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AD1 2019 2 Lingua Portuguesa na educacao 2

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Curso de Pedagogia para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental
Avaliação a Distância 1 – AGOSTO/2019
Disciplina: Língua Portuguesa 2
Coordenadora: Cláudia Andrade
Nome:______________________________________________________ Matrícula:___________
Polo: ___________________________________
Caro(a) aluno(a),
Antes de responder as questões, observe as seguintes instruções:
discuta suas dúvidas com os tutores;
preste atenção ao que é solicitado no enunciado das questões;
procure não deixar nenhuma questão em branco;
apresente respostas com consistência teórica, busque apoio no seu material didático e nas obras citadas nele;
utilize a modalidade padrão da língua, reconhecidamente a mais adequada a textos científicos, em textos claros, coerentes e coesos.
Embora discutidas no grupo de estudo e na tutoria, as respostas devem ser individuais e de autoria do aluno que assina a prova.
A unidade 1 do nosso curso contempla os seguintes conceitos: linguagem, língua, língua como estrutura, usos da língua: a produção de sentidos e as funções da linguagem. Muitos desses conceitos já foram discutidos em LP1. Buscaremos o aprofundamento conceitual com a leitura do texto complementar 1(MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. DIONISIO,Ângela P.; MACHADO, Anna R.; BEZERRA, M.ª Auxiliadora (Org.s.). In: Gênerostextuais & ensino. Ed. 2. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003. p. 19-36) disponível no setor de Materiais e Ferramentas da disciplina). 
As questões da prova são baseadas no texto indicado. 
Questão 1 – 2 pts
Explique como o autor define a importância dos aspectos sócio-comunicativos, funcionais e formais para a definição do gênero.
Questão 2- 3 pts
Defina:
Gênero textual
Tipo textual
Domínio discursivo
Questão 3- 5 pts
Escolha um dos textos em anexo e faça uma análise, compondo o quadro a seguir:
	DOMÍNIO DISCURSIVO
	GÊNERO TEXTUAL
	SEQUÊNCIAS TIPOLÓGICAS (DAR EXEMPLOS DO TEXTO)
	FUNÇÃO SOCIAL
	PROPOSTA DE ATIVIDADE(SITUAÇÃO DE ENSINO DE LP)
TEXTO 1 (disponível em https://www.saraiva.com.br/jose-roberto-torero-cronicas-para-ler-na-escola-colecao-para-ler-na-escola-3419240.html)
José Roberto Torero nasceu contador de histórias. Irreverente, tem um jeito particular de reconstituir os fatos históricos, sempre com muito humor e inteligência. E se existe um tema que Torero adora é futebol. "A vida dentro do campo" - primeira parte de Crônicas para ler na escola - reúne seus textos sobre esse universo. E a palavra certa é esta: universo. Porque Torero pode falar de uma infinidade de coisas usando o jogo como pretexto, ou, ao contrário, tratar de qualquer assunto para, quando menos se espera, retornar ao esporte preferido dos brasileiros. Quando o personagem-médium Zé Cabala - o supremo webmail dos espíritos - entra em ação, o leitor tem a oportunidade de conhecer "pessoalmente" a vida e as opiniões das mais diversas figuras do futebol: o primeiro corintiano, o craque do Bahia de 59, o maior jogador da história do Santa Cruz e até o pai de Torero, que aparece para dar uns conselhos ao filho. Fora do campo tem o bilheteiro, o torcedor e seu inseparável radinho, o técnico nervoso, o peladeiro, o cronista esportivo. A segunda parte, longe (mas nem tanto) dos gramados, o autor traz uma nova visão do passado e da vida cotidiana. Virando tudo de cabeça para baixo, narra divertidos bate-papos na fila do dia Juízo Final e os bastidores do Grito do Ipiranga - Torero adora subverter os eventos da História e propor perguntas intrigantes: como seria o continente americano se Colombo e Cabral tivessem naufragado? O que Adão anotava em seu diário?
TEXTO 2 (disponível em https://www.ludopedio.com.br/entrevistas/jose-roberto-torero/)
O dia em que virei santista
Aos nove anos eu ainda não tinha escolhido para quem torceria. E isso era muito bom, porque criava uma certa disputa entre o pessoal de casa.
Meu tio Mauro falava que eu tinha que torcer para o Palmeiras, porque o verde era a cor mais bonita do mundo. Mas como essa cor me lembrava alface, chuchu, chicória e outras verduras que eu tinha que comer à força, seu argumento não era grande coisa.
Já minha avó era corintiana. E muito. Escutava os jogos em seu radinho de pilha e gritava quando saía um gol. Porém, como o Corinthians estava há muito tempo sem ganhar um título (eram os idos de 1974 e o deserto ainda duraria mais três anos), ela não possuía grandes argumentos para me convencer. Ela só dizia que, mesmo perdendo, era bom ser corintiana. Mas eu ainda era muito criança para a metafísica.
Meu pai, por sua vez, tentava ganhar minha simpatia dizendo que o Santos era o time da minha cidade. O problema é que uma criança não tem o sentimento bairrista desenvolvido e, assim, esse argumento também não ia muito longe.
Como ninguém conseguia me convencer com palavras, passaram a tentar comprar minha opinião com presentes. Eu ganhava montes de chaveiros, jogos de botões e figurinhas. Mas, como havia um equilíbrio entre os presentes, o empate permanecia.
Porém, um dia, ou melhor, uma noite, meu pai mandou que eu me arrumasse porque ele ia me levar até a Vila Belmiro. Disse que iria acontecer um jogo muito importante e que eu tinha que ver aquilo
Achei o estádio uma coisa fantástica. Nunca tinha visto tanta gente junta. Nem tantas bandeiras, nem tantas luzes. Era uma mistura de música, fogos de artifício e gritaria. Uma coisa selvagem e linda ao mesmo tempo.
De toda aquela festa eu tinha gostado muito. Já o jogo não estava sendo grande coisa. Mas aí, de repente, um dos jogadores do Santos se ajoelhou no meio do campo e houve um instante de silêncio, como se ninguém acreditasse no que via. Logo depois os torcedores ficaram de pé e começaram a bater palmas.
O jogador abriu os braços e virou-se, de joelhos, para os quatro lados do estádio. Olhei para trás e vi que todo mundo estava chorando. Pior, olhei para o lado e vi que meu pai estava chorando. Meu pai chorando!? Aquilo era uma coisa que eu nunca tinha visto na vida. Nem visto, nem imaginado.
Perguntei-lhe o que estava acontecendo. Ele me explicou que aquele homem de joelhos ia parar de jogar futebol.
“Vai parar por que é muito ruim?”, perguntei.“Não, ele é o melhor do mundo”, meu pai me respondeu com os olhos cheios de lágrimas.
Eu não entendi aquela lógica: “Se ele é o melhor do mundo, por que vai parar de jogar?”
Meu pai não me respondeu, só ficou olhando para o campo. Talvez ele também não tivesse a resposta. Nem ele, nem os milhares de homens que choravam na Vila Belmiro, transformando as arquibancadas em cascatas.
Depois, quando o jogo recomeçou, com meu pai ainda triste e calado, resolvi que tinha que fazer alguma coisa para consolá-lo. 
Pensei no que poderia deixá-lo mais alegre. Pensei, pensei e, quando tive uma idéia, falei: “Pai, acho que vou torcer para o Santos.”
Ele olhou para mim, enxugou as lágrimas, pôs a mão no meu ombro, sorriu e não falou nada. Mas nem precisava. Naquele momento, eu vi que tinha substituído Pelé.
Foi assim, no dia mais triste da história do meu time, que eu me tornei santista.
TEXTO 3 (disponível em http://chc.org.br/esporte-nao-e-brincadeira-mas-ja-foi/)
ESPORTE NÃO É BRINCADEIRA – MAS JÁ FOI
CHC Notícias História
Esporte lembra saúde. Afinal, os médicos acreditam que estar sempre em movimento ajuda a ter uma vida mais saudável. Mas não foi sempre assim, sabia? Em meados do século 19, as práticas esportivas na cidade do Rio de Janeiro eram principalmente um jeito de divertir a população.
Há pouco mais de 200 anos, a família real portuguesa veio para a cidade, fugindo de guerras que estavam acontecendo na Europa. Junto com a corte, vieram para o Brasil muitos europeus, incluindo um grupo de origem britânica, que gostava de recriar aqui algumas atividades comuns em sua terra natal.Assim, esportes como críquete – jogado com bola e tacos – e corridas a cavalos, famosos na Inglaterra, começaram a fazer sucesso aqui também.
Derby Clube, área para corridas de cavalos situada no local onde hoje está o famoso Maracanã. (foto: Holland / Acervo George Ermakoff)
A primeira agremiação oficial de esportes do país foi o Clube das Corridas, fundado em 1849. “Lá se faziam apostas para saber qual era o cavalo mais rápido – todos queriam ir, de todos os setores da sociedade”, conta o historiador Victor Andrade de Melo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O Rio chegou a ter nada menos cinco hipódromos ao mesmo tempo, tamanha a popularidade do esporte.
Por incrível que pareça, as touradas também foram comuns por aqui. Muitas arenas, que levavam o povo à loucura durante as competições, ficavam em locais que hoje são pontos turísticos dos cariocas, como o Campo de Santana, no centro da cidade. Por ser considerada cruel, essa prática foi banida em 1907 e segue proibida em muitos lugares.
Anúncio de Touradas (foto: Gazeta de Notícias, 4 de novembro de 1877)
Felizmente, os cariocas encontraram outros esportes para praticar. Um deles se tornou paixão nacional. Já sabe qual, né? O futebol, oras!
Essa modalidade esportiva chegou por aqui no início do século 20, também trazida por descendentes de britânicos que queriam popularizar ainda mais a prática de esportes. “Naquela época, era barato assistir a partidas e competições, mas era caro competir”, revela Victor. “No entanto, nada mais fácil do que arranjar uma bola e algumas pessoas com boa vontade chutar, não é mesmo? Foi por isso que o amor pelo futebol se espalhou tão rápido”.
Em meados do século 19, tempos de mudança na economia brasileira, a circulação de dinheiro na então capital do país aumentou. “Assim, o entretenimento acabou se tornando um novo e poderoso foco econômico: a dança, o teatro e o nosso querido esporte”, explica o historiador.
Sócios do Clube de Natação e Regatas nadando e remando na Praia de Santa Luzia. (foto: Careta, 21 de dezembro de 1912)
O povo pagava para se divertir assistindo ou praticando esportes, mas a saúde ficou em segundo plano até o final do século 19, quando alguns intelectuais passaram a promover atividades físicas como atitudes essenciais para quem quisesse ter hábitos saudáveis.
As novas ideias começaram a ser divulgadas em revistas e jornais e, aos poucos, a população começou a entender que a prática de esportes poderia contribuir muito para a saúde. Inicialmente, a modalidade mais valorizada para isso era a ginástica, vista como aliada nos cuidados com o corpo. Mas, depois, atividades como o remo e a patinação também se popularizaram. Hoje, sabemos que há muitas possibilidades de esportes para quem deseja levar uma vida saudável. Qual é a sua favorita?
Matéria publicada em 26.08.2015

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