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Questionário TGP

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1 – Qual a diferença entre processo e procedimento?
 PROCESSO- Conceito: conjunto de atos das partes, do juiz e de seus auxiliares, desenvolvidos de forma ordenada, obedecendo a um sistema de normas legais e princípios, até a final solução da lide; um conjunto de atos concatenados com vistas a um resultado. É o meio utilizado para solucionar os litígios.
PROCEDIMENTO- é a exteriorização da relação processual. É a forme pela qual se movem os atos no processo.
2 – Qual a diferença entre direito material e direito processual?
Direito material é o conjunto de princípios e normas que disciplinam os fatos e relações emergentes da vida; ou seja, é o corpo de normas que regulam as relações referentes a bens e utilidades da vida (direito civil, administrativo, comercial, tributário, trabalhista, etc.). 
Por outro lado, chama-se direito processual o complexo de normas e princípios que regem o exercício conjugado da jurisdição pelo Estado-juiz, da ação pelo demandante e da defesa pelo demandado.
 3 – Cite três princípios gerais do direito processual
Conceito- são preceitos fundamentais que dão forma e caráter aos sistemas processuais. 
Trazem em si conotações éticas, morais, sociais, políticas etc. 
Princípios Estruturantes: São aqueles que formam a base de determinado sistema jurídico e estão previstos na Constituição Federal: Ex.: Princípio do contraditório e ampla defesa, Acesso a justiça, Gratuidade de justiça, Imparcialidade do juiz… 
Princípios Fundamentais: São os princípios estruturantes com peculiaridades próprias. Ex.: Princípio da verdade real no direito penal e Verdade formal no direito civil, Princípio da publicidade nos direitos penal, civil e trabalhista. Trata-se, portanto, de um mesmo princípio que possui características diferentes dependendo da matéria ou ramo do direito. 
Princípios Instrumentais: São aqueles que servem de instrumento para a realização dos princípios estruturantes e fundamentais. Ex.: Concentração/Oralidade (instrumento para a realização de outro princípio, neste caso o da celeridade processual).
 4 – Fale sobre o princípio do juiz natural.
Princípio Juiz Natural- (art. 5º, LIII) o órgão judiciário que não encontrar na Constituição a sua origem e fonte criadora, não está investido de atribuições jurisdicionais, o mesmo se verificando com os órgãos que não se estruturam segundo o previsto na Lei Maior. 
Traduz duas consequências: a) consagra a norma de que só é juiz o órgão investido de jurisdição (impedindo a possibilidade de o legislador julgar, impondo sanções penais sem processo prévio, como ocorria com o antigo direito inglês); b) impede a criação de tribunais ad hoc e de exceção, para o julgamento de causas penais ou civis. 
A garantia do juiz natural desdobra-se em três conceitos: (a) só são órgãos jurisdicionais os instituídos pela Constituição; (b) ninguém pode ser julgado por órgãos constituído após a ocorrência do fato; (c) entre os juízes pré-constituídos vigora uma ordem taxativa de competências que exclui qualquer alternativa deferida à discricionariedade de quem quer que seja. A CF de 1988 reintroduziu a garantia do juiz competente no art. 5º, LIII. 
O juiz deve ser superpartes, colocar-se entre os litigantes e acima deles: é a primeira condição para que possa exercer sua função dentro do processo.
5 – Explique o princípio do contraditório.
Assegura à igualdade entre as partes 
Em todo processo contencioso há pelo menos duas partes: autor e réu. Aquele instaura a relação processual, invocando a tutela jurisdicional, mas a relação processual só se completa e põe-se em condições de preparar o provimento judicial com o chamamento do réu a juízo. 
O juiz, por força de seu dever de imparcialidade, coloca-se entre as partes, mas equidistante delas, conferindo-lhes direitos e deveres, buscando sempre um tratamento igualitário entre elas, no sentido de possam expor suas razões, de apresentar suas provas, de influir no convencimento do julgador. 
* É a garantia do direito de defesa e de pronunciamento durante o processo; 
* Decorrem três consequências básicas destes princípios: 
a) a sentença só afeta as pessoas que foram parte no processo, ou seus sucessores; 
b) só há relação processual completa após regular citação do demandado; 
c) toda decisão só é proferida depois de ouvidas ambas as partes
 6 – Qual a diferença entre os princípios do contraditório e da ampla defesa?
Princípio Da Ampla Defesa- (art. 5º, LV). a CF. previu o contraditório e ampla defesa num mesmo dispositivo, determinando expressamente sua observância no processos de qualquer natureza, judicial ou administrativo, e aos acusados em geral: "Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes" 
Como consequência desses princípios é necessário que se dê ciência a cada litigante dos atos praticados pelo juiz e pelo adversário, efetivando-se o contraditório e possibilitando a ampla defesa.
 7 – O que significa duplo grau de jurisdição? Explique.
prevê a possibilidade de revisão, por via de recurso, das causas já julgadas pelo juiz de primeiro grau (ou de primeira instância), que corresponde à denominada jurisdição inferior, garantindo, assim, um novo julgamento, por parte dos órgãos da jurisdição superior, ou de segundo grau.
 8 – Fale sobre o significado do princípio da ação.
Princípio da ação, ou princípio da demanda, ou princípio da iniciativa das partes, indica que o Poder Judiciário, órgão incumbido de oferecer a jurisdição, regido por outro princípio (inércia processual), para movimentar-se no sentido de dirimir os conflitos intersubjetivos, depende da provocação do titular da ação, instrumento processual destinado à defesa do direito substancial litigioso. 
O processo acusatório: é o sistema processual penal de partes, em que o acusador e acusado se encontram em pé de igualdade; é, ainda, um processo de ação, com garantias da imparcialidade do juiz, do contraditório e da publicidade. 
O Brasil adota o sistema acusatório. A fase prévia representada pelo inquérito policial constitui procedimento administrativo, sem exercício da jurisdição, sem litigantes e mesmo acusado. Por isso, o fato de não ser contraditório não contraria a exigência constitucional do processo acusatório. 
O princípio da ação é adotado, quer na esfera penal (CPP, art. 24, 28 e 30), quer na esfera civil (CPC, art. 2º e 141). Existem exceções à regra da inércia dos órgãos jurisdicionais: CLT - execução trabalhista, art. 878; habeas corpus de ofício. Como decorrência do princípio da ação, o juiz – que não pode instaurar o processo – não pode, por conseguinte, tomar providências que superem os limites do pedido (CPC, art. 490 e 492).
 9 – Quais são os princípios infraconstitucionais?
1.	Princípio da ação (processo inquisitivo e acusatório)
2.	Princípios da disponibilidade e da indisponibilidade
3.	Princípio dispositivo e da livre investigação e apreciação das provas
4.	Princípio do impulso Oficial
5.	Princípio da oralidade
6.	Princípio da Livre Convicção (persuasão racional)
7.	Princípio da lealdade processual
8.	Princípios da economia e da instrumentalidade das formas
9.	Princípio da eventualidade ou da preclusão
 10 – Explique o princípio da oralidade.
Trata-se de princípio indissoluvelmente ligado ao procedimento; determina que certos atos devem ser praticados oralmente (prevalência da palavra falada sobre a escrita); pouco adotado em sua forma pura ( é mais comum o procedimento misto);
A oralidade dentro da relação processual em audiência de instrução e julgamento tem como fator principal realizar os atos processuais em menor número, para que com isso o processo se torne mais célere. 
O princípio da oralidade possui elementos que compõem e caracterizam o processo oral, senão vejamos: 
• a concentração: caracteriza-se pela celeridade, ou seja, as provas devem ser produzidas em um fator mínimo de audiências. 
a imediação: não é necessário intermediário,as provas serão realizadas diretamente ao juiz, onde este terá contato direto com as mesmas. 
• a identidade da pessoa física do juiz: o magistrado deve acompanhar o feito do início até deu final, de modo que se preserve o equilíbrio, tendo em vista que o Juiz é a pessoa indicada a decidir, portanto, cabe a ele julgar a ação. 
a irrecorribilidade das decisões interlocutórias.
 11 – O que você entende por preclusão?
Cada faculdade processual deve ser exercida no momento adequado, sob pena de perder a oportunidade de praticar o ato respectivo, sendo vedado, também, repeti-lo; 
* A preclusão consiste na perda da faculdade de praticar determinado ato processual, seja porque já foi exercitado, no momento adequado, seja porque a parte deixou escoar a fase processual própria, sem fazer uso do seu direito.
 12 – Cite duas formas de composição de litígios.
 AUTOTUTELA 
A primeira forma de composição de conflitos de interesses, surgida quando da ausência de um Estado organizado, com poder insuficiente para coibir os homens de buscar a solução de suas lides através da lei do mais forte e subjugo forçado do mais fraco. 
Muito embora seja uma espécie primária de composição de litígios, ainda hoje os ordenamentos jurídicos prevêem a possibilidade do ofendido agir imediatamente para repelir a injusta agressão, ante uma situação de urgência. 
AUTOCOMPOSIÇÃO 
Com o início do convívio do homem em sociedade e sem que o Estado, ainda embrionário, tivesse poder para submeter coativamente os cidadãos às suas decisões, as próprias partes em litígio passaram a buscar amigavelmente a solução de suas pendências. A diferença entre a auto composição e a autotutela reside justamente na ausência de sujeição forçada de um dos litigantes, e, ainda hoje em nosso ordenamento, são previstas as três formas conhecidas dessa modalidade de composição de litígios:
 a) Renúncia (CPC, art. 487, III c). Nesses casos o que se diz titular de um direito material violado abre mão definitiva e voluntariamente de sua pretensão, pondo fim ao litígio de forma unilateral, por não mais desejar a obtenção do bem da vida. 
b) Reconhecimento jurídico do pedido (CPC, art. 487, IlI a). É o inverso da renúncia, já que nessa hipótese o réu, livremente e sem qualquer sujeição forçada, submete-se à pretensão material do adversário, pondo fim ao conflito através da entrega espontânea do bem da vida pertencente ao autor. 
c) Transação (CPC, art. 487, III b). Por essa forma de composição, o autor renuncia parcialmente à sua pretensão material, enquanto o réu reconhece a procedência da parte não renunciada, entregando espontaneamente parte do bem da vida, chegando ambos a um denominador comum. 
Referidas formas de auto composição são vistas como verdadeiros negócios jurídicos materiais e bilaterais, cuja eventual ineficácia não deve, como regra, ser argüida via ação rescisória, mas sim através de ação anulatória, perante o juiz de primeiro grau, na qual se provará a ocorrência de algum dos vícios de consentimento incidente sobre a manifestação de vontade. Tal distinção se mostra mais clara quando constatamos que, em casos de extinção do processo pela autocomposição das partes, o juiz não aplica o direito cabível na espécie conforme seu convencimento, mas se limita a acatar a vontade das partes.
 TUTELA JURISDICIONAL 
Como já visto, quando o Estado se organizou e adquiriu poder de decidir e sujeitar os cidadãos ao cumprimento dessas decisões, surge a tutela jurisdicional. É ela, portanto, a composição obtida pela intervenção dos órgãos jurisdicionais, substituindo a vontade das partes na decisão do litígio, através de uma sentença de mérito que aplique o direito material previsto na norma genérica de conduta ao caso concreto.
 13 – Cite duas formas de autocomposição, explicando uma delas.
 a) Renúncia (CPC, art. 487, III c). Nesses casos o que se diz titular de um direito material violado abre mão definitiva e voluntariamente de sua pretensão, pondo fim ao litígio de forma unilateral, por não mais desejar a obtenção do bem da vida. 
b) Reconhecimento jurídico do pedido (CPC, art. 487, IlI a). É o inverso da renúncia, já que nessa hipótese o réu, livremente e sem qualquer sujeição forçada, submete-se à pretensão material do adversário, pondo fim ao conflito através da entrega espontânea do bem da vida pertencente ao autor. 
c) Transação (CPC, art. 487, III b). Por essa forma de composição, o autor renuncia parcialmente à sua pretensão material, enquanto o réu reconhece a procedência da parte não renunciada, entregando espontaneamente parte do bem da vida, chegando ambos a um denominador comum.
 14 – O que é tutela jurisdicional do Estado?
 Como já visto, quando o Estado se organizou e adquiriu poder de decidir e sujeitar os cidadãos ao cumprimento dessas decisões, surge a tutela jurisdicional. É ela, portanto, a composição obtida pela intervenção dos órgãos jurisdicionais, substituindo a vontade das partes na decisão do litígio, através de uma sentença de mérito que aplique o direito material previsto na norma genérica de conduta ao caso concreto.
 15 – Quais as finalidades da tutela jurisdicional do Estado?
Esta atividade do Estado tem por objetivo: 
a) a composição de litígios, através da aplicação e especialização das normas gerais de conduta (direito) ao caso concreto (escopo jurídico); 
b) a pacificação social (escopo social); 
c) a realização da justiça (escopo político). 
 16 – Quantos e quais são os princípios da jurisdição?
lnevitabilidade: uma vez ativada pelas partes, a jurisdição é forma de exercício do poder estatal, e o cumprimento de suas decisões não pode ser evitado pelas partes, sob pena de cumprimento coercitivo (tutela executiva). 
lndeclinabilidade: é preceito constitucional que nenhuma lesão de direito deixará de ser apreciada pelo Poder Judiciário. Se o Estado exige dos seus cidadãos a observância da obrigatoriedade da jurisdição, tem ele o dever de solucionar os conflitos de interesse quando provocado. 
Investidura: o Estado atua através de seus órgãos. E assim sendo, somente os agentes políticos investidos do poder estatal de aplicar o direito ao caso concreto (julgar) é que podem exercer a jurisdição. Tal investi dura é realizada de duas formas: mediante aprovação em concursos públicos de títulos e conhecimento jurídico e pela nomeação direta, por ato do chefe do Poder Executivo, de pessoas com prévia experiência e notável saber jurídico, como nos casos de ingresso na magistratura pelo quinto constitucional ou nomeação de ministros dos tribunais supenores. 
lndelegabilidade: Como a jurisdição é investida após preenchimento de rigorosos critérios técnicos, tem-se que não pode ser objeto de delegação pelo agente que a exerce com exclusividade. 
Inércia: por decorrência do princípio da ação, a jurisdição não pode ser exercida de ofício pelos agentes detentores da investidura, dependendo ela sempre da provocação das partes. 
Aderência: o exercício da jurisdição, por força do princípio da territorialidade da lei processual, deve estar sempre vinculado a uma prévia delimitação territorial.
Unicidade: muito embora se fale em jurisdição civil e penal, Justiça Federal e Estadual, na realidade esse poder-dever é uno e indivisível. As divisões decorrentes de sua repartição administrativa entre os diversos órgãos só tem relevância para o aspecto de funcionalidade da justiça, não retirando da jurisdição sua natureza una.
 17 – Fale sobre o princípio da indelegabilidade
Como a jurisdição é investida após preenchimento de rigorosos critérios técnicos, tem-se que não pode ser objeto de delegação pelo agente que a exerce com exclusividade.
 18 – O que é principio da inércia?
por decorrência do princípio da ação, a jurisdição não pode ser exercida de ofício pelos agentes detentores da investidura, dependendo ela sempre da provocação das partes.
 19 – Qual a diferença entre jurisdição contenciosa e voluntária? Cite exemplos.
QUADRO COMPARATIVO 
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA 	JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIAlide 	acordo de vontades 
partes 	interessados 
sentença de mérito 	homologação 
função jurisdicional 	atribuição administrativa 
A jurisdição contenciosa é a atividade inerente ao Poder Judiciário, com o Estado-juiz atuando substitutivamente às partes na solução dos conflitos, mediante o proferimento de sentença de mérito que aplique o direito ao caso concreto. 
na jurisdição voluntária o juiz não atua a jurisdição propriamente dita, mas sim simples atribuição administrativa conferida em lei, a qual pode ser inclusive objeto de alteração em legislação infraconstitucional, sem que haja ferimento aos princípios constitucionais da exclusividade dos órgãos da jurisdição.
 20 – Qual a característica das sentenças em cada uma dessas jurisdições?
Contenciosa função legislativa (regimentos internos dos tribunais, provimentos etc.)
Voluntário praticando atos de pura administração. 
Na chamada jurisdição voluntária, portanto, não existem partes litigantes, mas sim simples interessados na produção dos efeitos do negócio jurídico formal; não existe também sentença de mérito, com aplicação do direito ao caso concreto, mas mera homologação formal do acordo de vontades.
 21 – O que é competência?
 É o poder conferido pela lei (Princípio do Juiz Natural) ao órgão de jurisdição para proferir julgamentos para solução de conflitos. Julgamentos por órgãos que não têm competência são nulos.
 22 – Quais critérios são utilizados para definir a competência dos órgãos da justiça brasileira?
 Estão contidos no Art. 12 da LICC – Lei de Introdução ao Código Civil, reproduzido pelos Artigos 21 e 23, do CPC. A Competência da Justiça Brasileira está assim dividida: 
1)- COMPETÊNCIA INTERNACIONAL DA JUSTIÇA BRASILEIRA(ARTS. 21 E 23, CPC) 
É a competência que tem a Justiça Brasileira para julgar estrangeiros. 
- Se o réu for domiciliado no Brasil, qualquer que seja a nacionalidade (Art. 21, I, CPC); 
- Se a obrigação tiver que ser cumprida no Brasil (Art. 21, II, CPC); 
- Se a ação surgir de ato ou fato praticado no Brasil e também A Pessoa Jurídica estrangeira que tenha filial no Brasil (Art. 21, III, CPC). Exemplo: se um americano estiver passeando no Brasil e cometer um crime aqui, ele será processado no Brasil).
- Imóveis situados no Brasil (Art. 23, I, CPC); 
- Inventário de bens situados no Brasil (Art. 23, II, CPC) 
2)- COMPETÊNCIA INTERNA DA JUSTIÇA BRASILEIRA - É a competência que têm os órgãos de jurisdição para proferir julgamentos dentro do território brasileiro. Para definir a competência entre os órgãos da justiça brasileira são utilizados os seguintes critérios: 
CRITÉRIO OBJETIVO –
CRITÉRIO FUNCIONAL 
CRITÉRIO TERRITORIAL 
 23 – Quais as características do critério objetivo?
Leva em conta elementos da lide, ou seja, leva em consideração os elementos do próprio processo. CRITÉRIO OBJETIVO Dependendo da Matéria, da Pessoa ou do Valor da Causa o julgamento vai ser realizado por um juiz distinto(diferente). 
- Em razão da matéria - Dependendo da matéria envolvida na lide o procedimento é diferenciado. 
a)- Em razão da matéria – Por exemplo, se a matéria é trabalhista o julgamento será por um juiz do trabalho, se a matéria é de Família o julgamento será por um juiz de uma Vara de Família, etc. 
- Em razão da pessoa – Dependendo da pessoa envolvida na lide o procedimento é diferenciado. 
b)- Em razão da pessoa – Dependendo da pessoa envolvida no processo a competência e de determinado juiz. Por exemplo, se um crime for cometido por um Governador de Estado, o julgamento será julgado pelo TJ e não pelo juiz do local, diferentemente se o crime fosse cometido por pessoa comum; Art. 102, I, b, Constituição Federal que outorga competência ao STF para julgar Ministros de Estado; Art. 109, I, CF, que outorga competência especial para causas envolvendo a União. 
c)- Em razão do valor da causa – O valor da causa critério utilizado para determinar qual juiz fará o julgamento. Por exemplo, as causas com valor de até 40 salários mínimos podem (opção do autor) ser julgadas pelo Juizado Especial Civil (lei 9099/95). 
- Em razão do valor da causa - Dependendo do valor da causa envolvida na lide o procedimento é diferenciado.
 24 – O que é critério funcional?
O Legislador parte do pressuposto que num mesmo processo (não no mesmo instante, mas em instâncias distintas) mais de um juiz pode proferir decisão. Por esse critério o Legislador estabelece quando começa e até onde vai a competência de cada juiz no processo. CRITÉRIO FUNCIONAL – A competência é estabelecida de acordo com a função do julgador (mais de um juiz pode ter função em determinados processos. Ex. No Tribunal a competência do julgamento é de mais de um juiz e em primeiro grau é julgamento monocrático).
 25 – Explique o critério territorial.
A competência é estabelecida levando em conta elemento geográfico, ou seja, o Juiz de Araraquara só tem competência dentro da Comarca de Araraquara, o de São Carlos só tem competência dentro da Comarca de São Carlos, e assim sucessivamente.
 26 – O que é foro especial e quando é utilizado?
FORO ESPECIAL – São critérios especiais estabelecidos pelo Legislador para determinados julgamentos, que são (alguns): 
a)- Foro de ações de bens reais imobiliários(Art.47, CPC)- O local de julgamento será aquele onde está situada a coisa, podendo o autor optar pelo Foro de Eleição(aquele estabelecido pelas partes em contrato). 
b)-- Foro de sucessões(Art. 48, CPC) – O local de julgamento será o local de domicílio do autor da herança. 
c)- Foro de incapazes(Art. 50, CPC) – O local de julgamento será no local de domicílio do Representante do incapaz. 
d)- Foro de pessoas jurídicas(- Art. 53, III, "a", "b", "c" e "d", CPC) - Existem 4 hipóteses:
- Local da sede da empresa; 
- Local onde a obrigação foi contraída, se for filial; 
- Local da atividade principal se a empresa carece de personalidade jurídica;
- Local do cumprimento da obrigação, se houver exigência para tal; 
e)- Contra a União(Art. 109, § 2º, CF) – Existem 4 opções, a critério do autor: 
- Distrito Federal; 
- Domicílio do autor; 
- Local do bem; 
- Local dos fatos.
f)- Contra Estados, Municípios e Pessoas Jurídicas Privadas(Art. 53, III, "a" e "b", CPC) – O foro é o local da sede da Pessoa Jurídica. 
g)- Foro de separação e divórcio (Art 53, I, “a”, “b” e “c” CPC)- O foro será de domicílio do guardião de filho incapaz, do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz ou de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal. 
h)- Foro de ações de alimentos(Art. 53, II, CPC) – O foro será o local de domicílio do Alimentando (aquele que vai receber os alimentos). 
i)- Foro de acidente de veículos(Art.53, V, CPC) – O foro será o local de domicílio do autor ou local do fato.
 27 – Como é a competência para julgamento do processo penal?
- Em regra, a competência é do Juiz do lugar do fato (Art. 70, CPP); 
- Na tentativa, a competência é do juiz do local de realização do último ato(Art. 72, CPP)
 28 – Quem possui competência para julgamento das ações trabalhistas? 
Em regra, é competente para julgar causas trabalhistas o juiz do local da prestação dos serviços, independente do domicílio do empregado (Art. 651, CLT). A exceção é para ações de empregados que prestam serviços em locais diversos (ex.: o viajante). Nesse caso o julgamento é no local da sede da empresa ou no local onde esta possuir filial.
29 – O que é competência absoluta? Quais suas características?
COMPETÊNCIA ABSOLUTA – A Competência Absoluta tem as seguintes características: 
a) Leva em conta o interesse público - É a primeira e maior característica da Competência Absoluta. A Competência Material é Absoluta (ex.: o Juiz do Trabalho não pode julgar matéria criminal porque o interesse público faz com que a matéria criminal não seja da sua competência, sob pena de nulidade do processo); 
b) Não pode ser prorrogada – Significa que a Competência Absoluta não pode ser prorrogada, nem mesmo por vontade daspartes, ou seja, se o juiz não tem competência não pode ele passar a ter a competência para julgar a matéria diferente daquela para a qual ele recebeu competência(Ex.: num litígio em razão de um acidente de carro as partes não podem, por qualquer razão, levar a ação para ser julgada pelo Juiz do Trabalho); 
c) Pode (deve) ser declarada de ofício (Art. 64, § 1º, CPC) – Significa que o juiz deve reconhecer sua incompetência mesmo que as partes não alegue, sem requerimento de nenhum a das partes. Sob pena de nulidade do processo, o Juiz DEVE declarar sua incompetência (ex.: se uma questão relacionada a um acidente de carro for levada para julgamento na justiça do trabalho o juiz tem a obrigação de declarar sua incompetência);
e) Pode ser arguida em qualquer momento processual (Art. 64, § 1º, CPC) – Em qualquer grau de jurisdição, em qualquer momento processual e sem formalidade específica, podendo ser alegada até mesmo juntamente com a defesa, na própria contestação (Preliminar de Contestação) o réu pode alegar a Incompetência do juiz. Não há prazo para isso, mas o réu responde pelas custas em razão da demora para a alegação (pode o réu ter interesse em demorar alegar a incompetência); 
f) É estabelecida em razão da matéria - Concessão de competência especializada ao juiz (ex.: competência outorgada ao juiz de Família), da Pessoa envolvida na lide (ex.: o Governador do Estado obrigatoriamente tem que ser julgado pelo STF em caso de crime comum) e em razão da Função do Juiz no Processo (ex.: não se pode protocolar uma ação relativa a uma batida de carro diretamente no Tribunal). 
g) Permite o ingresso de ação rescisória (Art. 966) – A Ação Rescisória tem por objetivo rescindir uma ação (só para os casos previstos no Art. 966 do CPC) já transitada em julgado (ex. se uma ação foi julgada por juiz incompetente). O prazo para ingressar com a Ação Rescisória é de 2 anos após ser proferida a sentença.
 30 – O que é competência relativa e quais suas características?
a) Leva em conta o interesse privado – Leva em conta os interesses das partes envolvidas no processo (A lei dispõe que o réu, em regra, tem que ser demandado em seu local de domicilio, levando em conta o Princípio da Ampla Defesa, mas em alguns casos ele pode não querer ser demandado no local do seu domicílio); 
b) Não pode ser declarada de ofício – Diferentemente da Competência Absoluta, a Competência Relativa não pode ser declarada de ofício (sem requerimento das partes), ou seja, somente pode ser declarada a Incompetência se for por requerimento das partes (ex.: a mulher tem foro privilegiado, mas se ela desejar pode requerer que seja julgada fora do local do seu domicilio). O réu tem prazo (que é o prazo de defesa) e forma para alegar a Incompetência (chamada de Exceção de Incompetência), ou seja, o réu tem que alegar a incompetência dentro do seu prazo de defesa e tem que fazer por meio de Exceção de Incompetência (Art. 64. CPC) que é uma peça Processual própria e separada da contestação e da defesa (ex.: se o marido entrou com ação de separação na Bahia e a mulher quiser ser demandada fora do seu local de domicílio ela terá que arguir a exceção em uma peça processual própria). 
c) É estabelecida por meio do critério territorial(competência do juiz para julgar dentro da sua jurisdição), e do Valor da Causa. 
d) Prorroga-se a competência se o réu não opuser exceção (Art. 65, CPC) – O juiz que a princípio era incompetente passa a ser competente porque o réu nada alegou. Se o réu não quiser ou perder o prazo. Uma vez prorrogada a exceção não pode mais ser alegada.
 31 – O que é prorrogação de competência?
Prorroga-se a competência se o réu não opuser exceção (Art. 65, CPC) – O juiz que a princípio era incompetente passa a ser competente porque o réu nada alegou. Se o réu não quiser ou perder o prazo. Uma vez prorrogada a exceção não pode mais ser alegada.
 32 – Qual a diferença entre ação acessória e Ação cautelar?
São ações que pré-existem à ação principal, ou seja, elas antecedem a ação principal. Duas ações têm que ser propostas no mesmo foro. Exemplo: A mulher quer separar do marido e ingressa com a ação de separação, só que o marido é violento, a agride fisicamente, por isso ela precisa de uma proteção e isso pode se dá com a separação de corpos. Assim, a mulher ingressa com uma Ação Cautelar pedindo uma Medida Liminar para que o marido seja retirado da casa e essa Ação Cautelar tem que ser proposta no mesmo foro da Ação de Separação que é a ação principal.
 33 – O que é conexão?
CONEXÃO (ART. 55, CPC) - Para serem conexas, as Ações têm que ter apresentar os seguintes requisitos: 
a) Comum o objeto ou a causa de pedir - São Conexas duas Ações quando for em comum o Objeto ou a Causa de Pedir. Portanto, toda vez que o Pedido ou a Causa de Pedir forem iguais essas Ações são anexadas para um só julgamento. Exemplo: em um contrato de Locação há um conflito de interesses. O Locador entra com uma Ação de Despejo e o Locatário entra com uma Ação de Consignação em Pagamento. São duas Ações que têm em comum o Objeto(Pedido), portanto serão julgadas em conjunto. 
b) Ambas as ações têm que estar no mesmo grau de jurisdição.
OBS.: As Ações conexas são distribuídas por dependência (Art. 286, CPC).
 34 – Quais são os elementos da Ação?
- O Pedido (Objeto) – É aquilo que a parte espera obter do Judiciário. 
- Causa de Pedir – É o fundamento jurídico do pedido. 
- Partes – O autor e réu.
 35 – O que é continência?
CONTINÊNCIA – Também há uma identidade de alguns Elementos da ação. As Ações que tenham a mesma Parte e a mesma Causa de Pedir(só que no objeto uma Ação abrange o objeto da outra) são julgadas em conjunto, (ex. “A” ingressa com Ação de Cobrança contra “B” alegando que emprestou R$ 10.000,00 e não recebeu. No dia seguinte “A” percebeu que errou, pois na verdade deveria cobrar R$ 5.000,00 a título de Juros e Multas e entra com uma segunda Ação cobrando esses juros e multa).

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