Buscar

1 UNIDADE 01 - CANAIS

Prévia do material em texto

CANAIS
Curso de Engenharia Civil – Bacharelado
Obras Hidráulicas - CCE1036
Prof. Esp. Glauber de Sousa Alves
São Luís - 2019
1
• LARA, Batista. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. Disponível
em:
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/fandrade/teaching/files/batist
alara2010.pdf. Acesso em 15.07.2019.
• HOUGHTALEN, R.J. Engenharia Hidráulica. Disponível em:
https://www.academia.edu/30225468/ENGENHARIA_HIDRAULIC
A_-_R._J._Houghtalen_4a_ED. Acesso em 10/07/2019
• NETO, Azevedo. Manual de hidráulica. 8ª Ed. São Paulo. 1998,
669p.
2
BIBLIOGRAFIA
3
Características básicas dos 
escoamentos livres
Curso de Engenharia Civil – Bacharelado
Obras Hidráulicas - CCE1036
4
• Os escoamentos livres são caracterizados pela presença da
superfície em contato com a atmosfera, dessa forma
submetida a pressão atmosférica;
• Ao contrário dos condutos forçados, nos escoamentos livres
as condições de contorno podem ser variávieis no tempo e
no espaço;
• Apesar das diferenças em geral, os princípios básicos que
norteiam os conditos livres são essencialmente os mesmo
dos condutos forçados.
5
ESCOAMENTOS LIVRES
6
Equações fundamentais da Hidráulica de Condutos Livres:
7
ESCOAMENTOS LIVRES
Equação da Continuidade ➢ Conservação da Massa
Teorema de Euler ➢ Conservação da Quantidade de 
Movimento
Equação da Continuidade ➢ Conservação da 
Massa
8
• Parâmetros geométricos e hidráulicos característicos:
o Condições de contorno variáveis Geometria da seção!
• Parâmetros mais relevantes descritos abaixo.
9
ESCOAMENTOS LIVRES
10
ESCOAMENTOS LIVRES
• Para elementos de forma geométrica definida, podemos
desenvolver expressões de cálculo em função da
profundidade da água, resultando em características
geométricas fundamentais das seções mais comumente
utilizadas na hidráulica dos canais abertos.
11
ESCOAMENTOS LIVRES
12
SEÇÕES MAIS COMUNS PARA 
DIMENSIONAMENTO
13
• Variação da pressão dos condutos
o Condutos forçados pressão constante em todos os seus 
pontos.
o Condutos livres não despreza a diferença de pressões 
entre o fundo e a superfície.
14
LEI DE STEVIN – Escoamento Uniforme
ESCOAMENTOS LIVRES
• Em escoamentos bruscamente variados, quando existe
uma curvatura expressiva na corrente vertical, podemos
caracterizar o escoamento como sendo do tipo
Escoamento Curvilíneo, com alteração hidrostática das
pressões.
15
ESCOAMENTOS LIVRES
Convexo
Côncavo
16
ESCOAMENTOS LIVRES
• Outro aspecto a ser considerado é a declividade em
relação à distribuição das pressões
17
ESCOAMENTOS LIVRES
• Obs¹: As observações na
crista do vertedor podem
levar a observar efeitos de
cavitação, o que pode
provocar danos à estrutura.
• Obs²: Elevados valores de
pressão podem ser
observados no pé do
vertedor, também gerando
desgastes estruturais.
18
ESCOAMENTOS LIVRES
19
ESCOAMENTOS LIVRES
• Variação de velocidade:
o Contatos da superfície líquido-parede e líquido-ar geram
distribuições não uniformes de velocidade no decorrer do curso
d’água;
20
ESCOAMENTOS LIVRES
21
ESCOAMENTOS LIVRES
• No perfil vertical, o perfil de distribuição das velocidades é
aproximadamente logarítimico, variando do que pode ser
considerado um valor nulo (fundo) até um valor máximo
logo abaixo da superfície, entre 5% e 25% de profundidade.
• O valor da velocidade média U corresponde à média
aritmética das velocidades medidas entre 20% e 80% da
profundidade, aproximadamente igual a 60%.
22
ESCOAMENTOS LIVRES
23
• Entende-se a complexidade da distribuição das
velocidades de uma seção.
• Dessa forma, para evitar irregularidades da distribuição das
velocidades nas seções sem uma abordagem complexa,
podemos trabalhar com as velocidades médias das
equações de Bernoulli e Euler.
24
ESCOAMENTOS LIVRES
• A determinação das velocidades em uma secção só é
possível através de medições diretas, com o uso de
aparelhos denominados molinetes, associando a rotação
da hélice a velocidade de escoamento.
25
ESCOAMENTOS LIVRES
• Essencialmente determina-se a velocidade em diversos
pontos em uma vertical. A velocidade média e a vazão
podem ser expressas da seguinte forma:
26
ESCOAMENTOS LIVRES
• Ainda, a partir de medições de velocidades nas seções
pode-se também calcular “α” “β” pelas expressões abaixo:
27
ESCOAMENTOS LIVRES
• Supondo que uma distribuição das velocidades na vertical, 
os coeficientes podem ser expressos da seguinte forma.
28
ESCOAMENTOS LIVRES
29
Estruturas hidráulicas de condução -
Canais
Unidade 01.1
30
• Os recursos hídricos, vitais na sociedade atual, só se tornaram
úteis para o ser humano depois que passaram a ser
adequadamente controlados.
• São alguns tipos de estruturas mais comuns na Engenharia
Hidráulica:
o Estruturas para armazenamento e contenção de água: barragens e
diques;
o Estruturas para transporte e adução de água, bem como para a
compatibilização com outras obras de infraestrutura: canais bueiros e
pontes;
o Estruturas para controle de água: vertedores e dissipadores de energia.
31
Estruturas hidráulicas de condução 
• Os canais são estruturas hidráulicas que possuem os
seguintes objetivos básicos:
o Condução das águas de forma a compatibilizar as necessidades
com os volumes disponíveis, no tempo e no espaço;
o Possibilitar e favorecer a navegação.
• Podem ser utilizados para consumo humano e industrial,
condução das águas usadas, irrigação agrícola, drenagem
das águas excedentes, etc.
32
CONDUÇÃO: Canais
• O objetivo secundário da condução da água pode ser a
implantação de hidrovias. Qualquer que seja seu objetivo,
o dimensionamento é feito através dos mesmos processos,
mas de acordo com a característica da superfície de
contato da água.
33
CONDUÇÃO: Canais
• Caracterização do escoamento uniforme:
34
CONDUÇÃO: Canais
• O dimensionamento hidráulico dos canais é efetuado
usualmente na hipótese de regime uniforme de escoamento.
o Fórmula de Manning
Q – Vazão (m³/s)
A – Área da seção transversal (m²)
𝑅ℎ - Raio Hidráulico (m)
I – Decliv idade Média (m/m)
n – Coeficiente de Rugosidade de Manning
35
CONDUÇÃO: Canais
36
• Dimensionamento considerando a máxima eficiência
hidráulica:
o Considerando a estabilidade do canal;
o Necessidade de seção adequada para transporte de vazão de
projeto;
o Otimização de seção transversal para transporte da vazão de
projeto;
• Minimização da área a ser revestida; otimização da escavação.
37
CONDUÇÃO: Canais
38
39
• Como o conceito de raio hidráulico envolve a divisão da
área molhada pelo perímetro molhado, a seção de mesma
área molhada e menor perímetro molhado será
considerada a melhor seção hidráulica, ou seja, a seção
mais eficiente.
• Por uma questão geométrica, o semicírculo possui o menor
perímetro para uma determinada área e é a seção mais
eficiente hidraulicamente comparada às demais seções.
40
CONDUÇÃO: Canais
• Ao otimizar a altura de lâmina-d’água em sua plenitude,
fazemos com que suas bordas sejam curvas nas margens, o
que torna cara sua execução e dificulta sua manutenção.
41
CONDUÇÃO: Canais
O conceito de seções hidraulicamente eficientes está
submetido ao alinhamento do canal com os materiais
utilizados no revestimento do mesmo, ou seja, a
utilização de materiais erodíveis e não estabilizados,
inviabiliza o conceito, pois implica no coeficiente de
rugosidade, n.
42
CONDUÇÃO: Canais
A seção mais usual em canais
artificiais é o trapezoidal em meio
hexágono, que pode ser inscrito
em um semicírculo comseu centro
na superfície livre da água. Mas
essa condição depende do alcance
do nível da água no topo da seção
(borda livre do canal).
• Energia e controle hidráulico:
o Para o cálculo dos regimes de escoamento dos canais, é
necessária a noção de controle hidráulico;
o A energia correspondente a uma seção transversal é definida pela
soma de três cargas: Cinética, Altimétrica e Piezométrica.
43
CONDUÇÃO: Canais
44
CONDUÇÃO: Canais
• Para um dado valor de energia, existem dois valores de
profundidade:
o Se mantivermos a mesma seção de água e mudarmos apenas a vazão,
curvas semelhantes à curva ABC podem ser traçadas. Se a vazão
aumenta (Q+ΔQ), a curva se move para a direita (sobe) e se a vazão
diminui (Q-ΔQ), a curva se move para a esquerda (desce).
o O ponto C da curva representa a profundidade na qual a vazão (Q)
pode ser distribuída por meio da seção de água com energia específica
mínima. Essa profundidade y é conhecida como profundidade crítica yc
para a descarga Q da seção, e o fluxo nessa seção é dito como fluxo
crítico.
45
CONDUÇÃO: Canais
• Em geral, uma família de curvas poderia ser gerada através
dos valores de descarga de uma determinada seção;
• Para descargas mais altas, a curva se move para a direita
(A’C’B’) e para descargas mais baixas, a curva se move
para a esquerda (A”B”C”).
46
CONDUÇÃO: Canais
• Variação do escoamento em canais:
47
CONDUÇÃO: Canais
48
• Característica dos regimes de escoamento quanto à energia:
49
CONDUÇÃO: Canais
50
CONDUÇÃO: Canais
51
CONDUÇÃO: Canais
52
53
• Saltos hidráulicos:
o Nos canais abertos, principalmente em estruturas artificiais, como
as bacias de dissipação de energia, podem ocorrer os saltos
hidráulicos;
o Resultante de uma redução abrupta na velocidade do fluxo,
mediante aumento repentino na profundidade da água.
o Como a maioria das bacias de dissipação são retangulares, iremos
focar a resolução de situações voltadas a essa geometria.
54
CONDUÇÃO: Canais
• Os saltos hidráulicos convertem um fluxo supercrítico para
um fluxo subcrítico;
• Na região do salto hidráulico, é comum observar a
superfície da água e a região de turbulência
características, acompanhados de uma perda de energia
ao longo do salto.
55
Uma profundidade supercrítica de baixo
estágio (y1) transforma-se em uma
profundidade supercrítica de alto estágio (y2).
CONDUÇÃO: Canais
56
Equação da conservação da quantidade de
movimento:
57
Energia dissipada (perda de altura de energia
no salto):
Comprimento do ressalto hidráulico:
• Estudo experimental (USBR):
• A definição da localização
do ressalto hidráulico é
muito importante, visto a
necessidade de proteção
da região de ocorrência,
em função da dissipação
de energia no local.
58
CONDUÇÃO: Canais
59
60
• Remanso hidráulico: elevação de água a montante.
o Característica do Movimento Gradualmente Variado;
• Rios;
• Sistemas de drenagem pluvial;
• Esgotos.
o Muito utilizado em adição de produtos químicos para tratamento 
de águas.
o As características do fluxo variam de forma lenta e gradual.
61
CONDUÇÃO: Canais
• O movimento uniforme em um curso d’água caracteriza-se
por uma seção de escoamento e declividade constantes;
o Caso executemos uma barragem, por exemplo, essa condição se
desfaz. A barragem causará uma sobre-elevação das águas,
influenciando o nível da água a uma grande distância a
montante.
62
CONDUÇÃO: Canais
• Na prática, a forma mais simples de determinação do
traçado da curva de remanso é através do “método dos
engenheiros do Sena”
63
CONDUÇÃO: Canais 
Sendo 𝑍0 a sobre-elevação NG do ponto N, e z
a sobre-elevação de um ponto Z qualquer
situado a uma distância L da barragem, a
equação desta parábola será:
• Nesta solução, dá-se a “L” uma série de valores
equidistantes de 100m, por exemplo, determinando assim
os valores de z que permitem traçar a curva;
• Ainda, variando z de 10 em 10cm e calculando-se as
distâncias de “L” correspondentes;
64
CONDUÇÃO: Canais
• Para pequenas declividades, podemos tornar EF por GF;
• Triângulo GEF, temos que:
65
CONDUÇÃO: Canais
66
67