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2 UNIDADE 02 - Escoamento e Drenagem

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ESCOAMENTO E DRENAGEM
Curso de Engenharia Civil – Bacharelado
Obras Hidráulicas - CCE1036
Prof. Esp. Glauber de Sousa Alves
São Luís - 2019
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• LARA, Batista. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. Disponível
em:
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/fandrade/teaching/files/batist
alara2010.pdf. Acesso em 15.07.2019.
• HOUGHTALEN, R.J. Engenharia Hidráulica. Disponível em:
https://www.academia.edu/30225468/ENGENHARIA_HIDRAULIC
A_-_R._J._Houghtalen_4a_ED. Acesso em 10/07/2019
• NETO, Azevedo. Manual de hidráulica. 8ª Ed. São Paulo. 1998,
669p.
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BIBLIOGRAFIA
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Parâmetros hidrológicos (chuva e 
deflúvio)
Curso de Engenharia Civil – Bacharelado
Obras Hidráulicas - CCE1036
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• O ciclo da água
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Parâmetros Hidrológicos
• Para verificação das características dos sistemas a serem
dimensionados, precisamos compreender
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Microdrenagem
Curso de Engenharia Civil – Bacharelado
Obras Hidráulicas - CCE1036
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• O crescimento da urbanização implica no crescimento da
impermeabilização do solo e em um aumento do volume
escoado que deverá ser drenado.
• Os sistemas de drenagem urbana devem ser planejados
em conjunto com o planejamento urbano, de modo que
os planos de urbanização prevejam um projeto de
drenagem urbana eficiente.
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Microdrenagem
• Em geral, nas áreas urbanizadas, o mau funcionamento dos
sistemas de drenagem urbana é a principal causa de
inundações, fazendo com que as enchentes urbanas se
tornem um problema crônico.
• A drenagem urbana deve ser baseada em projetos
hidráulicos, bem como em critérios ambientais, sociais e
econômicos.
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Sistemas de drenagem pluvial urbana
• Microdrenagem
o Os sistemas de microdrenagem compreendem um conjunto de
obras em cujo projeto são adotadas vazões produzidas por
eventos hidrológicos com até 25 anos de período de retorno.
o As principais características dos componentes de um sistema de
Microdrenagem implicam que sejam verificados os seguintes itens:
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Microdrenagem
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• Sarjeta
o A sarjeta é um canal que pode ser a céu aberto situado entre a
guia (ou meio-fio) e a via, ou de contorno fechado, como as
utilizadas em projetos de drenagem de estradas.
o Podem ser dimensionadas de acordo com a profundidade da
lâmina-d’água (profundidade normal), y, por meio da equação de
Manning, influenciando velocidade e vazão de escoamento de
acordo om sua rugosidade.
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Microdrenagem
• Sarjeta
o Geralmente, utilizam-se limitadores, como a altura máxima da
lâmina-d’água na sarjeta y=0,13 m e a largura máxima da lajeta
de 0,45 m, de modo a não impactar negativamente no trânsito de
pedestres, pois uma sarjeta muito profunda pode ocasionar
acidentes.
o Recomenda-se que nas sarjetas, a velocidade máxima deve ser
menor que 3 m/s e a velocidade mínima deve ser maior que 0,5
m/s.
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Microdrenagem
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Há duas maneiras de calcular a vazão em sarjetas:
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Compreende que se adote o canal como uma seção que se 
estende até o centro da via;
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Compreende apenas a própria seção transversal da sarjeta.
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Ex¹.: As vias (ruas) têm 6,00 m de largura e possuem uma inclinação
transversal de 3,33%. De acordo com os dados de projeto, as sarjetas
são construídas em concreto (n=0,012) e possuem uma declividade de
fundo igual a 0,01m/m. As dimensões da sarjeta estão de acordo com
a figura apresentada no projeto:
Calcular as vazões pelo método de Manning e método de Izzard.
• Bocas de lobo:
o Dispositivos localizados em pontos convenientes, nas sarjetas, para
captação das águas pluviais;
o Localização em pontos pouco a montante de cada faixa de
cruzamento usada pelos pedestres, junto às esquinas;
o De acordo com a necessidade de drenagem, as bocas-de-lobo
podem ser simples, múltiplas e equipadas com grelhas pré-
moldadas de concreto ou de ferro fundido dúctil.
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Microdrenagem
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• As bocas-de-lobo:
o Devem estar nos pontos mais baixos do sistema para impedir
alagamentos e águas paradas; podem ser posicionadas em
ambos os lados da rua quando necessário;
o Não devem ser instaladas em esquinas (trecho de máxima vazão
pela sarjeta) para que o fluxo da água não atrapalhe a passagem
de pedestres;
o Sua abertura máxima não deve ultrapassar 0,15m.
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Microdrenagem
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• O dimensionamento das bocas-de-lobo depende de
diferentes aspectos, pois para cada tipo a vazão é
calculada de um modo diferente:
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Microdrenagem
• No caso de boca-de-lobo com grelha, assume-se o
seguinte:
o Quando um dos lados da grelha da boca-de-lobo for adjacente à
guia, este comprimento não deve ser adicionado ao valor de P.
o Para o caso de boca-de-lobo combinada, pode ser feita a
associação das duas equações anteriores:
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Microdrenagem
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Ex².: Suponha que na análise anterior você tenha de verificar também os
dados de vazão das bocas-de-lobo. Nesse caso, você verifica que foram
consideradas no projeto bocas-de-lobo combinadas sem depressão de
entrada, posicionadas junto ao meio-fio com 0,40 x 0,30 m de tamanho e
abertura de vão de 0,40 x 0,12 m.
• Galerias:
o O traçado das galerias deve ser desenvolvido simultaneamente
com o projeto urbanístico e elas devem ser projetadas de modo
homogêneo, dentro do possível, para que o sistema como um
todo possa proporcionar condições adequadas de drenagem a
todas as áreas da bacia.
o As galerias de águas pluviais são projetadas para funcionamento à
seção plena para a vazão do projeto e são executadas em dutos
de concreto e concreto armado, o que influenciará na velocidade
de escoamento.
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Microdrenagem
• Canais:
o A velocidade mínima para tubos de concreto deverá ser de
0,65m/s e a máxima de 5,0m/s e o recobrimento mínimo acima das
galerias deve ser de 1,00 m.
o A ligação das bocas-de-lobo às galerias pode ser feita por meio
de tubos intermediários chamados de tubos de ligação.
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Microdrenagem
O cálculo de vazão das galerias pode ser feito utilizando a equação de
Manning, considerando-se a seção plena, ou seja, quando o raio
hidráulico, Rh, é igual a um quarto do diâmetro da seção circular.
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Ex³.: Calcular a vazão de uma seção circular de concreto (n=0,012) com
0,50 m de diâmetro, dimensionada de modo a atender o escoamento de
águas pluviais em um trecho onde a declividade é de 0,01 m/m.
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➢ Ainda que haja uma preocupação no dimensionamento
dos elementos que compõem a microdrenagem, a
limpeza desse sistema é primordial para mantê-lo em
funcionamento.
➢ Veja as seguintes reportagens para compreender melhor
a necessidade de se higienizar periodicamente o sistema
de microdrenagem urbana.
• Dimensionamento do Sistema de Microdrenagem
o O sistema de microdrenagem urbana é dimensionado de acordo
com a necessidade de escoamento da bacia em estudo.
o Ao pensarmos na chuva, podemos imaginar que existem locais
que, devido à travessia de pedestres ou à existência de edifício,
deve manter a altura da água baixa.
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Microdrenagem
• Dimensionamento do Sistema de Microdrenagem
o A escolha do período de retorno e da altura do nível de água, bem
como do risco que pode ser assumido devem ser levados em
conta no dimensionamento dos sistemas de microdrenagem.
o Na microdrenagem, é comum adotar períodos de retorno até 25
anos e na macrodrenagem de 100 anos.
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Microdrenagem
• Ex.: Estudo de bacia.
o Estudaremos uma pequena bacia de 50 hectares (0,5 km2), que
compreende uma área urbanizada da cidade do Rio de Janeiro, onde
as ruas são asfaltadas, tal como conhecemos (C=0,83 — coeficiente de
deflúvio).
o Podemos calcular a vazão máxima do escoamento produzido pelas
chuvas se conhecermos a intensidade média máxima da precipitação
(em mm/h), por meio doMétodo Racional.
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Microdrenagem
• A intensidade média máxima de precipitação é calculada
por região, ou seja, para cada localidade há uma
equação baseada no histórico de precipitações do local.
No caso da cidade do Rio de Janeiro, esta equação é:
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Microdrenagem
• Nesse caso, se considerarmos o tempo de retorno médio de
25 anos (limite da microdrenagem) proposto para o Brasil e
uma duração aproximada de 30 minutos de chuva,
chegaremos ao seguinte resultado:
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Microdrenagem