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1 ESCOLA DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM ANDRÉA GOMES DOS SANTOS EMILLY CAROLINE GOMES DOS SANTOS SÔNIA RENATA DE ALENCAR AUGUSTO TERAPIA OCUPACIONAL PARA IDOSOS JOÃO PESSOA – PB 2018 2 ANDRÉA GOMES DOS SANTOS DAMIANA STEFFANE REGIS DA SILVA EMILLY CAROLINE GOMES DOS SANTOS SÔNIA RENATA DE ALENCAR AUGUSTO TERAPIA OCUPACIONAL PARA IDOSOS Trabalho apresentado à professora Michelle na disciplina de Geriatria para obtenção de nota. JOÃO PESSOA – PB 2019 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO..........................................................................................4 DESENVOLVIMENTO.............................................................................5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................7 REFERÊNCIAS..........................................................................................8 4 INTRODUÇÃO O envelhecimento é decorrente de uma série de modificações fisiológicas, de forma progressiva, com uma diminuição na efetividade de algumas respostas do corpo, levando assim a uma maior fragilidade e disposição para processos patológicos (OLIVEIRA,2008). O Brasil, por sua vez, apresenta grande crescimento da população idosa, sendo essa acima de 60 anos (LIMA-COSTA et al., 2003). Essa população, na maioria das vezes, apresentam ou desenvolvem comprometimento cognitivo, distúrbios de marcha e sono, fadiga, desnutrição, (WARD et al., 2018), além do grande predomínio de doenças crônicas. Diversos estudos demonstram, então, que algumas dessas condições geriátricas citadas acima podem ser evitadas ou retardadas, caso haja tanto um acompanhamento mais efetivo que vise prevenção, como criação de hábitos mais saudáveis para essa população (LIMA-COSTA et al., 2003). Devido a isso, é de fundamental importância a utilização de novas técnicas e abordagens que promovam a saúde dos idosos, visando assim maior autonomia e qualidade de vida para esta população. A Política Nacional de Saúde de Pessoas Idosas, então, divide os idosos de acordo com sua capacidade funcional em frágeis e independentes, apresentando também linhas de cuidados da saúde destes, como: programas de reabilitação que estimulem promoção e recuperação de saúde, como atenção domiciliária e atenção básica, e programas de lazer e atividades que proporcionem maior qualidade de vida, interação social e evolução cognitiva desta população, como esportes, jogos e atividades físicas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Por sua vez, apesar do conceito de qualidade de vida variar de pessoa para pessoa, se entende que esta qualidade está interligada diretamente com a autonomia do idoso realizar atividades simples do dia a dia, ressaltando assim a importância do desenvolvimento de atividades que estimulem essa população. (TOSCANO et al., 2009; JANUÁRIO et al., 2001). Dessa forma, a Terapia Ocupacional se encaixa em todas essas atribuição, visto que, no CREFITO 10: [...] Terapia Ocupacional destaca-se, na atenção ao idoso, por oferecer um campo de tratamento voltado às questões da sua vida diária, do seu cotidiano e de suas necessidades biopsicossociais. É competência da Terapia Ocupacional criar, estimular e desenvolver condição que favoreçam o desencadeamento do processo terapêutico. Na Terapia Ocupacional este processo dá-se, essencialmente, pela inter-relação do paciente com o terapeuta, a atividade e grupo, sendo que, nessa dinâmica, a pessoa do terapeuta assume papel fundamental como um dos elementos facilitadores e integradores do processo (MENDONÇA, 2015). A Terapia Ocupacional, então, por meio de atividades promotoras de saúde, cuida individualmente ou coletivamente desta população que necessita dos mais diversos cuidados, seja com objetivo de prevenir ou tratar e reabilitar, facilitando assim para o idoso o reconhecimento de suas condições e consequentemente o ajuda a lidar melhor com suas limitações e preocupações. . 5 DESENVOLVIMENTO Com a Terapia Ocupacional na gerontologia, espera-se obter evolução com os idosos quanto ao desenvolvimento das capacidades, autonomia, estimulo de atividades para manter o ritmo diário e participação social, auxiliando assim na saúde física e mental desta população e garantindo um envelhecimento ativo, com uma vida saudável, adequada dentro das possibilidades do idoso (CREFITO 4). Além do auxílio biopsicossocial, a Terapia Ocupacional também auxilia nos processos socioculturais dos idosos, podendo desenvolver atividades que somem e ampliem não só na saúde, mas também na área cultural do indivíduo. (ALMEIDA, 2013) Sendo assim, são desenvolvidos planos e atividades que podem ser individuais ou em grupo, e são pontes para a evolução do relacionamento entre terapeuta e paciente. A terapia ocupacional pode utilizar variados instrumentos para amplificação do seu trabalho, saindo um pouco da limitação e abrangendo assim mais pessoas, de acordo com suas peculiaridades (CUNHA, SANTOS, 2019). As atividades citadas pelo CREFITO 10 que podem ser observadas e desenvolvidas são: atividades de vida diária e prática onde se pode avaliar a autonomia e independência do idoso, atividades sociais como grupos de conversas e passeios favorecendo assim maior participação na sociedade, atividades culturais e artesanais possibilitando o desenvolvimento da criatividade e da mente, atividades ocupacionais e de lazer permitindo maior diversão e alegria aos idosos. Apesar de tantas opções para desenvolver e melhorar a qualidade de vida dessa população, diversos artigos destacam algumas atividades que se mostram bem eficazes, como as atividades em grupo, em que os idosos podem trocar experiências, desenvolver relações, e se sentirem menos sozinhos, além da abertura para uma troca de confiança onde pode haver identificação de problemas como agressões e abusos, problemas psicológicos e emocionais (PILGER, C. et al. 2015; VICTOR, J. F. et al. 2007). As atividades físicas como caminhadas e exercícios, além de atividades que mantenham a mente destas pessoas ativas, como jogos, produção, costura e jardinagem, ajudando na manutenção de uma vida saudável e ativa, auxiliando fisicamente e biologicamente, além da educação em saúde, relembrando a importância das atividades no bem estar e qualidade de vida, de manter hábitos saudáveis e do valor da vida dessas pessoas. (PILGER, C. et al. 2015; PAIVA, L. F. A. et al. 2013). Também é importante relatar a importância da terapia ocupacional para idosos que possuem doenças crônicas e doenças mentais, que causam declínio cognitivo e perca de independência e idosos que vivem em instituições de longa permanência, muitas vezes abandonados e sem esperança ou algum tipo de carinho e relação afetiva pessoal. Na doença de Alzheimer, por exemplo, estudos demonstram que o uso da terapia ocupacional pode auxiliar no aprendizado e controle maior dos sintomas (BERNANDO, D. L, 2018). O método self-healing (movimento, respiração, automassagem) também é citado para alivio de dor e auxilio na movimentação e cuidado pessoal, mantendo o idoso ciente de suas condições e ao mesmo tempo com um maior controle emocional e sensorial, fazendo-o aplicar essa técnica ao dia a dia. (TOLDRÁ, R. C. et al. 2014). 6 Durante o processo de terapia ocupacional, Mendonça (2016), a evolução dos idosos quanto ao estado biopsicossocial também pode ser avaliado através de instrumentos como avaliação das Atividades de Vida Diária, como comer, tomar banho, escovar os dentes, autocuidado, dentre outras coisas, auxiliando na prevenção e promoção da saúde, independência, autonomia e controle. E, ao serem avaliados individualmente, é importante observar todas as limitações, problemas e dificuldades inerentes aos idosos, visto que isso irá influenciar diretamente na escolha da atividade ideal para ele. Dessa forma, através de estímulos que ajudam os idosos a desenvolverem ideias muitas vezes perdidas, além do conhecimento pessoal e identificação das suas limitações, a terapia ocupacional permite uma qualidade de vida baseada, quando possível, na autonomia e independência, e nos casos de idosos frágeis e dependentes, permite uma reabilitação biopsicossocial, objetivando em ambos os casos que os idosos se sintam engajados, cuidados, saudáveis, respeitando sempre suas limitações. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como visto, é de extrema importância uma atenção maior voltada a população idosa que vem crescendo no Brasil, sendo necessário a busca de técnicas e planos que ajudem os idosos na manutenção da qualidade de vida. A terapia ocupacional se mostra eficiente na integralidade dos idosos a sociedade, na prevenção de situações que possam piorar a qualidade de vida dos mesmos, na promoção de hábitos saudáveis, independência e autonomia dos idosos desde as práticas diárias mais simples, mas que por vezes se tornam difíceis e árduas devido ao processo natural de envelhecimento. Apesar da ciência de que existem diversas atividades e ferramentas que podem ser utilizadas para promoção da saúde do idoso, também é relevante o conhecimento do grupo que será trabalhado, respeitando as limitações de cada um, e buscando dar preferência a atividades que comprovadamente atuam como auxiliadores no processo terapêutico, como falado na literatura: atividades em grupos e que despertem sentimentos de alegria, autoconhecimento e liberdade. No mais, a terapia ocupacional se mostra como forte ponte para desenvolvimento de socialização, saúde, evolução e qualidade de vida da população idosa. 8 REFERÊNCIAS ALMEIDA, C, M. A articulação de saúde da Terapia Ocupacional na Atenção Primária. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, 2013. Acesso em 10 ago. 2019. BERNARDO. L. D. Idosos com doença de Alzheimer: uma revisão sistemática sobre a intervenção da Terapia Ocupacional nas alterações em habilidades de desempenho. Caderno Brasileiro de Terapia Ocupacional, São Carlos. vol. 26, n. 4, Oct/Dec, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2526- 89102018000400926&script=sci_arttext&tlng=pt.>. Acesso em 10 ago. 2019. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.528, de 19 de Outubro de 2006: Política Nacional da Pessoa Idosa. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/GM/GM-2528.htm.> Acesso em 10 ago. 2019. CREFITO 4. Definição. Disponível em: <https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=6306> Acesso em 10 ago. 2019. CUNHA, A. C. F., SANTOS, T, F. Processo da Terapia Ocupacional com clientes com transtornos psicóticos: Apontamentos bibliográficos. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos, Jul-Dez, v. 17, n.2, p 133-146, 2009. Acesso em 10 ago. 2019. JANUÁRIO R. S. B., SERASSUELO J. R. H., LIUTTI M. C., DECKER D., MOLARI M. Qualidade de vida em idosos ativos e sedentários. Conscientiae Saúde. 2011 v. 10, n. 1, p. 112-21. Disponível em: <http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/viewFile/2523/1903.> Acesso em 10 ago. 2019. LIMA-COSTA M. F., BARRETO S. M. Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiol Serv Saúde. 2003 v. 12, n. 4, p. 189-201. Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v12n4/v12n4a03.pdf.>. Acesso em 10 ago. 2019. 9 MENDONÇA, M. P. A terapia ocupacional em gerontologia. Crefito 10. 2015 Disponível em: <http://www.crefito10.org.br/conteudo.jsp?idc=2172>. Acesso em 10 ago. 2019. PILGER, C. et al. Atividades de promoção à saúde para um grupo de idosos: um relato de experiência. 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