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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - INSTITUTO DE FÍSICA FÍSICA 1 EXPERIMENTAL TURMA G 2° SEMESTRE DE 2019 TÍTULO: CONSERVAÇÃO DO MOMENTO LINEAR DATA DE REALIZAÇAO: 05/11/2019 GRUPO 5 ALUNOS FELIPE MELLO PEREIRA FURTADO 19/0087021 NILAINE COSTA DOS SANTOS 19/0114975 SABRÍNA FARACO DE FREITAS TRES ALBUQUERQUE 19/0126779 RELATÓRIO DO EXPERIMENTO 4 1. OBJETIVO Verificar se ocorre a conservação do momento linear em uma colisão bidimensional não frontal entre a esfera de aço e a esfera de plástico. 2. DADOS EXPERIMENTAIS Foi usado um trilho curvo para lançar de uma altura h a esfera de aço(m1), imprimindo sua velocidade inicial ao solta-la. A esfera de plástico(m2) foi colocada sobre o parafuso localizado na base do trilho, que foi ajustado de modo que os centros de massa de ambas as esferas estivessem alinhados. Atentos a posição do parafuso, para que o choque fosse oblíquo, e não frontal, uma vez que se desejava uma colisão bidimensional. Sabemos, pela lei da conservação do momento linear, que a seguinte relação deveria ocorrer no plano horizontal: m1 v1 = m1 v1 ’ + m2 v2 ’ (1) Onde m1 e m2 são as massas da esfera de aço e plástico, respectivamente; v1 é a velocidade da esfera de aço antes da colisão; e v1’ e v2’ são as velocidades da esfera de aço e de plástico, respectivamente, após a colisão. Nesse mesmo plano horizontal, o movimento das esferas e um movimento uniforme, uma vez que a única força que atua nelas depois da colisão é o seu peso, que tem direção vertical. Assim, podemos relacionar as velocidades de cada esfera com a equação: v = r / t Em que r é o alcance horizontal da esfera e t é o tempo de queda. Como ambas as esferas possuem o mesmo tempo de queda, pelo fato desse tempo só depender da altura do centro de massa das esferas (que é a mesma para ambas) e da aceleração local da gravidade, podemos escrever a fórmula (1) como: m1r1 = m1r1’ + m2r2’ Onde r é o alcance da esfera de aço antes da colisão e r1’ e r2’ são os alcances das esferas de aço e de plástico, respectivamente, após a colisão. Para medir a relação obtida acima experimentalmente, nós inicialmente pesamos as esferas de aço e de plástico, afim de obter a massa. Após isso, colocamos uma folha de papel pardo no chão, fixamos com fita adesiva, e com o fio de prumo amarrado na base do trilho curvo e com a ponta próxima do papel pardo, nós fizemos um sistema de coordenadas ortogonais que possuía como origem do sistema a projeção da ponta do fio no papel. Logo depois disso fez-se o lançamento da esfera de aço 1 vez, numa altura h, sem a presença da esfera alvo, posicionamos o papel carbono estrategicamente na região onde a esfera colidiria com o solo, e lançamos ela 5 vezes, fazendo registro dos 5 pontos onde este vetor (r1) caiu. Após isso desenhamos no papel pardo o eixo de coordenadas O x e perpendicular a ele, fizemos o eixo Oy. Seguindo na mesma ideia, fizemos o lançamento da esfera de aço afim dela colidir com a esfera de plástico. Decorrido cinco colisões foram anotados os pontos onde as esferas caíram, tendo como coordenadas X e Y. A partir destes pontos obtidos e sabendo as posições em que os centros de massa das esferas de aço e de plástico estavam (em relação ao sistema coordenado desenhado) no momento antes da colisão e também sabendo a posição em que a esfera de aço sai do trilho, foi possível obter os vetores que representam o alcance das esferas ao longo dos lançamentos, e a partir do plano coordenado nós representamos eles através das suas componentes em X e Y. Os dados obtidos foram os seguintes: Peso da esfera de aço (m1): 11,30g Peso da esfera de plástico (m2): 6,65g Altura: 12cm Tabela 1 – Componentes X e Y para cada um dos 5 lançamentos R1x R1y R1x’ R1y’ R2x’ R2x’ - 0,03 ± 0,05cm 43,0 ± 0,05cm 15,2 ± 0,05cm 29,8 ± 0,05cm - 23,8 ± 0,05cm 22,3 ± 0,05cm 0,00 ± 0,05cm 43,2 ± 0,05cm 15,3 ± 0,05cm 29,2 ± 0,05cm - 24,3± 0,05cm 23,0 ± 0,05cm 0,03 ± 0,05cm 42,4 ± 0,05cm 15,1 ± 0,05cm 29,3 ± 0,05cm - 24,6 ± 0,05cm 22,3 ± 0,05cm 0,02 ± 0,05cm 41,7 ± 0,05cm 16,5 ± 0,05cm 30,8 ± 0,05cm - 26,7 ± 0,05cm 22,9 ± 0,05cm - 0,02 ± 0,05cm 41,3 ± 0,05cm 15,6 ± 0,05cm 29,7 ± 0,05cm - 24,5 ± 0,05cm 23,0 ± 0,05cm 3. ANÁLISE DE DADOS Após a coleta de dados, calculamos os valores médios e os erros associados a cada um dos componentes dos vetores de alcance. O erro foi obtido pela soma do erro instrumental (0,05) e do erro aleatório, obtido a partir do desvio padrão da média, como mostra na tabela 2. Tabela 2 – Valores médios e Erros das componentes X e Y de cada um dos 5 lançamentos R1x R1y R1x’ R1y’ R2x’ R2x’ - 0,03 ± 0,05cm 43,0 ± 0,05cm 15,2 ± 0,05cm 29,8 ± 0,05cm - 23,8 ± 0,05cm 22,3 ± 0,05cm 0,00 ± 0,05cm 43,2 ± 0,05cm 15,3 ± 0,05cm 29,2 ± 0,05cm - 24,3± 0,05cm 23,0 ± 0,05cm 0,03 ± 0,05cm 42,4 ± 0,05cm 15,1 ± 0,05cm 29,3 ± 0,05cm - 24,6 ± 0,05cm 22,3 ± 0,05cm 0,02 ± 0,05cm 41,7 ± 0,05cm 16,5 ± 0,05cm 30,8 ± 0,05cm - 26,7 ± 0,05cm 22,9 ± 0,05cm - 0,02 ± 0,05cm 41,3 ± 0,05cm 15,6 ± 0,05cm 29,7 ± 0,05cm - 24,5 ± 0,05cm 23,0 ± 0,05cm R1x R1y R1x’ R1y’ R2x’ R2x’ R médio 0,0 cm 42,32 cm 15,54 cm 29,76 cm - 24,78 cm 22,7 cm Δ R 0,012 cm 0,36cm 0,26 cm 0,28 cm 0,50 cm 0,16 cm A partir dos valores descritos na Tabela 2, foi possível calcular os valores médios e os erros experimentais dos componentes do momento linear antes e após a colisão. Estes erros foram obtidos através da fórmula: ΔMr = Mr () Os resultados destes cálculos estão dispostos na tabela 3, abaixo: Tabela 3 – Valores Médios e Erros das Componentes antes e após a colisão M 1r1x = 0 g*cm/s Δ M 1r1x = ± 0 g*cm/s M 1r1y = 478,216 g*cm/s ΔV1r1y = ± 8,9242 g*cm/s M 1r1x’= 175,602 g*cm/s Δ M1r1x’= ± 4,992 g*cm/s M 1r1y’ = 336,288 g*cm/s Δ M 1r1y’ = ± 3,7731 g*cm/s M 2r2x’ = -164,787 g*cm/s Δ M 2r2x’ = ± 1,17551 g*cm/s M 2r2y’ = 150,955 g*cm/s Δ M 2r2y’ = ± 3,69523 g*cm/s É possível identificar que houve a conservação do momento linear verificando se é verdadeira a seguinte igualdade em relação ao eixo X quanto em relação ao eixo Y: m1r1 = m1r1’ + m2r2’ Quanto ao eixo X, temos que: m1r1 = 175,602 ± 4,992 g*cm/s - 164,787 ± 1,17551 g*cm/s m1r1 = 10,815 ± 6,16751 g*cm Quanto ao eixo Y, verifica-se que: m1r1 = 478,216 g*cm/s ± 8,9242 g*cm/s m1r1’= 336,288 g*cm/s ± 3,7731 g*cm/s m2r2’= 150,955 g*cm/s ± 3,69523 g*cm/s m1r1’ + m2r2’ = 487,243 ± 7,46833 g*cm/s Portanto, diante da ausência de discrepância significativa entre os momentos lineares antes e após a colisão, podemos afirmar que houve conservação do momento linear no plano XY após a colisão bidimensional entre as duas esferas. Por fim, construímos em um papel milimetrado um diagrama em escala, no qual desenhamos os vetores m1r1, m1r1’ e m2r2’, com suas respectivas regiões de erros obtidas pelo erro de duas componentes. Após realizarmos a soma vetorial (pela regra do paralelogramo) dos vetores linhas, constatamos que, considerando as regiões de erro, o vetor (m1r1’ + m2r2’) coincide com o vetor (m1r1). Segue abaixo a imagem com o diagrama: (..........) 4. CONCLUSÃO O grupo conseguiu alcançar o objetivo do experimento uma vez que, após realizar a soma vetorial dos alcances das esferas após a colisão, verificou-se que o vetor soma é equivalente ao alcance da esfera de aço antes da colisão. Portanto, conclui-se que houve conservação do momento linear.
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