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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social
ANA CLARA DA SILVA HOLANDA, ANA KARINY DE ALENCAR MAIA
NEGREIROS, ANDREISA DE SOUSA SÁ PIETA, ELIZABETH LOPES RIBEIRO, JACQUELINE SOARES RODRIGUES, RAIMUNDO MIRANDA
OLIVEIRA E ROSÂNIA PRUDÊNCIO DOS SANTOS 
PARCERIA ENTRE O TERCEIRO SETOR E O ESTADO EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL 
BOM JESUS- PI
2018
ANA CLARA DA SILVA HOLANDA, ANA KARINY DE ALENCAR MAIA
NEGREIROS, ANDREISA DE SOUSA SÁ PIETA, ELIZABETH LOPES RIBEIRO, JACQUELINE SOARES RODRIGUES, RAIMUNDO MIRANDA
OLIVEIRA E ROSÂNIA PRUDÊNCIO DOS SANTOS 
PARCERIA ENTRE O TERCEIRO SETOR E O ESTADO EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL 
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Educação Inclusiva, Serviço Social na Educaçao, Terceiro Setor,Meio Ambiente e Sustentabilidade, Trabalho de Conclusão de Curso e Seminários.
Prof. Amanda Boza, Juliana Chueire Lyra, Maria Angela Santini, Paulo Sérgio Aragão.
BOM JESUS-PI
2018
INTRODUÇÃO 
O terceiro setor abrange todas as iniciativas que geram oportunidades de serviços públicos sem fins lucrativos, entre esses podemos citar as ONGs, sindicatos, associações, igrejas, clubes e entre outros (LIMA, 2010).
O terceiro setor se desenvolve a partir do período neoliberal com o processo de desregulamentação e privatização ocorridos no país, assim todas as expectativas são depositadas no terceiro setor (LIMA, 2010) .
Pensando nisso, dentro da politica ética esperada de um profissional do Serviço Social busca-se a importância da equidade dentro das relações sociais e isso está relacionado a diversos ramos, sendo o Público Alvo da Educação Especial um deles que estabelece também dentre suas reivindicações a Política da Educação.
Nesse sentido trabalhamos para esclarecer as seguintes questões: Como o Terceiro Setor pode agir em parceria com o Estado para melhorar a educação inclusiva no Brasil? Como o profissional do Serviço Social pode trabalhar na educação para garantir o atendimento do Público Alvo da Educação Especial (PAEE)?
Sendo assim esse trabalho tem como objetivo geral analisar a parceria do Estado com o Terceiro Setor em busca da garantia dos direitos sociais da população. Estabelecendo ainda como objetivos específicos a atuação do Assistente Social na política nacional de educação e aprofundar os debates sobre a busca da equidade voltada á educação inclusiva no Brasil.
Com isso esse trabalho justifica-se pelo fato de que os direitos da população em geral estão sendo cada vez mais negligenciados e os direitos da pessoa com deficiência não são diferentes, pois esse individuo passa por grandes preconceitos, desrespeito e luta para que a igualdade de direitos seja alcançada. Nesse sentido o Assistente Social atua juntamente com o Terceiro Setor para o estabelecimento de políticas públicas que favoreçam a educação inclusiva no Brasil.
DESENVOLVIMENTO
 2.1 Terceiro Setor 
O Estado e o Segundo Setor (setor privado) não estariam dando conta de atender a todas as demandas da sociedade por conta da sua ineficiência em atender a população por esse motivo criou-se o Terceiro Setor com o intuito de diferencia-lo dos outros dois (MONTAÑO, 2002)
De acordo com Fernandes (1994, p.21) [...] um conjunto de organizações e iniciativas privadas que visam a produção de bens e serviços públicos. Este é o sentido positivo da expressão. "Bens e serviços públicos", nesse caso implicam uma dupla qualificação: não geram lucros e respondem a necessidades coletivas.
O Terceiro Setor Tem sua origem norte-americana e surgiu em um contexto de ações voluntárias e chega ao Brasil através da Fundação Roberto Marinho (SILVA, 2008).
A intervenção estatal passou por obstáculos impostos pela corrente neoliberal em relação aos problemas da sociais e também impondo uma nova maneira de administrar o Estado (GONÇALVES, 2006)
O Governo Collor iniciou a Reforma do Estado que logo mais foi levada a diante com o Governo Fernando Henrique Cardoso apesar do neoliberalismo deixar fortes traços da desestatização, da privatização e desregulamentação afim de que a atividade econômica não tivesse a influencia do Estado (GONÇALVES, 2006)
De acordo com Gonçalves (2006) através dessas mudanças na gestão administrativa do país, ocorreu a formulação de um documento no qual continha normas e diretrizes para a implantação das reformas entre elas as reformas sociais no nosso país. Esse documento ficou conhecido como Plano Diretor da Reforma do Estado 
Gonçalves (2006) afirma que com base no Plano Diretor da Reforma do Estado, o governo tem o entendimento de que ele não deve ser o protagonista das ações na área social, e sim o fomentador, controlador e fiscalizador dessas políticas.
Imperativo se torna dizer que, a emersão do Terceiro Setor no Brasil ocorreu em circunstâncias sociais, econômicas e políticas de instauração do ideário neoliberal, em que o Estado aderiu ao Consenso de Washington e, num período em que consolidava-se e universalizava-se os direitos de cidadania, promulgados pela Constituição Federal de 1988. (GONÇALVES,2006 p. 74).
A Constituição Federal de 1988 por meio da legislação social brasileira a partir da conquista dos direitos sociais construíram o processo de emersão do Terceiro Setor brasileiro. Nesse mesmo momento ocorre o discurso do Estado Mínimo através da politica neoliberal e as politicas sociais passam por um momento de crise no país (GONÇALVES, 2006)
Assim a Constituição Federal de 1988, que se constituía em um verdadeiro pacto social para a redução a níveis toleráveis, das desigualdades sociais provocadas pelo capitalismo em nosso país, esboçando o Estado de Bem Estar Social tardio, encontra um projeto internacional, que buscava deslegitimar a atuação do Estado na proteção social e implantar reformas estruturais na economia da América Latina (GONÇALVES, 2006).
Gonçalves (2006) afirma que o Estado passou, então, a incentivar gradativamente a ação voluntária e a ascensão das organizações da sociedade civil para assumirem o enfrentamento da questão social.
Assim, o termo é constituído a partir de um recorte do social em esferas: o Estado (“primeiro setor“), o mercado (“segundo setor”) e a “sociedade civil (“terceiro setor”). Recorte este [...] claramente neopositivista, estruturalista, funcionalista ou liberal, que isola e autonomiza a dinâmica de cada um deles, que, portanto, desistoriciza a realidade social. Como se o “político” pertencesse à esfera estatal, o “econômico” ao âmbito do mercado e o “social” remetesse apenas à sociedade civil, num conceito reducionista. (MONTAÑO, 2002, p. 53).
2.2 Implementação de políticas públicas através do Terceiro Setor 
A democracia é uma prática recente no Brasil, pois a sociedade civil ainda esta acostumada a deixar tudo nas mãos do governo, todas as responsabilidades de determinar os rumos das políticas sociais e econômicas. Pensando de outra maneira percebe-se que as políticas públicas são de responsabilidade do Estado e resultam de um intrincado processo de pressões políticas, exercidas por grupos da sociedade civil (CARVALHO, 2002).
Em síntese, após uma análise das políticas públicas brasileiras atuais e anteriores, constata-se que elas não apresentam características de sustentabilidade, a médio e longo prazo, em razão da ausência de participação efetiva da maioria da sociedade civil na elaboração e implementação das políticas de desenvolvimento econômico e social (PEREIRA , 1996).
As políticas públicas podem ser entendidas ainda, como:
[...] linha de ação coletiva que concretiza direitos sociais declarados e garantidos em lei. É mediante as políticas públicas que são distribuídos ou redistribuídos bens e serviços sociais, em resposta às demandas da sociedade. Por isso, o direito que as fundamenta é um direito coletivoe não individual (PEREIRA , 1996 p.76).
As políticas públicas têm sido criadas como resposta do Estado às demandas que emergem da sociedade e do seu próprio interior (Estado). Ou seja, elas são expressão do compromisso público de atuação do Estado, à longo prazo, numa determinada área (GONÇALVES, 2006).
A Constituição Federal de 1988 deu grande destaque aos direitos sociais afirmando que a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados e entre outros são direitos da sociedade (PIOVESAN, 2002)
Pensando nisso é de estrema importância a relação entre Estado e sociedade baseada não na transferência de atribuições, mas também como forma de democratização das relações. Terceiro Setor e o Estado devem formar uma parceria para a melhor efetivação das politicas públicas, as organizações desse setor devem formar parcerias com o Estado em busca de estabelecer uma melhor relação fazendo com que as ações em favor da sociedade sejam atendidas como maior rapidez e eficiência, afim de que essa parceria seja proveitosa para ambas as partes (FARAH, 2001).
Acreditando que a parceria do Terceiro setor e o Estado ira melhorar tanto para a formulação de programas, quanto para a provisão dos serviços públicos no intuito de que as ações de investimento cheguem as Organizações não Governamentais com maior eficácia (FARAH, 2001).
 Acrescentando que “[...] para a formulação de programas e para a promoção de outros serviços públicos, [...], as políticas sociais já escapam ao modelo tradicional de políticas sociais como atribuição exclusiva do Estado.” (FARAH, 2001, p. 23).
Nessa descentralização do oferecimento de prestação de serviços públicos que surge a ideia do Terceiro Setor, o qual aqui se torna um parceiro e executor de Políticas Públicas Sociais junto ao Estado. Portanto, junto ao governo, somou-se o Terceiro Setor. (SILVA 2010)
Nesse viés, tamanha a importância deste setor para desafogar o Governo na promoção das politicas publicas, que não há dúvidas de que o novo marco regulatório reflete em importante instrumento à descentralização administrativa decorrente da própria execução das políticas públicas por entidade de natureza privada, mas que, por suas finalidades estatutárias, desempenha atividade de cunho eminentemente social, ocorrendo, desta forma, a própria democratização do próprio poder Estatal. (SILVA et al., 2005, p. 392).
A participação das organizações é de fundamental importância, pois irá atuar desde a identificação dos problemas enfrentados pela sociedade até na execução propriamente dita e isso ocorrerá através das parcerias voluntárias previstas no novo marco regulatório que poderá contar ou não com recursos públicos (BRASIL, 2016, p.15)
A partir dai a gestão pública entra em uma nova fase, pois a democracia começa a fazer parte através da criação de novos instrumentos jurídicos, no qual se solidificam as parcerias voluntárias entre o Estado e o Terceiro Setor, e a estimular a permanência das tomadas de decisões voltadas à maior abrangência e efetivação das PP (BRASIL, 2016).
2.3 A Educação Inclusiva e a inserção do aluno público alvo da educação especial 
A educação inclusiva é um movimento mundial que envolve ações política, cultural, social e pedagógica na busca pelos direitos das crianças em participarem e conviverem juntas sem nenhum tipo de discriminação. As alternativas para superar a práticas discriminatórias só foram criadas quando surgiram às dificuldades no âmbito social, com isso a educação inclusiva assumiu espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão (BRASIL, 2008).
De acordo com Brasil (2008) pessoa com deficiência é aquela que:
tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. (BRASIL, 2008c, p. 17)
A educação inclusiva, para Rodrigues (2006), não é uma simples estratégia para a melhoria da escola, mas sim, caracteriza-se pela formulação da educação em novos princípios que rejeitem a exclusão e propiciem uma educação diversa e de qualidade para todos os educandos, também é um “sistema exigente, qualificado, profissional e competente” (p. 9).
A Política Nacional de Educação Especial de 1994 (BRASIL, 1994) orienta que os diversos tipos de atendimento educacionais são constituídos como “alternativas de procedimentos didáticos específicos e adequados às necessidades educativas do aluno da educação especial e que implicam espaços físicos, recursos humanos e materiais diferenciados”. De acordo com essa politica a Educação Especial é definida como modalidade, abrangendo: Atendimento domiciliar; Classe comum; Classe Especial; Classe Hospitalar; Centro Integrado de Educação Especial; Ensino com professores itinerantes; Escola Especial; Oficina pedagógica; Sala de estimulação essencial e Sala de recursos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº. 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996 (BRASIL, 1996), no § 1º do Art. 58, em consonância com a Constituição Federal de 1988 e com documentos aprovados anteriormente, estabelece que “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela da educação especial”. Considerando as características da clientela prevê que o atendimento educacional especializado seja realizado em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular. No Parágrafo Único do Art. 60 da LDB/1996 garante apoio financeiro às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em Educação Especial.
O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir. (PIMENTEL, 2012) 		 Segundo as políticas educacionais, descreve-se uma escola que se prepara para enfrentar o desafio de oferecer uma educação inclusiva e de qualidade para todos os seus alunos. Considerando que, cada aluno numa sala de aula apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o desafio e as expectativas da escola hoje é trabalhar com essas diversidades na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino-aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter excludente, de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos. (MENDES, 2006).
2.4 Atuação do Assistente Social na Política da Educação
Compreender a trajetória da Política de Educação, nas últimas décadas, vai além do resgate histórico marcado por legislações e mudanças institucionais, requer um esforço no sentido de compreender suas relações com a dinâmica e a crise da sociedade do capital, a partir de sua inscrição nos processos de estabelecimento de consensos e de reprodução das forças de trabalho na realidade brasileira (OLIVEIRA, 2015). 
Almeida (2011p. 89) destaca alguns fenômenos que considera importantes e que parecem incidir sobre as requisições de atuação do assistente social na educação,a saber: os discursos e as práticas de valorização de uma educação inclusiva e as consequentes demandas de articulação com as instituições e serviços assistenciais; o processo de descentralização da educação básica e a maior autonomia da esfera municipal no desenvolvimento de programas de ampliação do acesso e garantia de permanência na educação escolarizada; a ampliação e a interiorização da rede de Institutos de Educação Profissional, Ciência e Tecnologia e as demandas por programas e ações de assistência estudantil e entre outros 
	
Deve se salientar que a inserção dos assistentes sociais nos estabelecimentos de ensino não é apenas uma requisição da categoria profissional, mas representa uma necessidade institucional cada vez mais reconhecida em muitos estados e municípios. Pois o assistente social tem sido visto como o profissional que tem formação para fazer uma análise social e por isso tem condições de contribuir com a ampliação do processo educacional, para que crianças e jovens além de terem acesso a educação, possam permanecer no ambiente educacional até completar sua trajetória educacional básica e média, para se ingressar em uma universidade. (OLIVEIRA, 2015).
A principal marca da inserção de assistentes sociais nessa Política tem sido a atuação profissional no sentido de garantir o acesso à educação escolarizada. Contudo, a educação pública está longe de se afirmar como um direito social, pois as estratégias de ampliação do acesso à escolarização, nos diversos níveis dessa política, não se configuram ainda como um efetivo processo de universalização do acesso a essa Política de Educação, ao contrário, percebe-se uma ampliação desigual em sua escala. (BARBOSA 2012 P.13) 
Diante desse contexto, é notório a ampliação da requisição da inserção de assistentes sociais nas instituições que implementam a Política de Educação para operarem as políticas sociais e demais mecanismos existentes dentro dessa política, como programas, projetos de assistência estudantil e de concessão de bolsas. É certo que há tensões e equívocos quanto à inserção de assistente sociais no desenvolvimento de tais políticas, projetos e programas nessa área e a sua atividade profissional, os quais também existem nas demais áreas e requerem um posicionamento da categoria quanto à distinção entre os mesmos (OLIVEIRA, 2015)
Na Política de Educação, os profissionais de Serviço Social em muitos casos são requisitados para ações que visem não somente a efetivação de programas e projetos, mas também na obtenção do acesso à educação e as condições de permanência do aluno, na escola. Entretanto, essas ações nem sempre são integradas ou articuladas, constituindo-se como procedimentos técnicos - instrumentais para concessão de bolsa ou de outro tipo de benefício, assim, a ação profissional passa a ser meramente executora (CFESS, 2014)
O assistente social busca a emancipação do ser humano, construção de conhecimento e transformação da realidade, possui na área da educação um caminho a percorrer, entendendo as necessidades, nesse âmbito, e inserindo-se nesta realidade (SEMEONI, 2011 p.26)
A questão social se manifesta em diversos ramos e na educação a sua expressão deve ser enfrentada implementando políticas públicas para a garantia dos direitos de uma política educacional viável e nesse contexto é que se insere o trabalho do assistente social 
CONCLUSÃO
Em vista dos assuntos mencionados concluímos que ao longo dessa pesquisa inúmeras questões foram levantadas a respeito do Terceiro Setor. Sabemos que este atua frente ao Estado e são autores que trabalham de maneira autônoma em busca de realizar ações de interesse público, a fim de resolver as necessidades de forma coletiva.
Nesse sentido o Estado estabelece relação com o Terceiro Setor, transferindo parte de suas atividades para as organizações sem fins lucrativos. Dessa maneira o Terceiro Setor passa a defender os direitos sociais buscando soluções para as necessidades da população. 
Pensando nisso o Terceiro Setor passa a atuar na busca pelos interesses públicos com melhor eficiência e mais agilidade por isso o mesmo passa a ser uma alternativa institucional. A atuação na área social passa a ser um novo campo de trabalho e a população mais pobre passa a ser o principal alvo.
Nesse contexto podemos afirmar que é de fundamental importância a participação do Terceiro Setor na implantação das políticas públicas. A fim de que toda a sociedade possa fazer parte dos projetos que auxiliem na inclusão social e que as necessidades coletivas sejam atendidas.
Outra questão que foi discutida ao longo deste estudo foi a Educação Inclusiva e a inserção do aluno público alvo da educação especial, a respeito disso podemos afirmar que o Terceiro Setor por meio do Estado também exerce grande influencia na inserção da pessoa com deficiência na educação, pois as diretrizes com objetivo de consolidar a Educação Inclusiva nas políticas Nacionais ainda são pouco atuantes, tendo em vista que nem todos os professores estão preparados para a educação inclusiva. A lei diz que e direito de todos à educação, portanto cabe à escola aprender a conviver com as diferenças e traçar caminhos que levem de fato a inclusão.
 Com relação a inserção do Assistente Social na política da educação, constatamos que esse profissional tem sido bastante requisitado nessa área, pois a questão social se expressa das mais variadas formas nos espaços de onde a educação é praticada, sendo assim o assistente social exerce sua função nesse contexto.
REFERÊNCIAS 
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http://www.participa.br/articles/public/0039/9448/LIVRETO_MROSC_WEB.pdf >. Acesso em: 25set.2018.
_______. Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993: institui normas para licitações e
contratos da Administração Pública e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm>. Acesso em 25 set
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_______. Lei nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993: dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Disponível em: <
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FERNANDES, R. C. O que é terceiro setor? In: IOSCHPE, E. (Org.). Terceiro Setor:desenvolvimento social sustentado. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
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NOVAES XAVIER DE LIMA, Roberto. Serviço social e terceiro setor: relações reais e relações possíveis. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Petrópolis, 2010.
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PIMENTEL, Susana Couto. (Con) viver (com) a Síndrome de Down em escola inclusiva: mediação pedagógica e formação de conceitos. 2007. 214 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012.
	
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