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EXERCÍCIOS _ CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA II

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Exercícios 
 Conversão Eletromecânica de Energia
Professor: MITSUO NITTA
Aluno: Sérgio Antonio das Graças
RA: 2012.01.53372-4
Como funciona o motor universal
Saiba sobre a construção e o funcionamento desses motores únicos que podem funcionar em ambos os tipos de fontes de alimentação
Introdução
Neste artigo, falaremos sobre um tipo único de motor conhecido como motor universal.Um motor que pode ser operado , ou que pode funcionar com um fornecimento direto ou em uma fonte de alimentação de corrente única, é conhecido como motor universal.Por que é chamado como um motor universal? É por sua capacidade de funcionar com alimentação AC e DC com características quase semelhantes.
Um motor universal tem um alto torque de partida e características de velocidade variável. Esse motor corre a velocidades perigosamente altas durante o período sem carga.
Tipos
Um motor universal pode ser fabricado de duas formas diferentes
Tipo não compensado com polos concentrados
Tipo compensado com campo distribuído.
O tipo compensado é preferido para aparelhos de alta potência e os aparelhos não compensados ​​para baixa potência. Tanto o compensado quanto o não compensado têm construção semelhante à de um motor da série DC.
Motor não compensado
O motor não compensado tem dois polos salientes e está laminado. A blindagem é de tipo enrolado e o núcleo laminado são ranhuras retos ou distorcidos. Os cabos do enrolamento da armadura estão conectados ao comutador. Escovas de alta resistência são usadas juntamente com este tipo de motor para ajudar a uma melhor comutação.
A inclinação nos entalhes da armadura serve para duas finalidades:
Reduz o zumbido magnético.
Ajuda a reduzir a tendência de bloqueio do rotor, que é chamado de bloqueio magnético. O bloqueio magnético é uma condição durante a qual os dentes do rotor permanecem bloqueados sob os dentes do estator devido à atração magnética entre o estator e o rotor. Isso será consideravelmente reduzido usando o enviesamento.
Motor de tipo compensado
O motor de tipo compensado consiste em um enrolamento distribuído pelo campo e o núcleo do estator é semelhante ao do motor de fase dividida. Nós já sabemos que os motores de fase dividida consistem em um enrolamento auxiliar além do enrolamento principal. Semelhante aos motores de fase dividida, o tipo compensado também consiste em um enrolamento adicional. O enrolamento compensador ajuda a reduzir a tensão de reatância causada por fluxo alternado,quando o motor funciona com o auxílio de um fornecimento de CA.
Ambos os tipos de motores desenvolvem torque unidirecional independentemente do fornecimento com o qual eles correm. O fornecimento pode ser AC ou DC, mas a direção do torque é a mesma.
O sentido de rotação pode ser revertido para esses tipos de motores?
Sim. O sentido de rotação pode ser alterado. Para o motor não compensado com polo saliente, o sentido de rotação pode ser invertido alterando a direção do fluxo de corrente através da armadura ou enrolamento de campo. Isso também pode ser feito trocando os cabos nos porta-escovas.
No caso do motor de tipo compensado, os cabos da armadura ou os cabos de campo e a mudança das escovas contra o sentido de rotação do motor. Isso ajuda na reversão da rotação.
Características de velocidade / carga e controle de velocidade
Características de velocidade / carga:
Muito semelhante ao do motor da série de corrente contínua, o motor universal também possui características variáveis ​​de velocidade. A velocidade é baixa em cargas completas. A velocidade é muito alta e perigosa, sem carga. Durante velocidade sem carga, a velocidade é limitada apenas pela sua própria carga de fricção e vento.
Controle de velocidade:
O controle de velocidade do motor universal é muito importante e os seguintes métodos são utilizados para o controle de velocidade de motores universais.
Método de resistência:
Neste método de controle de velocidade, uma resistência variável é conectada em série com o motor. A quantidade de resistência no circuito pode ser alterada. Um pedal é usado para este propósito. Normalmente, este método é utilizado para motores usados ​​em máquinas de costura.
Mecanismo centrífugo:
Este método está envolvido sempre que o aplicativo envolve várias velocidades. O melhor exemplo é o alimento doméstico e misturadores de frutas. Aqui, um dispositivo centrífugo está ligado ao motor. Se o motor sobe acima da velocidade especificada ajustada pela alavanca, o dispositivo centrífugo abre o contato e R entra em contato com o circuito. Isso faz com que a velocidade do motor diminua abaixo da velocidade ajustada. Quando o motor funciona mais lentamente do que a velocidade ajustada pela alavanca, o contato é estabelecido e a resistência liga em curto-circuito. Isso faz com que a velocidade aumente. As variações de velocidade são notáveis, pois o processo é repetido de forma rápida.
Método de campo de corte:
Como o nome sugere, o campo é testado em vários pontos nesse método. Isso é feito arranhando o polo de campo.
Agora, como esse arranjo é estabelecido?
O arranjo de derivação é estabelecido por duas maneiras
As várias seções no polo de campo são abertas e diferentes tamanhos de fios e tomadas são retiradas dessas seções.
No segundo método, a resistência feita por nicromo é aberta sobre o polo de campo. Várias tomadas são trazidas para fora deste fio.
Motores universais são principalmente empregados em
Aspiradores
Brocas portáteis
Misturadores de bebidas
Máquina de costura
MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO: PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
RESUMO: O motor de indução monofásico é um dos componentes eletromecânicos mais utilizados, devido a sua eficiência e simplicidade. Tendo em vista que a maioria das aplicações residenciais, comerciais e algumas industriais exigem pouca potência, como em ventiladores, eletrodomésticos, bombas de pequeno porte. O campo girante do motor em questão possui certas particularidades como a necessidade de um enrolamento auxiliar para gerá-lo. Para inversão do sentido de giro desse tipo de motor, também é necessário um esquema que possa fazer com que sua partida se dê para outro lado. Sendo um dos mais utilizados, é muito importante que se tenha conhecimento sobre seu funcionamento, para um melhor dimensionamento e conseqüente aplicação,
Palavras- chave: Motor de indução trifásico, campo girante.
INTRODUÇÃO
Osmotores de indução monofásicos possuem uma grande aplicabilidade e funcionalidade, que se estendem desde as nossas residências até as indústrias e seus equipamentos giratórios. As características a serem analisadas no artigo decorrente são quanto o funcionamento de um dos principais tipos de motores monofásicos, com enrolamento auxiliar e capacitor. Sendo especificado para aplicações de baixa potência devido a sua restrição de projeto e uso de apenas uma fase de corrente alternada.
1 MOTOR MONOFÁSICO
Os motores de indução monofásicos são construídos para suprir a necessidade de movimento de rotação em situações onde é disponibilizada apenas uma única fase de corrente alternada. Utilizados na maioria das vezes para aplicações simples, porém indispensáveis nos dias de hoje, como em escritórios, residências e comércios, locais onde não é necessária tanta potência. Tendo em vista que esses motores não possuem uma grande faixa de escolha para maiores potências, utilizado na maioria das vezes para aplicações que precisam apenas de uma fração de HP (Horse Power). Existem diversos tipos de motores monofásicos, porém, “os motores com rotor tipo gaiola destacam-se pela simplicidade de fabricação e, principalmente, pela robustez e manutenção reduzida.” (ULIANA, p 9).
O motor monofásico, figura 1, possui estator e rotor como qualquer outro atuador eletromagnético. Porém, por se tratar de um componente monofásico possui apenas um conjunto de bobinas, análogo a visão de apenas uma fase de um motor trifásico de indução. O motor monofásico utiliza o bobinamento para um rotor gaiola de esquilo.
Figura 1 – Motorde Indução Monofásico
Fonte: Autor desconhecido
2 FUNCIONAMENTO
O funcionamento do motor monofásico apresenta algumas peculiaridades devido a sua forma, pois no lugar de uma bobina concentrada, o enrolamento está disposto em ranhuras para produção de uma Fmm quase senoidal. E como afirma Fitzgerald (2006, p. 432), “um enrolamento monofásico produz uma FMM iguais para frente e para trás.”. Essa FMM produzia faz com que o motor não apresente um conjugado de partida, devido ao cancelamento mútuo dela. É dito que o motor monofásico não apresenta campo girante, mas um campo magnético pulsante. Para início do funcionamento o motor necessitará de meios auxiliares, como enrolamentos auxiliares e o emprego de um capacitor para dar origem a uma segunda fase falsa, possibilitando a origem de um campo girante e conjugado suficiente para fazê-lo sair do repouso.
A corrente no enrolamento auxiliar possibilita ao se juntar com a corrente do enrolamento principal, um campo magnético girante no estator.
Dada a partida do motor, uma chave desliga o enrolamento auxiliar e nestes casos o conjugado de partida ainda é moderado. Como solução, para criar um conjugado suficiente para determinadas aplicações, é feito emprego de um capacitor em série com o enrolamento auxiliar. Na figura 2, está representado o circuito elétrico equivalente deste processo.
Figura 2 – Diagrama esquemático do motor. Representando o enrolamento de trabalho (Et), enrolamento auxiliar (Ea) e Capacitor (C)
Fonte: NOLL, pág. 13
Se utilizados dois capacitores, um para partido outro para trabalho, é possível obter resultados muito bons com relação a partida e a trabalho. Ligando o capacitor permanentemente com o enrolamento auxiliar para uma melhoria no trabalho (capacitância pequena) e um em paralelo ao de trabalho para uma eventual melhora na partida, sendo o último desligado do sistema após o motor atingir a velocidade de trabalho.
Esse princípio de utilização de um enrolamento auxiliar para partida só é possível se os enrolamentos estiverem defasados em 90 graus elétricos e ter FMM’s iguais. Pois se o grau de defasagem for inferior a 90 graus, como diz Del Toro (1999, p. 349) “um campo girante pode ainda ser desenvolvido, mas o lugar geométrico do vetor de fluxo resultante será uma elipse e não um círculo.”, o que comprometeria todo o funcionamento do motor.
Para inversão do sentido de giro do motor, basta inverter a ligação do enrolamento auxiliar. Tal ação fará o campo ter outro sentido, se antes sentido horário, ao inverter a ligação do enrolamento, será sentido anti-horário.
CONCLUSÃO
A importância da aplicação dos motores de indução monofásicos está explícita em nosso dia-a-dia, nas residências por exemplo. Sendo amplamente aplicados em quase todos os segmentos, os motores de indução monofásicos precisam ser adequadamente dimensionados para uma melhor eficiência, sendo eles geralmente aplicados em casos de baixa potência.
O estudo dos àqueles projetar soluções para o dia-a-dia pode mostrar um bom recurso quando a necessidade for movimentação de forma simples.
Compreendendo o funcionamento desses motores é possível também entender fenômenos eletromagnéticos e a geração de movimentos mecânicos. E compreender também com seus respectivos sistemas de malha fechada, com realimentação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
DEL TORO, Vincent. Fundamentos de Máquinas Elétricas. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
2 . FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY, Charles; UMANS, Stephen D. tradução Anatólio Laschuk. Máquinas Elétricas: Com introdução a eletrônica de potência. 6ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
2 . NOLL, Valdir. Apostila de Motores Elétricos. Curso Pós-Técnico em Automação Industrial. CEFET-SC. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/motores-eletricos-automacao-industrial-pdf-a15112.html> Acesso em: 19 de novembro de 2009
3. ULIANA, Jorge Eduardo. Apostila Comando e Motores Elétricos. Curso Técnico em Plásticos. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/motores-eletricos-pdf-a12079.html> Acesso em: 21 de novembro de 2009.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO E ACIONAMENTO DO MOTOR A RELUTÂNCIA VARIÁVEL 
Resumo - O objetivo deste trabalho é apresentar de uma maneira simples e objetiva o princípio de funcionamento de um motor a relutância variável (MRV) e sua forma de acionamento. Será feito o equacionamento do conjugado do motor para uma melhor compreensão do seu princípio de funcionamento. Palavras-Chave – acionamento de motores, conjugado, motor a relutância variável. PRINCIPLE OF OPERATION AND DRIVING OF SWITCHED RELUCTANCE MOTORS Abstract – This paper presents in a simple and objective way the principle of operation and driving characteristics of the Switched Reluctance Motors (SRM). SRMs are rapidly becoming an alternative for applications that require variable speeds and high starting torque. They are very robust, nearly maintenance free and operate at rather high efficiency. Some relevant equations are presented in the text in order to highlight the principle of operation. Keywords – driving motors, switched reluctance motor, torque. I. INTRODUÇÃO I.I Considerações iniciais O motor a relutância variável (MRV) é um dos tipos de motores elétricos mais antigos. O primeiro motor que se tem notícia foi construído por Davidson em 1838 na Escócia, e foi utilizado em uma locomotiva. Sua característica1 marcante é a estrutura simples, combinando a simplicidade dos enrolamentos de campo dos motores de corrente contínua com a robustez associada aos motores de indução, além da vantagem de não utilizar ímãs permanentes, escovas ou comutadores. Devido às características construtivas, estes motores não podem ser conectados diretamente à rede de alimentação, e requerem acionamento eletrônico e conhecimento da posição instantânea do rotor. Adicionalmente, seu projeto exige a análise do circuito magnético e simulações com ferramentas “Artigo publicado na IV Conferência de Estudos em Engenharia Elétrica (IV CEEL) realizada no período de 22 a 25 de Novembro na Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia MG.”
computacionais adequadas. Assim, seu uso foi difundido apenas nas últimas décadas graças aos avanços da eletrônica. Apesar de algumas limitações, os MRV´s têm muitas vantagens em relação a outros tipos de motores. Até a potência de 150KW eles apresentam bom rendimento, boa densidade de potência, baixa inércia, baixo custo de fabricação, confiabilidade e tolerância a falhas, podendo operar com a perda de uma das fases. Em alguns países, estes motores já são fabricados em escala industrial, sendo empregados em aplicações que demandam acionamento com velocidade variável, operação em alta velocidade, tração com alto conjugado, controle de posição, etc. São utilizados nos mais diversos setores, como por exemplo: veículos elétricos, empilhadeiras, compressores de ar, bombas, maquinaria têxtil, acessórios automotivos, máquinas de limpeza e eletrodomésticos. I.2 Justificativas e Objetivos do Trabalho Com crescente interesse por parte da comunidade científica, novos estudos sobre o motor a relutância variável não param de surgir. Inúmeras publicações abordam desde o projeto do motor (incluindo geometria, número de pólos, material construtivo, diminuição de vibrações) até o estudo de novas técnicas de controle e acionamento para otimização da operação. É pelo fato de o motor a relutância variável ser potencialmente viável para vários tipos de aplicações, apresentando resultados melhores do que os motores de indução e síncrono, que o presente trabalho se justifica. II. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS MRV’S Por definição um motor a relutância é um motor elétrico no qual o conjugado é produzido pela tendência da sua parte móvel se deslocar para a posição onde a indutância do enrolamento excitado é maximizada, ou seja, quando energizamos uma fase qualquer do motor os pólos da parte móvel tendem a se alinhar com os pólos da parte fixa mais próximos, portanto para produzir o conjugado, os MRV´s devem ser projetados de tal forma que as indutâncias do enrolamento do estator variem coma posição do rotor. Desta maneira, utilizando-se os princípios de conjugado e de inércia (a tendência de um corpo qualquer continuar em movimento após ter sido acelerado), própria de qualquer sistema mecânico e utilizando-se também a lógica adequada de energização das fases, pode-se acionar o MRV de maneira bastante simples. O enrolamento consiste de uma série de circuitos elétricos independentes – fases, que podem ser energizadas separadamente ou simultaneamente, com pulsos unidirecionais de corrente nas fases. As máquinas de relutância variável podem ser divididas em duas categorias: saliência simples ou dupla. Em ambos os casos, sua característica mais notável é a não existência de enrolamentos ou imãs permanentes no rotor, ele é construído com lâminas de material magnético fixadas ao longo do eixo, formando os pólos salientes. Esta característica garante robustez, viabiliza operação em velocidades elevadas e operacionalmente não ocorrem perdas Joule no rotor, o que contribui favoravelmente para que a máquina opere com rendimento elevado. Sua única fonte de excitação é o enrolamento do estator. Devido ao fato de o estator geralmente poder ser resfriado mais fácil e eficientemente que o rotor, o resultado é geralmente um motor menor para uma dada potência e tamanho da carcaça se comparado a outros tipos de motores. Nas máquinas polifásicas, o número de pólos do estator e rotor deve ser diferente, sendo possíveis várias combinações tais como 6/4 (6 pólos no estator e 4 pólos no rotor), 8/6, 10/6, 12/8. As configurações com maior número de pólos resultam em menores oscilações do conjugado produzido, mas requerem um número maior de dispositivos estáticos no conversor. Pode-se observar na figura 1 que os enrolamentos de fase são conectados em pólos diametralmente opostos. Figura 1- Motor a relutância variável 6/4 Ao alimentar uma das fases, o par de pólos do estator respectivo atrai o pólo do rotor mais próximo, buscado minimizar a indutância do caminho magnético. A energização sucessiva das fases produz a rotação do motor, em qualquer direção. Quando um par de pólos do rotor estiver alinhado com os pólos do estator, essa fase se encontra na posição alinhada. Nesta posição a indutância de fase é máxima e a relutância do caminho magnético é mínima. Assim, quando os pólos estiverem alinhados não haverá produção de conjugado naquela fase, pois a tendência é que o rotor permaneça nessa posição de mínima relutância. Girando o rotor 45º no sentido horário, o pólo do estator ficará desalinhado dos pólos do rotor. Diz-se então que o rotor encontra-se na posição desalinhada. Esta é uma posição instável e qualquer deslocamento do eixo moverá o rotor para a próxima posição de alinhamento desde que haja corrente na fase. Nesta posição de total desalinhamento, a indutância de fase é mínima e a relutância é máxima devido ao entreferro. É importante observar que a indutância varia com a posição do rotor e também com as correntes de fase. A saliência do estator aumenta a diferença entre os valores máximo e mínimo da indutância, o que por sua vez melhora as características de produção do conjugado da máquina. Observa-se na figura 2 que as indutâncias têm período de 90º que corresponde ao passo polar no rotor. Entre as fases, o deslocamento é de 60º, o que corresponde a 360º dividido pelo número de pólos do estator Figura 2 – Perfil das indutâncias de fase idealizadas . A indutância da fase A é máxima em 0º, 90º, 180º, 270º, posições em que o rotor se alinha com o pólo do estator. A medida que o rotor gira no sentido horário, os pólos se desalinham e a indutância decresce linearmente (dL/d? é constante e negativo). Na seqüência, a fase B inicia a sobreposição dos pólos e a indutância cresce linearmente (dL/d? é constante e positiva). III. PRODUÇÃO DE CONJUGADO Partindo do princípio do balanço da energia para definir acoplamento eletromecânico, o trabalho mecânico necessário para mover o rotor do motor a relutância é definido pela energia elétrica líquida de entrada, menos a energia armazenada no campo, tal como expresso em (1). dWmec = dWele - dWcpo (1) Onde: dWmec = energia mecânica diferencial de saída, inluindo as perdas por atrito e ventilação; dWele = energia elétrica diferencial de entrada descontadas as perdas resistivas; dWcpo = energia de campo diferencial. A energia líquida de entrada pode ser expressa em termos das correntes e tensões nos circuitos elétricos do dispositivo de acoplamento, conforme a equação (2), onde o primeiro termo do lado direito da equação corresponde ao diferencial de energia elétrica de entrada no tempo dt e o segundo termo corresponde às perdas resistivas. dWele V.i.dt R.i .dt 2 = - (2) Onde: V = Tensão aplicada aos terminais do enrolamento; R = Resistência do enrolamento; I = corrente no enrolamento. Para que o dispositivo de acoplamento possa absorver energia do circuito elétrico, o campo de acoplamento deve produzir uma reação sobre o circuito, que segundo a Lei de Faraday é: e = vi - R.i (3) Onde: e = tensão induzida no enrolamento. Substituindo a equação (3) em (2): dWele = e.i.dt (4) Sabendo-se que: dt d e l = (5) e substituindo a equação (5) em (4) tem-se: dWele = i.dl (6) Para a determinação da energia absorvida pelo campo, considera-se que não há movimento mecânico e portanto o termo dWmec é igual a zero e a equação (1) se torna: dWele = dWcpo (7) Desta forma, a energia elétrica de entrada associada uma variação do fluxo é absorvida pelo campo: ò l l = l 2 1 dWcpo id (8) sendo que a expressão da co-energia de campo é: ò = l i2 i1 dW'cpo di (9) onde, l = L.i (10) Neste momento, é importante considerar que, devido ao princípio de funcionamento do MRV, duas variáveis independentes são necessárias para descrever a energia total do sistema. Uma delas é a posição do rotor e a escolha da corrente ou do fluxo enlaçado como a outra variável de estado é arbitrária, e a as duas conduzem à expressão do conjugado. Assim, o conjugado eletromagnético é determinado a partir da expressão da co-energia, conforme segue:
W' cpo = q + q + q (11) Tomando-se a derivada parcial da co-energia e mantendo constantes as correntes das fases tem-se: ¶q ¶ q = W'cpo (i, ) C (12) Portanto, substituindo 11 em 12 tem-se a expressão do conjugado: d( ) dLc( ) ic . 2 1 d( ) dLb( ) ib . 2 1 d( ) dLa ( ) ia . 2 1 C 2 2 2 q q + q q + q q = (13) Conforme a equação (13), o conjugado é proporcional ao quadrado das correntes nas fases e à indutância em relação à posição do rotor. Ao aplicar corrente nos intervalos de posição em que uma dada fase possui dL/d? positivo, conjugado positivo é produzido. Se for aplicada corrente quando dL/d? é negativo, o conjugado produzido é negativo. Quando uma fase é excitada, o conjugado tende a movimentar o rotor para a posição mais próxima do máximo enlaçamento de fluxo. Ao remover a excitação desta dada fase e excitar a próxima, o rotor se movimenta no sentido de maximizar o fluxo da nova fase excitada e assim sucessivamente. Observa-se ainda pela análise da equação (13) que o sentido do conjugado não depende do sentido da corrente aplicada. Esta é uma característica marcante dos MRV’s pois torna o acionamento do motor mais simples, uma vez que, sem a necessidade de corrente reversa, o circuito de controle pode utilizar, em determinados modos de operação, somente uma chave por fase, reduzindo assim o custo e a complexidade do conjunto motor/conversor. A figura 3 ilustra o conjugado em função da posição do rotor para cada uma das fases do motor 6/4. Figura 3 - Produção de conjugado Na posição de máxima indutância em ? = 0º, a contribuição de conjugado da fase A é nula pois neste ponto não há variação da indutância. Em seguida, inicia-se o decrescimento da indutância e, se houver aplicação de corrente neste momento, o conjugado produzido será negativo. No momento em que a indutância é mínima também não é produzido conjugado. A partir de 60º, quando a indutância começa a crescer, é produzido conjugado positivo. Uma observação importante é que, para obter conjugado com característicasespecíficas é importante sincronizar a energização das fases com a posição angular do rotor Desta forma, deve-se conhecer a posição instantânea do rotor em relação aos pólos do estator. Isto pode ser obtido através de sensores de posição no eixo do motor ou através de técnicas de determinação indireta de posição do rotor. Adicionalmente, a escolha a adequada dos ângulos de chaveamento é muito importante na definição do perfil e nível de conjugado que uma dada máquina pode desenvolver. IV.SISTEMAS DE ACIONAMENTO DO MRV Diferentemente das máquinas ca e cc (síncrona ou indução), não se pode simplesmente ligar os MRV’s numa fonte de ca ou cc e esperar que eles funcionem. Como foi visto, as fases devem ser excitadas com correntes (geralmente unipolares), e a temporização dessas correntes deve ser cuidadosamente relacionada com a posição dos pólos do rotor para produzir um conjugado médio útil. O resultado é que apesar do MRV ser em si talvez a máquina rotativa mais simples, um sistema de controle real para um MRV é relativamente complexo. Sistemas de controle de MRV são competitivos somente porque esta complexidade pode ser facilmente realizada utilizando circuitos da eletrônica de potência e microeletrônica, cujos custos são relativamente baixos. Devido ao fato desses sistemas de acionamento exigirem um nível bastante sofisticado de controlabilidade, mesmo para os modos mais simples de operação do MRV, características de controle sofisticadas podem ser incorporadas (geralmente na forma de softwares adicionais) com pequeno custo adicional, aumentando assim a competitividade dos MRV’s. A função do sensor de posição do rotor é fornecer uma indicação da posição do eixo, a qual pode ser usada para controlar a temporização e a forma de onda da excitação da fase. O controlador é geralmente implementado em softwares em circuitos de microeletrônica (microprocessador). Sua função é determinar a seqüência e as formas de onda da excitação da fase requerida para obter as características conjugado-velocidade desejadas. Além de determinar pontos de velocidade e/ou conjugado e posições do eixo (através do sensor de posição), controladores sofisticados geralmente incorporam entradas adicionais, incluindo velocidade do eixo e a magnitude da corrente de fase. Junto com a função básica de controle, para determinar o conjugado desejado para uma dada velocidade, os controladores mais sofisticados visam fornecer excitações as quais são de alguma forma otimizadas (para máxima eficiência, comportamento transitório estável, etc.). O circuito de controle geralmente consiste de componentes eletrônicos de baixa potência os quais não podem ser usados para fornecer diretamente as correntes necessárias para excitar a fases do motor. O circuito de controle atua no inversor, que por sua vez fornece a corrente de fase. Em geral o inversor consiste de uma fonte cc e um conjunto de chaves controláveis cuja função é conectar as várias fases na fonte cc em tempos apropriados determinados pelo controlador O controle do MRV é obtido pela aplicação de correntes aos enrolamentos de fase. O enrolamento de fase do MRV pode ser visto como uma indutância não linear (devido aos efeitos da saturação magnética), variável no tempo (devido às mudanças na posição do rotor com o tempo). Muitas das questões associadas ao controle de corrente nesses sitemas podem ser investigadas considerando-se a situação de indutância constante fornecida por uma fonte cc. O desempenho de um sistema de acionamento completo de um MRV está amarrado ao desempenho de todos os seus componentes, incluindo o MRV, seu controlador e seu inversor. Como resultado, é útil projetar um sistema de acionamento completo como um conjunto integrado, e não projetar seus componentes individuais. A escolha de um inversor para uma aplicação específica deve ser feita baseada em considerações técnicas e financeiras como parte de um projeto integrado do sistema de acionamento do MRV. V- CONCLUSÕES Foi apresentada uma análise do motor a relutância variável sob seu aspecto operacional. O princípio de funcionamento foi discutido visando uma compreensão da dinâmica do motor, seguida de uma abordagem sobre a produção de conjugado da máquina. A forma de acionamento desse tipo de motor foi abordada, uma vez que é de extrema importância a sua compreensão para que se obtenha o melhor desempenho possível. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao professor Darizon Alves de Andrade por nos dar a oportunidade de ingressarmos em um projeto de pesquisa e nos oferecer as condições de escrever esse artigo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY JR, C.; KUSKO, A. “Electric Machinery”, th 6 Edition, McGraw-Hill Inc, 1971. [2] HWANG, Gisele Regina; “Modelagem da Máquina à Relutância Chaveada Incluindo a Saturação Magnética” , Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Uberlândia, Outubro, 2002 . [3] COSTA, Rogério dos Santos; “Estudo da Melhoria de Desempenho de Acionamentos Elétricos Utilizando MRC’s Monofásicos”, Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Uberlândia, Outubro, 2004 [4] T.J.E MILLER “ Switched Reluctance Motors and their Control ”. Magna Physics Publishing and Clarendon Press – Oxford. 1993. ISBN 1-881855-02-3. [5] KRISHNAN, R.; “Switched Reluctance Motors Drives”, st 1 Edition, Industrial Electronics Series, 2001.

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