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SBN
Nº 70074988833 (Nº CNJ: 0262998-20.2017.8.21.7000)
2017/Crime
JÚRI. DECISÃO CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS. INEXISTENTE. CONDENAÇÕES MANTIDAS. PENAS. PUNIÇÕES APLICADAS DE FORMA ADEQUADA. CONFIRMADAS.
I - Como é do conhecimento geral, os jurados julgam por íntima convicção, sem a necessidade de fundamentar suas decisões. Deste modo, podem utilizar, para seus convencimentos, quaisquer provas contidas nos autos, ainda que não sejam as mais verossímeis. Só se pode falar em decisão manifestamente contrária à prova dos autos, quando o conjunto probatório não trouxer nenhum elemento a embasar a tese aceita no julgamento, constituindo ela numa aberração, porque divorciada daquele (conjunto probatório). Não é o caso em julgamento, porque a Câmara, examinando recurso em sentido estrito proposto pelos apelantes, entendeu que existiam indícios dos crimes e de seus autores. Por este motivo, mantém-se a decisão condenatória, porque ela tem amparo na prova.
II - Diante da enorme carga de subjetivismo na aplicação da pena-base e acréscimos ou reduções face às agravantes e atenuantes, deve-se, tanto quanto possível, aceitar aquela fixada na sentença. A alteração só deve acontecer, quando se verificar grave erro na fixação da punição. Neste sentido, já se manifestou o Supremo Tribunal Federal no julgamento do Habeas corpus 112.859. Assim, deve-se sempre ter em mente o que estipula o artigo 59 do Código Penal em seu final: “estabelecerá conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.” Este deve ser o limite na aplicação da reprimenda, razão pela qual se mantêm as punições fixadas na sentença.
DECISÃO: Apelos defensivos e ministerial desprovidos. Unânime.
	Apelação Crime
	Primeira Câmara Criminal
	Nº 70074988833 (Nº CNJ: 0262998-20.2017.8.21.7000)
	Comarca de Porto Alegre
	MINISTéRIO PúBLICO 
	APELANTE-APELADO
	FERNANDO JUNIOR TREIB KROL 
	APELANTE-APELADO
	ELISEU POMPEU GOMES 
	APELANTE-APELADO
	DENISE GOULART DA SILVA 
	APELADa
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos. 
Acordam os Desembargadores integrantes da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, rejeitando as preliminares, em negar provimento aos apelos.
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, além do signatário (Presidente), os eminentes Senhores Des. Manuel José Martinez Lucas e Des. Honório Gonçalves da Silva Neto.
Porto Alegre, 25 de outubro de 2017.
DES. SYLVIO BAPTISTA NETO, 
Relator.
RELATÓRIO
Des. Sylvio Baptista Neto (RELATOR)
1. Fernando Júnior Treib Krol e Eliseu Pompeu Gomes, pronunciados como incursos nas sanções dos artigos 121, § 2º, I, III, IV e V, 180, 311, 347, 288, e 340 do Código Penal, porque mataram Eliseu Felippe dos Santos e praticaram os demais crimes conexos, foram levados a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenados às penas de vinte e sete anos e dez meses de reclusão, regime fechado, e um ano de detenção, regime aberto, além de sessenta e cinco dias-multa. O delito de falsa comunicação de crime teve sua prescrição declarada pelo Magistrado de Primeiro Grau.
Inconformadas com a decisão, a Defesa e a Acusação apelaram. Em suas razões, os Defensores postularam preliminares e, no mérito, novo julgamento. A Promotora de Justiça e a Assistente à acusação pediram o aumento das penas e a fixação de reparação do dano. Em contra-razões, as partes manifestaram-se pela manutenção da sentença atacada.
Nesta instância, em parecer escrito, o Procurador de Justiça opinou pelo desprovimento dos recursos defensivos e provimento do acusatório.
(Esta Câmara adotou o procedimento informatizado, tendo sido atendido o disposto no artigo 613, I, do CPP).
VOTOS
Des. Sylvio Baptista Neto (RELATOR)
2. Rejeito as preliminares. As questões foram bem analisadas pelo ilustre Procurador, Dr. Ruben Giugno Abruzzi, motivo pelo qual, concordando com a sua fundamentação, faço de seu parecer as minhas razões de decidir. Afirmou com propriedade:
“Em que pese o esforço defensivo para nulificar o processo que culminou na condenação dos réus pela prática dos crimes de homicídio qualificado, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, bando armado e fraude processual, não há como acolher as preliminares suscitadas, porquanto complemente desprovidas de fundamento, conforme bem explanado pelo Ministério Público em contrarrazões:
“Não assiste qualquer razão à defesa do acusado Fernando quando busca a nulidade do julgamento, sob a alegação de que o Ministério Público teria inovado na acusação ao afirmar que a vítima teria recebido um tiro de raspão na cabeça.
Ao revés do alegado na peça defensiva, não se verifica a ocorrência de qualquer nulidade, sendo totalmente infundados os argumentos lançados pela defesa. 
Inexiste nulidade ou irregularidade capaz de macular o julgamento, isso porque, o laudo de necropsia aponta ferimento produzido na região da cabeça.
Ademais, a referência trazida por esta agente somente retrata a perícia técnica e o teor dos depoimentos colhidos, sendo que a acusação limitou-se ao constante na denuncia, sem o adicional de nenhuma inovação.
...
Ainda, importante referir que os quesitos foram formulados exatamente nos termos da pronúncia, portanto, os réus foram julgados pelo que foram denunciados e pelo que se defenderam, não havendo que falar em nulidade. 
Nesse sentido, o seguinte julgado do TJRS: “...”
...
Sustenta a defesa de Eliseu que o processo está eivado de nulidade absoluta, por conta da juntada aos autos da gravação em áudio e vídeo, autorizada pela 1ª Vara Criminal do Foro Central, nos autos da investigação da Operação Batedor, oriunda da Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículos.
Causa estranheza o fato de a Defensoria Pública somente agora, em sede recursal, com prolação de sentença de pronúncia em desfavor do recorrente, transitada em julgado, e julgamento em plenário, levantar tal nulidade, pois que em nenhum momento da instrução processual, ou mesmo na fase de memoriais, insurgiu-se contra a alegada juntada.
Assim, ainda que fosse considerada nula a perícia realizada, nulidades ocorridas durante a instrução do processo de competência do Tribunal do Júri devem ser arguidas até a pronúncia, sob pena de preclusão.
...
Postula o apelante Eliseu a nulidade do julgamento, sob a alegação de que a juntada da certidão da fl. 256, na qual o acusado Fernando teria admitido o delito ao Inspetor de Polícia, viola ao princípio constitucional do nemo tenetur se detegere – direito a não autoincriminação.
Da análise dos incidentes consignados na ata da Sessão de Julgamento do Júri, verifica-se que a defesa não apresentou impugnação à referida certidão. 
Percebe-se que, ainda que fosse considerada nula a certidão, nulidades ocorridas durante a instrução do processo de competência do Tribunal do Júri devem ser arguidas até a pronúncia, sob pena de preclusão.
...
Sucintamente, alega a defesa do acusado Eliseu ter havido violação ao Princípio do Promotor Natural em razão da atuação conjunta dos Promotores de Justiça Lúcia Helena de Lima Callegari e Eugênio Paes Amorim, no julgamento.
Ocorre que, conforme se verifica de forma uníssona na Jurisprudência, a atuação conjunta de Promotores de Justiça, previamente designados pela Chefia do Ministério Público, não viola o referido princípio, o qual tem o escopo de evitar a criação de tribunais de exceção, o que não ocorreu no presente caso.
...
Novamente não assiste razão a defesa do réu Eliseu ao pleitear a nulidade do julgamento, sob o fundamento de que não consta nos autos habilitação do Assistente de Acusação.
Compulsando-se os autos, verifica-se que o feito foi cindido em relação aos apelantes, pelos critérios da celeridade processual, em face da não localização dos acusados.
Cumpre salientar que, ao revés do que quer fazer crer a Defesa, nos autos do processo principal nº 2.10.00015140-7, foi juntado,conforme cópia das fls. 13.661/13.662, o pedido de habilitação do assistente, instrumento de mandato no qual a vítima outorgava ao advogado poderes gerais e despacho admitindo o assistente.
...
Ao revés do alegado pela defesa do acusado Eliseu, não existe nulidade em razão do depoimento da esposa da vítima em plenário, Denise, também habilitada como assistente de acusação.
...
Não há que se falar em nulidade por violação aos princípios do contraditório e ampla defesa, em razão de o representante do Parquet, quando da sessão em plenário, ter realizado a leitura de documentos e exibição de vídeos.
Ressalte-se que, para os procedimentos do Tribunal do Júri, o artigo 479 do Código de Processo Penal, também desde já prequestionado para fins de recurso à Instância Superior, prevê expressamente que “(...) não será permitida a leitura de documentos ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte”.
Assim, para que o Ministério Público possa utilizar qualquer documento durante os debates em plenário, deverá juntar o mesmo até três dias úteis antes do julgamento em plenário, o que aconteceu no feito em comento, eis que tais documentos foram apensados de forma absolutamente tempestiva.
...
Postula a Defesa de Eliseu a nulidade em relação ao terceiro quesito, suscitando que versa de atos preparatórios ao crime, bem como em relação à todos os quesitos que questionam o “apoio moral” dos acusados.
Não assiste razão à defesa, uma vez que atos preparatórios referem-se ao plano intelectual acerca da prática criminosa com a visualização do resultado almejado, sendo a cogitationis vem a ser a fase interna do sujeito, e sequer punível. 
Não há nulidade em relação ao terceiro quesito impugnado, uma vez que se reporta a forma de participação do acusado no homicídio, a qual restou devidamente descrita na denúncia, e confirmada na sentença de pronúncia.
Igualmente, não assiste razão à Defesa quando alega a nulidade dos quesitos referentes ao apoio moral, pois a referida conduta encontra-se descrita na denúncia e mantida pelo Magistrado na pronúncia que, posteriormente, foi confirmada pelo segundo grau, com trânsito em julgado.
...
3. No mérito, os apelos defensivos não procedem. Há muito tempo, vem decidindo o Superior Tribunal de Justiça, a Corte responsável pela interpretação e correta aplicação da lei infraconstitucional:
“As decisões proferidas pelo Tribunal do Júri decorrem do juízo de íntima convicção dos jurados e representam exceção à obrigatoriedade de fundamentação dos provimentos judiciais (art. 93, IX, da Constituição Federal) contemplada pela própria Carta Política, que assegura o sigilo das votações aos integrantes do Conselho de Sentença (art. 5º, XXXVIII, b, da Constituição Federal).” (HC 81352, Quinta Turma, Relator Arnaldo Esteves Lima).
“Os jurados julgam de acordo com sua convicção, não necessitando fundamentar suas decisões. Em consequência, é impossível identificar quais elementos foram considerados pelo Conselho de Sentença para condenar ou absolver o acusado, o que torna inviável analisar se o veredicto baseou-se exclusivamente em elementos coletados durante a investigação criminal ou nas provas produzidas em juízo. O art. 593, inciso III, alínea d, do Código de Processo Penal deve ser interpretado como regra excepcional, cabível somente quando não houver, ao senso comum, material probatório suficiente para sustentar a decisão dos jurados. De efeito, em casos de decisões destituídas de qualquer apoio na prova produzida em juízo, permite o legislador um segundo julgamento. Prevalecerá, contudo, a decisão popular, para que fique inteiramente preservada a soberania dos veredictos, quando amparada em uma das versões resultantes do conjunto probatório.” (HC 173965, Quinta Turma, Relator Marco Aurélio Bellizze).
“Interposto recurso de apelação contra a sentença proferida pelo Tribunal do Júri sob o fundamento desta ter sido manifestamente contrária à prova dos autos, ao órgão recursal se permite apenas a realização de um juízo de constatação acerca da existência ou não de suporte probatório para a decisão tomada pelos jurados integrantes do Conselho de Sentença, somente se admitindo a cassação do veredicto caso este seja flagrantemente desprovido de elementos mínimos de prova capazes de sustentá-lo.” (HC 143419, Quinta Turma, Relator Jorge Mussi)
Ora, os apelantes recorreram da sentença que os pronunciou (Recurso em Sentido Estrito 70059928291) e a Câmara negou provimento ao mesmo. Ou seja, o Colegiado se convenceu, pela prova apreciada na sentença de pronúncia, que existiam elementos para a imposição de eventual condenação aos recorrentes.
Ora, é de saber comezinho, que os jurados julgam por íntima convicção. Não precisam fundamentar suas decisões. Deste modo, podem utilizar, para seus convencimentos, quaisquer provas contidas nos autos, ainda que não sejam as mais verossímeis.
Portanto, se o Conselho de Sentença condenou os apelantes, não se pode dizer que sua decisão contraria a prova dos autos, pois, como já destacado, este Colegiado afirmou que, pelo conjunto de indícios ou provas apurados na instrução, eram possíveis as condenações.
Só se poderia falar em decisão manifestamente contrária à prova dos autos, se o conjunto probatório não trouxesse nenhum elemento a embasar a tese aceita no julgamento, constituindo ela numa aberração, porque divorciada daquele (conjunto probatório).
Situação, repetindo, que não acontece aqui, porque a existência de indícios dos crimes e seus autores já foram reconhecidos pela Câmara.
Portanto, e concluindo, mantenho as condenações dos apelantes.
4. Por outro lado, os recursos, defensivos e ministerial também não procedem quanto às punições. Sempre digo que, sobre a pena-base e acréscimos ou reduções face às agravantes e às atenuantes, a aplicação da punição tem muito de subjetiva.
Tanto assim o é que as Cortes Superiores têm orientado no sentido que se deve, tanto quanto possível, aceitar aquela fixada na sentença. Sua alteração só deve acontecer, quando se verificar grave erro na imposição da reprimenda. Cito, por exemplo, decisão do Supremo Tribunal Federal:
“A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da dosimetria das penas em grau recursal, compete apenas o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, com a correção de eventuais discrepâncias, se gritantes e arbitrárias, nas frações de aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias anteriores.” (Habeas corpus 112.859, Primeira Turma, Relatora Rosa Weber).
No caso, como se vê da sentença, não houve erro ou abuso da autoridade judicial quando da fixação das penas dos apelantes-apelados. O Magistrado analisou corretamente as circunstâncias ligadas aos fatos e as pessoais dos condenados, impondo aos últimos, punições que entendeu adequadas para a situação. Nada a corrigir.
Deixo de reproduzir esta decisão, porque, já sendo do conhecimento dos interessados, se constituirá em uma repetição inútil e enfadonha.
Quanto ao pedido ministerial de aplicação das qualificadoras não utilizadas para qualificar o delito como agravantes, observo que elas já foram analisadas quando da aplicação da pena-base. Desta forma, considerando a pena aplicada, verifica-se que a utilização das qualificadoras na primeira fase da pena foi apenas questão de ordem técnica do Magistrado, não havendo o que ser alterado. 
Ainda, não assiste razão ao recorrente, Ministério Público, quando pleiteia a fixação de uma indenização pelo dano. Embora, pessoalmente, entenda que é possível a fixação, de ofício pelo juiz, da indenização prevista no artigo 387, IV, do Código de ProcessoPenal, vou acompanhar o pensamento do Colegiado:
“A fixação de um valor mínimo para indenização a título de reparação do dano é aplicável apenas quando houver pedido expresso neste sentido na denúncia e contraditório específico a respeito da matéria durante o processo.” (Apelação 70064607773, Relator Jayme Weingartner Neto).
Por fim, quanto ao pedido de liberdade do apelante Fernando, não há que se falar em revogação, principalmente agora, quando se mantém a condenação, já sendo possível a execução da pena.
5. Assim, nos termos supra, rejeito as preliminares e nego provimento aos apelos.
Des. Manuel José Martinez Lucas (REVISOR) - De acordo com o(a) Relator(a).
Des. Honório Gonçalves da Silva Neto - De acordo com o(a) Relator(a).
DES. SYLVIO BAPTISTA NETO - Presidente - Apelação Crime nº 70074988833, Comarca de Porto Alegre: "À UNANIMIDADE, REJEITANDO AS PRELIMINARES, NEGARAM PROVIMENTO AOS APELOS."
Julgador(a) de 1º Grau: ANDRE VORRABER COSTA
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