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Apresentação 
Viver em sociedade é muitas vezes, reproduzir julgamentos. Essa é a temática central do filme 12 Homens e uma sentença.
Um jovem porto-riquenho é acusado do brutal crime de ter matado o próprio pai. Quando ele vai a julgamento, doze jurados se reúnem para decidir a sentença, levando em conta que o réu deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. 
Doze homens desconhecidos entre si, com vivências, subjetividades e personalidades diferentes devem decidir sobre se haverá futuro ou não (sim, pois em caso de considerá-lo culpado o destino do garoto é a cadeira elétrica) para um jovem de 18 anos acusado de matar o pai após uma discussão.
Teoria 
Os doze jurados são todos de origens, condições sociais e religiões diferentes. No momento inicial do julgamento todos parecem estar de acordo com a decisão da condenação do réu, até o momento que um dos jures não concorda com a decisão tomada, ele pede que todos conversem antes de tomar alguma decisão, pois a vida de alguém está em jogo e ele pode ser inocente. No momento é proposto ao grupo pensar sobre a questão, discutir, argumentar após isso algumas questões individuais começa a emergir no grupo.
Segundo Lorena (2013, p. 46), a inserção do indivíduo no grupo acontece desde o seu nascimento, de forma natural, “quando nasce, o homem é naturalmente inserido na cultura e ao longo da vida deverá interagir e associar-se à inúmeros grupos sociais. Os grupos podem ser divididos em: Grupos primários – predominam os contatos primários, mais pessoais, diretos, como família. Grupos secundários – são mais complexos, como as igrejas e o estado, em que predominam os contatos secundários neste caso, realizam-se de forma pessoa e direta. Grupos intermediários – são aqueles que se alternam e se complementam as duas formas de contatos socais. 
	Os grupos sociais interferem na personalidade para Lorena (2014, p. 50), o lar a família, os amigos a escola, vizinhança a comunicação e a nação afetam o processo.
	No início do filme já se estabelece a diferença de personalidade, que são descendentes de diversas classes sociais. Os júris representam a interação como um todo. O objetivo de decidir sobre o futuro do réu, faz com que se desenvolva questões de caráter ideológico, pois cada homem ali presente vai tomando consciência de que as provas apresentadas não possuem consistência suficiente, não se trata apenas de entrar em uma sala e votar pela condenação ou absolvição de alguém. 
Em meio a discussões muitas vezes acaloradas, percebe-se o conceito psicológico de atitude. Para cada atitude há um conceito racional e cognitivo, associado a crenças, valores e assim por diante (LORENA, 2014, p. 66).
Para Silvia Lane, justifica o uso da expressão processo grupal, dizendo que só poderão ser reconhecidos enquanto forem vistos como inseridos dentro da sociedade, levando-se em conta sua história, como suas determinações institucionais e ideológicas. 
Desenvolvimento
Para Silvia Lane, o homem é constantemente transformado quando o outro fala e consequentemente é modificado também por sua fala. O homem é um ser social em movimento, o qual se relaciona com outros indivíduos.
	Segundo Lane (1994), á identidade não é algo dado, mas está em constante transformação, ela passa a ser concebida através de uma dialética morte e vida, o que possibilita desvelar seu caráter de metamorfose. Portanto o homem é um ser social em movimento, o qual se relaciona com outros indivíduos a identidade também é movimento.
	O filme faz a problematização da fragilidade dos julgamentos no tribunal do júri do sistema norte-americano. Demonstra a delicada linha que separa culpados de inocentes. Todos tinham como certa a condenação do réu, por motivos particulares pelo jogo de futebol em uma hora, um filho que abandonou o pai, um preconceito por pessoas mais pobres, pela etnia, achavam mais fácil dizer que a sentença era de condenado, porém no momento que são convidados á pensar no que realmente está acontecendo e isso envolve rever seus conceitos de caráter, ouvir opiniões diferentes. 
	Diante disso é posto em jogo o que realmente mexe com cada um, o que emerge do grupo são questões pessoais.
Análise do Filme
Filme dirigido por Sidney Lumet em 1958, originando a história de um garoto porto-riquenho acusado de matar o pai. O grupo apresentado no filme é formado por 12 homens, que fazem parte de um júri popular, onde terão que decidir sobre a condenação ou não do réu de 18 anos. 
	O júri já está assistindo o julgamento há três dias, e o ambiente onde terão de ficar até tomarem uma decisão unanime, é um local pequeno com uma mesa central, cadeiras nada confortáveis, a porta da sala fica fechada pelo lado de fora e quem possui a chave é um guarda, caso o grupo precisar de algo é necessário chama-lo. Segundo Castilhos (1995), é de extrema importância a escolha do local para a realização de qualquer formação de grupo, pois o espaço e as dimensões físicas do ambiente são elemento importante que o grupo usará ativamente.
	Manter o distanciamento emocional por parte dos jurados é fundamental, pois não podem contaminar a análise do caso em questão com seus sentimentos frustações pessoais, não é justo que lhe imponha uma punição por mera satisfação pessoal ou pela mera falta de empatia, como se o réu não pertencesse ao ambiente como se fosse um incomodo.
	Silva (2000) descreve a identidade não somente por aquilo é “sou”, como algo autossuficiente, mas sobretudo pelo que “não somo”. Em seu trabalho a produção da identidade e da diferença, ele aponta que a identidade e a diferença estão estreitamente associadas, dependente de uma da outra. Para afirmar uma identidade é necessário classificar. Se ele é marginal eu não sou, é uma diferenciação que exclui incluindo, pois para que fique claro que eu não sou um marginal é indispensável que exista um que seja.
[...] que é a diferença que vem em primeiro lugar: Para isso seria preciso considerar a diferença não simplesmente como resultado de um processo, mas como o processo mesmo pelo qual tanto a identidade quanto a diferença (compreendida, aqui, como resultado) são produzidas. Na origem estaria a diferença – compreendida, agora como ato ou processo de diferenciação. (SILVA, 2000, p. 76).
Conclusão 
Para Silvia Lane, homem é constantemente transformado quando o outro fala e consequentemente é modificado também por sua fala. O homem é um ser social em movimento, o qual se relaciona com outros indivíduos.
Fenômenos associados a dissonância podem ser observados, pois segundo a teoria de Festinger (1975), o indivíduo passa por um conflito no seu processo de tomada de decisão quando pelo menos dois elementos cognitivos não são coerentes.
 tamanho da dissonância.[2]
Já o preconceito é a atitude engendrada pelo estereótipo, associada à afetividade, frente a pessoas ou situações (a ira visível do personagem). A discriminação, por sua vez, exprime o comportamento que os dois elementos anteriores provocam no indivíduo discriminador. (LORENA, 2014, p. 68-72).
	A coragem de um único homem em desafiar todas as opiniões e ousar questionar o obvio, mostra quanto é importante não deixar se levar pela confortável posição. A sua coragem fez onde jurados a fazer reflexão sobre a situação e os fatos envolvidos e ao final conseguiu sensibilizá-los e mostrar a inocência do réu. 
Referência bibliográfica 
LORENA, Angela B. (Org.). Psicologia Geral e Social. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
Lane, S. T. M. & Freitas, M. F. Q. (1997). Processo Grupal na Perspectiva de Ignácio Martin-Baró: Reflexões acerca de seis contextos concretos.
CIAMPA, Antonio de Costa. Identidade. Em LANE, S. & CODO, W.(Org.). Psicologia Social: o homem em movimento. São Paulo: Ed Brasiliense. 1989.
BOCK, Ana Mercês Bahia; FERREIRA, Marcos Ribeiro; GONCALVES, Maria da Graça M.  and  FURTADO, Odair. Sílvia Lane e o projeto do"Compromisso Social da Psicologia".

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