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RECURSOS NO PROCESSO CIVIL Aluna: Tharlane Reis Professor: Carlos Anderson Aula de 11 de Fevereiro de 2016 (quinta) TEORIA GERAL DOS RECURSOS Meios de impugnação das decisões judiciais, também são chamados pela doutrina de remédios processuais (grande categoria de impugnação das decisões judiciais): Gênero. 3 espécies: 1) Recursos 2) Sucedâneos recursais 3) Ações autônomas de impugnação O que vai diferenciar uma categoria da outra é basicamente a função e a estrutura de cada uma dessas categorias. Para impugnar uma decisão judicial precisa-se utilizar um remédio processual. Recursos: A previsão/ ou existência dos remédios processuais é uma decorrência lógica. Praticamente todos os sistemas processuais do mundo preveem remédios processual, alguns em maior quantidade e outros em menor. Quando se fala em remédios processuais uma das duas coisas está incomodando na decisão judicial: ou a decisão judicial está errada na forma (destaca um erro in procedendo) – o remédio processual destaca um erro de procedimento adotado pelo juiz; ou a decisão judicial está errada no conteúdo, então meu remédio processual vai apontar um erro in iudicando (erro de julgamento). O meu remédio processual vai se dedicar a apontar um desses dois erros, ou mesmo, os dois (in procedendo/ in iudicando). Obs: Todo e qualquer recurso passa por um juízo de admissibilidade Recursos: Conceito Remédio voluntário, previsto em lei, interno ao processo de onde provém a decisão impugnada, que pode ser manejado pelas partes ou por terceiros, objetivando a reforma, a invalidação ou o aperfeiçoamento da decisão judicial impugnada. Destrinchando o conceito: Voluntário: Ninguém é obrigado a interpor recurso (recorrer). Cabe à parte decidir se vai ou não recorrer (é um juízo). O judiciário não pode obrigar ninguém a recorrer. É da conveniência da parte e o ordenamento não obriga. Previsto em lei Federal: Autor/ réu não cria recurso. É um rol taxativo. O art. 994 traz o rol taxativo, mas isso não quer dizer que outras leis federais não possam prever. A competência legislativa para dizer quais os recursos é da União (art.22, I da CF). Todos os recursos estão no 994 ou podem estar em outra lei? Sim, podem estar em outra lei federal. Ex. A lei 9.099/ juizados especiais civis, tem a previsão de um recurso chamado de recurso inominado. Prevê, pois é lei federal. Interno ao processo de onde provém a decisão impugnada: Porque o recurso implica o prolongamento da relação processual, portanto, impede o transito em julgado ou preclusão. Enquanto houver interposição de recurso, não há transito em julgado (condição que torna imutável e indiscutível a sentença). Por que prolongamento? Encartado na mesma relação processual, não precisa de citação. Obs: Tá incompleta essa aula! Aula do dia 15 de fevereiro de 2016 Toda e qualquer decisão judicial em regra pode ser impugnada, a parte não precisa se conformar com a decisão só porque o juiz a proferiu. As espécies recursais no Código de Processo estão taxativamente elencadas no art. 994. Ações autônomas: os remédios processuais na categoria de ações autônomas. Categoria Peculiar: é porque as ações autônomas também podem ser utilizadas para impugnar uma decisão judicial, não tendo diferença quanto aos recursos; elas também pode ser utilizadas pelo terceiro ou pela parte, não tem diferença; também podem pretender a invalidação ou aperfeiçoamento, mas as características mais marcantes, peculiares desse tipo de ação é que elas não são internas ao processo. Temos três principais ações autônomas de impugnação: 1) Ação rescisória 2) Mandados de segurança contra ato judicial 3) Querela nulitatis Elas não são recursos, pois elas formam outra relação jurídica processual. A relação jurídica processual se forma com a citação, realizada a citação se inicia uma relação jurídica processual. Petição inicial ---- despacho do juiz ---- citação. A interposição de um recurso não cria outra relação jurídica processual. A interposição de um recurso prolonga uma relação jurídica que já existe, por isso que recurso é remédio voluntario interno ao processo. Porém, nas ações autônomas, elas criam uma nova relação jurídica processual. Ex: João é autor da ação indenizatória contra Maria, João é autor e Maria ré dessa ação indenizatória, foi proferida uma sentença judicial seja porque não cabe recurso, seja porque o advogado de João perdeu o prazo recursal, então o advogado viu que tem que recorrer dessa decisão, não pode deixar essa decisão passar/ viger, tendo que impugnar essa decisão, porém, não tem como usar um recurso, mas tem que impugnar, ai se analisa a possibilidade de uso de ação autônoma de impugnação, se TJ JD impetra, por exemplo, um mandado de segurança contra essa decisão judicial, nesse mandado de segurança haverá outra citação, então no mandado de segurança, na ação rescisória, na querela nulitatis, se forma outra relação processual, muito embora essa outra relação na maioria das vezes seja entre as mesmas partes, a diferença e que haverá uma nova citação. Desta forma para impugnar uma decisão judicial a primeira análise tem que ser: cabe algum recurso, não cabendo/ perdido o prazo, ai se analisa a ação autônoma de impugnação, se não couber, analisa-se os sucedâneos recursais. Muito embora as ações autônomas de impugnação, principalmente no MS e ação rescisória, o maior volume delas seja em suma para apontar erro de procedimento. Se utiliza a ação rescisória, quando se fala do instituto da coisa julgada. Querela nulitatis: Serve para impugnar uma sentença onde não houve a citação do processo originário, ou seja, o réu foi condenado e quando recebe o mandado para efetuar o pagamento de cumprimento de sentença, que cumprimento de sentença? Eu nem fui citado. Sucedâneos recursais: ele não sabe o que ele é, não sendo nem recurso nem ação autônoma, mas serve para impugnar uma decisão judicial. Quando vai servir? Nos pedidos de reconsideração, às vezes, o pedido de reconsideração é mais vantajoso para parte, pois ela perdeu o prazo do recurso, ou porque ela sabe que se ela recorrer ela vai ter que pagar com a custa recusais que se chama de preparo, às vezes com pedido de reconsideração o juiz pode voltar atrás, então ao invés de vim com um recurso/ ação autônoma, dessa forma ela entra com uma petição simples para o juiz, dizendo assim: juiz o senhor mandou fazer isso, reconsidere. Obs: pedido de reconsideração não suspende e tampouco interrompe o prazo recursal. No novo código os prazos recursais eles foram unificados, agora o legislador simplificou, colocando todos em 15 dias, com exceção dos embargos de declaração. Quando a parte e intimada de uma decisão, ela vai ter 15 dias para recorrer, dias uteis, então sendo intimada, essa decisão não agrada, então contra a decisão cabe agravo de instrumento dentro de 15 dias uteis se da entrada no recurso, exclui o início e inclui o dia no final. No caso em cinco dias entra com pedido de reconsideração, isso não impede correr o prazo, se o juiz se manifestar posteriormente ao prazo, perde-se o recurso. Primeiro reconsideração e depois o recurso cabível. O sucedâneo, pedido de reconsideração é facultado à parte, e normalmente, vem após uma decisão interlocutória. Outro exemplo de sucedâneo é a remessa necessária (art. 496, CPC/2015), toda e qualquer sentença ela tem um atributo, chamado de imperatividade: que ela por si só já é um comando e pode ser executada, isto é, depois da sentença proferida, transitada em julgada não precisa-se de outra ação para reconhecer a validadedaquela sentença, ela tem imperatividade, essa é a regra, mas existe exceção, que é a do 496, as sentenças proferidas contra entes públicos, quando o ente público é condenado, que União, municípios, estados e suas respectivas autarquias, pega tanto a administração direta quanto uma parte da administração indireta. Se eu processar o estado, e o estado for condenado, não se pode pegar a sentença e executar, pois tem uma coisa chamado remessa necessária, ou também conhecido por reexame necessário, é uma espécie/ exemplo de sucedâneo recursal, só existe nos processos em que estiver sido condenado à fazenda pública. O parágrafo 3º, ele é uma exceção da exceção, pois se tem uma condenação contra o ente público, mas essa condenação não vai originar uma remessa necessária, pois está inferior aos valores trazido pelo código, 1000 salários mínimos contra a união, 500 contra o estado e 100 contra o município, a sentença ainda que seja proferida contra os entes públicos, mas tiverem seu valor abaixo dos estipulados no parágrafo 3º do 496, vai ser dotada de autoexecutoriedade, então, não se submete a remessa necessária. A diferença da remessa necessária para recurso, à remessa e interna tanto quanto o recurso, porem, o recurso precisa ser voluntario, a remessa não é obrigatória, a segunda diferença e que o recurso e interposto pela parte ou por terceiro, a remessa não, e o próprio juiz quem manda o processo para o tribunal. Exemplo: tem uma sentença contra o ente publico, ela foi proferida pelo juízo de 1º grau. Se tratando de remessa necessária, ninguém recorreu, ele próprio, o juiz, remete para o tribunal para apreciação da remessa necessária, independentemente da atuação de uma das partes, se o juiz esquecer, sendo caso de remessa e o juiz esquecer-se de remeter ao tribunal, a parte beneficiaria dessa sentença não poderá executar, recorrer ela pode (o ex. foi referente ao valor abaixo de 500 salários mínimos contra o Estado do Maranhão). Se o juiz esquecer de remeter ao tribunal a parte beneficiaria não pode executar a sentença, pois a remessa necessária é condição de eficácia da sentença, (no direito civil quando se fala dos planos do negócio jurídico: plano da existência, validade e eficácia), trazendo essa ideia para sentença, essa sentença proferida contra ente público, existe no mundo jurídico, valida, pois se presume que ela foi proferida no curso do processo onde foram observadas as garantias processuais, constitucionais e infraconstitucionais, mas ela não é eficaz, pois só vai ser eficaz depois do julgamento da remessa, portanto ela não é dotada de autoexecutoriedade. Aula de 18 de fevereiro de 2016 SÓ FALTA DIGITAR, MAS ESCUTEI O AUDIO E COLOQUEI NO CADERNO. Aula de 22 de fevereiro de 2016 (segunda) PRINCÍPIOS RECURSAIS Por que é importante falarmos sobre princípios? Toda a aplicação das espécies recursais, precisa-se entender com base em princípios, tanto em relação à teoria como em relação à pratica. Princípios: Mandados de interpretação (1º compreensão sobre estes, e já se encontra superada). Enquanto normas jurídicas. De um princípio pode-se extrair uma norma. Regras: Colisão entres regras: De acordo com os critérios, aplica uma e deixa a outra de lado. Colisão entre princípios: Há uma ponderação. 1) DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO É fundamental e está intimamente ligado à noção de recurso. Significa que as matérias analisadas por uma instância, elas poderão ser reanalisadas por uma outra instância. Passar primeiro pelo juízo a quo, para depois, passar ao juízo ad quen. Juízo a quo: É o juízo que proferiu a decisão recorrida. Ex. em um recurso para o STJ o juízo a quo é o TJ, e em um recurso para o TJ o juízo a quo é o juiz de 1º grau. Juízo ad quen: O juízo que vai reanalisar a decisão, portanto, o juízo que vai julgar o recurso. Significa: o direito que toda e qualquer parte tem, no processo judicial, de que a sua alegação seja analisada por no mínimo 2 juízos diferentes. Ps: Geralmente o segundo juízo (ad quen) é hierarquicamente superior ao primeiro. Não significa dizer que o juízo ad quen será um órgão diferente. Mais de uma pessoa analisando as suas alegações. TJ: tem vários órgãos internos. Então, eu posso ter uma decisão de uma câmara cível reanalisada pelas segundas câmaras cíveis do próprio tribunal, isso configura duplo grau, uma vez que saiu de um juízo e foi para um outro órgão composto por outros desembargadores ou ministros, por outros integrantes que vão reanalisar as alegações das partes Eu não teria duplo grau de jurisdição se o meu recurso fosse analisado pelo mesmo juízo (não teria sentido nenhum) OBS: O juízo ad quen ele revisa as conclusões/ analise feita pelo juízo a quo. Ex: eu tenho uma determinada matéria de fato, eu processei o Matheus dizendo que esse apagador é meu e não dele, portanto eu tenho o direito a permanecer na posse desse apagador, todas as minhas alegações (sejam do autor ou do réu, todas elas) precisam passar primeiramente pelo juízo a quo, eu não posso vim com as alegações só no juízo ad quen, porque não seria duplo grau. Esse princípio é uma garantia processual e não um direito fundamental, não está no rol dos direitos fundamentais, vindo de CPC de 39, sendo escolha política do legislador, para que as decisões judiciais possam ser revisadas pelo próprio judiciário (concentração de poder). Não tem previsão expressa, tem previsão implícita, em 2 hipóteses: 1) Quando a Constituição trata dos tribunais (art. 94 ou 97, CRFB: Tribunais terão competência para apreciar em grau recursal ...): 2) No próprio artigo 5º, inciso LXV É garantia processual, pois em algumas restritas hipóteses é analisada por um só juízo, não tem a oportunidade de recorrer, não são passiveis de recurso. Ex. Demanda originária perante o STF (ADI por violação da Constituição) Ex. O juízo a quo proferiu sentença, e esta será revista pelo juízo ad quen. Exceções: O juízo ad quen não pode se pronunciar sobre alegações que não foram deduzidas perante o juízo a quo. Tem exceções à essa observação. Tem hipóteses nas quais o juízo a quo não apreciou a alegação, mas o tribunal vai poder apreciar na primeira vez. Os embargos de declaração são uma exceção ao duplo grau, na verdade, é uma outra dimensão do duplo grau, pois a questão será reanalisada mas não pelo juizo ad quen, mas pelo proprio juizo que proferiu a decisão impugnada. 1) Quando o tribunal reforma sentença sem resolução de mérito, e o processo encontra-se maduro para julgamento, esse tribunal poderá julgar desde logo a lide. Exemplo. uma empresa ingressou com uma ação contra Liquigás, inicial, contestação, o juiz topou o processo, 10 anos tramitando o processo em 1º grau, o juiz nunca tinha proferido a sentença, depois de 10 anos com audiência preliminar feita, provas produzidas, o juiz extingue o processo sem resolução de mérito por entender que o pedido era juridicamente impossível. Esse processo chegou para o tribunal em grau recursal, e o tribunal fez o seguinte: esse pedido é juridicamente possivel, o juiz nao poderia ter extinto esse processo sem resolução do mérito, entao, reforma a senteça e o tribunal se manifestou sobre quem tem ou não o direito. 2) Quando a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz julgar improcedente o pedido do autor por acolher um desses fundamentos. O tribunal, ao rejeitar esse fundamento, poderá apreciar os demais. Art. 1013, §4º. Ex. Fiz um negócio com Ryan e ele nunca me pagou, ingresso com uma ação de cobrança contra ele, na defesa o Ryan alega: 1) prescrição; 2) Compensação; 3) abatimento. Ao analisar a contestação o juiz ele tem que começar pela prescrição, pois esta é prejudicialao mérito, e ele se convence que há a prescrição, e extingue com resolução de mérito, e não apreciou a compensação e o abatimento. Eu recorro para o tribunal e alego que não há prescrição, o tribunal diz que que é verdade, então o tribunal vai ser obrigado a se manifestar sobre as demais matérias deduzidas em defesa. O tribunal pode julgar o mérito [“...] quando reformar a sentença que reconheceu a prescrição ou a decadência, adentrando nas demais questões de mérito (art. 1.013, §4º)” (MARINONI, 2015, p. 510). 3) As hipóteses do art. 1013, §3º - ampliou as hipóteses em que o tribunal poderá apreciar as alegações pela primeira vez, mesmo nas hipóteses que o juízo a quo não tiver se manifestado a respeito. 2) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OU TAXATIVIDADE Só é recurso aquilo que tem previsão em lei federal. Sendo que eles estão previstos no art. 994 do CPC de 2015. Aula de 25 de fevereiro de 2016 3) PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE, UNICIDADE OU UNIRRECORRIBILIDADE Obs: Despacho é irrecorrível Para cada pronunciamento judicial há um recurso cabível e com uma função/finalidade especifica. A primeira implicação desse princípio: eu tenho que saber o tipo de pronunciamento que eu quero recorrer pra mim poder escolher o recurso adequado. A segunda implicação desse princípio é: interposto um recurso, eu não vou poder interpor outro. A parte tem que identificar o pronunciamento e utilizar o recurso cabível/ adequado. Porque se ela utilizar o recurso inadequado, já era, não poderá vim com o recurso correto. A interposição do recurso contra determinado pronunciamento judicial impede a interposição de outro recurso pela mesma parte para impugnar a mesma decisão. Esta é a REGRA. Exemplo: Impugnar sentença: apelação, a parte interpõe agravo de instrumento, percebe que está errado e vem e que interpor apelação, não pode. EXCEÇÕES: 1) Embargos de declaração ou apelação na hipótese de sentença omissa. Em se tratando de sentença omissa (citra-petita), para corrigir esse erro pode-se utilizar ou dos embargos de declaração ou da apelação. Dois recursos cabíveis com a finalidade de corrigir esse erro (ou um ou outro, não pode vim com os dois). Duas opções de escolha. Art. 1.013, do CPC de 2015. 2) Quando a decisão interlocutória tratar de mais de uma matéria, sendo que alguma dessas matérias não autorizar a interposição de agravo de instrumento Reforçado pelo Código de Processo Civil de 2015. Já vinha nas jurisprudências. Ela existe, pois vem no Código, mas ainda não vi nenhum doutrinador falando sobre. Quando a decisão interlocutória tratar de mais de uma matéria, sendo que alguma dessas matérias não autorizar a interposição de agravo de instrumento. Digamos que a decisão interlocutória tratou de 3 coisas:1 – concedeu assistência judiciaria gratuita; 2 – rejeitou a alegação de incompetência; 3 – antecipou os efeitos da tutela. Ex. O Matheus ingressou com uma ação contra o plano de saúde, pedindo que este cobrisse a cirurgia, e Matheus pediu assistência judiciaria. O juiz no automático como sempre, que é bem comum, disse: deixo para apreciar a tutela antecipada após a contestação. Vem a contestação da Cacir arguindo incompetência do juízo, porque a demanda foi proposta em São Luís, quando deveria ter sido proposta em São Paulo, e depois fala do mérito. Na mesma decisão o juiz concede assistência judiciária (autoriza a interposição de agravo de instrumento, art. 1.015), rejeita a alegação de incompetência (não posso interpor agravo de instrumento) e defere a antecipação de tutela (autoriza a interposição de agravo de instrumento). Como que eu vou impugnar essa decisão? Apelação serve pra impugnar todas as decisões proferidas na fase de conhecimento que não são objeto de agravo de instrumento e as matérias decididas na sentença. Contra o ponto 1 e 3, vai poder impugnar com agravo de instrumento. Contra o ponto 2 ela vai ter que impugnar com apelação cível. Dois recursos para impugnar uma decisão. Esses recursos são interpostos em prazos diferenciados, o agravo de instrumento tem que ser interpostos em 15 dias após a intimação da decisão e apelação só após ser proferida a sentença (com a publicação da sentença). 3) Contra acórdão que se fundamenta em matéria constitucional e matéria infraconstitucional, o recorrente terá que utilizar dois recursos para impugnar esse mesmo acórdão: Recurso Extraordinário para o STF e Recurso Especial para o STJ. Essa interposição de extraordinário e Especial acontece no mesmo prazo, tem que ser simultânea. Lá intimado do acórdão o recorrente vai elaborar uma petição chamada de recurso extraordinário, vai elaborar uma outra petição chamada de recurso especial, imprime, assina tudo, leva as duas petições na distribuição e da entrada com dois recurso. Tem que interpor os dois. Ex: (atividade) Uma SENTENÇA: Dispositivo – 1) Julgo procedente, condeno o réu ao pagamento de 50 mil a título de dano moral. 2) Antecipo os efeitos da tutela, determino que o réu retire o nome do autor dos órgãos protetivos de créditos. Qual o recurso ou recursos cabíveis? 1º Cabe apelação, art. 1013, parágrafo 5º: Porque, muito embora esse pronunciamento seja de tutela antecipada, ele foi proferido na sentença. Segue o princípio da unicidade, não se encaixando em nenhuma das exeções. 4) PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE Por causa do princípio da instrumentalidade das formas, e com o CPC de 2015 o princípio da primazia do mérito: Impõe que o juízo ao se deparar com recurso inadequado receba esse recurso como se o correto fosse. Digamos que o juiz proferiu sentença de rejeição liminar da reconvenção, extingue portanto sem resolução do mérito, nesse caso cabia agravo de instrumento. A parte equivocadamente interpõe um recurso pelo outro. O juiz ao se deparar com esse recurso errado e se perceber que os requisitos para a aplicação da fungibilidade estão presentes, ele vai poder receber aquele recurso como se estivesse correto. Requisitos: 1) Inexistência de erro grosseiro 2) Existência de dúvida objetiva 3) Ausência de má-fé 4) Prazo 5) PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO OU VOLUNTARIEDADE Cabe a parte definir se vai ou não interpor recurso, e além disso quais as matérias serão tratadas nesse recurso. Pode interpor recuso contra todo o pronunciamento ou contra só parte. 6) PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA OU DIALETICIDADE O recurso serve para impugnar o pronunciamento judicial, apontando erro de procedimento ou erro de julgamento. Não é cópia da petição inicial e nem da contestação. O recorrente tem que apontar a parte que está errada e dizer o porquê. Apontar onde está o erro do pronunciamento judicial Muito comum nas demandas de massa: O recorrente vem com um recurso que nada tem a ver com o caso concreto, estão brigando Lidiane versus Banco do Brasil tratando sobre indenização por danos morais, o recorrente vem Banco do Brasil versus Raquel tratando sobre abertura de conta corrente. Viola o princípio da dialeticidade. 7) PRINCÍPIO DA CONSUMAÇÃO Está muito ligado a singularidade. Interposto o recurso consumou-se ali o direito, a parte não pode vim e interpor outro recurso, e além disso não pode complementar as razões. Consumou-se o direito de recorrer. Exemplo: Publicada a sentença, autor apela e réu apela também. A apelação do réu não é conhecida, porque o juiz entende que foi fora do prazo. Recebo o recurso do autor, e intimo o réu para apresentar contrarrazões, não conheço o recurso do réu. No prazo das contrarrazões o réu vai poder oferecer recurso adesivo? Não, porque o recurso dele não foi conhecido por intempestividade. Porque o direitoao recurso já se consumou com a interposição do principal. 8) PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIEDADE Alguns entendem que não é princípio autônomo, mas sim uma exceção a consumação. É o oposto da consumação. Pode complementar as razões, quando, exemplo: Sentença desagradou tanto autor, quanto réu, ambos querem recorrer. Só que o autor vem com embargos de declaração e o réu com apelação – Pode. (Mas não viola o princípio da singularidade? Não, pois são partes diferentes.). Ao julgar os embargos de declaração, o juiz entende que ele realmente esqueceu de apreciar o pedido de danos estéticos, então o juiz acolhe os embargos, julga procedente o pedido de indenização por danos estéticos e condena o réu a pagamento de 100 mil reais por dano estético. Mas o réu já interpôs a apelação, como impugnar essa parte?. Ele vai poder complementar as razões, porque o juiz alterou a sentença por meio dos embargos. Só cabe nessa hipótese especifica, quando uma parte opõe embargos de declaração, e a outra interpõe apelação. Caso os embargos sejam conhecidos e providos, a parte contrária (que já tinha interposto apelação) poderá complementar as suas razões. 9) PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE REFORMATIO IN PEJUS (Proibição de reformar para pior) O julgamento do recurso não pode piorar a situação processual de quem recorreu. Exemplo: Demanda entre João e a Cemar, A cemar é condenada a pagar 10 mil reais de danos morais. Só a cemar recorre. Ao analisar o recurso da cemar, o tribunal entende que o juiz deveria ter condenado a 30 mil, ele pode reformar fixando em 30 mil? Não, pois o recurso foi só da cemar. Exceção: Em matérias de ordem pública, o tribunal poderá negar provimento ao recurso, mas ainda assim piorar a situação processual de quem recorreu. É uma divergência no STJ. Mas é posição majoritária Matérias de ordem pública são matérias que o juiz pode conhecer em qualquer grau de jurisdição. Ex. honorários, prescrição e decadência, juros, correção monetária. Exemplo – A súmula 54 do STJ diz, em ações indenizatórias os juros fluem a partir da citação. A súmula 362 do STJ diz, em indenização por dano moral, a correção monetária é devida a partir do arbitramento. Digamos que o Bradesco foi condenado a pagar 10 mil de dano moral com juros e correção a partir do arbitramento (25/02). Os juros estão errados, pois é a partir da citação. Só o Bradesco recorre (falando que é alta). Ao julgar a apelação do Bradesco, o tribunal olha e fala os juros estão errados, e diz nego o provimento ao recurso do Bradesco, mas reformo de oficio a sentença para determinar que os juros sejam a partir da citação. Aula de 29 de fevereiro de 2016 JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE x JUÍZO DE MÉRITO Em grau recursal o tribunal vai exercer um controle a respeito dos requisitos ou pressupostos de admissibilidade do recurso. Quando o tribunal exerce o Juízo de admissibilidade ele não diz ainda quem tem ou não direito no recurso. A expressão utilizada é conheço ou não conheço do recurso. Todo recurso passa pelo juízo de admissibilidade. Ultrapassado o juízo de admissibilidade, o tribunal poderá analisar o mérito do recurso. Ao analisar o mérito do recurso, o tribunal dirá: dou provimento ou nego provimento (improvimento) ao recurso. Esse juízo de admissibilidade é prévio ao juízo de mérito. Só haverá juízo de mérito se passar pelo juízo de admissibilidade Há uma novidade no CPC de 2015, pois agora quem faz o juízo de admissibilidade: 1) Hipótese: Juízo ad quen, esta é a REGRA. Ex. apelação, agravo de instrumento. 2) Hipótese: Próprio órgão que proferiu a decisão recorrida, e esse mesmo órgão julgará o recurso. Exemplo. Embargos de declaração. 3) Hipótese: Em Recurso Especial (que vai para o STJ) e em Recurso Extraordinário (que vai para o STF), o juízo de admissibilidade é realizado tanto pelo juízo a quo, quanto pelo juízo ad quen. Portanto será um juízo dúplice. Dois juízos de admissibilidade para o mesmo recurso. Eles não são vinculantes. Ex. Publicado o acórdão do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal, o recorrente faz a sua minuta e RESP ou REX, dá entrada no protocolo do tribunal, a parte contrária é intimada para apresentar contrarrazões e a presidência do tribunal faz o primeiro juízo, se este for positivo, ok preenche os requisitos de admissibilidade ai manda para o STJ e ele faz o segundo juízo de admissibilidade. Tem duas categorias de requisitos ou pressupostos recursais: Intrínsecos e Extrínsecos. PRESSUPOSTOS OU REQUISITOS: INTRÍNSECOS. 1) Cabimento A circunstância de o pronunciamento judicial ser recorrível, bem como a de estar previsto em lei um recurso adequado para impugna-lo. Sentença – impugnável por apelação. (REGRA) Decisão interlocutória – impugnável por agravo de instrumento. (REGRA) Se é um pronunciamento judicial é recorrível; Se existe um recurso previsto em lei para impugna-lo; Se o recurso utilizado é o adequado. 2) Legitimidade recursal Quem pode interpor o recurso: Partes, MP e terceiros. Art. 996, do CPC de 2015 3) Interesse recursal É a possibilidade de o recurso trazer alguma utilidade (vantagem ou melhora na relação jurídica processual de quem recorre), sendo o meio necessário para isso. Tudo que eu queria já foi satisfeito em 1º grau. Sucumbência está ligado ao fato de a parte ter perdido algo no processo ou ter deixado de ganhar algo. Ex. o autor pede na PI 100 e o juiz só da 80, então deixou de ganhar 20. Para que exista o interesse recursal, o recorrente terá que demonstrar que a decisão recorrida lhe causou algum prejuízo, alguma sucumbência. Utilidade: Necessidade: Eu tive o meu direito violado, o INSS era pra ta me pagando uma pensão de 1000 reais, mas ta me pagando 800. Diante dessa violação, eu posso imediatamente ajuizar uma ação contra o INSS? Não, pois não terei o interesse de agir. Pois não há lidi, pois tem que primeiro recorrer a via administrativa. Tem outro meio para assegurar o direito. Binômio – necessidade (o processo judicial é o único meio que vai assegurar o meu direito) e utilidade (o processo pode me garantir uma utilidade pratica, algo factível no mundo da vida, a concretização do meu direito). Aula de 03 de março de 2016 Diferença: Extrínsecos – a forma de exercer esse direito e intrínsecos – dizem respeito a existência do direito de recorrer, é isso que esses requisitos irão responder. A análise dos intrínsecos vem antes da análise dos extrínsecos, pois primeiro eu tenho que saber se existe o direito de recorrer, para só então eu dizer se esse direito foi exercido conforme a lei. 4) Inexistência de fato extintivo e de fato impeditivo - Desistência: Art. 998, do CPC de 2015. É um ato impeditivo do direito de recorrer (exemplo maior). Pressupõe a já interposição do recurso. Obs: A desistência é um ato unilateral da parte, que independe da concordância da parte, exatamente por recurso ser um remédio voluntário. Pode ser informada ao juízo até antes do início do julgamento do recurso. O novo CPC positivou o entendimento jurisprudencial que começou a ganhar corpo no STJ. Art. 998, parágrafo único Os recursos para o STJ e para o STF tem uma natureza que é muito peculiar. Que é uniformizar o direito no país. Então as decisões proferidas pelo STJ e pelo STF tem aptidão para servirem de orientação para outros processos, principalmente nos recursos de repercussão geral e representativos da controvérsia. Exemplo: Digamos que no país inteiro se estabeleceu a discussão se a Taxa Referencial serve como índice de correção monetária dos depósitos do FGTS e da poupança. Quando se tem essa multiplicidadede processos sobre a mesma questão de direito, o que tende a acontecer é: O STJ pega um recurso tratando da matéria, suspende todos os outros processos no país inteiro que tratam dessa matéria e quando ele decide o caso, ele diz: a decisão sobre essa matéria é essa, aplique-se essa decisão para todos os processos em tramite no país. Quando um recurso é escolhido pelo STJ como representativo da controvérsia, ele não interessa mais só as partes, ele já tem um interesse de ordem pública para a solução da controvérsia. Dessa forma, não pode mais o recorrente desistir. - Renúncia: Art. 999, do CPC de 2015. É um exemplo de um ato extintivo do direito de recorrer. Eu só renuncio de algo que eu ainda não exerci. Vem antes da interposição do recurso. Expressa, mas existe uma espécie de ato tácito que também impede de recorrer. Qual seria a diferença para a aceitação? Mas, o ato incompatível com a vontade de recorrer pode ser tácito. Ex. A parte é condenada e cumpre a condenação, e depois ela quer recorrer. É um ato da parte que tem que ser exercido antes da interposição do recurso. EXTRÍNSECOS 1) Regularidade formal Ao recorrer a parte tem atender as formas previstas em lei. Art. 1010, CPC de 2015. Recurso de apelação é um recurso padrão. Representa mais fielmente o conceito de recurso. Petição escrita; A parte tem que apontar no recurso onde está o erro da decisão recorrida; Tem que haver uma exposição das razões que subsidiam o pedido de reforma, invalidação ou aperfeiçoamento da decisão recorrida; Não é qualquer irregularidade que vai impedir o conhecimento do recurso, isso por conta do princípio da primazia da decisão de mérito aliada ao formalismo valorativo. As irregularidades pequenas/ inexpressivas serão oportunizada as partes a possibilidade de corrigi-la. Se o recurso atende as formas previstas em lei ele é um recurso formalmente regular. Se ele não atende ele padece de regularidade formal. Ex. Quando o recurso não ataca a decisão recorrida, viola o princípio da dialeticidade, e portanto não poderá ser conhecido por ausência de regularidade formal. GERALMENTE OS REQUISITOS EXTRINSECOS A PARTE VAI TER A POSSIBILIDADE DE CORRIGIR O ERRO. 2) Tempestividade Os atos processuais tem um prazo para serem exercidos, vencido esses prazos próprio, a parte não poderá mais exercer aquele ato. Os prazos recursais são próprios, escoado o prazo, adeus, senta e chora. A tempestividade está ligada a interposição do recurso no prazo previsto em lei. Os prazos hoje são unificados em 15 dias (art. 1003, parágrafo 5º). Oito das espécies tem o prazo de 15 dias uteis, com exceção dos embargos de declaração (5 dias uteis). Quando inicia o prazo? Quando a decisão é publicada no diário, em regra. Mas decisão proferida em audiência, o prazo começa da audiência. Réu revel que não tem patrono nos autos, a partir de quando começa o prazo recursal? Art. 346, CPC de 2015. Fazenda pública, MP, partes defendidas pela defensória pública, e também partes patrocinadas por núcleo de pratica jurídica dispõe de prazo em dobro. Quando os litisconsortes tiverem procuradores diferentes de escritórios diferentes o prazo também será em dobro. Pergunta de Cesp: Dois réus com advogados diferentes de escritórios diferentes no processo, sentença julga procedente o pedido com relação ao primeiro réu e improcedente com relação ao segundo réu. Qual o prazo? 15 dias. Quando eu considero cumprida a tempestividade? Quando o advogado pega o recuso e dá entrada no recurso no protocolo da vara ou do tribunal, ali vai sair uma data e uma hora. Pensar na hipótese de feriado, ex. 8 de setembro (feriado municipal). Tem que comprovar no processo. 3) Preparo Tem uma custa especifica para grau recursal. Recurso com preparo é onde tem o pagamento, quando não tem o pagamento, que não atende o requisito do preparo é chamado de recurso deserto – recurso interposto sem o pagamento do respectivo preparo. Pagamento das custas referentes ao recurso. Qual o valor? Cada tribunal disciplina esse valor. Nos âmbito federal, é um valor para todos os TRF’s. Tem que ser comprovado no ato da interposição do recurso. Novidade: Recurso sem preparo o tribunal pode desde logo aplicar a penalidade de deserção? Não, não pode. Ele intima a parte recorrente e fixa o prazo previsto em lei para efetuar o recolhimento do preparo, só que agora em dobro. Antes podia. Preparo insuficiente, intima para completar. Para o recurso ultrapassar o juízo de admissibilidade tem que preencher todos os requisitos. Qual a natureza jurídica da decisão de admissibilidade do recurso? Se a admissibilidade for positiva, decisão meramente declaratória. Se for negativo, vem a discussão, Barbosa Moreira diz que é constitutiva negativa com efeitos ex-tunc, Fredie Didier diz que é constitutiva negativa com efeitos ex-nunc. Nas razões recursais o recorrente tem que demonstrar os requisitos. Juízo de admissibilidade é uma preliminar recursal. No juízo de mérito o tribunal vai tentar identificar os erros in procedendo (tribunal anula e ele próprio julga) ou in iudicando. Provido (se identificar um dos erros) ou improvido (manter a decisão recorrida). Aula de 07 de março de 2016 EFEITOS DO RECURSO 1) Efeito impeditivo ou obstativo A interposição do recurso impede o transito em julgado ou a preclusão da decisão, prolongando o estado de litispendência. Enquanto se estiver sendo julgado o recurso não se tem decisão definitiva a respeito da controvérsia. 2) Efeito devolutivo Art. 1.013, caput – O efeito devolutivo decorre de lei. Significa que, por força do princípio do duplo grau de jurisdição, o recurso devolverá ao juízo ad quen a possibilidade de reexaminar a matéria impugnada. Pelo efeito devolutivo, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Diante de uma violação de direito o juízo de 1º grau pode analisar toda e qualquer alegação de fato? Não, a atividade do juiz de 1º grau é delimitada pela causa de pedir e pedido, observar os limites da lide. O tribunal só poderá se manifestar acerca das matérias que constituíram o limite do recurso. Existe também a delimitação da atividade do tribunal, e essa delimitação acontece por força do efeito devolutivo. Tanto devoluto, quanto apelatu. Só é devolvido para o exame do tribunal aquilo que constou nas razões do recurso. Todo recurso é dotado de efeito devolutivo. Vai direcionar a atuação do tribunal, pois o tribunal só poderá conhecer das matérias que constaram nas razões recursais. Digamos que a sentença ao apreciar uma dissolução de união estável, ela reconheceu e dissolveu a união estável, determinou a partilha de bens, fixou os alimentos em favor da ex- companheira, e regulamentou guarda e visita. Digamos que o apelante não está satisfeito só com os alimentos e a guarda e a visita, então ele apela ao tribunal devolvendo ao tribunal devolvendo só alimentos, guarda e visita, o tribunal poderá se manifestar sobre a dissolução? Não, porque isso não foi devolvido nas razões recursais. Dois tipos de efeito devolutivo: Perspectiva horizontal: Diz respeito a extensão do que será decidido pelo tribunal. Qual vai ser a extensão das matérias que o tribunal poderá apreciar? Alimentos, guarda e visita. Art. 1.013, caput Delimita a extensão Perspectiva vertical: Diz respeito a profundidade da análise. Art. 1.013, parágrafo 1º. Muito ligado com o horizontal. Digamos que o recurso delimitou a atuação do tribunal em alimentos e guarda. Em primeiro grau, ao se defender do pedido de alimentos, o réu tenha falado o seguinte: Olha juiz eu não devo alimentospara essa minha ex-companheira, pois ela tem como se manter, ganha mais que eu, e faz uma defesa eventua, ainda que eu tenha que arcar, eu não posso arcar com 10 salários mínimos, se me condenar me condene a 2 salários mínimos. O capitulo dos alimentos deverá ser analisado em sua profundidade, se deve ou não, e o quantum. Ex. Fiz um negócio com João e ele nunca me pagou, ingresso com uma ação de cobrança contra ele, na defesa o João alega: 1) prescrição; 2) nulidade do contrato; 3) Compensação. Prescreveu, ainda que não tivesse prescrito houve uma nulidade nesse contrato, pois eu não manifestei a minha vontade, e ainda que não tivesse essa nulidade, eu não devo nada para o Carlos, pois houve uma compensação. O juiz acolhe a prescrição, então não precisa analisar os outros. Mas pelo efeito devolutivo, se essa sentença for impugnada o judiciário terá que se manifestar sobre todas as outras questões suscitadas no processo, caso ele afaste a prescrição. OBS: Efeito translativo: Para a maioria dos doutrinadores esse efeito está ligado ao efeito devolutivo na perspectiva vertical. O tribunal tem que se manifestar sobre o que foi devolvido e sobre todas as matérias de ordem pública. Exemplo. O juiz diante de uma causa, ele julga antecipadamente a lide, a parte recorre, mas não impugna essa questão do julgamento antecipado, é um erro de procedimento, é uma matéria de ordem pública, ainda que a parte não tenha devolvido, pelo efeito translativo essa matéria será devolvida. OBS: Há efeito devolutivo nos embargos de declaração? Por quê? Sim, porque embora não transfira para um órgão hierarquicamente superior, mas ele devolveu o reexame, pois o judiciário irá reexaminar essa matéria, embora esse reexame seja feito pelo próprio juízo. 3) Efeito Suspensivo Em razão do efeito suspensivo, a interposição do recurso suspende os efeitos da decisão recorrida. Se a sentença for recorrida por apelação, essa sentença irá existir, vai ser válida, porém não produzirá efeitos. Pois em regra eu só posso executar uma decisão após o transito em julgado. Todo recurso tem efeito suspensivo? Depende. Eu tenho duas possibilidades de efeito suspensivo: Ope legis: É quando o efeito suspensivo decorre da lei. É automático. A própria lei diz o recurso tal é dotado de efeito suspensivo. Art. 1.012, caput, CPC de 2015. A apelação tem efeito suspensivo ope legis, em regra. Pois, no parágrafo 1º do 1.012 há as exceções. Em ações de alimentos não suspende o cumprimento da ação, por exemplo. REGRA os recursos não possuem efeito suspensivo ope legis. Mas a apelação em alguma hipóteses pode ter efeito suspensivo ope iudices, 1.012, parágrafo primeiro. Aula de 10 de março de 2016 (Realização de atividade) Aula de 14 de março de 2016 (Simulado da UNDB) Aula de 17 de março de 2016 Ope iudices: Art. 995, do CPC de 2015. Consiste na possibilidade de uma decisão judicial atribuir efeito suspensivo a recurso que originalmente não era dotado deste efeito suspensivo. Requisitos: desde que tenham sido preenchidos os dois requisitos: 1 – Risco de dano irreparável ou de difícil reparação; 2 – Probabilidade de o recurso ser provido. Ex. O recurso de agravo de instrumento não é dotado de efeito suspensivo ope legis, mas o agravante pode sofrer um dano irreparável se a decisão interlocutória for imediatamente cumprida. Digamos que o MP ingresse com uma ação de reparação de danos ambientais contra a CAEMA, pedindo dentre outras coisas, juiz antecipe os efeitos da tutela para obrigar a Caema desde logo a reparar os danos ambientais causados nas praias de São Luís. Gasta-se no mínimo 2 milhões de reais. Da necessidade de atribuição do efeito suspensivo, demonstrando o risco de dano irreparável (abalar o fluxo de caixa, bagunçar a previsão orçamentaria), probabilidade desse recurso ser provido (além disso, relator, esse dano não exige que a reparação seja feita agora, essa decisão foi muito antecipada). Quem é competente para conceder esse efeito suspensivo? O Juízo ad quen. O relator ou o presidente do tribunal (depende das normas internas de cada tribunal. Vai suspender os efeitos até o julgamento do recurso. 4) Efeito regressivo Consiste na possibilidade de, após a interposição do recurso, o próprio juízo a quo se retratar da decisão recorrida. Em hipóteses estritas: Indeferimento da petição inicial - Art. 331, CPC de 2015. Interposta a apelação o juiz tem a possibilidade de se retratar em 5 dias. Extinção do processo sem exame do mérito - Art. 485, parágrafo 7º Art. 332 – antigo 285 ECA Agravo de instrumento – É interposto no juízo ad quen, mas o processo principal continua tramitando no juízo a quo. 3 dias Agravo interno 5) Efeito expansivo É a hipótese do julgamento do recurso se expandir para atingir pessoa diversa do recorrente e do recorrido, ou decisão diversa daquela que foi recorrida. Pessoa diversa – efeito expansivo subjetivo O processo judicial faz coisa julgada inter-partes O julgamento do recurso em tese só produz efeitos entre recorrente e recorrido. Mas em algumas hipóteses o julgamento do recurso atinge a esfera de direito de outras pessoas. Por exemplo: vicio de qualidade do veículo, duas empresas são demandadas, quem vendeu: a dalcar e quem fabricou: GM. Ambas figuraram no polo passivo, ambas foram condenadas, pois elas são devedoras solidárias, mas só a GM recorreu. Se o recurso da Gm for provido (reforma a sentença para julgar improcedente o pedido de danos morais), a dalcar não recorreu, mas ela não via ter mais que pagar. Pois o recurso da devedora solidária projeta efeitos para todos os devedores solidários. Outro exemplo: Litisconsortes. Dois advogados cobrando honorários (litisconsórcio unitário) de Biquinho do Amor. Biquinho do amor forja um Petição em nome dos advogados pedindo a desistência da causa. Só um advogado recorreu, o tribunal anulou a sentença de homologação de desistência, e baixou o processo para continuar a cobrança de honorários. Biquinho do amor não satisfeito vem com a seguinte alegação: Agora eu já não devo 14, devo só 7, pois só um advogado recorreu, então sobre o outro a sentença transitou em julgado acerca da desistência. O tribunal fala: efeito expansivo do recurso, se os advogados são litisconsortes unitários o recurso interposto só por um, se ele for provido, irá atingir a esfera do direito do outro litisconsorte. Decisão diversa – efeito expansivo objetivo O julgamento do recurso projeta efeito em decisão diversa. Art. 282, caput. Ex. contra a sentença foi interposta uma apelação sustentando erro in procedendo extrínseco, por nulidade da prova pericial. O tribunal dando provimento a essa alegação, anula todas as decisões que decorreram do erro in procedendo e não só a sentença. 6) Efeito ativo ou antecipação dos efeitos da tutela recursal Antecipa os efeitos do recurso. Então, o correto tecnicamente é: pedir efeito suspensivo quando a decisão recorrida tem um conteúdo positivo. Quando a decisão recorrida tem um conteúdo negativo, o correto é pedir efeito ativo, pois eu não posso suspender o que não tenho. Exemplo: Matheus ingressou com uma ação judicial contra a Cacir, pedindo uma liminar para que ele faça logo a cirurgia no joelho. Se o juiz deferir a liminar (conteúdo positivo), quem recorre irá pedir para que os efeitos sejam suspensos. Se o juiz indeferir, recorre e pedi o efeito ativo. Requisitos: Mesmos requisitos para a antecipação de tutela. 1) Prova inequívoca da verossimilhança da alegação 2) Risco de dano irreparável ou de difícil reparação. 7) Efeito substitutivo O julgamento proferido pelo tribunal substituirá Art. 1008 do CPC de 2015.Sentença: 1) disfarça o muro; 2) desocupe o terreno; 3) indenize 100. A apelação vai tratar só da indenização. Reduz ou exclui a indenização. Acórdão: O tribunal entende que realmente o valor da indenização é muito alto, então reduz de 100 para 15. Quando o autor for executar essa decisão, ele vai executar qual? As duas, essa parte da indenização do acórdão irá substituir o ponto 3 da sentença que trata da indenização (que foi objeto do recurso). Pois a sentença não foi toda objeto do recurso. É como se desde o início se tivesse só 15 mil. RECURSOS EM ESPÉCIE O primeiro recurso, que é o recurso padrão, digamos assim, é o recurso por excelência, é o recurso mais completo do nosso sistema, é o recurso que serve de modelo para os demais sistemas, chama-se recurso de apelação. 1) APELAÇÃO Cabimento: art. 1009, CPC de 2015. Contra sentença cabe apelação (regra). Contra toda sentença cabe apelação? Não, pois o ordenamento prevê algumas hipóteses excepcionais, nas quais, mesmo sendo sentença o recurso cabivel será outro. Exceções: Algumas sentenças não são recorridas através de apelação, mas através da utilização de outros tipos de recursos. Hipóteses em que mesmo sendo sentença eu não recorro com apelação: A sentença que rejeita liminarmente a reconvenção; Ela é recorrível por agravo de instrumento, pois não põe fim na fase de conhecimento, sendo sentença da reconvenção; Sentença proferida em exceção de pré-executividade (uma das formas de defesa do executado, que é julgado por sentença, que nem sempre caberá apelação) nesse caso caberá apelação se a sentença se ela extinguir a execução, mas caberá agravo de instrumento se a sentença rejeitar ou acolher parcialmente; Sentença proferida em execução fiscal de alçada – quando algum sujeito passivo de tributo não o paga a fazenda Pùblica vai inscrever esse devedor em uma certidão de divida ativa, e fazenda irá cobrar, normalmente se cobra por meio da execução fiscal. Ação em que a fazenda pública é autora para reaver créditos tributários. Algumas ações de execução fiscal tem um valor muito pequeno, chamado de valor de alçada. A lei de execução fiscal dizia 50 ORTN (índice econômico que existia). Nessa lei diz: as sentenças proferidas nessa ação de execução fiscal de até 50 ORTN’s ela não se sujeita a apelação. E sim um recurso de oficio. Sentença que decreta falência: Só pode ser recorrida por agravo de instrumento ( a lei diz) – Art. 100 da Lei 11.101. No novo CPC o legislador ampliou as hipóteses de cabimento da apelação. Antigamente a apelação era só para sentença. Art. 1.009, parágrafo 1º - A apelação serve também para impugnar decisões interlocutórias não agraváveis. O que o juiz faz na decisão de saneamento ou despacho saneador? Resolve as questões processuais pendentes, fixa os pontos controvertidos e defere a produção de provas. 1) Rejeito a alegação de incompetência 2) Para esse ponto controvertido, não vamos fazer prova testemunhal; 3) Designo Audiência de Instrução e Julgamento. Essa decisão é interlocutória? Sim. A parte prejudicada pode agravar de instrumento? Não, pois o 1.015 traz as hipóteses de cabimento do agravo de instrumento e em nenhuma dessas hipóteses tem falando sobre competência e sobre prova. Então ela é um decisão interlocutória não agravável. O recurso adequado será apelação. Se cabe apelação, então proferida essa decisão eu tenho que vim logo com apelação imediatamente? Não, eu aguardo a sentença e publicada a sentença eu venho com apelação para impugnar uma decisão interlocutória não agravável. Nessa apelação ele não precisa impugnar a sentença e a decisão interlocutória. Ele vai poder impugnar só a decisão interlocutória. Ele vai poder impugnar no prazo da apelação que só começa depois de proferida a sentença. No CPC de 73 tinha um decisão se você não recorresse imediatamente dela, ela precluia, tinha que ser o recurso imediato. Agora não, não irá precluir logo, porque você só poderá recorrer nas razões da apelação. Parágrafo 1º do art. 1009. Essa decisão interlocutória não agraváveis (se não cabe agravo – art. 1.015) não precluem imediatamente, precluem após a publicação da sentença. Essas interlocutórias são recorríveis por qualquer das partes, quem foi prejudicado (autor ou réu). Tanto nas razões como nas contrarrazões de apelação. Pode ser impugnada ou pelo vencido da ação ou pelo vencedor da ação. O vencido na ação, vai impugnar nas razões de apelação. E o vencedor poderá impugnar nas contrarrazões de apelação. Contestação: 1) Faça a prova contábil 2) Julgue improcedente a ação Interlocutória: 1) Não faço prova contábil. Sentença: 1) Julgo procedente a ação VENCIDO O vencido nessa ação foi o réu, nas razões de apelação ele poderá impugnar a interlocutória e a sentença. A decisão interlocutória não agravável ela poderá ser impugnada nas razões de apelação. É o vencido que interpõe apelação, pois é ele que vai ter interesse recursal. Na apelação do vencido ele vai impugnar primeiro a decisão interlocutória, depois passará a impugnar a sentença propriamente dita na mesma peça, só que em capítulos diferentes. O vencido é obrigado a impugnar as duas, ou ele pode interpor apelação impugnando apenas uma delas? No prazo da apelação o vencido ele quer impugnar só a interlocutória, não quer impugnar a sentença, ele pode? Ou ele tem que impugnar a sentença para impugnar a interlocutória? Não necessariamente ele tem que impugnar a matéria da sentença. Digamos que a sentença tenha tratado só sobre um ponto – dano material por gestão fraudulenta da empresa. Essa prova contábil era necessária para que o réu provasse que não houve gestão fraudulenta. Ele pode impugnar as duas, só a interlocutória ou só a sentença. Fica a critério do recorrente. Digamos que no prazo de apelação o vencido impugne só o dano material (matéria da sentença), ele vai poder depois impugnar a interlocutória? Não, pois vai ter ocorrido a preclusão. Primeiramente impugna a decisão interlocutória e depois impugna a sentença. É relação de prejudicialidade. Ao julgar essa apelação o tribunal vai ter que começar analisando a interlocutória. Pois, essa sentença está sob condição, isto é, só produzirá efeitos se a decisão interlocutória for mantida. O tribunal fala assim: Houve um erro de procedimento do juiz, essa prova contábil era extremamente importante para a solução da causa, ele não poderia ter indeferido a prova contábil, dou provimento a apelação para que seja realizada a prova contábil. O que vai acontecer? Essa sentença – efeito expansivo objetivo do recurso. O julgamento do recurso não vai afetar só a decisão última do processo, mas todas aquelas que dela decorreram. A sentença vai deixar de existir, pois a decisão interlocutória foi reformada em grau de apelação. Cumulação imprópria de pedidos na apelação: é justamente quando o vencido impugna tanto a interlocutória quanto a sentença. (Cumulando o pedido de reforma de dois pronunciamentos judiciais). Acolhido o primeiro, nem precisa analisar o segundo. O CPC de 2015 alterou o sistema das preclusões. Três hipóteses: 1) Impugnou só a decisão interlocutória Se o tribunal der provimento ao recurso e reformar a interlocutória. A sentença deixa de existir. 2) Impugnou a interlocutória e a sentença Os efeitos dessa sentença estão suspensos, para ela produzir efeitos só depois de julgada essa parte aqui da apelação. Se a apelação for acolhida no primeiro ponto, reformando a interlocutória o tribunal nem irá analisar o ponto (capitulo) 2, pois esta sentença automaticamente deixa de existir. 3) Impugnou só a sentença Objeto de análiseou reformando ou mantendo a sentença. A interlocutória não poderá mais ser impugnada pois precluiu. APELAÇÃO DO VENCEDOR Leticia e Carlos são sócios em uma empresa, Leticia dá um desfalque na empresa. Carlos, por sua vez, entra com uma ação indenizatória. Inicial: Prova contábil; Dano 1 milhão de dólares. Contestação: Pede a improcedência Interlocutória: Juiz indefere a prova contábil Sentença: Julgo procedente o pedido Apelação: Impugna a sentença Contrarrazões de apelação: I – Do recurso contra a interlocutória; II - Manutenção da sentença. Nesse caso o vencido poderá apelar da sentença, mas não poderá impugnar a interlocutória pois não causou nenhum prejuízo a ela, logo, faltou interesse recursal. Contrarrazões é resposta ao recurso. (Recurso do vencedor) Carlos ganhou 1 milhão, mas há uma interlocutória que lhe foi desfavorável, nas contrarrazões o vencedor irá decidir se recorre ou não. Nas contrarrazões o vencedor não impugna a sentença, pois como ela lhe foi favorável ele não terá interesse recursal Nas contrarrazões o vencedor pode apenas impugnar a decisão interlocutória, que eventualmente lhe tenha sido desfavorável. OBS: havendo recurso do vencedor, se nas contrarrazões o vencedor impugnar a interlocutória, o juiz deverá intimar, abrir prazo de 15 dias para que o vencido apresente suas contrarrazões. Art. 1009, parágrafo 2º Como será julgado o recurso no tribunal? O recurso do vencedor é um recurso condicionado e subordinado. As contrarrazões é um recurso do subordinado (ligado ao juízo de admissibilidade) – depende da interposição das razoes de apelação (recurso principal) e o seu conhecimento depende do conhecimento da apelação. Condicionado, a condição das contrarrazões (recurso do vencedor) ser julgada é o possível provimento das razões de apelação do vencido. Juízo de mérito positivo autoriza que seja realizado o juízo de mérito nas contrarrazões. Terminamos cabimentos Demais Requisitos de admissibilidade formais: art. 1.010 Procedimento: art. 1.010, §3º Aula 31/03- Recursos (Peguei com Ryan essa aula) Hipótese em que o Tribunal poderá apreciar o mérito da lide desde logo, ainda que no juízo de primeiro grau não tenha feito. Quando estávamos falando sobre a exceção do duplo grau jurisdição, já citamos isso. Art. 1013 parágrafo 3e 4. Lembrando que é duplo grau de jurisdição: possibilidade ter sua casa apreciada por um órgão hierarquicamente superior. E o que o tribunal faz examinar o que já foi examinada no primeiro grau. Por exemplo, a partir de um argumento e ficar guardando esse argumento até chegar ao duplo grau: não pode, é contra A boa-fé processual, a boa fé objetiva, e esse comportamento é vedado. Todas as alegações de fato e de direito, para as duas partes, precisam ser submetidas desde logo. Mas nós vimos que, mesmo o juízo de base não tem apreciado certas matérias, ainda assim o Tribunal poderá apreciar. vai configurar violação ao duplo grau E a supressão de instância? Não, de acordo com as hipóteses do 1013. Uma vez que essas hipóteses tem uma justificativa, para entendermos plenamente a regra do art., E que justificativa é esse? Se justifica pelo princípio da economia processual, razoável duração do processo e eficiência. Agora vamos entender porque. No código antigo existiam poucas hipóteses em relação a isso, mas no novo Código percebeu-se a importância disso e ampliou as hipóteses. Antes: declarava nulidade de uma sentença, baixava pro primeiro grau E dizia: juiz profira outra sentença. Hoje em dia amplia-se as regras, O próprio tribunal, julga desde logo o mérito da lide. Das hipóteses do 1013, existe uma regra que é comum a todas elas. Parágrafo Terceiro: O primeiro requisito que é comum a todas as hipóteses É que o processo tenho que estar em condições de imediato julgamento, em causa madura de julgamento. Na prática significa que a causa está madura para julgamento. Não existe um macete, ou uma dica pra saber quando uma causa está em condições de julgamento, Porque depende do caso concreto. Todos os atos processuais necessários a causa tem que ser realizados em primeiro grau, se algum ato processual necessário julgamento da causa ainda não tiver sido realizado: esse processo ainda não está em condição de imediato julgamento. Exemplo: um caso concreto lá de Chapadinha, onde o cidadão entrou com uma ação indenizatória contra liquigás. Realizou todos os atos necessários julgamento do processo, mas só 10 anos depois da petição inicial, O cara de pau do juiz e extingue O processo sem resolução de mérito, por ilegitimidade passiva da liquigás. O processo chegou ao tribunal: poderá desde logo o Tribunal julgar a lide? poderá, pois todos atos necessários processo foram realizados. Deste modo, isto vale para todas as hipóteses. Mas a primeira hipótese em que o Tribunal poderá julgar desde logo a lide: parágrafo terceiro inciso primeiro. O que essa sentença fundada no 485? Quando juízes extingue o processo sem resolução de mérito. Assim, o Tribunal poderá jogar desde logo o mérito da demanda.só que esse julgamento tem duas partes, duas etapas. Primeiro Tribunal analisa se essa sentença vai ser anulada ou reformada, E depois julgar o mérito da lide. Primeiro ele vai analisar, no exemplo anterior, se existia a legitimidade passiva da liquigás (sentença p/ reformar). Se a resposta for positiva, E como a causa já estava madura para julgamento, já se pode analisar o mérito da causa. A liquigás vai ser ou não condenada pelos danos causados ao autor? (Sempre vai ter essa duas etapas nas hipóteses do 1.013.) nesse caso de chapaDinha, o juiz chegou a dizer quem tinha o direito? Não, mas o Tribunal poderá dizer, se entender que existe essa legitimidade passiva. Mas se o juiz tivesse proferido a sentença com o julgamento do mérito, seria hipótese do 1013? Não, porque houve exame do mérito em 1 grau. Agora, inciso dois: "decretar nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir" Sentença Extra petita e ultra petita! Olha o caso que discutimos antes de ontem no tribunal: houve um prejuízo na remuneração da autora de 21,7% (causa de pedir), pediu condenação do estado do Maranhão e pagar mas a sentença foi: "A lei foi promulgada em 2009 (que no caso já estava errado pois a lei do pedido era de 2007) não padece de inconstitucionalidade, julgo procedente o pedido de 6.1%" essa sentença é extra ou ultra? Julgou algo totalmente diferente da causa de pedir,então é extra. Ao julgar a apelação da sentença, o Tribunal pode anular essa sentença porque não houve observância da causa de pedir e do pedido, anular a sentença por violação dos limites da lide e julga desde logo ela. Ai parte do inciso terceiro é bem parecido c a da 2 está separado por uma questão redacional que diz "se o Tribunal constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julga-lo" é citra petita. Não está no inciso segundo porque não se pode declarar a nulidade de uma omissão, não pode declarar a nulidade algo que não existe. Quando o juiz ele percebe que um dos pedidos não foi julgado, decide desde logo sobre o pedido que foi esquecido pelo tribunal. Exemplo: a pessoa entra em juízo contra o Banco do Bradesco pedindo o extrato da sua conta da década de 90. O juiz da sentença julgar procedente, condenando além do extrato a danos morais, ou seja, algo além do pedido. O Tribunal reformou tirando que era ultra. Agora a quarta hipótese: "quando decretar nulidade de sentença por falta de fundamentação". Erro in procedendo intrinseco (esta na propria sentença). O que o tribunal fazia quando constatava uma sentença sem fundamentação? Anulava sentença.Agora não, o Tribunal constato que ela não tem fundamentação, e desde já anular a sentença julga a lide, sem mandar para o primeiro grau. Qual a crítica que se faz? Primeiro entender que os magistrados do Brasil fazem a sentença de qualquer jeito pra pontuar no CNJ. Maria Emília: mas quando ele julgar procedente sem fudamentação? O Tribunal vai reformar aquela sentença, mas pode jogar totalmente diferente do primeiro grau ou seja, procedente ou improcedente. Respondendo a pergunta de Mateus: autor pede a condenação e R$300.000, O juiz julga mas da 250.000 mas numa sentença sem fundamentação. Só qem recorre é o réu dizendo que a sentença está sem fundamentação, tribunal concorda, mas vai poder condenar em 500.000? Não, pela reformatio in pejus. Mas tem exceção a isso? Matéria de ordem publica e honorários da fase recursal. Parágrafo quarto: quando o Tribunal reformou a sentença que reconhece a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará ao mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau."aí vem a resposta da pergunta da Daniela: O recorrente precisa apontar a violação dos limites da lide p/ que o tribunal reconheça ou isso é uma questao de ordem publica? Jurisprudência dominante (STJ): questão de ordem pública, ainda q o apelante nao deduza. Obs: para que haja julgamento de mérito pelo Tribunal, o apelante tem que requerer isso, pra ser julgado desde logo o merito? Não precisa fazer o requerimento, pois o 1013 é uma regra de julgamento, interessada para o tribunal, o tribunal DEVE. E se ele não julgar e baixar o processo? Vai ter outro recurso para outra instância superior, para mandar julgar. AGRAVO DE INSTRUMENTO: art. 1015. Sempre foi complicado O recolhimento da interlocutória, ai chegou-se a uma nova sistematização do novo Código. Cabimento: em regra, cabe agravo de instrumento contra decisoes interlocutórias. Mas contra todas? Não. Aí vem outra observação: na fase de conhecimento, só caberá agravo contra decisões interlocutórias que tratem de matérias constantes dos incisos do 1015. Nos termos do parágrafo único do 1015, se a decisão interlocutoria tiver sido proferida na fase de liquidação da sentença, na fase de cumprimento de sentença, na execução de título extra judicial e processo de inventário sempre caberá agravo de instrumento mesmo que não tratem das matérias dos incisos do art. 1015. Liquidação da sentença seria cumprir a sentença da fase de conhecimento. O que essa execução de título extra judicial? Alguns títulos a lei processual diz: esse título extrajudicial. nesse caso a parte não precisa entrar em juízo para reconhecer o direito e depois executar, ela entra direto no processo de execução. E o inventário? Exemplo: herança requer ação de inventário para partilhar entre os herdeiros. Nessa decisão mostrada no quadro, qual é o momento de recorrer dela? Imediatamente depois da data de publicação. Obs: Quais são as decisões que são agravadas e quais as não são? É um rol taxativo ou é exemplificativo?É restringindo (vontade do legislador)a casos previstos em lei, Portanto taxativo. No CPC de 73 era exemplificativo, existe as hipóteses em que se agravava. Esse rol taxativo pode ou não pode ser interpretado extensivamente? Mas aí, o que seria um rol taxativo interpretado extensivamente e restritivamente? Restritivamente seria só o que o legislador coloca, é a letra da lei. E acho que se vá mente seria as figuras que o legislador bota e maia algumas que se assemelham. Porém, ainda não se sabe como esse rol vai ser interpretado. Didier está propondo uma interpretação extensiva. Feitas as considerações gerais, primeira hipótese de cabimento do agravo: qnd a interlocutoria versa sobre tutela provisória. Quais são as tutelas provisórias? Urgência evidência. Houve uma sistematização do novo Código, e antecipação de tutela era uma coisa, cautela era outra, agora o legislador sistematizou. Tutela provisória um gênero com duas espécies: tutela de evidência(satisfativa ou cautelar. O dto é evidente, por ex, parado por uma súmula do STj, amparado por uma súmula vinculante) e tutela de urgência(existe aqui com direito a vidente? É uma verossimilhança da alegação). Vai ser agravo de instrumento tanto para conceder tanto para negar a tutela provisória. Se eu, prejudicado por uma tutela provisória, não interpuseram agravo de instrumento? Qual vai ser a consequência? Preclusão! Obs: art 304: "A tutela antecipada, concedido nos termos do 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não foi interposto respectivo recurso." Recurso remédio voluntário, mas o legislador nesse caso, mas tutela provisória concedida antes da citação, se ela for concedida e o réu não agravar, vai piorar ainda mais a situação dele pois essa tutela vai se tornar estável. Nesse caso, fica evidente que seria obrigatório interpor o recurso. Segunda hipótese: "quando a decisão interlocutoria versar sobre o mérito do processo. " Ex: tem o processo que versa sobre: reconhecimento e dissolução da união estável, partilha de bens, alimentos e guarda do filho (bob late). Albert aceita o reconhecimento da união estável e a partilha de bens mas o resto não. Antes tinha que esperar muito tempo pra sentença sair, mas agora o juiz pode apreciar o mérito mas interlocutores ou seja, decidir sobre algum dos pedidos, decidi parcialmente sobre os pedidos, decidi parcialmente a Lide- O que for incontroverso. Quem tem legitimidade para fazer isso? Art. 356: "O juiz decidirá parcialmente merda quando uma ou mais dos pedidos formulados a parcela deles. I- mostrar-se incontroverso; II- estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355." Volto elabora o pedido, uma das questões é eminentemente de direito, ou um desses pedidos é só documental. Se a parte não interpuser agravo de instrumento? Deixar para impugnar só na sentença? Vai poder? É bem mais que preclusão nessa hipótese aqui. Tem um trânsito em julgado. Terceira hipótese do agravo de instrumento: "quando o juiz rejeita A alegação de convenção de arbitragem." Que a conversão de arbitragem? As partes tem um contrato, uma relação jurídica firmada entre elas em que ambas não concordo em fazer um contrato para não ir ao Judiciário, preferível o juízo arbitral. Aí no caso, as partes desenha um juiz que existe uma convenção de arbitragem e que é competente. Se o juiz rejeita essa alegação caberá agravo de instrumento. E se o juiz acolher a alegação? Não cabe agravo pois há extinção do processo sem resolução de mérito. Vai haver uma sentença da extinção do processo e resolução de mérito e dessa sentença cabe apelação. Ou seja só caberá agravo de instrumento se o juiz rejeitar. Quarta hipótese: quando desconsidera personalidade jurídica. Contra essa interlocutora cada agravo de instrumento. Uma observação em relação a isso é: esse inciso quatro só é destinado para as interlocutorias proferidas em primeiro grau. Pq? O que é o código prevê que a desconsideração da personalidade jurídica pode ser realizada em grau de tribunal, e quando ela foi realizado em graus Tribunal caberá agravo de instrumento? Não, Caberá agravo interno. Quinta hipótese: rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação. Mas nem toda e qualquer decisão caberá. 1. Quando defere: não, pois o inciso quinto diz que é uma decisão que rejeita. E qual vai ser o remédio processual? Impugnação da assistência judiciária prevista no art. 100 CPC 2. Indefere: Cabe agravo de instrumento 3. Revoga: Sim, está no artigo. 4. Mantem: nao, é por apelação RECURSOS – P2 Aula 01: 04 de abril de 2016 Art. 1015 do CPC de 2015;Inciso VI: A hipótese de exibição de documento ou coisa, pode ser pedida tanto como uma questão incidente, quanto ela pode ser pedida como o próprio mérito da ação. Ex. Eu ingresso com uma ação judicial contra o Estado e lá pelo meio da minha PI, eu falo o seguinte: olha juiz para eu provar as minhas alegações o Estado que é meu empregador precisa trazer para o processo as minhas fichas financeiras. Então, ele traz para o processo as minhas fichas financeiras, com esses documentos conseguirei provar a minha defasagem salarial, o Estado não está me pagando a gratificação a qual eu tenho direito e a partir dessa comprovação o juiz julga o mérito do meu pedido condenando o Estado a me pagar essa gratificação a qual eu tenho direito. Neste exemplo dado, essa exibição de documento ou coisa será incidental, pois eu quero que o Estado a título incidente do conhecimento do processo determine que o réu traga um documento que está na posse dele. Essa decisão do juiz determinando ou não a exibição desse documento, será uma decisão interlocutória, pois o pedido de exibição foi incidental. Uma outra situação seria o seguinte: Olha Juiz, eu vou ingressar com uma ação contra o estado e quero pedir a produção antecipada de prova, isto é, antes de ingressar com a ação principal, eu quero produzir as provas para saber se eu tenho direito ou não... Então, o pedido de mérito de mérito da ação será essa exibição... Essa exibição deferida ou não, ela não é impugnável por agravo de instrumento, pois ela é o mérito da própria ação, portanto será resolvida em uma sentença, e contra sentença cabe apelação. Exibição de documento ou coisa – de natureza Incidental a um processo principal, caberá agravo. Exibição – Próprio Mérito da ação (sentença), caberá apelação. Portanto, a hipótese do inciso VI é restrita à exibição de documento ou coisa de natureza incidental Inciso VII: Não faria sentido impugnar essa exclusão só na sentença. Imagine que uns diretores de uma escola cometeram um ato ilícito contra uma professora. A professora lesada com esse ato ilícito ingressou com uma ação indenizatória contra o Estado do Maranhão. Na contestação o estado denuncia a lide aos diretores. Se o juiz rejeitando essa denunciação a lide, e esta só fosse ser revista lá na sentença, todo o processo ia tramitar todo só contra o estado e só lá na frente iria se reconhecer a necessidade de participação da diretora da escola. Olha como isso iria depor contra a economia processual e a razoável duração do processo. Por isso a lei autoriza a interposição de agravo de instrumento no caso de exclusão ou rejeição da denunciação da lide, intervenção de terceiros ou litisconsortes. Inciso VIII: A razão de ser dela parece ser a mesma do inciso VII. Rejeição do pedido de limitação de litisconsortes. A hipótese desse inciso refere-se aos litisconsortes multitudinários (razoável duração do processo e o contraditório). Cabe agravo de instrumento, uma vez que se não pudesse a defesa do réu estaria prejudicada. Inciso IX: Essa hipótese é autoexplicativa! O Amicus Curiae foi incluído no CPC de 2015 como uma modalidade de intervenção de terceiro, estando disciplinado no art. 138. Exceto: Art. 138 – Amicus curiae. Decisão irrecorrível, não cabe agravo. Inciso X: Obs: Processo de execução: uma das forma de defesa do executado de títulos extrajudiciais, embargos de execução Inciso XI: Redistribuição do ônus da prova. Se for redistribuído na sentença, será apelação, alegando erro in procedendo, pois não pode ser na sentença (vedação da surpresa). Pois, redistribuição é regra de procedimento, logo não pode ocorrer na sentença, logo se o juiz fizer nesse momento, essa decisão deve ser anulada, pois deve ser feito antes da sentença. Uma vez que a parte não pode ser surpreendida com uma redistribuição de ônus de prova na sentença. Cabe agravo de instrumento, pois se fosse só na apelação iria prejudicar todo o andamento processual Inciso XII: VETADO Inciso XIII: Outros casos previstos em lei federal... Tempestividade: Prazo para interposição: 15 dias uteis. Como é que o tribunal verifica que o recurso foi tempestivo? Data do protocolo (regra geral). Obs: A lei autoriza que o agravo para se analisar a tempestividade dele não se analise somente a data do protocolo, pois a lei autoriza que a interposição do agravo se dê pelo correio, então, quando o agravo é interposto pelo correio a data da interposição será a data da postagem dos correios, e não a data que o correio entrega. Obs: Apelação, juízo de interposição – a quo. Agravo de instrumento – tribunal. Aula 02: 11 de abril de 2016 Tempestividade: Como se constata a tempestividade do agravo, isto é, como eu sei que um agravo foi ou não tempestivo? Pela data do protocolo, sendo regra geral. Seja o protocolo propriamente dito, seja o protocolo do fax. Uma vez remetido via fax, os originais do recurso devem chegar no destino em até 5 dias. Todo ato processual praticado via fax, a lei 9.800 diz: você manda por fax, mas a via original desse fax deve chegar no destino em 5 dias (duas situações comuns a todo recurso). E para agravo de instrumento tem uma terceira situação que é especifica para agravo: O recorrente pode mandar o agravo de instrumento pelo correio, o CPC autoriza isso. Nesses casos em que o recurso é remetido pelo correio a data que o tribunal vai analisar para verificar a tempestividade é a data da postagem. Regularidade Formal do agravo: Art. 1016: Quase que uma repetição do 1.010, levando em consideração apenas um acréscimo que é: além dos requisitos gerais, nome, qualificação das partes, impugnação da decisão, razões do pedido de reforma ou invalidação, e o pedido de reforma propriamente dito (valido para todos os recursos), o 1.016 fala ainda de juntada da procuração dos advogados de ambas as partes. Além da regularidade formal prevista no 1.016 (geral para todos os recursos), em se tratando de agravo de instrumento, o código exige a juntada de algumas peças obrigatórias, sem as quais o agravo de instrumento não poderá ser conhecido, estado dispostas no art. 1.017, I: (copiar) Por que o recorrente é obrigado a juntar essas peças obrigatórias? Porque Interposta uma apelação os autos principais (caderno processual) vai para o tribunal. Agravo de instrumento o recorrente, interpõe diretamente no tribunal, e os autos principais vão continuar em 1º grau. Se o tribunal não tivesse acesso a essas cópias obrigatórias como ele ia saber os detalhes do que se está tratando o processo principal Impossível. Para que o Tribunal ao ter acesso a essas peças obrigatórias possa ter uma noção do que está sendo discutido em 1º grau. Esse 1.017, I aumentou e melhorou o número de peças obrigatórias. Responsabilidade de juntar as peças obrigatórias, é do agravante. Nos termos da jurisprudência do STJ, compete ao agravante a responsabilidade de formar o instrumento, através da juntada das peças obrigatórias. Se faltar uma dessas peças obrigatórias, ex. a decisão agravada, qual será a posição do Tribunal? Deve intimar o agravante para em 5 dias sanar a irregularidade. Caso o agravante não atenda a intimação, ai sim o Tribunal poderá inadmitir o recurso. Além da peças obrigatórias, o agravante pode (é uma faculdade) juntar outras peças do processo principal afim de que o Tribunal possa melhor compreender a discussão travada no processo principal. (art.1.017 III). Art. 1017, parágrafo 5º, só se juntam essas peças obrigatórias ou facultativas no processo em papel. Se for no Processo Judicial Eletrônico, não será
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