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UM NOVO OLHAR SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE
Helen Figueiredo de Medeiros Vicente
Fabiana Daminelli Medeiros
Jaqueline de Aparecida Dagostin
Jéssica Nunes Gonçalves
Mariana Duarte Fernandes
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Pedagogia (PED1673) – Prática do Módulo II
15/05/2017
RESUMO
De acordo com alguns manuais foi constatado que a sociedade brasileira está passando por intensas transformações econômicas, sociais, politicas, culturais. As novas exigências educacionais frente a essa transformação pedem um professor capaz de exercer sua profissão em correspondência às novas realidades da sociedade, do conhecimento, do aluno, dos meios de comunicação e informação. Há uma nítida mudança no desempenho dos papeis docentes, novos modos de pensar, agir e interagir. Para se obter resultados positivos frente a este assunto é necessário que a formação docente seja repensada, e que seja dado o devido valor a todos os recursos ali mencionados tais como conteúdos, estágios, formação continuada.
 
Palavras-chave: Docente. Formação. Curso Superior. Educação.
1 INTRODUÇÃO
Tendo em vista as novas transformações nos contextos sociais, resultando assim novos desafios a educação e consequentemente as novas necessidades, percebe-se então a relevância do profissional docente, este que durante muitos anos foi tido como o detentor de todo o conhecimento, sendo o aluno uma folha em branco que somente absorvia o que lhes era transmitido, tal paradigma modificou-se.
De acordo com Soares (1991, p.77) os professores enfrentam o desafio de estar “comprometidos com o contexto histórico em que vivem , respondendo aos desafios de nosso tempo e de nossa situação, optando, recriando, criando, [...] vencer na vida profissional e pessoal pela humanização de si mesmos e dos outros.”
As novas tecnologias podem ter um significativo impacto sobre o papel dos professores, em termos de conteúdos, métodos e uso da tecnologia, apoiando um modelo geral de ensino que encara os estudantes como participantes ativos do processo de aprendizagem e não como receptores passivos de informações ou conhecimento.
O professor deve fazer bom uso de conhecimentos requer aprendê-los, exercitá-los e aperfeiçoá-los. Para que isso aconteça, a formação inicial, entendida aqui como a universitária, ocupa, neste momento da profissão docente em particular, um lugar indispensável. 
Assim, o objetivo central presente texto é refletir às pesquisas sobre a formação inicial docente para compreender que lugar tem ocupado o saber por eles produzido cotidianamente, considerando que seus contornos na atualidade são parte de um processo histórico.
Vários pesquisadores debruçam-se sobre esse tema entendendo que a melhora da formação dos professores refletirá numa melhor qualidade na educação. Autores como Soares (1991), Garcia (1999), Saviani (2009) embasam esta pesquisa.
Num primeiro momento buscamos refletir sobre alguns conceitos que se correlacionam com o tema proposto. Num segundo momento apresentamos uma síntese histórica da evolução da profissão docente, bem como posteriormente ressalta-se a situação atual frente a nova LDB, e demais legislações.
Num terceiro momento busca-se refletir sobre o papel do docente na sociedade atual, esta que esta se modificando constantemente. Para finalizar será ressaltado sobre os cursos de formação docente- licenciatura.
2.CONCEITOS : FORMAÇÃO DOCÊNTE
Antes de falar em formação docente é necessário que precisemos os sentidos que atribuímos a estes termos, a fim de evitar que eles, por uma falsa interpretação, acabem transmitindo ideias que não agregam nenhum valor ao debate atual.
No sentido etimológico docência, de acordo com o INEP (2006), tem suas raízes no latim, que significa ensinar, instruir, mostrar, indicar, dar a entender. No sentido formal, docência é o trabalho dos professores, mas na realidade estes desempenham um conjunto de funções que ultrapassam as tarefas de ministrar as aulas.
Docência desta maneira engloba todas as atividades desenvolvidas pelos professores que estão orientadas para a formação de seus alunos.
Marcelo Garcia (1999) concebe a formação de professores como: 
[...] a área de conhecimentos, investigação e de propostas teóricas e práticas que, no âmbito da didática e da organização escolar, estuda os processos através dos quais os professores – em formação ou em exercício- se implicam individualmente ou em equipe em experiências de aprendizagem através das quais adquirem ou melhoram os seus conhecimentos, competências e disposição, e que lhes permite intervir profissionalmente no desenvolvimento do seu ensino, do currículo, da escola, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação que os alunos recebem (GARCIA, 1999, p.26)
O desenvolvimento profissional docente deve ser entendido como um contínuo, de forma que os professores não sejam concebidos como produtos acabados, mas sim como sujeitos em evolução.
Formação docente engloba as etapas iniciais de preparação do professor, quando este ainda não iniciou sua atividade docente, no entanto o termo desenvolvimento profissional deve referir-se a programas deformação continuada, ou seja, o processo de aprimoramento dos professores.
A profissionalizaçãorefere-se às condições ideais que venham a garantir o exercício profissional de qualidade. Essas condições são: formação inicial e formação continuada nas quais o professor aprende e desenvolve as competências, habilidades e atitudes profissionais; remuneração compatível com a natureza e as exigências da profissão; condições de trabalho (recursos físicos e materiais, ambiente e clima de trabalho, práticas de organização e gestão).
O profissionalismo refere-se ao desempenho competente e compromissado dos deveres e responsabilidades que constituem a especialidade de ser professor e ao comportamento ético e politico expresso nas atitudes relacionadas à prática profissional. (PALADINI, 2004, p.35)
Na prática, isso significa ter o domínio da matéria e dos métodos de ensino, a dedicação ao trabalho, a participação na construção coletiva do projeto pedagógico-curricular, o respeito à cultura de origem dos alunos, assiduidade, o rigor no preparo e na condução das aulas, o compromisso com um projeto político democrático.
Esse conjunto de requisitos profissionais que tornam alguém um professor, uma professora, é denominado profissionalidade. A conquista da profissionalidade supõe a profissionalização e o profissionalismo. As duas noções apresentadas se complementam.
2.1. BREVE HISTÓRICO: FORMAÇÃO DOCENTE.
Considerando a impossibilidade de tentar compreender o sistema educacional – formação docente, sem reconhecer o histórico da mesma que se faz um breve histórico.
Em 1549, chegam ao Brasil os padres jesuítas, com eles tem-se o início da história da educação em nosso país; durante dois séculos - XVI e XVII - eles foram praticamente os nossos únicos educadores, o trabalho educacional e de catequese da Companhia de Jesus entra em decadência, acabando assim com o ensino construído até então.
A necessidade da formação docente já fora preconizada por Comenius, no século XVII, e o primeiro estabelecimento de ensino destinado à formação de professores teria sido instituído por São João Batista de La Salle em 1684, em Reims, com o nome de Seminário dos Mestres (Duarte, 1986, p. 65-66). (SAVIANI, 2009, p.5)
No Brasil a questão do preparo de professores emerge de forma explícita após a independência. O ensino tradicional durou no Brasil durante anos “Durante os trezentos anos iniciais de nossa historia sob o domínio português não havia um único curso superior o Brasil. A educação era dada pelo colonizador e no território da metrópole.” (SOARES, 1991, p.91). Abaixo segue breve resumo sobre os períodos da formação dos docentes no Brasil.
 
1. Ensaios intermitentes de formação de professores (1827-1890). Esse período se inicia com RBE 40.indd 143 7/4/2009 14:27:17 144 Dermeval Saviani Revista Brasileira de Educação v. 14 n. 40 jan./abr. 2009 o dispositivo da Lei das Escolas de Primeiras Letras, que obrigava os professores a se instruir no método do ensino mútuo, às próprias expensas; estende-se até 1890, quando prevalece o modelo das Escolas Normais. 2. Estabelecimento e expansão do padrão das Escolas Normais (1890-1932), cujo marco inicial é a reforma paulista da Escola Normal tendo como anexo a escola-modelo. 3. Organização dos Institutos de Educação (1932- 1939), cujos marcos são as reformas de Anísio Teixeira no Distrito Federal, em 1932, e de Fernando de Azevedo em São Paulo, em 1933. 4. Organização e implantação dos Cursos de Pedagogia e de Licenciatura e consolidação do modelo das Escolas Normais (1939-1971). 5. Substituição da Escola Normal pela Habilita- ção Específica de Magistério (1971-1996). 6. Advento dos Institutos Superiores de Educação, Escolas Normais Superiores e o novo perfil do Curso de Pedagogia (1996-2006). (SAVIANI, 2009, p.143)
A primeira forma de preparação de professores deu-se nas primeiras escolas de ensino mútuo instaladas a partir de 1820, no Brasil, pois havia a preocupação não somente de ensinar as primeiras letras como também de preparar docentes, instruindo-os no domínio do método.
Mudanças no campo profissional em meados dos anos 60 e 70 trouxeram novos olhares para a educação. Muitas pessoas que foram para o mercado de trabalho nesse período tinham no máximo o que chamamos hoje de séries iniciais e toda educação informal oriunda da família ou de alguém que as ensinaram na prática. 
A partir de 1970, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus, Lei nº 5692/91, o Curso de Magistério transformou-se em Habilitação Específica para o Magistério, em nível de segundo grau.
Já com a promulgação da LDB nº 9.394 de dezembro de 1996, o que assistimos foi a extinção da Escola Normal em nível secundário, surgindo uma nova agência formadora de professores às chamadas Escolas Normais Superiores.
2.2. A FORMAÇÃO DOCENTE DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO.
A Lei n. 9394, de 20 de setembro de 1996, denominada Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), entre outros aspectos, dispôs de forma específica sobre a formação dos profissionais da educação. 
Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço; II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. (BRASIL, 1996) 
Observa-se que a LDB adotou os termos formação de profissionais da educação e formação de docentes, ressaltando também que cabe aos sistemas de ensino promover aperfeiçoamento profissional continuado, bem como determino que os docentes da Educação Básica devam ter formação em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, embora admita para aqueles que vão atuar na Educação Infantil e nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental a formação em nível média, na modalidade normal.
Desse modo, o investimento na formação torna-se ponto de partida para as possibilidades de melhoria da profissionalidade e para a ressignificação de sua prática.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, no parágrafo primeiro do artigo 57 da Resolução n. 4 de 13 de julho de 2010 e Parecer n. 7/2010:
§ 1º – A valorização do profissional da educação escolar vincula-se a obrigatoriedade da garantia de qualidade e ambas se associam a exigência de programas de formação inicial e continuada de docentes e não docentes, no contexto do conjunto de múltiplas atribuições definidas para os sistemas educativos, em que se inscrevem as funções do professor (CNE, 2010).
As legislações nacionais indicam que a profissionalização do educador está intimamente relacionada à sua formação, inicial e continuada, fazendo crer que o caminho para a profissionalização está pautado em um tripé: formação, participação e experiência.
Pelas suas características a fase de ingresso dos professores na docência , ou seja, os programas de iniciação, deveriam configurar-se como processos através dos quais a escola realizaria um programa sistemático de apoio aos professores de forma a integrá-los na profissão, ajuda-los a abordar os temas de modo reforçar sua autonomia profissional e a facilitar o seu desenvolvimento profissional continuo. No entanto, apesar de sua importância, as pesquisas tem demonstrado que o ensino superior assume pouca responsabilidade na fase de iniciação docência de seus professores. (PALADINI, 2004, p.46)
Com as mudanças constantes nas formas de aprender e ensinar, os cursos de licenciatura devem preparar os futuros professores para dialogaremcom a nova realidade da sala de aula. Desta forma O PNE (Plano Nacional de Educação) dedica quatro de suas 20 metas aos professores: prevê formação inicial, formação continuada, valorização do profissional e plano de carreira.
2.3. O PAPEL DO DOCENTE NA ATUALIDADE.
Importa notar que os papeis dos professores vão se modificando ao longo dos tempos, a depender do modelo que fundamenta a sua ação na sala de aula, vão se alternando desta forma os modelos de formação dos professores. Dando ênfase ao saber, ora do saber-fazer, ora formação continuada. 
Espera-se que os professores exerçam papeis variados que vão além da transmissão de conhecimentos [...] Diante do inquestionável aumento de responsabilidade, exigência de competência, profissionalismo, dedicação e da demanda social de formação do professor, muitos estudantes e docentes que já atuam na Escola Básica tem buscado instituições de ensino superior tendo em vista profissionalizar-se ou aumentar a qualidade de seu trabalho, já que a formação se constitui uma das pedras imprescindíveis á renovação qualitativa do sistema educacional no sec. XXI. (SOARES, 1991, p.75)
Com as modificações o professor atual não transfere o conhecimento mas faz o aluno compreender, ser critico, sobre a sociedade em que esta inserida, sendo que a bagagem cultural trazida por ele é de suma importância e faz-se como um ponto norteador para o inicio de todo o ensino.
Nas palavras de Alarcão (2004, p.10) O professor é hoje fundamental para ajudar a navegar no turbulento mar de informações, nesta sociedade que, por ser do conhecimento, necessita de aprendizagem e que, por ser globalizante, requer a compreensão da identidade individual.
Quanto ao ensino Feldman (2001, apud, Paladini, 2004, p.52) lembra que, na tradição educativa, há duas formas de concebê-lo: uma cê que o ensino consiste em transmitir coisas para a mente dos alunos e outra que o ensino tem que se preocupar em permitir que os sujeitos expressem algo pela natureza.
O professor atua como agente de mudança, valorizando os interesses e necessidades de seus alunos ao utilizar como ponto de partida de seu trabalho pedagógico os conhecimentos cotidianos emergentes no contexto.
De acordo com Soares (1991,p.114) “O professor é alguém que repete, transmite, mas é também alguém que pensa que atribui significados as coisas.” O professor não entra em sala de aula, despido de sua historia. Ao contrário, carrega suas marcas da vida enquanto aluno que foi um dia, a professora que mais gostava , dos valores que aprova enquanto pessoa nas suas mais diversas relações.
 Nesse sentido, os valores que assumimos enquanto professores são marcados pelas vivencias ao longo das nossas trajetórias.
Desta forma é inerente não ser mencionado sobre a trajetória do professor, pois este também traz consigo um bagagem cultural, antes de estar dando aula ele sentou-se na cadeira e foi um aluno, e tem-se a possibilidade deste seguir os propósitos e valores do seu professor.
2.4. FORMAÇÃO DOCENTE: UM NOVO OLHAR SOBRE OS CURSOS DE LICENCIATURA.
Os cursos de formação inicial têm um papel muito importante na construção dos conhecimentos, atitudes e convicções dos futuros professores, necessários à sua identificação com a profissão.
Os cursos de licenciatura se direcionam a formação de professores da educação básica, enquanto os cursos de bacharelado, ao exercício de diferentes profissões. Com a formação da licenciatura tem-se a oportunidade de aprender conhecimentos capazes de subsidiar a entrada na sala de aula, e os primeiros passos para que esta se efetive, no entanto, o embasamento teórico é pouco frente à realidade do professor em sala de aula. 
Entre as dificuldades que a formação docente enfrentou entre a década de 30 e 60 estava a falta de identidade do curso de Pedagogia que fez com que o mesmo caísse no desprestígio. As demais licenciaturas, destinadas à formação nas áreas básicas das ciências sociais e aplicadas, passaram a valorizar seu conteúdo específico em detrimento do saber pedagógico. (SOARES, 1991, p.105)
Apesar do entendimento institucional de que os docentes são os responsáveis pela formação de futuros profissionais, sua formação docente enfrentou dificuldades e ainda enfrenta, pois esta não tem sido valorizada pela maioria, nem pelas politicas voltadas para a educação. 
Os cursos de formação, nas Faculdades de Educação não estão preparando professores habilitados para utilizar e produzir novas tecnologias na educação. Nesta formação de professores é preciso repensar o processo de aprendizagem, buscando a gênese do conteúdo a ser dominado pelo aprendiz, pondo a descobertas concepções pedagógicas inadequadas, dificuldades e possíveis vantagens de estratégias e métodos diferentes. (MACIEL, 2004, p.21)
Não vai longe o tempo em que boas professoras e bons professores eram qualificados pela sua “experiência”. 
Ressalta-se ainda a importância da prática na formação profissional que vai ao encontro da recomendação do documento governamental (Brasil, 1996) quando estabelece para a formação de professores a garantia da articulação entre a teoria e a prática. “Mas, a realidade dos cursos de licenciatura mostra uma negligencia em relação aos estágios curriculares, tanto por parte dos docentes formadores, quanto por parte dos próprios estudantes concluintes” (Soares, 1991, p.86)
É necessário que os cursos de licenciatura promovam iniciativas de projetos integrados e que elenque os estágios promovendo ao futuro professor identificar as possibilidades de estabelecimento da relação teoria prática no cotidiano de sua ação pedagógica
Nas representações dos estudantes sobre a formação profissional, fica evidente que a maioria não teve experiência de estágios em sala de aula e que as aprendizagens de docência se deram em livros e nas conversações e estabeleceram com seus colegas e amigos que tem experiência de docência (PALADINI, 2004, p.85)
As pesquisas na área da formação de docentes tem sido recorrentes a apontar que os docentes reconhecem nos seus ex-professores a inspiração mais forte da sua configuração profissional.
A reflexão sobre a ação é um componente essencial do processo de aprendizagem permanente que constitui o eixo de formação profissional. Assim:
[...]o modelo de indagação e reflexão sobre a prática profissional seria sim uma garantia de uma melhoria da docência na universidade uma porta aberta a esta necessária transformação profissional pessoal, profissional e institucional e a redefinição do papel cultural, social e politico do universitário em nossa realidade. (PALADINI, 2004, p.164)
O professor prepara-se teoricamente nos assuntos pedagógicos e nos conteúdos para poder realizar a reflexão sobre sua pratica. Incentiva-se que a pratica reflexiva seja inserida o quanto antes no processo de formação docente.
[..] é necessário que que o estudante passe a vivenciar experiências de aula , em parcerias com colegas e /ou professores , o mais cedo possível, em seu curso de formação , tendo oportunidade para discutir, avaliar e redimensionar as experiências vividas por si e pelos colegas, desenvolvendo-se como profissionais reflexivos.(GONÇALVES, 1998, p.115)
A formação do professor, portanto, não pode se resumir ao conhecimento aprofundado do conteúdo.
Grande parte dos professores constrói seus conhecimentos profissionais pouco a pouco com a experiência, e tomando como modelo seus antigos professores, durante os anos que ocuparam como alunos os bancos escolares. Durante a construção deste saber experimental , estes sujeitos foram estabelecendo interações com o grupo social, com o qual, construíram uma série de estereótipos e representações sociais sobre a docência.
Importante compreendermos que o processo de formação dos professores não se encerra na sua preparação inicial, oferecida predominantemente nos cursos de graduação, no entanto inicia já nos bancos escolares quando o futuro professor ainda como aluno tem contato com seus primeirosexemplos de conduta docente, estendendo., bem como, é na formação continuada que essa identidade se consolida, uma vez que ela pode desenvolver-se no próprio trabalho.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociedade vem se modificando, com as novas tecnologias as informações chegam rapidamente e os alunos aprendem não somente nas escolas mas sim fora delas também. Desta forma tornou-se importante refletir sobre a formação docente, pois ela esta se modificando também, acompanhando as transformações da sociedade.
Por muito tempo o professor apenas transferia o seu conhecimento, no entanto atualmente o aluno também traz seu conhecimento adquirido fora do âmbito escolar, desta forma o professor passou a ser mediador de conhecimentos, buscando que o aluno seja reflexivo.
Com o presente texto é possível concluir que a formação docente se dá por meio de cursos de licenciatura e cursos de nível de magistério, bem como deu-se ênfase sobre a importância do estagio para que ocorra a relação de teoria e prática, no entanto como mencionado por alguns autores nos cursos de licenciaturas não esta se dando a devida importância a tal recursos. Importante também perceber que os professores constroem seus conhecimentos tomando como modelo professores antigos , bem como sua formação inicial não se encerra nos cursos de licenciatura.
Um dos fatores que proporciona qualidade para a educação superior se refere a um ambiente propicio á pesquisa e a prática com o aprimoramento pedagógico e ético dos docentes. No entanto a partir do que foram apresentados os cursos não envolve os alunos em processos pedagógicos significativos.
REFERÊNCIAS
ALARCÃO, Isabel (Org.) Formação reflexiva de professores-estratégias de supervisão. Porto: Porto Ed., 2004. In. PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: saberes da docência e identidade do professor. Nuances- Vol. III- Setembro de 2007. Disponível em:https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1287224/mod_resource/content/1/Pimenta_Form%20de%20profs%20e%20saberes%20da%20docencia.pdf. Acessado em: 05 de maio de 2017, ás 19h37min.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 1996.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. CNE/CEB Nº 04/2010. Resolução n. 4, de 13 de julho de 2010 e Parecer n. 7/2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Homologado por Despacho do Senhor Ministro de Estado da Educação, publicado no DOU de 9 de julho de 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf. Acessado em: 03 de maio de 2017 as 19h02min.
FELDMANN, Marina Graziela. Formação de Professores e Escola na Contemporaneidade. São Paulo: SENAC. 2001. In. PALADINI, Edson P. Gestão da qualidade: teoria e prática. 2. ed São Paulo: Atlas, 2004. 339 p.
GARCIA, Marcelo. Carlos. Formação de Professores: para uma mudança educativa. Portugal: Porto, 1999.
GONÇALVES, Fernando Ribeiro. Sucesso acadêmico no ensino superior: a pedagogia universitária como sistema de promoção do sucesso dos alunos. 1999.
INEP. Docência na educação superior. Brasília, DF: INEP, 2006. 335 p. (Educação Superior em Debate; 5)
MACIEL, Edson José. A formação do professor para as novas tecnologias na educação. 2004. 51 f. Monografia (Especialização em Prática Docente) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2004
PALADINI, Edson P. Gestão da qualidade: teoria e prática. 2. ed São Paulo: Atlas, 2004. 339 p.
SAVIANI, Darmeval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação v. 14 n. 40. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, jan./abr. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v14n40/v14n40a12.pdf. Acessado em: 06 de maio de 2017, ás 19h15min.
SOARES, Magda. Metamemória – Memórias: Travessia de uma educadora. São Paulo: Cortez, 1991.

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