão valorizadas, nas últimas décadas. Assim sendo, queremos abordar esse tema, como introdução ao PPAP: �Mudanças ocorrendo no mundo e seus impactos nas empresas e nos consumidores; �TQM (Total Quality Management) – Gerenciamento da qualidade total; �ISO 9001 (International Standardization for Organization) – Sistema de gestão da qualidade, requisitos; �ISO/TS 16949 (TechnicalTechnical SpecificationSpecification)) -- NormaNorma especespecííficafica desenvolvida para sistemas da qualidade da indústria automotiva; �APQP (Advanced Product Quality Planning) - Planejamento avançado da qualidade do produto; �PPAP (Production Part Approval Process) – Processo de aprovação de peças de produção. �As ligações entre esses assuntos, visam buscar uma visão sistêmica, integrada, dos Sistemas de Gerenciamento da Qualidade. As ondas de mudanças mundiais � A aceleração das mudanças (econômicas, políticas, sociais, qualidade, tecnologia, etc), vem impactando fortemente os países, as organizações e os consumidores. � Toffler, no livro “Terceira onda”, best seller mundial, comenta sobre a evolução da humanidade, que ele dividiu em 3 ondas de cenários: �1ª. onda (sociedade agrícola), iniciada séculos atrás, e que pouco dela existe atualmente: A atividade econômica era centrada na produção agrícola/pastoril, a indústria era extrativa, a economia local (barganha), a tecnologia rudimentar, baseada na força humana (escravo) e na força animal. �2ª. onda (sociedade industrial), iniciada há 300-400 anos atrás (parte dela persiste hoje): A economia centrou-se na indústria (vapor/elétrica), indústria de transformação (forjamento, fundição, usinagem, etc), a economia passou de local a nacional, a tecnologia avançou, predominando a força das máquinas. �3ª. onda (sociedade do conhecimento, ou pós industrial), iniciada cerca de 120 anos atrás, que Toffler estima ser a onda do futuro (próximos 50-100 anos): Maior velocidade das mudanças, a economia será transnacional (multinacionais, blocos econômicos), o uso da super-tecnologia (computador) e a força do cérebro predominará (investimentos no homem, aumentando seu conhecimento/competência), tendo a informação um papel privilegiado. Na sua visão, uma empresa é competitiva se seus funcionários são participativos, comprometidos e empreendedores (lideranças terão que gerar condições). Características das ondas � Na sociedade industrial (2ª. onda), o sucesso econômico tinha como motivo-meio só recompensas econômicas. Apenas o trabalho, a matéria prima e o capital eram considerados os fatores primários de produção (e o homem?). Os bens/serviços eram padronizados (eficiência), muita burocracia (hierarquia decisiva e autocrática) e o trabalho repetitivo e rotineiro (padronização). Havia a crença de que quanto maior a empresa, maior seria sua lucratividade. Frases típicas: “O homem certo para o lugar certo”; “Um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar”. � Na sociedade do conhecimento (3ª. onda), o sucesso econômico envolve, também, recompensas sociais e psicológicas. Existem limites superiores para a economia de escala nas empresas, e a informação é o mais importante fator de negócio. A produção é “artesanal” (informação/super-tecnologia, com bens e serviços individualizados) em busca de um padrão de eficácia organizacional. Papéis são cambiáveis, interação modular e temporária, decisões situacionais (polivalência, job rotation). A crença de que o progresso vem de um avanço social, político, econômico e tecnológico, sendo que o trabalho deve ser variado, não repetitivo e auto-realizador. Frases típicas: “O homem com potencial para os lugares incertos”; “Lugares, coisas e pessoas dinamicamente e transitoriamente integrados”. 300-400 anos (antes) 120 anos Hoje 1ª. 2ª. 3ª. Mudanças dos consumidores �� ExigênciasExigências dede padronizapadronizaççãoão ee atendimentoatendimento aa necessidadesnecessidades especespecííficas;ficas; �� IngressoIngresso dada sociedadesociedade dede consumoconsumo aa camadascamadas maismais expressivasexpressivas dada populapopulaçção;ão; �� ValorizaValorizaççãoão maiormaior dada relarelaççãoão custocusto –– benefbenefíício;cio; �� ProgressivaProgressiva diversificadiversificaççãoão dede mercado,mercado, comcom maiormaior tecnologia;tecnologia; �� OO consumidorconsumidor protesta,protesta, criacria leisleis dede proteproteçção,ão, exigeexige responsabilidaderesponsabilidade socialsocial ee impactoimpacto ambiental,ambiental, alaléémm dede seguransegurançça;a; �� MaiorMaior conhecimentoconhecimento dede seusseus direitos,direitos, articulaarticulaççãoão emem gruposgrupos dede pressão,pressão, exigindoexigindo garantiagarantia maior,maior, obrigandoobrigando asas empresasempresas aa criarcriar serviserviççosos dede atendimentoatendimento ee assistênciaassistência ttéécnica,cnica, alaléémm dede investireminvestirem emem pesquisaspesquisas dede mercadomercado (perfil(perfil dodo consumidor);consumidor); �� MaioresMaiores concorrênciaconcorrência ee dificuldadedificuldade comcom matmatéériasrias primasprimas (substitui(substituiçções);ões); �� ConsumidorConsumidor quer:quer: qualidade,qualidade, tecnologia,tecnologia, prepreççoo ee atendimento,atendimento, tornandotornando--sese maismais crcríítico.tico. Exemplo:Exemplo: aas pessoas contam suas experiências ruins para 10 outras, enquanto as positivas são contadas para apenas 5 (Pesquisa da Coca Cola). Consumidor é um alvo móvel, está sempre mudando! Histórico da qualidade (1) � Com as mudanças dos consumidores e o aumento das demandas, as empresas passam a fabricar mais (linhas de montagem) e com mais qualidade, menores custos, em prazos mais curtos e melhoram o atendimento (pré, durante e pós venda). � Shewhart foi um dos precursores na geração de ferramentas voltadas à qualidade, com o CEP (Controle estatístico do processo – década de 30), mas foi seguido por outros especialistas, como Deming,Juran, Feigenbaum, Ishikawa, Crosby, etc. AAçções emergenciaisões emergenciais AAçções ões corrcorr. / . / preventprevent.. Artesão Mestre Inspetor Controle estatístico da qualidade Garantia da qualidade Sistema de gestão da Qualidade – ISO 9000 Qualidade “ideal” Enfoque sistêmico Histórico da qualidade (2) DemingDeming, 1950, 1950 FeigenbaumFeigenbaum ee JuranJuran, 1960, 1960 IshikawaIshikawa ee CrosbyCrosby, 1970, 1970 19801980 19901990 Japão,Japão, QualidadeQualidade Japão, Japão, Qualidade totalQualidade total EUA, Europa,EUA, Europa, Tigres asiTigres asiááticosticos PaPaííses em ses em desenvolvimentodesenvolvimento 2. Orientação para processo Controle da qualidade, durante a produção, incluindo CEP 4. Melhoria contínua Voz do cliente (Ênfase: pessoal, processo, produto, custos) 3. Orientação sistêmica Controle da qualidade, em todos os departamentos 1. Orientação para produto Inspeção após produção, auditoria do produto acabado Moral da história: fazer aquilo que o mercado quer, mas a baixo custo operacional! Qualidade no Brasil � Pouco uso de metodologias e técnicas modernas, com atraso no tempo (tanto no nível de fornecedores, como nas operações internas). � Custos operacionais altos, reduzindo a margem de lucro; � Não uso do custo da qualidade � Processos descontrolados/incapazes, sem sistemas que “produzam” qualidade, a partir do planejamento/projeto do processo/produto (prevenção). Pouco investimento em máquinas e equipamentos tecnologicamente mais modernos (restrições financeiras). � Inexistência de sistema organizado para atacar/reduzir problemas com qualidade, com sistemas de medição da qualidade parcos ou inexistentes. � Envolvimento pessoal e ênfase em processos participativos de pequena monta, com gerência/supervisão despreparadas. � Pressão da força de trabalho (salários, benefícios, condições de trabalho); normas e regulamentações do governo (mais abrangentes e rígidas); pressões dos fornecedores (preços, compromissos mais longos e melhores alternativas de negócios). �Falta de linguagem padronizada sobre a qualidade; limitação da responsabilidade sobre qualidade (compromisso indefinido - gerência) e estrutura inadequada, com esforços desconexos. �Treinamento: inadequado/pouco (esforços orientados mais para produção). ISO 9000 – Certificações até 2005 Brasil: 8.533 Certificações (+39,4%) – 18º 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 C h i n a I t á l i a J a p ã o E s p a n h a R e i n o U n i d o U S A A l e m a n h a Í n d i a F r a n ç a A u s t r á l i a B r a s i l N º c e r t . 776.608 Certificados (+18%) – 161 países Gestão da qualidade � Com as edições das primeiras normas internacionais sobre qualidade (ISO, VDA, etc), a qualidade passa a ser vista como uma metodologia de gerenciamento (questão de sobrevivência), além de envolver também a ecologia e a segurança. � Programas educacionais, aplicados a todos os níveis, têm sido implementados, visando a conscientização para a qualidade. Eles pregam princípios como: qualidade centrada nos clientes internos e externos), visão de processo (entradas, saídas, requisitos), eliminação de todo tipo de desperdício, ênfase em planejamento e prevenção, busca do zero defeito, mensuração do custo da qualidade, etc. � Com as normas, surgem ferramentas integradas, como: CEP (Controle estatístico do processo), FMEA (Análise dos modos de falha e seus efeitos), Housekeeping (5S) e Gerenciamento visual, Just in time e Kanban, QFD (Desdobramento da função qualidade), TPM (Manutenção produtiva total), DOE (Delineamento de experimentos) e Metodologia Taguchi, Kaizen (Melhoria contínua), SMED (Troca rápida de ferramenta), VSM (mapeamento do fluxo de valor), e outras (APQP, PPAP, ...). � Mais recentemente, aparecem filosofias/metodologias de gestão, como: Seis sigma (Six sigma, buscando atingir 2 PPB, reduzindo a variabilidade dos processos) e Manufatura enxuta (Lean manufacturing, visando reduzir desperdícios). Sistema da qualidade Conceito: “É a estrutura organizacional, são as responsabilidades, os procedimentos, os processos e recursos da organização, necessários para implementar a gestão da qualidade.” Exemplos: ISO 9000, VDA 6, etc. Requisitos Resultados Realização Fundamento lógico da normalização / certificação de sistemas da qualidade: Estando um sistema da qualidade implantado, de acordo com uma norma, funcionando de forma adequada, sendo monitorado e controlado, naturalmente os produtos/serviços satisfarão aos requisitos dos clientes. Racionalidade de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) � Clientes querem produtos com características que satisfaçam suas necessidades e expectativas. Como ocorrem constantes mudanças, a melhoria tem que ser contínua, em processos e produtos. Os requisitos podem ser especificados, contratualmente, pelo cliente ou serem determinados pela própria organização. �A ISO 9000, mas já em mudança, após a edição de 2000, representa um conjunto de normas (“família”), que incluem: �ISO 9000 – SGQ – Fundamentos e vocabulário �ISO 9001 – SGQ – Requisitos �ISO 9004 – SGQ – Guias para Melhoria da Performance � Um SGQ encoraja a organização: a analisar os requisitos dos clientes; a definir seus processos, para gerar produtos com especificação, e manter os processos sob controle; a estruturar a melhoria contínua para aumentar a probabilidade de conseguir a satisfação dos clientes. Alguns tópicos da ISO 9001 � Os 8 Princípios da ISO 9001: Foco no cliente, Liderança, Envolvimento das pessoas, Abordagem de processo, Abordagem sistêmica para gestão, Melhoria contínua, Abordagem de fatos para tomada de decisão, Relacionamento de parceria com fornecedores. � Visão de processo: S a t i s f a ç ã o P a r t e s i n t e r e s s a d a s R e q u i s i t o s Responsabilidade da administração Gestão de recursos Medição, análise e melhoria P a r t e s i n t e r e s s a d a s Produto SGQ – Melhoria contínua Entrada Saída Realização do produto ISO 9001 – Alguns elementos 5. Responsabilidade da administração 6. Gestão de recursos 8. Medição, análise e melhoria 7. Realização do produto/serviço 4.Sistema de gestão da qualidade Melhoria contínua 4.3 - 4.4 - 4.6 - 4.7- 4.8 - 4.9 - 4.11 - 4.15 4.18 4.1- 4.2 - 4.5 - 4.16 4.10 – 4.12 – 4.13 – 4.14 – 4.17 – 4.20 R e q u i s i t o s d o c l i e n t e S a t i s f a ç ã o d o c l i e n t e OutputInput Processo - Visão gerencial Processo Entrada Saída Necessidades Requisitos Atividades Produtos Serviços Gestão Recursos Métodos Pessoal Equipamentos Capital Material Procedimentos Critérios Missão, Política, Metas C l i e n t e C l i e n t e Registros da qualidade Satisfação do cliente Falhas externas Falhas internas Deficiências Análise Melhorias Análise crítica ISO 9000 – Alguns paradigmas A MR A MR A MR A Tempo N º d o c u m e n t o s � Frases assassinas! � É burocracia pura! � Não serve para o Brasil! � É contra a cultura da empresa! � Não funciona na prática! � Não vamos parar de vender para fazer a ISO! � O que interessa é a qualidade do produto! A = Auditoria MR = Análise crítica Envolvimento da Alta Administração � Os princípios da gestão da qualidade podem ser usados como base para esse envolvimento,consistindo de: �Estabelecer a política da qualidade e seus objetivos na empresa; �Assegurar foco nos requisitos do cliente, através de toda a organização; �Assegurar que processos adequados sejam implementados, para alcançar totalmente os requisitos do cliente e os objetivos da qualidade; �Assegurar que um efetivo SGQ seja estabelecido, implementado e mantido; �Assegurar avaliação dos recursos necessários, decidindo por ações de melhoria; �Comparar os resultados alcançados contra as expectativas de objetivos; �Decidir por ações que garantam a política e os objetivos da qualidade; �Levar em conta que a empresa é um sistema sócio-técnico. ISO/TS 16949 (Technical Specification) • Representa um acordo entre os membros de um comitê técnico, que tem uma análise crítica a cada 3 anos, para se decidir se ela será transformada numa Norma Internacional. � Foi desenvolvida pelo IATF (International Automotive Task Force) e por representantes do ISO/TC 176 (Gerenciamento e Garantia da Qualidade), e seus sub-comitês. � Escopo: Ela especifica, em conjunto com a ISO 9001, requisitos do sistema da qualidade, para projeto, desenvolvimento, produção e, se relevante, instalação e serviços associados de produtos automotivos. � Aplica-se a “sites” fornecedores e sub-fornecedores de peças de produção e serviços, que forneçam: � Peças ou materiais; � Tratamento térmico ou superficial, pintura, acabamento, ou outro serviço; � Outros produtos especificados pelo cliente. ISO 9001 QS 9000 2ª edição - 2002 � ISO 9001 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos. � ISO 9000 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e vocabulário. � ISO 17025 – Requisitos gerais para competência de laboratórios de calibração e ensaios. � Termos e Definições – Elemento 3 da ISO/TS 16949. Elaboração, normas de referência, vocabulário, definições ISO/TS 16949 - Objetivos e composição � Estabelecer diretrizes comuns para o desenvolvimento de Sistemas da Qualidade, sendo específico para a Indústria Automotiva; � Proporcionar condições necessárias, para melhoria contínua e inovações; � Padronizar métricas, para definir os indicadores de desempenho; � Prevenir as causas, de produtos e serviços não conformes; � Reduzir as perdas, em toda a base de fornecimento da indústria automobilística, seja no produto ou serviço; � Diminuir a variação de processo, de produto ou de serviço; � Padronizar os requisitos da qualidade hoje existentes, evitando múltiplas certificações. Composição da Norma: � Prefácio; Parte 0 – Introdução; � Parte 1 – Escopo; Parte 2 – Referências Normativas; � Parte 3 – Termos e Definições; � Partes 4, 5, 6, 7 e 8 – Requisitos do sistema de gestão; � Anexo A – Plano de controle; Bibliografia. TS 16949 - Requisitos do sistema 4 - Sistema de gestão da qualidade 4.1 - Requisitos gerais 4.2 - Requisitos gerais da documentação 5 - Responsabilidade da Direção 5.1 - Comprometimento da Direção 5.2 - Foco no cliente 5.3 - Política da qualidade 5.4 - Planejamento 5.5 - Responsabilidade, autoridade e comunicação 5.6 - Análise crítica pela Direção 6 - Administração de recursos 6.1 - Provisão de recursos 6.2 - Recursos humanos 6.3 - Infra-estrutura 6.4 - Ambiente de trabalho 7 - Realização do produto 7.1 - Planejamento da realização do produto 7.2 - Processos relacionados a cliente 7.3 - Projeto e desenvolvimento 7.4 - Aquisição 7.5 - Produção e fornecimento de serviço 7.6 - Controle de dispositivos de medição e monitoramento 8 - Medição, análise e melhoria 8.1 - Generalidades 8.2 - Medição e monitoramento 8.3 - Controle de produto não conforme 8.4 - Análise de dados 8.5 - Melhoria Requisitos do sistema da qualidade Manuais da ISO/TS 16949 � Já vimos que a ISO/TS veio da junção das Normas ISO 9001 e QS 9000, além de envolver outras normas auxiliares, na busca de uma visão integrada do Sistema de Gestão da Qualidade. � Assim, além dos Manuais próprios dessas várias normas, a ISO/TS 16949, tem, como parte integrante, outros manuais, abaixo citados, tendo os mesmos passado por várias edições, que precisam ser analisados conjuntamente (recomenda-se adquiri-los). Por isso ser importante, ao abordar qualquer desses temas, ter-se uma visão completa. �APQP = Planejamento avançado da qualidade do produto �PPAP = Processo de aprovação de peças de produção (4ª. edição, de 2006) �FMEA = Análise dos modos de falha e seus efeitos �CEP = Controle estatístico do processo �MSA = Análise dos sistemas de medição APQP – Conceito e objetivos APQP = Planejamento Avançado da Qualidade do Produto (Advanced Product Quality Planning), sendo parte integrante da ISO/TS, e quem tem o PPAP como um de seus elementos. Método estruturado de planejamento da qualidade do produto/processo Atuando através de equipes multifuncionais Gerando produtos que satisfaçam o cliente Compromisso da Alta Gerência �Objetivos: �Comunicação eficiente, com todos os envolvidos. �Realização de todos os passos requisitados, dentro do prazo estabelecido. �Ocorrência mínima, de problemas e riscos de qualidade, no lançamento de novos produtos. Equipe – Comportamentos desejáveis Comportamentos desejáveis, para um trabalho eficaz em equipe! � Ter visão positivista das pessoas no trabalho, acreditando que elas são responsáveis, criativas e comprometidas. � Haver comportamentos gerenciais que enfatizem tanto os resultados de produção, como a satisfação das pessoas que trabalham. � Partilhar o poder com os subordinados, com autonomia e delegação para todos, permitindo tomada de decisões no local de trabalho (delegação). � Acreditar no conceito de equipes auto dirigidas e gerar mecanismos para seu uso. � Incentivar comunicação ativa, aberta e transparente (exposição e feedback altos). � Otimizar os relacionamentos inter-pessoais, em todos os níveis pessoais (chefias, colegas, subordinados), gerando sempre aliados. � Gostar daquilo que faz, motivando-se e motivando pessoas, buscando trabalho em equipe, auto reconhecimento e auto realização. � Ter sempre comportamentos empreendedores (fazer acontecer). � Usar de empatia e assertividade. APQP e a ISO/TS Retro-alimentação Monitoramento Requi- sitos do cliente e partes interes sadas Análise critica docu- menta- ção e elabora- ção do plano da qualida- de Forma ção da equipe / líder e plane- jamen to do progra ma D o c u m e n t a ç ã o Desenvolvimen- to do projeto do produto (DFMEA, revisão de projeto, PVP, plano de controle de protótipo, desenhos / especificações viabilidade) P r o t ó t i p o Desenvolvimento do projeto (status do APQP do sub-contratado, instalações, ferramentas e dispositivos, fluxograma do processo –PFMEA-, analise do sistema de medição, plano de controle de pré-lançamento, instrução de processo para operadores, especificações de embalagem). Corrida piloto e APQP (trial run de produção, plano de controle de produção, estudo preliminar de capacidade do processo, teste de validação do produto, aprovação de peças, envio de peças com PPAP) A p r o v. c l i e n t e P r o d u ç ã o D o c u m e n t a ç ã o Características de desenho (dimensional, performance, material, caract. esp.) + Cp / Cpk + custos + perdas + lead time + confidencialidade Análises críticas + monitoramento Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5 Verificação Verificação Verificação Verificação APQP - Fases Projeto e desenvolvim. do produto Planejamento e definição do programa Projeto e desenvolvimento do processo Validaçãodo produto e do processo Produção Levantamento de feedback e ações corretivas Ciclo de melhoria contínua Conceito Início/Aprovação Aprovação do programa Protótipo Planejamento e definição do programa Verificação do projeto e desenvolvimento do produto Verificação do projeto e desenvolvimento do processo Validação do produto e processo Feedback, avaliação e ação corretiva Piloto Lançamento APQP - Elementos 1. Decisão de fornecimento 2. Inputs do cliente 3. Craftsmanship (Aparência) 4. FMEA de projeto 5. Revisão(ões) de projeto/manufatura 6. Plano e relatório de verificação do projeto 7. Status do APQP do sub-contratado 8. Instalações, ferramentas e dispositivos 9. Plano de controle do protótipo (PVP) 10.Construção do protótipo 11.Desenhos e especificações 12.Comprometimento da equipe com a viabilidade 13.Fluxograma do processo de manufatura 14.FMEA de processo 15.Avaliação dos sistemas de medição 16.Plano de controle de pré- lançamento 17. Instruções do processo do operador 18.Especificações de embalagem 19.Trial run da produção 20.Plano de controle de produção 21.Estudo preliminar da capacidade do processo 22.Teste de validação de produção 23.Entrega do PSW - Part submission warrant (Permissão) Esses 23 elementos se desdobram em 43 atividades PPAP - Definição � O PPAP (Processo de aprovação de peças de produção – Production Part Approval Process) é uma ferramenta do APQP. � Seus conceitos, propósitos e aplicabilidades estão indicados num Manual do PPAP, parte integrante da ISO/TS 16949, já estando na 4ª. edição, de junho/2006. As edições anteriores são de fevereiro/1993, fevereiro/1995 e setembro/1999. PPAP - Composição � Introdução - Propósito, aplicabilidade e approach (aproximação) � Seção 1 - Generalidades, submissão � Seção 2 – Requisitos do PPAP � Seção 3 – Notificação do cliente e requisitos de submissão � Seção 4 – Submissão para o cliente (Níveis de evidência) � Seção 5 – Status de submissão de peças � Seção 6 – Retenção de registros � Apêndices (A até H) � Glossário. PPAP – Propósitos e aplicabilidades � Propósito: �O PPAP define os requisitos genéricos para aprovação de peças de produção, incluindo materiais de produção e material a granel (glossário). �Seu propósito é determinar se todos os requisitos dos registros de projeto de engenharia do cliente e especificações, estão adequadamente entendidos pela organização, e que o processo tem potencial para produzir um produto, que consistentemente atenda aos requisitos, durante uma corrida de produção normal, na proporção cotada para produção. � Aplicabilidade: �O PPAP deve aplicar-se ao site interno ou externo da organização (glossário), que forneça peças e serviços de produção, materiais de produção e materiais a granel. Para materiais a granel, o PPAP não é requerido, a menos que especificado pelo representante autorizado do cliente. (continua) Aplicabilidades – Notas �Uma organização que forneça peças ou serviços de produção, normalizados por catálogo, deve atender ao PPAP, a menos que formalmente acordado com o representante autorizado do cliente. •Nota 1: Ver os requisitos específicos do cliente, para obter mais informações. Todas as questões sobre o PPAP devem ser endereçadas para o representante autorizado do cliente. •Nota 2: Um cliente pode formalmente dispensar uma organização dos requisitos do PPAP. Tais dispensas somente podem ser emitidas por um representante autorizado do cliente. •Nota 3: Uma organização ou fornecedor, que necessite de uma dispensa dos requisitos do PPAP, deve entrar em contato com o representante autorizado do cliente. A organização ou o fornecedor deve obter a documentação da dispensa, com o representante autorizado do cliente. •Nota 4: Peças de catálogo (exemplo: parafusos) são identificados e/ou solicitados por especificações funcionais, ou pelas normas industriais reconhecidas. ISO/TS 16949 Elemento 7.3 – Projeto e desenvolvimento Item 7.3.6.3 Processo de aprovação do produto � A organização deve atender a um procedimento de aprovação, do produto e do processo de manufatura, reconhecido pelo cliente. �Nota: A aprovação do produto deve ser subseqüente à verificação do processo de manufatura. � Este procedimento de aprovação do produto e do processo de manufatura deve, também, ser aplicado aos fornecedores. Fluxograma de processos do PPAP - Exemplo CLIENTE Pedido de compra do cliente/Requisitos específicos do cliente Requisitos do projeto da peça do cliente Requisitos do projeto dos processos do cliente Especificações do cliente Requisitos logísticos do cliente ORGANIZAÇÃO Dono do projeto e equipe Coleta de Informações Conclusão dos Itens requeridos para o PPAP Conclusão do PSW Envio (ou reenvio) da autorização do PPAP Mudanças iniciadas pelo fornecedor PSW aprovado Registros da Tabela 4.1 do PPAP CLIENTE Registro do PSW aprovado Recebimento e aprovação do PSW enviado Processo validado (PSO/Run e Rate) Mudanças iniciadas pelo cliente, para peças, especificações, etc Notas: 1. Atividades mostradas não estarão sempre presentes. 2. Registros mostrados podem estar em diversas formas e em diversos locais de armazenamento. Mudanças da 4ª. edição (Parte 1) � Alinhamento do PPAP à ISO/TS 16949:2002, incluindo: �Alinhamento da ordem dos requisitos do PPAP com os produtos automotivos desenvolvidos e manufaturados; �Inclusão de um exemplo de fluxo de processo para o PPAP. � Realocação das instruções específicas de consumidores para websites apropriados (exemplo: OEM e IAOB, www.iaob.org), para requisitos atuais. � Atualização dos requisitos de caminhões OEM, enviados para o Apêndice H. � Revisão do PSW (Part submission warrant), para: �Fornecer um fluxo mais lógico para os campos de descrição das peças e projeto; �Tornar os endereços dos fornecedores aplicáveis para locais internacionais; �Incluir relatório de materiais IMDS para indicar o status do relatório. � Atualização de requisitos específicos do PPAP, incluindo: �Relatório de materiais e requisitos de identificação polimérica no registro do projeto; �Índices de capacidade de processo usados (Cpk e Ppk); �Definição e aprovação de peças de catálogo e a definição de peças black box. Mudanças da 4ª. edição (Parte 2) � Modificação dos requisitos de notificação e submissão do consumidor, para alinhar com requisitos OEM (retirado item I.3.3 do PPAP 3ª. edição). � Maior clareza e comunização dos Apêndices C, D e E, para tornar semelhante aos requisitos dos relatórios. � Revisão do Apêndice para permitir especificação de aplicabilidade do OEM e para eliminar duplicações. � Reorganizado e atualizado o Apêndice F para reforçar a importância do checklist dos materiais a granel. Nota: A Ford requer que todas as organizações que fornecem materiais a granel cumpram o PPAP. � Revisão do Glossário, para ser consistente com as atualizações no texto. � O PPAP referencia-se aos Manuais do APQP (Planejamento avançado da qualidade do produto e Plano de controle), FMEA (Análise dos modos de falha e seus efeitos), MSA (Análises dos sistemas de medição) e CEP (Controle estatístico do processo). Tais manuais são autorizados pela Daimler Crysler, Ford e General Motors e estão disponíveis na AIAG – Automotive Industry Action Group (www.aiag.org). Fim do Módulo 1
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